Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

|| EPÍLOGO






É incrível como a vida pode passar tão rápido. Muitos sorrisos, choro, dor, risadas e a plenitude. Tudo cabendo em uma vivência de no máximo oitenta ou noventa anos, dependendo da sua saúde, mas que no fim é pequeno comparado a nossa enorme vontade de viver. Com um sorriso no rosto observo meu marido quase tendo um ataque cardíaco tentando dissuadir nossa filha a não montar na moto. Confesso que ver os dois argumentando como se estivessem em um tribunal, é até didático. Deixo uma risadinha escapar sem querer, atraindo o olhar atravessado dele, que rosna em minha direção. Caminhando a passos rápidos, deixando Ella conversando com Dudu que tenta ficar sério o máximo que consegue.

- O que? - ergo as mãos em sinal de rendição.

- Se não vai ajudar, não atrapalha.

- Tudo bem, não está aqui mais quem riu né?

- Não faça gracinhas Pedro Lins!

- Meu Deus homem! Melhora esse humor.

- Não quero que sua filha suba naquela moto!

- Oh, agora é só minha filha? - dou um soco em seu ombro.

- Esses argumentos dela estão me dando dor de cabeça. - esfrega seu dedo indicador entre as sobrancelhas loiras.

- Bem, você tinha um sorriso no rosto quando ela anunciou que queria fazer direito. Agora aguenta!

- Você deveria me ajudar sabia?

- Mas eu ajudo homem! - colo meu corpo ao seu. Mesmo após todos esses anos, sua estrutura corporal não mudou em nada. Os músculos nos lugares certos assim como os cabelos curtos.

- Ajuda é? - um sorriso de lado se forma em seus lábios. O que me faz ter vontade de beijar sua boca. E é o que faço. Quase nos fundimos em nosso beijo. Ouvindo não muitos segundos depois, o som de engasgos. Reviro meus olhos, me distanciando um pouco dele. - Isso é o que chamo de boa ajuda.

- Viu como sou um amor?

- Vocês vêem que há crianças no recinto?

- Vai dizer que não faz isso por aí Eduardo Lins? - André diz em um tom de voz que os dois escutem de onde estão, na frente da nossa casa. Ella se desmancha de tanto rir.

- Meu filho bebê não faz isso!

- Papai, não me envergonha! - o rosto dele se torna vermelho brilhante, enquanto duas meninas passam por ele soltando uma risadinha.

- Mas eu não disse nenhuma mentira bebê! Você vai continuar sendo meu neném.

- Desisto! - um um sorriso maroto nos lábios, lança uma piscadela para as meninas. O que arranca um bufo meu. - Vamos Ella, temos um passeio de moto para fazer.

- Eu não deixei senhorita! - meu marido praticamente corre em direção aos filhos.

- Pai, eu não sou nenhuma inválida! - nossa bebê diz seriamente, fazendo com que ele engula em seco. Bagunçando os cabelos, pigarreia levemente.

A alcançando sobre a garupa da moto dada por minha tia Lu para Dudu, o que quase me causou em AVC no dia. Ele a tira de lá, a abraçando fortemente. Ella enterra o rosto no peito do pai e não posto deixar de me emocionar com a ligação forte que há entre os dois.

- Nunca disse isso Antonella. É só que tenho medo que se machuque. Você e seu irmão que nunca me ouvem! - Dudu ri alto, os olhos escuros quase se fecham com o movimento.

- Eu vou cuidar dela pai. Será apenas uma volta no centro da cidade. Quero matar a saudade enquanto estou aqui, terei de voltar no domingo a noite para o Rio.

- Eduardo, eu vou arrancar seu couro se essa moto machucar vocês me entende?

- De boa coroa!

- Não sou nenhum coroa. - resmunga soltando a filha que com sua ajuda, monta novamente.

Ela tem um sorriso satisfeito no rosto idêntico ao de sua mãe. Beijando sua testa demoradamente, André coloca alguns fios loiros atrás de sua orelha. Pego o capacete que Dudu lhe entrega, o colocando firmemente em sua cabeça. O capacete em questão é de cor verde água, com inúmeras caveiras enfeitando - o. Com um abraço seguido de batidas nas costas, meu filho dá partida na moto. E juro que posso ver as pernas do meu marido se tornarem instáveis.

Com os braços cruzados em frente ao meu corpo, o alcanço ainda parado na calçada de nossa casa. Casa essa que compramos depois que nos casamos, dois anos depois que acordei de um coma de três meses. Meus agressores foram presos e passaram um bom tempo atrás das grades. Depois dos acontecimentos contra homossexuais na cidade, foi notado por minha vó que a maioria deles não tinham onde ficar, pois a família em sua maioria não aceitava o fato de os filhos serem homossexuais. Com isso em mente e depois de muitas reuniões com a prefeita, uma ONG de apoio a essas pessoas foi criada. E de lá para cá me divido entre meu emprego, minha família e a ONG de onde tiro muitas lições de vida. Agradeço a Deus pela família que tenho e também pelo apoio que sempre recebi deles.

Seu suspiro me tira de minhas divagações. Envolvo sua cintura com meus braços. Beijo sua nuca, sorrio ao ver o quão afetado ficou com o gesto.

- Não se preocupa amor, eles vão ficar bem.

- Eu sei mas ainda me preocupo. - se vira, segurando meu rosto. Seus olhos esquadrinham cada linha que o forma. - Maldita hora que Luara lhe deu a moto.

- Ele sempre quis uma. Se lembra que ele te pediu no aniversário de dezoito anos dele?

- Pode jogar na minha cara. Eu procurei por isso não é?

- Não seja bobo! - beijo seu biquinho. Um homem da sua idade, fazendo biquinho era para ser feio mas o torna fofo. - Eles vão ficar bem! Anna ligou hoje?

- Outra ingrata! - ri baixinho.

André agora tem uma irmã de vinte e dois anos. Mesma idade do nosso filho. Gustavo se casou com Ivana seis meses depois que acordei. No mês seguinte, deu entrada ao processo de adoção de Anna, a garotinha que ele segurou, evitando que se machucasse no Lar de Luz. Eles são tão bonitos juntos, a ligação imediata que aconteceu entre os dois. Eles brigam mas no mesmo momento estão se abraçando como velhos amigos. Ivana apenas observa em todos os momentos com um sorriso no rosto, ela sabe que não vai durar muito a briga deles. Quando Anna vem de Londres, se juntando com André é uma bagunça só. Eles se transformam em duas crianças.

- Não seja dramático! - deito minha cabeça em seu ombro. - Sabe como ela está estudando. Vida de universitária não é fácil.

- Ela vem me ver uma vez no ano! Eu sinto falta dela.

- E ela de você! Acredite. Agora o que acha de entrarmos e você me ajuda a fazer o almoço? Meus bebês vão chegar famintos em casa.

Acenando meio a contragosto, ele me segue em direção a cozinha que no decorrer dos anos aprendeu a usar. Seja sozinho ou comigo como companhia. Lavamos nossas mãos as secando e em seguida colocando a mão na massa literalmente. Pois meus tesouros pediram pizza para o almoço. Uma opção que só concordei depois de muitos beijos e carinhos da parte deles.

Suspiro pensando no quanto amo meus filhos. Toda a minha vida passa bem diante dos meus olhos e vejo que não faria nada diferente. Passaria por tudo novamente só para te - los comigo. E se eu pudesse, só mudaria uma coisa: Manu estaria aqui vendo de perto a filha crescer com todo o amor que alguém pode ter. E com um caráter admirável e acima de tudo, nunca se diminuindo pelo fato de não poder ver.

Sou desperto dos meus pensamentos, ao sentir André me tocando. Seu dedo indicador sujo com farinha estava perigosamente perto de meu rosto, aperto meus olhos em sua direção tentando fazer minha melhor careta de irritação. Sem se intimidar, me suja deliberadamente. O suspiro de surpresa que me deixa é quase cômico.

- Oh, meu marido entrou no modo brincalhão hoje? - encho minha mão com farinha. Ele fecha o sorriso na hora.

- Pare! - usa sua voz de comando. Me sinto quente em todas as partes possíveis do meu corpo, mas ignoro. Não é hora de pensar em seco agora, digo para minha mente.

- Sua voz se comando não vai funcionar agora amor! Só na cama! - lhe pisco um olho.

- Você não teria cora...- seu discurso é encerrado abruptamente quando uma boa quantidade de farinha acerta seu bonito rosto, alcançando até seus cabelos meio prateados. Um presente da idade.

Sem querer perder a guerra, ele me ataca com um pouco mais de farinha. Terminamos sujos, suados e pelados chão da cozinha. Aparentemente meu marido quis testar suas habilidades de comando fora do quarto, o que não reclamei durante todo o momento que o tinha dentro de mim. Me levanto vestindo uma cueca boxer azul, a cor preferida de André em mim. Nos dirigimos para nosso quarto para podermos tomar um banho e nos arrumam para que pudéssemos comer na casa dos meus pais. Convite de minha mãe, que segundo ela encontrou os netos no centro com muita fome. Não preciso dizer que é tudo drama de sua parte. A massa não acabada sobre a bancada, irá para o lixo.

[....]

André estaciona o carro em frente ao cemitério. No banco de trás, nossa filha está incrivelmente quieta, o que não é o seu normal. Mas eu a entendo, também sinto a dor da perda e luto toda vez que estamos aqui. Nessa data tão especial por um lado e tão triste pelo outro. Hoje Ella completa dezesseis anos de idade e fazem dezesseis anos que Manu se foi. Nunca escondi dela a existência de dia mãe e nem poderia. Ela nos tem mas sinto que a falta da mãe a afeta em algum nível, mesmo que ela não demonstre tanto.

- Está pronta meu amor? - olho para trás, um grande buquê de lírios descansa em seu colo. Esses mesmos lírios foram colhidos por ela juntamente com minha mãe. Já que vovó das Flores não está mais entre nós mas as vezes é como se pudéssemos sentir sua presença na Lisa.

- Acho que sim papai! - uma única lágrima solitária escorre por sua bochecha. Ela funga mas não faz questão de limpa - la. Salto do carro abrindo sua porta, retiro seu cinto de segurança. Trazendo - a para meus braços. Seu rosto se enterra em meu peito. - Eu queria que ela estivesse aqui. - diz se maneira abafada contra minha camisa. Beijo seus cabelos agora presos, aspirando seu perfume no processo.

- Eu também bebê. Eu também. - ficamos assim por um longo tempo. André já tinha descido e havia pego o buquê no banco de trás. Nos esperava na entrada do lugar com uma das mãos em seu bolso frontal. A postura ereta e olhar sério.

- Eu queria poder ver por alguns instantes, assim eu poderia ver em uma foto dela como ela era. - diz simplesmente. Não há rancor em suas palavras pelo fato de ser cega desde que nasceu. Apenas um desejo que carrega desde o momento que passou a entender que não tinha meu sangue mas lhe daria todo o meu amor.

- E eu queria ser o único a realizar seu desejo amor.

- Podemos ir? Ela está nos esperando. - aceno afirmativamente, o carro de Vinícius chega e logo Perseu está latindo animadamente através da janela. Sua língua rosada está para fora de sua boca. - Perseu?

Ela pergunta ansiosamente. Digo que sim, Vinícius toma meu lugar abraçando a sobrinha firmemente. Com tanto amor e cuidado que me dá vontade de chorar. Sei que ele carrega o arrependimento de nunca ter feito nada pela irmã, fazendo de tudo pela sobrinha. E estar aqui conosco é tão doloroso para nós quanto para ele. Olhando - o de perto, vejo que os cabelos antes longos agora dão lugar para um corte mais curto. Perseu se coloca ao lado das pernas da dona. Agora ele está cheiroso e bem cuidado. Antes de estarmos aqui, liguei para Vinícius e pedi que o levasse até o pet shop da cidade, para que ele pudesse estar apresentável hoje. Ele não bagunça tanto como meu amigo que Hulk que partiu três anos antes. E ele também é um cão guia.

Me separo de minha filha assim como o tio, a seguindo de perto durante todo o caminho até o túmulo de minha amiga. André me dá um aperto reconfortante, seus olhos estão baixos e ameaçam marejar. Mas ele se contém. Eu já sou uma maldita represa. Chorando rios ao lado dele que sente falta da irmã que não teve a oportunidade de conhecer tão profundamente. Vinícius chora baixinho e Ella mantém a cabeça baixa, seus lábios se movem e aposto que está contando o que fez durante todo o ano. Perseu está deitado perto de seus pés.

Um par de braços me envolve, não preciso me virar para vê - lo. Pelo seu perfume sei quem é. É sempre assim, ele espera que tenhamos nosso tempo até aparecer. Minha família virá mais tarde, como acontece todos os anos. Sinto a umidade em minha nuca e sei que ele está chorando. Ele foi embora por um ano inteiro para tratar de sua dor mas assim como ele, eu aprendi que ela nunca vai embora. Ela continua em nosso peito, ardendo, pulsando e sangra no dia de hoje.

- Ela sempre será meu amor mano! - Fe sussurra vorazmente.

Eu sabia disso. Nunca mais meu irmão foi a mesma pessoa depois que ela partiu. Mesmo que parecesse feliz em noventa e nove por cento do tempo, ainda havia aquela sombra em seu olhar. Ele se casou tem cinco anos, tem um bebê de um ano mas nunca esqueceu seu grande e avassalador amor. Um amor que se desenvolveu tão rápido quanto o fogo pode se alastrar. Muitos não deram muito pelos dois, eu era um desses. Foi tão rápido mas marcante. Sua esposa, uma mulher de fibra e sorriso suave sabe. Mas tem em mente também que meu irmão a ama com loucura. Vó Flores sempre nos disse que temos o direito de amar mais de uma vez na vida e eu sempre acreditei nela.

Quase uma hora depois, deixamos o cemitério. O sol ainda se mantém reinando em majestade no céu limpo e claro de Campos de Esperança. Uma cidade pequena em comparação as grandes cidades do Brasil mas que tem a capacidade de manter amores tão grandes que são imensuráveis. Fe vai para sua moto, pega o capacete que comprou para a sobrinha assoviando alegremente. A dor ainda está em nós mas temos de lidar com ela.

- Que tal um passeio de moto princesa Ella?

- Posso pai? - tateia o chão com sua bengala. Vira seu rosto para a direção que acha que André está.

- Claro filha. - vai até ela, beija sua testa. Vinícius se despediu de nós e já está longe de ser visto. Acho que ele precisa de mais um pouco de tempo. Sigo meu marido, imitando seu gesto. Ajudo - a a subir na garupa da moto monstro do meu irmão e ele já nos deu mais sustos do que o recomendável. André a ajuda na hora de colocar o capacete. - Se segure bem ok?

- Sempre pai! - deita sua cabeça nas costas do meu irmão.

- Não se atrase para o almoço ok? Mamãe vai nos matar. - ele bufa e revira os olhos colocando o capacete.

- Sim mãe! - soco seu ombro, ele nem se abala. Meu irmão está na casa dos quarenta assim como eu, mas seus músculos contam outra história.

Observamos eles partirem para seu passeio anual. Desde que Ella tinha idade o suficiente para montar uma moto, eles fazem isso. No primeiro eu quase tive um AVC de tanto nervoso mas vi que era um modo deles para colocar a mente no lugar. E eu aceitei isso. Meu marido, aperta minha cintura de leve e sussurra tão leve quanto a brisa que acaricia nossa pele nesse instante.

- Eu te amo Pedrinho.










FIM.....

AGORA ACABOU MESMO MAS NÃO ESTOU SABENDO LIDAR!!! EU REALMENTE ESPERO QUE TENHAM AMADO LER ESSA HISTÓRIA TANTO QUANTO EU AMEI ESCREVE - LA.

Eduardo e Antonella


24/08/2019

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro