Capítulo 10
*Antes que comece, convido você para ler "Para Todo O sempre Serei Seu"! Corre lá! É um bagulho cheio dos paranauês sobrenaturais(+18). Você vai entender que nem tudo é o que parece...
Capitulo 10 - SEM REVISÃO
Já tinha anoitecido e o trabalho havia me consumido. Foi à única forma que encontrei para não ficar pensando no que tinha acontecido. Preparei o planejamento dos stands boards, e deixei toda a matéria da redação pronta, antes das sete, assim, o jornal seria impresso e distribuídos por toda nova York. Elijah andava planejando e estudando a possibilidade de um jornal online, não era com um jornal impresso sendo distribuído na internet, mas era a forma mais pratica e rápida de chegar até o leitor em tempo real, ou seja, transmissões ao vivo. Eu sabia que ele gostava da forma antiga de jornalismo, mas os tempos tinham mudado, e ele tinha visto que tinha essa deficiência no The Poster, e agora com Nathan sendo o seu sócio, achei que as coisas iriam melhorar, e ele, Elijah, iria relaxar mais um pouco... isso era o que eu pensava. Ainda estou arrumando minha bolsa e desligando o computador, quando alguém bate na porta.
— Entre — desligo o monitor — Tati... — eu achava que era minha amiga, mas quando levanto a cabeça para olhar em direção a porta, vejo uma morena. Ela transpirava confiança no jeito que me olhava. Tinha um corpo perfeito, e seus cabelos são cacheados e pretos que iam até sua cintura. Seus olhos eram castanhos, quase cor de mel... uma negra linda, que com toda certeza fazia os homens babarem por ela — desculpa, mas o horário de expediente já acabou... — olho o relógio em cima da minha mesa — mais de sete e meia... — quando ela anda pela sala, seus saltos fazem barulho, e eu fico curiosa.
— Humm... — ela resmunga, mas parecia mais um ronronado do que um resmungo e segue até a janela com uma elegância digna de princesa — ainda assim, acho que você pode me ajudar — a voz e firme, mas ao mesmo tempo sensual... o que ela estava pensando? Que eu gosto de aranhas brigando com aranhas? Eu hein!
— Sério — falei colocando a alça da bolsa no ombro e seguindo para sair da sala. É claro que eu iria chamar a segurança para aquela doida, metida a mulher gato. Nunca tinha visto uma mulher ficar tão bem, vestindo couro sem ser vulgar — não acho que eu possa ajudar você — tentei ser o mais gentil possível... juro que tentei.
— Lizzie... Lizzie — ela estalou a língua e ao mesmo tempo cantarolou meu nome de maneira ameaçadora. Os pelos do meu corpo se eriçaram no mesmo momento.
— Acho que eu estou em desvantagem — me virei completamente para olhar para ela, querendo saber com quem exatamente eu estava falando. Tudo que eu queria saber era onde Lucius tinha ido parar, quando uma doida tinha entrado na minha sala. Ótimo, mais um coisa louca para minha lista — Você sabe o meu nome, mas eu não sei o seu, querida — coloquei todo o sarcasmo na última frase e sorri falsamente e carinhosamente para ela.
— Agora eu entendo — ela disse cruzando os braços e olhando ao redor da sala, e depois pousando os olhos em mim — o que ele vê em você... o que eu não entendo, e o que ele ainda esta fazendo ao seu lado. Você parece ser tão... fraca — desdenhou com ironia — tão... nossa, está sendo difícil detalhar o que você é.
— Ôh! nossa... — respirei fundo me controlando — vai me falar ou não quem diabos você é? Caso contrário, a convido para se retirar da minha sala, antes que eu perca o pouco de paciência que ainda me resta — de onde eu estava, dava para ver o sorriso dela se ampliar. A mulher podia ser doida... e metida, mas eu tinha que reconhecer que ela era determinada, além de muito bonita.
— Mas, a sala não é sua, é? — provocou ainda sorrindo. Eu queria voar na cara dela, mesmo não sabendo o motivo.
— Também não é sua, é? — eu ao ia sair por baixo, nem cagando.
— Não — respondeu desfazendo o sorriso do rosto e ficando seria — mas vamos deixar de joguinhos...
— Que eu saiba — provoquei — é você que está tentando jogar, mas vou logo avisando, que não sei jogar para perder.
— Eu também não sei jogar para perder, querida — ela estava ficando irritada, e eu estava amando isso — Harper — quando ela disse seu nome, meu sangue gelou. Passei esse tempo todo achando que Harper era um homem, e que nunca iria conhecer-lo. Eis que "a" tal Harper vem até a mim, e ainda por cima tinha peitos... peitos maiores que os meus. Pode isso? — Charlotte Harper.
— Bom — olhei para ela e me mantive firme — já que a sombra tem nome, poderia me dizer o que você quer, senhorita Harper? Você falou tantas coisas sem sentido, que suspeito da sua sanidade...
— Uma coisa bem simples — ela deu de ombros, como se aquilo fosse uma simples negociação — saia do meu caminho, e você não vai sair machucada — juro que tentei não rir da situação, mas não aguentei e cai na risada — o que tem de tão engraçado no que eu acabei de dizer?
— Você — me recompondo, e sentindo a minha barriga doer, assim como as minhas costelas, volto a olhar para ela um pouco mais seria — acho que você deve ser muito confiante demais, para me pedir isso, mesmo que não saiba do que se trata. Olha surgiro que você procure um analista, e resolva esse seu problema o mais breve possível.
— Nathan é meu — ela solta com raiva. E eu também fiquei com raiva, quando ela falou isso. A minha vontade de voar no pescoço dela e estrangular ela até a morte, veio com mais força. Estava claro que ela o queria, o problema era que ele já tinha dona — na verdade, temos uma longa historia juntos, e tenho certeza que você não vai fazer parte dela, além do simples fato de ser simplesmente ninguém.
— Bom, não é com você que ele anda dormindo, e nem acredito que seja você que esteja usando um anel dado por ele — levantei a mão para mostrar a ela o anel em meu dedo. Eu sabia que não era um anel de noivado, mas ainda assim, a abalou aquela confiança que ela tinha estampada no rosto — na verdade, nem acho que ele se importe muito com você, pelo simples fato de você ser simplesmente ninguém — de onde tinha saído tanto veneno? Não me importava, eu estava adorando — ele não estava com você, quando me fez gozar a duas horas, nessa mesa — fui até a mesa, e passei a mão, dando duas tapinhas em seguida — então, Nathan ainda é seu?
— Ainda — ela disse com a mesma confiança, mas percebi que ela ficou bem mexida com tudo que fiz — Alias, seria mais prudente que você tomasse mais cuidado com as suas coisas, ainda mais quando se trata de pesquisas sobre ele — do que ela estava falando? Ela percebeu que fiquei confusa, e seu sorriso voltou a se ampliar — foi bom conversar com você, Lizzie queria. Espero que você não fique no meu caminho, e tenha um lapso de consciência, e deixe Nathan livre, ou você vai saber com quem está se metendo e acho que não vai ser bom — eu ainda estava maquinado sobre "mais cuidado com as suas coisas" quando ela saiu pela porta, e nem me preocupei em rebater o que ela tinha dito.
Quando saio da sala, Lucius estava ao lado da porta, com o semblante preocupado.
— O que diabos aconteceu, que você não entrou para tirar aquela mulher da sala? — não fui agressiva com ele, mas bem que eu queria dar um soco na cara dele.
— Senhor Fox, me avisou que ela viria, e disse que não fizesse nada senhorita — O QUE? Ah! Eu ia matar Nathan, e jogar o corpo da ponte. E se essa louca fosse algum tipo de agente rancorosa, porque o ex-namorado resolveu arrumar outra namorada? E se ela estivesse armada?
— Obrigada Lucius — falei fechando a porta, e pisando duro até chegar a garagem.
O problema não era ela ter aparecido no meu trabalho, e sim, o fato dela ter aparecido e ele saber que ela iria parecer lá, e fazer o que fez. Eu ia ter uma conversa muito seria com Nathan quando chegasse ao seu apartamento, mas de repente peço para Lucius desviar a rota e seguir para o meu apartamento. Não sabia de onde tinha surgido aquela vontade de voltar lá, mesmo depois do arrombamento. Nada parecia diferente quando entrei. A mesma parede do fundo pintada de vermelho, e as outras de branco. A mesma cozinha pequena, e a mesma sala minúscula... com aquele sofá que só me fazia ficar pensando nele. Segui para o meu quarto, e olhei minha cama arrumada e fui até o meu closet. Nele ainda tinha os objetos, e as roupas de Nathan ao lado das minhas. Por um momento comecei a sentir falta daquele lugar. Não que eu quisesse que ele fosse me procurar, mas eu sabia que se eu demorasse a voltar para o apartamento de Nathan, ele saberia exatamente onde me procurar. Saindo do quarto, fui até a cozinha, e preparei um café bem forte, já que a minha noite tinha sido bem diferente. Ultimamente, minha vida andava mais agitada que puta de beira de estrada do Texas em dia de rodeio. Terminei de preparar meu café, e colocando em um caneca bem grande, mas não adocei. Segui para sala e me sentando no sofá, onde Nathan tinha dormindo, e esperei. Não precisei contar até cinco, e vi a visão perfeita de Nathan invadir meu apartamento. Ele suava calça jeans azul escura, e uma camisa de mangas, branca... e estava descalço?
— Acho que você esqueceu os sapatos, meu gato — digo soprando a fumaça do café, e olho para ele de maneira inocente.
— O que você está aqui? — vejo alinha do seu maxilar ficar rígida, e seus músculos se tencionarem.
— Boa pergunta — bebo um pouco do meu café e volto a olhar para ele — sabe que nem eu sei...
— Vamos embora — disse ele com o tom autoritário.
— Eu não vou a lugar nenhum — ele me olhou por uns instantes, antes de dar um suspiro bem profundo e vir até a minha direção e sentar ao meu lado — eu estou na minha casa.
— Desculpa... — pediu, mas eu sabia que não era de verdade... não era sincero aquele pedido.
— Por que você deixou ela ir lá? — tomei mais um pouco do meu café, e permaneço quieta no meu canto — o que você achou que eu iria fazer? Desviar o foco da minha investigação, e me concentrar em uma briga com uma galinha?
— Não era isso... — ele tentou falar, mas eu o interrompi, dizendo:
— Você sabia que ela tinha entrado aqui, ou mandou alguém entrar aqui. Estou errada Nathan? — pedi a Deus com todas as minhas forças, que ele não mentisse para mim. Prefiro ele com seus segredos, do que mentido para mim, com a cara mais lisa do mundo.
— Eu suspeitava — ele ainda não tinha me convencido.
— Suspeitava? — perguntei sorrindo irônica, terminando de beber meu café.
— Eu tinha certeza — finalmente ele falou a verdade. Olhei para ele, e ele estava com a cabeça baixa, e os cotovelos apoiados nas coxas. Ele era tão lindo e eu o amava tanto, que chegava a doer, mas aquele joguinho me deixou magoada com ele... fora o fato de que ele ainda estava escondendo algo de mim... — A Harper... — não espero ele continuar suas explicações, já que a ultima coisa que eu quero, é acabar transando com ele no sofá. Coisa que andava acontecendo com frequência, quando brigávamos.
— Hoje — suspirei me levantando — vou dormir no meu apartamento, e você... — ele arqueou as grosas e bem contornadas sobrancelhas para mim com expectativa — vai dormir no sofá. O meu castigo foi sexo, o seu vai ser dormir no sofá velho... frio e fedido. Amanhã conversamos sobre tudo o que aconteceu hoje. — sorri seguindo para o meu quarto, fechando a porta.
Tomei meu banho, e fui me deitar, tentando tirar da cabeça o que tinha acontecido. Bom, pior não poderia ficar, e se ficasse, eu já estava na chuva de merda mesmo... então... Adormeço pensando também em Nathan naquele sofá, mas seria o castigo por ele ter deixado a ex, ou seja lá o que ela era dele, ir até o meu trabalho e falar aquelas merdas todas. Eu ia perguntar o quanto ela sabia da vida dele, e o quanto ela fez parte. Eu queria, como sempre, respostas sobre o que estava acontecendo, mas é claro que eu sabia que correria o risco dele nem abrir a boca, e tentar trepar com... Puta que pariu! Eu tinha transado de novo com ele sem camisinha, mas acho que ele já tinha uma ideia sobre isso... o que me deixou intrigada. Um filho agora, não ajudaria muito, e para ser bem sincera comigo, eu não queria ter um filho no estado em que eu me encontrava. Primeiro motivo para não querer filho: Eu ainda tinha que terminar de me tratar. Segundo motivo: Planejar a minha vida, para que um filho encaixasse nos planos. Terceiro motivo: Não achava que merecia ser mãe, não quando minha vida tava uma merda, e virada de cabeça para baixo. Como fugir de Nathan, quando ele quer me pegar? Como fugir dele, quando tudo nele me chama como um imã? E se eu engravidasse, será que ele iria querer ter um filho comigo? Idiota! É claro que eu era uma idiota por estar me questionando e sonhando na possibilidade de tudo mudar, minha vida melhorar e eu... bom, eu me tornasse mãe de um filho do homem que eu amava. Com esses pensamentos, pego no sono. Não foi o melhor sonho que tive... foi outra vez, um dos pesadelos que deixava rastros de desespero. Isso me matava por dentro.
— Tá achando que eu vou te deixar em paz, sua putinha? — Theodor tinha bebido de novo, e minha mãe tinha saído para trabalhar, me deixando sozinha com Chloe, como sempre fazia quando saia.
— Theodor, por favor, não... — eu sentia o cheiro de cerveja barata, e o fedor do seu suor — me deixa em paz... — choraminguei, acuada no meu quarto. Chloe tinha pego no sono, e eu fazia de tudo para ela permanecer acordada até a hora da minha mãe chegar, mas ela estava muito cansada, além de estar com um pouco de resfriada.
— Que tal você chupar meu pau, putinha ruiva — abriu um sorriso medonho, mostrando aqueles dentes amarelados — eu enterro ele todo na sua boca, enquanto meto o dedo em você.
— Você não vai encostar a mão em mim, seu porco filho de uma vaca! — berrei o mais alto que pude, porém, seria em vão. Ninguém entraria ali, com medo de Teddy — eu juto que mato você! Não encoste a mão em mim, seu merda! — no mundo dos indefesos, os fortes se aproveitam de suas fraquezas. Não deu tempo nem me esquivar, e quando dei por mim, a mão de Theodor já estava esmagando meu rosto, e as lágrimas escorrendo. Não era apenas por causa da dor, que as lágrimas escorreram, era também pelo ódio que me consumia por dentro
— Olha o que você me fez fazer, sua putinha de merda! Agora, eu vou ter que gozar no meu das suas pernas, pra você aprender...
— Não... — chorei baixinho. "Deus, por favor, me tire desse inferno!"
— Theodor — ouvi a voz da minha mãe — trouxe aquele frango frito, que você tanto gosta — ele xingou baixinho, com o rosto repleto de raiva.
— Me aguarde — ele disse com um tom de ameaça, antes de sair do quarto, e me deixar ali, chorando baixinho.
— Deus... — eu olhava para o teto do meu quarto, enquanto seguia em uma oração silenciosa. Isso tinha acontecido três noites antes dele abusar de mim, e eu nunca mais ser uma mulher acessível para outros homens, e nem para um amor.
— Lizzie — a voz de Nathan me acordou — meu Deus... — disse ele espantando, e com um semblante de preocupação estampado em seu rosto — com o que você estava sonhando?
— Sonho? — graças a Deus, tinha sido um sonho, ou melhor, um pesadelo.
— Não vou sair de perto de você — falou puxando o lençol e deitando ao me lado na cama — prometo ficar parado, calado... enquanto olho você dormir.
— Tudo bem — digo ainda atordoada. Nem sei bem o que tinha acontecido, enquanto eu estava sonhando, mas sabia que tinha dito algo, e que ele estava ao meu lado — só me abrace — pedi, e senti meu rosto úmido. Eu estava chorando? Não era minhas lágrimas, era apenas o suor. Eu não tinha chorado como no pesadelo.
— Claro que sim, meu doce — Nathan passou o braço envolta da minha cintura, e o outro, eu apoiei a cabeça. Não me lembro em que parte, entre ele beijando meu cabelo, e ou em minha boca, eu dormir, mas sei que ele estava ao meu lado. Filho da puta era bom no que fazia, e ainda por cima, era bom em me fazer dormir no calor dos seus braços.
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