Capitulo Vinte e Sete
Allan Jones:
Passamos grande parte da manhã desfrutando dos bolos, e foi maravilhoso ver o quanto Michael gostou daquele lugar. A cada pedaço que ele mastigava, seu rosto se iluminava, e isso me fazia sorrir. Era como se ele estivesse descobrindo pequenos pedaços de felicidade em cada mordida.
— Pode parar de me olhar — Michael pediu, corando levemente.
— Impossível parar de fazer isso — respondi, rindo da expressão dele. — Você é lindo demais. Sabe aquele belo azul do mar? E aquelas cores vibrantes do arco-íris? E os tons quentes do pôr do sol? Você é mais belo que tudo isso misturado.
Ele sorriu timidamente, e naquele instante, não consegui resistir. Limpei suavemente seu lábio com o polegar, depois o puxei para um beijo onde coloquei todo o meu afeto e paixão. Cada vez que nossos lábios se encontravam, sentia como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, deixando apenas nós dois e o amor que compartilhávamos.
Desde o primeiro dia que nos conhecemos, soube que havia encontrado a pessoa que me completaria. Alguém que sempre sonhei em ter ao meu lado, alguém em quem eu pudesse me apoiar nas horas de tristeza. Michael era essa pessoa, alguém que me entendia profundamente e que me fazia imensamente feliz.
Hoje, ao olhar para ele, sei que tudo o que vi em Michael desde o começo era verdadeiro. Cada momento ao seu lado me faz apaixonar ainda mais, e me faz sentir que ele era tudo o que faltava em minha vida. Ele é minha razão de viver, meu hoje, meu amanhã, meu eterno amor.
Quando terminamos de comer, decidimos que era hora de ir embora. Mas, enquanto voltávamos para o carro, uma ideia começou a se formar na minha mente. Eu queria estender aquele momento especial, queria levar Michael a um lugar romântico, onde pudéssemos continuar celebrando nosso amor de uma forma tranquila e íntima.
— O que acha de darmos uma esticada e irmos para um lugar especial? — perguntei, olhando para ele com um sorriso.
— Um lugar especial? — Ele perguntou, curiosidade e entusiasmo brilhando em seus olhos.
— Sim — respondi, segurando sua mão com firmeza. — Um lugar que é perfeito para nós dois.
Michael assentiu, sorrindo, e, com isso, partimos em direção ao próximo destino, prontos para continuar construindo memórias que carregariam para sempre em nossos corações.
Enquanto passávamos a manhã juntos, Michael mencionou que Vinícius, Bianca e Angel estavam prestes a realizar um grande sonho: abrir uma loja de roupas na cidade. Ele estava radiante com a novidade.
— Não é incrível? Eles sempre quiseram abrir seu próprio ateliê, e agora estão conseguindo — disse Michael, com um sorriso que iluminava seu rosto.
Eu concordei, relembrando como os três haviam decidido unir forças e investir todo o dinheiro que tinham para abrir um estúdio de design. Mesmo sabendo que precisavam de recursos, eles nunca quiseram aceitar ajuda financeira, não importa o quanto fossem íntimos da nossa família. Queriam conquistar tudo por conta própria, com suas próprias mãos e talentos.
— Mesmo que um pouquinho de ajuda tenha sido dada por baixo dos panos — pensei, rindo internamente. Afinal, Vinícius era meu genro e pai dos meus netos, e tanto Bianca quanto Angel faziam parte da família. Eles mereciam realizar seus sonhos, e eu sabia que às vezes uma pequena intervenção poderia fazer uma grande diferença, sem eles precisarem saber.
Apesar de não ter participado da gestão da sala de design das roupas, confiei plenamente em sua capacidade de gerenciar o negócio. Eles sabiam o que estavam fazendo, e eu estava orgulhoso do caminho que estavam trilhando. No entanto, também sabia que Vinícius havia escolhido um caminho diferente temporariamente, cuidando da parte financeira para poder passar mais tempo com as crianças até que ficassem um pouco mais velhas.
— Uma pena que Vinícius não vai desenhar tanto agora — disse Michael, calmamente, enquanto eu apertava sua mão com delicadeza. — Mas sei que ele quer ficar mais tempo com as crianças, e quando elas estiverem um pouco maiores, ele vai voltar a se dedicar ao que ama.
— Eles vão ficar bem. Todos são talentosos e têm o que é preciso para fazer suas próprias ocasiões — respondi, sorrindo ao ver que Michael concordava.
O sorriso de Michael era caloroso e gentil, um reflexo do homem que eu sabia que ele era. Embora tivesse uma personalidade que fazia com que muitos se sentissem próximos, eu sabia que era eu quem realmente estava perto de seu coração, aquele que ele amava profundamente. E isso me fazia ainda mais feliz por tê-lo ao meu lado.
— Mesmo assim, vai ser um grande passo na carreira deles. Fico contente que estejam correndo atrás dos sonhos — continuou Michael, segurando minha mão com mais firmeza. — Mas posso te contar algo que a Anastácia me disse?
Parei o carro, percebendo que havíamos chegado ao nosso destino.
— Pode me contar depois — sugeri, sorrindo, enquanto ele mordia o lábio, mas concordava. Descemos do carro e levei minha cadeira até um banco na praça. — Você se lembra deste lugar?
— Claro que sim — ele respondeu, com um sorriso nostálgico. — Aqui foi onde tivemos nosso primeiro encontro... onde eu derrubei sorvete na sua calça. — Ele riu, as bochechas corando ao relembrar. — E também foi onde te beijei e confessei meu ciúme bobo.
Lembro-me bem daquele dia, quando ele, meio atrapalhado, confessou que sentia ciúmes de mim. Independentemente dos sentimentos dele na época, eu sempre soube que, se fosse me comprometer com ele, jamais o deixaria sofrer ou magoaria seus sentimentos.
— Foi uma maneira muito fofa de dizer que gostava de mim — comentei, rindo. — E também de me fazer jogar fora aquela calça que, segundo meus sobrinhos, Anastácia, Celina e todo mundo, era horrível.
— Ainda me pergunto por que você comprou aquela calça... Era realmente feia. E não venha dizer que era para me conquistar, porque jamais usaria algo assim, nem deixaria alguém que amo usar! — Michael disse, um sorriso brincalhão surgindo em seus lábios.
— Ok, vou admitir... Ouvi alguém na minha empresa dizer que aquilo estava na moda para encontros — confessei em voz baixa. — Mas tenho certeza de que eu arrasava com ela de um jeito que ninguém podia negar.
— Todos discordam de você até hoje. E tenho quase certeza de que a Anastácia agradeceu ao destino por aquele sorvete ter estragado ainda mais a calça — ele disse, rindo, e eu não pude deixar de rir também.
— Ela literalmente dançou ao lado da máquina de lavar depois que viu o estrago completo — revelei, e Michael riu alto, sua risada ecoando pelo parque. — Mas, olha pelo lado bom, Axel e Karina ganharam um tecido extra para usar nas roupas dos bonecos deles, que Vinícius acabou costurando para os filhos.
— Isso só prova que até os erros podem se transformar em algo bom — ele disse, acenando com a cabeça, enquanto o silêncio confortável se instalava entre nós.
De repente, Michael franziu os lábios e, sem aviso, levantou-se e me beijou.
— Que tal refazermos o nosso primeiro encontro? — Ele sugeriu, apontando para um sorveteiro com seu carrinho, acenando para os clientes e casais apaixonados que passavam. — Eu compro, já volto. E nem precisa dizer, eu já sei qual sabor você quer.
Vi ele sair andando em direção ao carrinho, assobiando alegremente, e fiquei ali, observando-o com o coração cheio de amor e admiração por aquele homem. Eu acredito em almas gêmeas porque acredito na capacidade de amar verdadeiramente uma única pessoa por toda a vida.
Sei que o mundo é grande e que muitas pessoas podem despertar sentimentos semelhantes ao amor, mas apenas uma pessoa pode me dar o verdadeiro amor, e essa pessoa é Michael. Sou incrivelmente sortudo por ter encontrado, entre tantas almas, a minha outra metade, aquela que me completa, que me entende, e a quem posso entregar meu coração sem medo.
Posso dizer com segurança que sou feliz, pois encontrei o meu verdadeiro amor. Amo Michael do fundo do meu coração e vou amá-lo por toda a minha vida. Por mais que os anos passem, jamais deixarei a chama da nossa paixão se apagar. A paixão é o fogo que mantém o amor aceso, vivo, aquecido, e dedicado.
E é assim que quero amar Michael: com a dedicação e o entusiasmo dos jovens apaixonados, porque o verdadeiro amor não envelhece, não se cansa e não morre jamais.
Peguei a cadeira de rodas e, com um sorriso no rosto, comecei a me mover na direção de Michael, determinado a recriar o nosso primeiro encontro. A nostalgia e o carinho preenchiam meu coração enquanto me aproximava dele, que estava parado perto do sorveteiro, já escolhendo nossos sabores.
Ele se virou ao ouvir o som da minha cadeira se aproximando e sorriu ao me ver. Era como se o tempo tivesse voltado, e por um momento, éramos aqueles dois que, nervosos e entusiasmados, estavam descobrindo o amor em um simples encontro na praça.
— Parece que alguém está tentando recriar um momento especial — Michael disse, com uma expressão divertida no rosto.
— Só estou seguindo o seu exemplo — respondi, parando ao lado dele. — Não podia deixar de participar da recriação do nosso primeiro encontro.
Michael riu, aquela risada suave e contagiante que sempre aquecia meu coração. Ele pegou os sorvetes do sorveteiro e me entregou um, escolhendo o sabor exato que eu amava, assim como fez naquele dia.
— Cuidado para não derrubar sorvete em mim de novo — brinquei, lembrando-o do pequeno desastre que aconteceu da primeira vez.
— Eu vou tentar me controlar — ele respondeu, com um brilho travesso nos olhos.
Enquanto saboreávamos o sorvete, os sabores doces e frescos nos transportavam de volta no tempo. A cada colherada, lembranças daquele dia surgiam, mas agora eram ainda mais doces, enriquecidas pelos anos de amor e momentos compartilhados desde então.
Michael se sentou ao meu lado, e por um momento, ficamos em silêncio, apenas desfrutando da companhia um do outro, do som suave da brisa entre as árvores e da alegria de estarmos juntos.
— Sabe, recriar esse momento me faz perceber o quanto crescemos desde aquele primeiro encontro — ele disse, olhando para mim com ternura. — Mas, ao mesmo tempo, o sentimento é o mesmo. Ainda sinto a mesma emoção, a mesma alegria por estar ao seu lado.
— E eu sinto o mesmo, Michael. Tudo começou aqui, com um sorvete, um pouco de ciúmes bobos e um beijo. E agora, aqui estamos, noivos, construindo uma vida juntos — respondi, segurando sua mão. — Amo você mais do que nunca.
Ele sorriu, seus olhos brilhando com a intensidade do amor que compartilhamos, e naquele momento, soube que, independentemente de onde a vida nos levasse, sempre teríamos esses momentos especiais para nos lembrar de como tudo começou e de como nosso amor só se fortalecia com o tempo.
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Michael sorriu, seus olhos refletindo o mesmo brilho de paixão e carinho que sempre fez meu coração bater mais forte. Ele se inclinou ligeiramente, os rostos ainda próximos, e o toque suave de suas mãos na minha transmitia uma conexão tão profunda que parecia atravessar o tempo e o espaço.
— É incrível como, mesmo depois de tanto tempo, você ainda consegue me surpreender — ele murmurou, seu polegar acariciando o dorso da minha mão. — Cada dia ao seu lado é como descobrir uma nova parte de mim, uma parte que só existe porque você está nela.
Senti meu peito aquecer com suas palavras, e não consegui conter um sorriso. Eu sabia que ele era o tipo de pessoa que fazia o amor parecer fácil, natural, como se tivesse nascido para compartilhar essa vida comigo.
— Você é a melhor parte de mim, Michael — respondi, minha voz carregada de sinceridade. — Desde que te conheci, parece que tudo ao meu redor ficou mais brilhante, mais vibrante. Como se, de alguma forma, você trouxesse cor para a minha vida.
Ele se inclinou ainda mais perto, nossos lábios se tocando suavemente, como um toque de seda, enquanto o calor do beijo fluía entre nós. A química, o magnetismo entre nós, era tão palpável que era impossível ignorar. Cada vez que nossos lábios se encontravam, parecia que o mundo ao redor se dissolvia, deixando apenas nós dois em nossa pequena bolha de felicidade.
Quando nos afastamos, apenas o suficiente para respirar, Michael passou os dedos delicadamente pelo meu rosto, uma carícia que me fez fechar os olhos por um instante, saboreando o momento.
— Eu poderia viver só desses momentos — ele sussurrou, seus lábios ainda tão próximos dos meus que pude sentir a vibração suave de sua voz. — Momentos em que tudo que existe é você e eu, e nada mais importa.
Segurei sua mão mais forte, e com um sorriso, disse:
— E esses momentos são apenas o começo. Temos uma vida inteira pela frente para criar mais memórias como essa, para continuar descobrindo o quanto podemos nos amar, nos apoiar e crescer juntos.
Michael assentiu, seu sorriso se alargando, e nos inclinamos para um novo beijo, mais profundo, mais cheio de promessas para o futuro. Ali, naquele lugar que abrigava tantas lembranças, senti a certeza de que estávamos prontos para qualquer coisa que a vida nos reservasse, porque tínhamos um ao outro, e isso era mais do que suficiente.
A energia entre nós era inegável, e enquanto ficávamos ali, juntos, percebi que a verdadeira magia do nosso relacionamento estava na capacidade de, mesmo nos pequenos gestos, como um sorvete ou um beijo, transmitir o tipo de amor que poucos têm a sorte de experimentar. E, naquele momento, soube que Michael sentia o mesmo.
Michael se aproximou mais uma vez, seus olhos encontrando os meus com uma intensidade que fazia meu coração disparar. Sem dizer uma palavra, ele inclinou a cabeça e nossos lábios se encontraram em um beijo suave, mas cheio de significado. Era um beijo que falava de amor, de compromisso, de todas as pequenas e grandes promessas que já tínhamos feito um ao outro.
Enquanto nossos lábios se moviam juntos, o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. Tudo o que importava era o calor de sua boca contra a minha, a maneira como suas mãos firmes, mas gentis, seguravam meu rosto, como se eu fosse o seu tesouro mais precioso. O gosto doce do sorvete ainda pairava no ar, misturado ao sabor inconfundível do amor que compartilhávamos.
O beijo se aprofundou, e senti o familiar fogo da paixão acender dentro de mim. Cada movimento era uma dança silenciosa, uma troca de sentimentos que só nós dois poderíamos entender. Era um beijo que falava de futuro, de sonhos compartilhados, de uma vida que estávamos ansiosos para construir juntos.
Quando finalmente nos separamos, Michael manteve seus lábios próximos aos meus, respirando o mesmo ar, como se nenhum de nós quisesse quebrar a magia do momento. Seus olhos brilhavam, refletindo a mesma mistura de amor e desejo que eu sentia.
— Eu te amo — ele sussurrou, e o som de sua voz fez meu coração se encher ainda mais.
— E eu te amo mais do que palavras podem dizer — respondi, acariciando seu rosto com ternura.
Ele sorriu, aquele sorriso que eu sabia que seria capaz de iluminar os dias mais escuros, e então se inclinou para me beijar mais uma vez, selando o momento com um gesto simples, mas poderoso. O beijo foi doce e lento, como se estivéssemos saboreando cada segundo, cada toque, conscientes de que estávamos criando uma memória que carregaríamos para sempre.
Quando finalmente nos afastamos, o silêncio ao nosso redor era confortável, preenchido apenas pela certeza de que estávamos exatamente onde deveríamos estar — juntos, apaixonados, e prontos para o que quer que o futuro nos reservasse.
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Gostaram?
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