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Capitulo Sete

Alan Jones:

Ao chegar em casa, deparei-me com Anastacia dando uma bronca séria em Bobby e Alberto. Assim que os meninos me viram, seus olhos brilharam de alívio, como se estivessem na presença de um salvador. Sem pensar duas vezes, rapidamente virei minha cadeira de rodas na direção oposta, tentando evitar me envolver naquela tempestade.

— O que está acontecendo na sala? — Isaque perguntou, percebendo que a fúria de Anastacia estava prestes a explodir de vez.

— Esses dois cabeças-duras fizeram uma bagunça enorme na casa do Calvin esta tarde! — Anastacia exclamou, a voz carregada de irritação. — Sujaram toda a cozinha como se fosse um campo de batalha.

Bobby, tentando se defender, apontou para o irmão:

— Na verdade, quem começou com a sujeira foi o Alberto! Ele, o Axel e o Jonathan estavam na cozinha aprontando alguma coisa. Eu só estava de olho na Karina o tempo todo, tentando ficar longe da confusão.

Anastacia lançou um olhar cortante para os meninos, como se estivesse avaliando o quanto cada um estava envolvido naquela bagunça. A tensão no ar era palpável, e todos nós sabíamos que qualquer palavra errada poderia transformar a bronca em algo ainda pior. A atmosfera na sala estava carregada, e o olhar severo de Anastacia parecia deixar até o ar mais pesado.

— O Axel é uma criança, e aposto que o Jonathan estava grudado no celular dele, como sempre — Anastacia disse, cruzando os braços com um olhar de exasperação. — Você sabe muito bem que seu irmão é facilmente manipulado pela carinha fofa do Axel. Ele faz aquele biquinho e pronto, já consegue o que quer!

Havia um tom de cansaço na voz de Anastacia, como se essa fosse apenas mais uma das incontáveis travessuras que ela tinha que lidar. Bobby abriu a boca para responder, mas parou ao perceber o olhar duro que Anastacia lançou. Ele sabia que tentar justificar qualquer coisa nesse momento seria inútil. O rosto de Alberto estava ligeiramente corado, seja pela vergonha ou pela frustração de estar sendo repreendido.

O silêncio que se seguiu era tenso, enquanto Anastacia respirava fundo para não perder de vez a paciência. Por mais que soubesse que eram apenas crianças sendo crianças, havia algo exasperante em ver a cozinha transformada em um caos por conta de uma simples brincadeira que fugiu do controle.

— Mas eu arrumei tudo depois com o Vinicius! — Bobby disse, com uma pitada de desespero na voz. — Ele chegou e me ajudou enquanto eu pedia desculpas sem parar por terem transformado a cozinha num caos.

— "Sujaram" é um eufemismo — Anastacia retrucou, colocando o celular de lado e encarando Bobby com uma expressão séria. — O Jonathan me mandou uma foto da bagunça. Parece que uma bomba explodiu naquele lugar.

Antes que alguém pudesse responder, uma risada suave ecoou pelo corredor. Celina surgiu da cozinha, ajeitando a bolsa na cintura e lançando um olhar divertido por cima do ombro.

— Eu vi a tal foto — comentou ela, com um sorriso malicioso. — Se eu não soubesse, diria que vocês estavam tentando recriar uma cena de guerra ali dentro. Vinicius quase precisou de um exército para organizar aquela zona.

A maneira descontraída com que Celina falou fez o clima tenso aliviar um pouco, mas o olhar severo de Anastacia ainda pesava sobre Bobby e Alberto. A expressão dela indicava que, apesar de tudo estar resolvido, aquela confusão não passaria sem algumas consequências.

— Da próxima vez que resolverem inventar moda na cozinha — ela continuou, sem esconder a firmeza na voz —, lembrem-se que nem Vinicius nem eu somos suas babás. Se fizerem a bagunça, limpem sem precisar chamar reforços.

Celina, ainda sorrindo, deu uma piscadela para Bobby e voltou para a cozinha, deixando Anastacia de volta ao controle da situação.

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Depois de passar horas no escritório de casa, imerso em mais um documento interminável, senti a presença inconfundível de Anastacia entrando. Ela não precisou bater; a forma sutil como se movia já era sua assinatura. Levantei o olhar, um pouco exausto, mas já preparado para o que viesse.

— Com toda a correria hoje, nem tive tempo de perguntar o que você queria me dizer ontem, antes de tudo virar uma confusão quando o Calvin, o Vinicius e as crianças chegaram — disse Anastacia, com aquele tom caloroso que, apesar de toda a formalidade como governanta, carregava o carinho de uma amiga de longa data.

Havia um brilho de interesse genuíno em seus olhos, e, por um instante, me perguntei como abordar o que estava prestes a revelar. Respirei fundo, sentindo o peso das palavras que ainda me pareciam estranhas na boca.

— Eu... tenho um filho — confessei, sentindo o coração apertar com a mistura de emoções. — Com meu ex-namorado. O nome dele é Percy Williams.

O silêncio que se seguiu foi carregado de significado. Os olhos de Anastacia se arregalaram por um breve instante, refletindo surpresa antes de suavizarem em compreensão. Ela sempre foi ótima em manter a compostura, mas era evidente que não esperava por essa revelação.

— Um filho... — ela murmurou, quase para si mesma, antes de voltar a me olhar com um sorriso leve, misturado a uma sombra de preocupação. — Por que você nunca me contou isso antes?

— Eu nem sabia até poucos dias atrás — respondi, sentindo a voz tremer um pouco enquanto lutava para me manter firme. — A história com meu ex foi complicada. Ele faleceu há alguns meses e, antes de morrer, deixou uma carta. Nela, ele revelava que o Percy pode ser meu filho biológico. A revelação ainda pesa, junto com tudo o que isso significa.

Anastacia se aproximou, os olhos refletindo um cuidado quase materno. Ela pousou a mão no meu ombro, apertando-o com gentileza.

— Você sabe que pode contar comigo para o que precisar, certo? — disse ela, com aquele tom firme de quem já tinha passado por muitas coisas e sabia como oferecer apoio. — Além disso, aquele seu ex sempre foi um idiota. Provavelmente, ele achou que deixar essa bomba seria uma forma de te punir de alguma maneira, do jeito tóxico e possessivo que ele sempre foi. Lembra como ele era ciumento e fazia de tudo para te controlar?

Eu sorri, grato pela compreensão dela. Anastacia não era apenas a governanta da casa; ela sempre foi muito mais: uma amiga, uma confidente, alguém que sabia exatamente como lidar com meus medos e incertezas, mesmo nos momentos mais difíceis. Essa conexão silenciosa entre nós era algo que eu sempre valorizaria.

Anastacia permaneceu ao meu lado, com um olhar firme, mas cheio de compaixão. O silêncio se estendeu por alguns instantes, confortável e necessário, como se ela quisesse me dar o tempo para processar tudo isso. No entanto, eu sabia que ela não pararia por aí; sua natureza protetora não a deixaria se limitar a palavras de consolo.

— E você já pensou no que vai fazer agora? — ela perguntou, a voz suave, mas com um toque de preocupação genuína. — Quero dizer, sobre o Percy. Como você pretende lidar com essa situação? Ele se parece com o outro pai?

Suspirei, refletindo um pouco antes de responder.

— Pelo que pude observar, ele é um rapaz bondoso e sabe o que quer da vida — falei, com uma mistura de orgulho e incerteza na voz. — Fiz o exame de DNA para ter certeza, mas, só de olhar para ele, dá para ver que é uma cópia minha de quando eu tinha a idade dele.

Peguei o celular e mostrei a foto do Percy para Anastacia. Na imagem, ele sorria de maneira tímida, os óculos levemente tortos no rosto, como se estivessem ali para disfarçar a intensidade de seus olhos.

— Realmente, a única diferença são esses óculos — comentou Anastacia, inclinando-se para observar melhor. — Mas, quando o exame sair e confirmar tudo, você vai ter que contar para o Calvin que ele tem um irmão mais velho. Mesmo que o Calvin já seja um homem adulto, ele vai entender.

Havia um peso naquelas palavras. A ideia de revelar a verdade ao Calvin, alguém que cresceu sem saber da existência desse irmão, era um desafio. Por mais que ele fosse maduro e independente, essa notícia ainda mudaria muita coisa.

Anastacia continuou, agora com um olhar mais gentil, mas ainda perspicaz:

— Você sabe que esse tipo de segredo não pode ser mantido por muito tempo. Se o exame confirmar, vocês três vão precisar ajustar as dinâmicas, aceitar que a vida tomou um rumo inesperado. Mas eu estou aqui para ajudar no que for preciso. Seja para lidar com o Percy ou para dar apoio ao Calvin quando chegar a hora.

Eu assenti, sentindo um misto de alívio e apreensão. A vida tinha dado uma reviravolta que eu jamais esperava, mas, com Anastacia ao meu lado e a perspectiva de trazer Percy para a família, havia um lampejo de esperança no meio de toda a incerteza.

Anastacia observou meu semblante por mais alguns segundos, como se estivesse medindo cada uma das minhas reações, antes de finalmente se afastar e pegar uma cadeira para se sentar ao meu lado. Ela sabia que aquele era o tipo de conversa que exigia tempo, paciência, e uma boa dose de empatia. O silêncio, dessa vez, não era desconfortável, mas carregado de um entendimento mútuo.

— É engraçado pensar como a vida dá essas voltas, não é? — ela disse, quebrando o silêncio com um sorriso de canto. — A gente planeja, organiza tudo, acha que tem as rédeas da situação, e aí vem o destino e nos surpreende.

Eu sorri de volta, mas o peso da situação ainda estava ali, pulsando como uma constante em meus pensamentos. Como seria introduzir Percy a essa nova realidade? Um jovem que, até então, acreditava ter um pai ausente, mas agora precisava lidar com essa revelação inesperada. E Calvin? Ele sempre foi um irmão exemplar, protetor, mas como ele reagiria ao saber que, na verdade, nunca foi filho único?

— Uma coisa é certa, você vai ter que ir com calma — Anastacia continuou, cruzando os braços como se ponderasse cada palavra. — Percy já é um rapaz, não uma criança, então você precisa abordá-lo como igual. Ele vai precisar de tempo para processar, assim como você. E o Calvin... bom, ele pode ser cabeça dura às vezes, mas no fundo ele tem um coração enorme. Eu não vejo ele reagindo mal, mas acho que você vai precisar ser honesto e direto com ele.

Eu assenti, apreciando a sensatez das palavras dela. Era exatamente esse tipo de clareza que eu precisava naquele momento. Apesar do turbilhão de emoções, a presença de Anastacia era como uma âncora, me ajudando a ver a situação com mais lucidez.

— Sabe, a ideia de ter dois filhos de repente é... assustadora — confessei, sentindo uma pequena risada nervosa escapar. — É muita coisa para processar de uma vez. Mas ao mesmo tempo, é uma chance de recuperar o tempo perdido, de dar ao Percy o apoio que ele nunca teve.

— E você vai conseguir — Anastacia disse com convicção, sem um pingo de dúvida em seu tom. — Já vi você enfrentar desafios muito maiores. E, acima de tudo, você tem um coração enorme, mesmo que às vezes esconda isso. Percy vai perceber isso também. E no fim, acredito que ele e Calvin vão acabar se dando bem, até mais rápido do que você imagina.

Eu sabia que ela estava certa. Anastacia raramente errava quando se tratava de julgar pessoas e situações. Havia uma sabedoria nela, construída por anos de convivência e observação cuidadosa. Enquanto eu ficava ali sentado, ponderando sobre o futuro, ela colocou a mão sobre a minha novamente.

— Vamos dar um passo de cada vez, certo? Quando o resultado do DNA sair, a gente pensa na melhor maneira de contar para os dois. Mas por enquanto, tente não se torturar com todas as possibilidades. Estamos juntos nisso, como sempre.

Aquelas palavras me deram uma nova força. O caminho à frente ainda era incerto, mas saber que eu não estava sozinho fazia toda a diferença. Olhei para Anastacia, grato por sua presença e apoio incondicional. Ela era mais que uma governanta ou uma amiga; era família. E, no fim das contas, era isso que realmente importava: a família que a vida, com todas as suas surpresas, nos permitia construir.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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