Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Quatro

Alan Jones:

Antes da hora do almoço, saí da empresa para minha sessão de fisioterapia. Eu precisava desse momento para me reenergizar, principalmente considerando o que estava por vir. Assim que voltasse do hospital, pretendia passar onde Michael trabalha e convidá-lo para uma conversa. Eu queria me desculpar pelo meu comportamento recente com aquele cartão de crédito sem limites. Após pensar melhor e pesquisar sobre o assunto, percebi que aquilo estava longe de ser um gesto romântico.

Enquanto estava no carro, chequei meu celular e vi que havia uma mensagem no grupo da família que Calvin criou. Era cheia de emoticons, como sempre. Revirei os olhos, mas acabei rindo. Adorava o jeito descontraído do meu filho, mesmo tão cedo pela manhã. Depois de responder à mensagem, saí do escritório, fui até o elevador e avisei a Dante que voltaria só à tarde.

O clima estava frio, com um vento cortante e uma garoa fina que parecia aumentar a cada minuto. Lá fora, vi pessoas se apressando para se proteger da chuva. Isso sempre me deixava um pouco preocupado. Meu motorista, Isaac, compartilhava a mesma preocupação, seu olhar acompanhando as pessoas nas ruas, que iam a pé para o trabalho, muitas sem guarda-chuva, tentando evitar que os carros espirrassem água das poças em cima delas. Imaginei como seria chegar ao destino completamente molhado, já que, em dias como esse, os guarda-chuvas nunca pareciam ser suficientes.

Depois de alguns minutos dirigindo, viramos a rua que levava ao local da minha consulta e fisioterapia. Entramos na garagem, e Isaac, sempre atencioso, me ajudou a me transferir para a cadeira de rodas. Antes de voltar ao carro, ele me avisou que Calvin havia pedido para ele comprar algumas coisas para a festa de aniversário das crianças e que Celina solicitou férias antecipadas para visitar a prima.

No elevador, enquanto subia ao terceiro andar, onde ficava o consultório do meu médico, fui recebido por Joaquim Weasel, o irmão mais novo do médico com quem entrei em contato para resolver a questão do teste de DNA do Percy. Joaquim estava à minha espera com seu sorriso brincalhão de sempre.

— Bom dia, Allan! — ele cumprimentou. — Meu irmão disse que te mandou uma mensagem.

— Bom dia, Joaquim — respondi, saindo do elevador. — Sim, já pedi que agendassem um horário com ele para resolver todas essas questões. Ainda não acredito que seu irmão é tão renomado, é difícil conseguir uma consulta com ele. Com você, ao menos, as coisas são um pouco mais fáceis.

— Ele é mesmo complicado de alcançar, mas quando se trata de trabalho, ele é impecável — Joaquim comentou, enquanto caminhávamos pelo corredor. — Mas fique tranquilo, ele vai te ajudar com tudo o que precisar.

— Espero que sim. Precisamos esclarecer essa situação — murmurei, sentindo uma leve tensão ao pensar em tudo o que estava em jogo. Quando chegamos à sala, os equipamentos me aguardavam, prontos para me desafiar. Sabia que a sessão seria exaustiva, mas era exatamente o que eu precisava.

Durante a consulta, acabei falando com Joaquim sobre o que havia acontecido recentemente com Michael.

— Isso é completamente normal — Joaquim disse, com um tom de compreensão. — Não se sinta envergonhado. Como te falei antes, você deve me contar qualquer coisa relacionada ao seu corpo, inclusive dores ou desconfortos. Imagino que vocês ainda não tiveram nenhum tipo de contato íntimo desde que o relacionamento ficou mais sério.

Assenti, refletindo sobre como abordar isso com Michael.

— Ainda não sei como chegar a esse ponto. Michael está sendo incrivelmente respeitoso com o meu tempo e meus sentimentos. Isso só reforça o quanto ele é especial para mim — confessei, e Joaquim sorriu em resposta.

— É bom manter essa perspectiva. Isso vai te ajudar a enfrentar os momentos difíceis e a não se deixar consumir pela tristeza — ele disse, dando um tapinha encorajador no meu ombro. — Agora, vamos continuar.

Dediquei-me ainda mais aos exercícios, algo que passei a fazer desde que aceitei minha nova realidade. Joaquim e outros médicos disseram que há uma pequena chance de melhora na minha condição, mesmo que isso nunca signifique voltar a andar. Mas eu já entendi que desistir não é uma opção. Quando me deparei com minha nova forma de viver, caí em uma depressão profunda. Todos ao meu redor tentaram me resgatar daquele abismo, e com o tempo, fui encontrando motivos para seguir em frente. Percebi que, apesar das adversidades, ainda tenho muito a viver e que minha família precisa de mim ao lado deles, mais do que nunca.

******************************
Fiz os exercícios com dedicação, sentindo o esforço em cada músculo enquanto tentava superar meus próprios limites. Cada movimento parecia uma batalha entre a dor e a determinação. Joaquim me incentivava a cada etapa, corrigindo minha postura e ajustando os equipamentos quando necessário.

A cada repetição, sentia um misto de exaustão e alívio. Era como se, por alguns minutos, eu estivesse recuperando um pouco do controle que perdi quando tudo desabou. Mesmo com o desconforto e a fadiga, havia uma sensação de progresso que, embora lenta, trazia uma pequena dose de esperança.

Quando terminamos, eu estava suado e com o corpo dolorido, mas com a mente um pouco mais leve. Joaquim, sempre atento, me observava com seu olhar tranquilo.

— Você se saiu bem hoje, Allan. — Ele sorriu, satisfeito. — Esses pequenos avanços são importantes. Não desanime nos dias difíceis, cada passo conta.

Assenti, sabendo que ele estava certo. O caminho era longo, mas, pouco a pouco, eu estava reconstruindo partes de mim que pensei ter perdido para sempre. Mais do que físico, o exercício era um lembrete de que ainda havia forças dentro de mim.

— Obrigado, Joaquim. Sempre me ajuda a colocar as coisas em perspectiva. — Respondi, respirando fundo para recuperar o fôlego. — Vou continuar me esforçando.

Ele assentiu com um sorriso encorajador.

Após a sessão, enquanto Isaac me ajudava a voltar ao carro, meus pensamentos voltaram para Michael. Precisava encontrar o momento certo para falar com ele, para corrigir a situação do cartão de crédito e mostrar que eu realmente queria que nosso relacionamento fosse mais do que gestos materiais. Talvez fosse hora de planejar algo mais significativo, algo que viesse do coração.

Enquanto o carro deixava o hospital e o céu nublado refletia a melancolia do dia, fechei os olhos por um momento, pensando no que faria a seguir. Saber que eu estava dando passos, mesmo pequenos, na direção certa, trouxe um certo alívio. A vida tinha seus desafios, mas eu estava disposto a enfrentá-los, um de cada vez.

Pedi para Isaac me levar até o orfanato onde Michael trabalha. Durante o caminho, paramos no supermercado para comprar alguns doces para as crianças. Ao chegarmos no prédio, uma sensação de paz me invadiu. Saber que parte dos lucros dos meus negócios vai para essa instituição e outras que apoio me dá um certo alívio. Além disso, tenho alguém de confiança que supervisiona todas as transações e o bem-estar das crianças, garantindo que o dinheiro seja utilizado da forma correta.

Lembro de uma situação que aconteceu anos atrás, quando uma antiga diretora desviava os recursos para benefício próprio, ignorando as necessidades das crianças em relação à alimentação, roupas e lazer. Quando descobri o que estava acontecendo, fiquei furioso. Levei o caso à justiça, o que resultou na demissão e condenação dela. Depois disso, pedi a Calvin que encontrasse alguém íntegro e comprometido para assumir a administração. Desde então, as coisas têm funcionado muito bem.

Estacionamos o carro e pegamos as sacolas com os doces. De longe, avisto a atual diretora supervisionando as crianças que brincavam no jardim. Assim que ela me vê, abre um grande sorriso e vem ao meu encontro. Em poucos segundos, ela já está pegando as sacolas para me ajudar.

— Como estão as coisas? — ela pergunta enquanto começamos a caminhar juntos. — Michael estava um pouco nervoso ontem, quando estava no escritório dele. Cheguei a pensar que vocês tinham terminado.

— Estamos bem, mas acho que dei um presente terrível para ele. Ele nem quis ir à minha casa ontem à noite — confessei, vendo-a sorrir com uma pitada de entendimento. Ela apontou com a cabeça para a entrada do prédio.

— Ele está lá dentro. Algumas crianças ficaram doentes, e ele está cuidando delas, dando remédios. — A diretora explicou. — Eu avisei que elas não deviam ter brincado do lado de fora com aquele sol escaldante, mas crianças são difíceis de conter. Agora algumas estão com febre alta e dores no corpo. Vou guardar as sacolas e depois te levo até ele.

Seguimos para dentro, e fiz questão de parar para cumprimentar as crianças. Elas me chamam de "tio robô" por causa da cadeira de rodas, o que sempre me arranca um sorriso. Alguns funcionários pediram para Isaac ajudar a vigiar as crianças, e ele aceitou prontamente.

— Mas afinal, o que foi esse presente que deixou o Michael tão pensativo? — Isaac perguntou, curioso, enquanto caminhávamos. Dei um sorriso envergonhado.

— Um cartão de crédito sem limites — admiti, e vi Isaac quase engasgar de surpresa. A diretora me olhou com uma expressão de incredulidade.

— Allan, você realmente precisa aprender a ser romântico — disse ela, balançando a cabeça, mas com um tom carinhoso. — Mas não se preocupe, você vai melhorar com o tempo. Meu marido também não era tão bom nisso no começo. Só depois de alguns anos ele aprendeu.

— Acho que não é fácil para alguém como ele — Isaac riu, o que me fez rir também, mesmo um pouco constrangido.

Continuamos caminhando até que a diretora apontou para um quarto e pediu que eu esperasse do lado de fora enquanto ela entrava para chamar Michael. Assim que ela abriu a porta, ouvi a voz dele, e meu coração disparou no peito. Senti uma mistura de nervosismo e expectativa, como se eu fosse um adolescente prestes a encontrar seu primeiro amor. Era engraçado como, mesmo com toda a experiência e os anos vividos, o simples som da voz de Michael ainda tinha esse efeito sobre mim.

Fiquei ali, respirando fundo, tentando me acalmar e organizando as palavras que queria dizer. Era um momento importante, e eu não queria estragar tudo.
________________________

Gostaram?

Até a próxima 😘

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro