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Capitulo Dezessete

Alan Jones:

Saímos do escritório, e com um movimento cuidadoso, girei a cadeira de rodas em direção à sala de estar. O ambiente estava cheio de uma energia leve e descontraída, risadas e conversas fluindo naturalmente entre as pessoas. Quando nos aproximamos, avistei Michael cercado por seus amigos, mas algo mais chamou minha atenção. Ele estava nos braços de Lisa, o abraço entre eles cheio de emoção.

O olhar de Lisa era misto de surpresa e alegria, enquanto segurava Michael com firmeza, como se quisesse protegê-lo daquele instante tão revelador. Michael parecia perplexo, mas havia um brilho novo em seus olhos – uma mistura de alívio e confusão.

— O que está acontecendo aqui? — perguntei, sentindo o peso da curiosidade e uma leve preocupação por não entender a cena à minha frente.

Lian, que estava por perto, sorriu de maneira acolhedora e acenou suavemente na minha direção antes de responder.

— A Lisa e o Michael descobriram que são tia e sobrinho — ela revelou, como se fosse a coisa mais natural do mundo, mas com uma ponta de emoção que deixava claro que essa notícia mudava muito mais do que apenas o contexto familiar deles.

Houve um breve silêncio, como se todos ainda estivessem processando o impacto daquela revelação. As peças finalmente pareciam se encaixar, explicando a conexão inexplicável que sempre pareceu existir entre os dois. O olhar de Lisa transbordava afeto, e o de Michael, uma mistura de surpresa e aceitação.

Ver essa união inesperada trouxe uma sensação de que, às vezes, a vida tem suas próprias formas de unir as pessoas, mesmo nos caminhos mais improváveis.

— Parabéns pelo reencontro — Calvin disse com um sorriso provocador. — Meu amado padrasto. Não é mesmo, Percy?

Percy soltou uma risadinha, cruzando os braços e observando a cena com evidente diversão.

Michael revirou os olhos, mas com um toque de humor, ele caminhou até mim com passos firmes, tentando esconder a risada que ameaçava escapar.

— Padrasto? Eu? — ele riu, parando bem na minha frente e me dando um selinho rápido. — Sou jovem demais pra ter enteados tão folgados como vocês dois — acrescentou, com um brilho divertido nos olhos. — Ainda mais com vocês sendo praticamente da minha idade.

Calvin arqueou uma sobrancelha, entrando no jogo com o típico sarcasmo que ele sabia usar tão bem.

— Ah, claro, diz isso porque você tem vinte e oito anos, e só tem dois anos de diferença para o Percy. Agora, entre você e eu são cinco anos, mas preciso admitir que estou arrasando aos vinte e três — Calvin respondeu com um sorriso cheio de autoconfiança. — Mas se você namora o nosso pai, quando se casarem vai ser o quê? Além do nosso padrasto?

A provocação de Calvin pairou no ar, carregada de ironia e afeto. Michael balançou a cabeça com uma mistura de diversão e exasperação.

— Ser o "padrasto" de vocês dois seria mais trabalho do que ser marido — ele disse, rindo. — Mas, ei, talvez eu só queira o título de sobrevivente por aturar vocês.

O ambiente ficou leve e envolto de brincadeiras, mas por trás dos sorrisos e das piadas, havia algo mais: a aceitação e o carinho que, de forma disfarçada, vinham à tona nesses momentos únicos.

Dioniso me lançou um olhar sério antes de se aproximar com passos decididos. Seu habitual ar despreocupado parecia um pouco distante, substituído por uma expressão mais contida e ponderada.

— Alan, posso conversar com você um segundo? — Ele perguntou, a voz um pouco mais baixa do que o habitual, como se quisesse evitar que os outros percebessem o tom de urgência em suas palavras.

Assenti com um leve aceno, sentindo o peso daquela solicitação. Calmamente, virei a cadeira de rodas na direção oposta ao restante do grupo, buscando um canto mais tranquilo para que pudéssemos ter a conversa com a privacidade que ele claramente desejava.

Enquanto nos afastávamos, o ambiente ao redor parecia se desvanecer, deixando apenas a tensão sutil no ar. Havia algo na postura de Dioniso, um misto de preocupação e algo que ele ainda tentava esconder por trás de um sorriso hesitante. Eu sabia que o que vinha a seguir não seria apenas uma conversa casual.

******************************

Voltamos ao meu escritório, o ambiente silencioso e acolhedor contrastando com a tensão no ar. Dionísio se acomodou na cadeira à minha frente, cruzando as mãos sobre o colo com um gesto nervoso. Observei por um momento sua expressão contida antes de me dirigir à mesa. Havia uma carga emocional por trás de seus olhos, mesmo que ele tentasse manter o semblante calmo.

— O que deseja conversar? — perguntei, inclinando-me ligeiramente, curioso e preocupado com o que estava por vir.

Dionísio respirou fundo antes de falar, escolhendo as palavras com cuidado.

— Michael contou para mim e para a Lisa que ele está usando um dos seus contatos, um advogado, para atacar o tio dele. — Sua voz era controlada, mas havia uma firmeza por trás da neutralidade que ele tentava manter. — Eu quero ajudar também. Aquele homem matou a mãe do Michael sem piedade e ainda o fez sofrer por anos. Quero fazer isso por ele, não apenas como o tio do Michael, mas como marido da Lisa. Sei que minha esposa e meu cunhado vão sofrer com as consequências disso, mas não posso simplesmente ficar de braços cruzados.

Houve um breve silêncio enquanto as palavras de Dionísio pairavam no ar. Eu podia ver a determinação em seus olhos, misturada com uma dor profunda por tudo o que sua família tinha enfrentado. A verdade é que ele estava disposto a se envolver, mesmo sabendo dos riscos e do peso emocional que isso traria.

— Entendo o que você sente, e sei que a situação é complicada. — Respondi, meu tom mais suave agora. — Mas precisamos ter certeza de que estamos tomando as decisões certas, e que o Michael está preparado para enfrentar o que está por vir.

Dionísio assentiu, os lábios comprimidos em uma linha fina. Ele sabia que as coisas não seriam fáceis, mas sua vontade de proteger aqueles que amava era inabalável.

— Estou preparado para o que for preciso — ele murmurou, com uma determinação que não deixava espaço para dúvidas.

As engrenagens do que estava por vir já haviam começado a girar, e todos nós estávamos cientes de que, independentemente dos desafios, não havia mais como voltar atrás. Dionísio estava disposto a lutar por justiça e pelo bem-estar de sua família, mesmo que isso significasse enfrentar feridas que nunca cicatrizaram completamente.

Eu me recostei na cadeira, pensando em cada palavra de Dionísio e no que aquilo significava para todos nós. A tensão no ambiente parecia crescer a cada segundo, enquanto a decisão de agir se tornava inevitável. Havia algo em sua postura que me fazia perceber o quanto ele estava disposto a arriscar, não apenas por Michael e Lisa, mas pela própria paz que talvez buscasse em meio a tanta dor reprimida.

— Sei que você está determinado — comecei, escolhendo as palavras com cautela. — Mas precisamos ser estratégicos. Esse tipo de batalha, especialmente envolvendo alguém tão poderoso e implacável quanto o tio do Michael, exige mais do que apenas vontade. Precisamos de provas sólidas, suporte jurídico adequado, e uma preparação mental para o que está por vir. Isso pode desgastar todos nós, inclusive o Michael.

Dionísio apertou os punhos sobre o colo, sua expressão endurecendo ao me ouvir. Ele sabia que eu estava certo, mas o desejo de ver justiça prevalecer parecia consumir cada parte de sua determinação.

— Eu sei disso, Alan, e estou disposto a ir até o fim. — Sua voz tremeu levemente, mas logo ele a firmou novamente. — Michael é família, e Lisa... bem, ela já sofreu o bastante. O tio dele não pode continuar vivendo impune, como se nada tivesse acontecido. Isso precisa parar aqui.

Eu o observei em silêncio, sentindo a profundidade de suas palavras. A dor e a raiva que ele escondia eram quase palpáveis, e, por mais que ele tentasse manter a compostura, era evidente o quanto essa luta estava enraizada em algo muito maior: amor, proteção e até mesmo uma necessidade de redenção.

— Se vamos fazer isso, precisamos de um plano. — Minha voz era mais firme agora. — Eu já tenho algumas informações e contatos prontos para ajudar, mas vamos precisar trabalhar juntos, com precisão. Qualquer erro pode custar caro, e o tio do Michael não vai ficar parado enquanto montamos nossa estratégia. Ele é esperto e não vai hesitar em atacar de volta se perceber alguma ameaça.

Dionísio assentiu lentamente, absorvendo cada palavra.

— Estou pronto para o que vier. Não importa o que aconteça, vou ficar ao lado deles, mesmo que isso signifique me expor. — Ele se inclinou ligeiramente para frente, como se estivesse se preparando para a batalha que sabia estar à frente. — Michael e Lisa merecem um pouco de paz, e se isso for o que precisamos fazer para conseguir isso, então vamos em frente.

Por um momento, o silêncio reinou, carregado de uma resolução inabalável. Ambos sabíamos que o caminho à frente seria árduo, cheio de incertezas e riscos. Mas havia algo maior em jogo: a esperança de que, ao final de tudo, pudéssemos proporcionar algum alívio àqueles que tanto amávamos.

— Vamos começar a planejar — finalizei, estendendo a mão para Dionísio. Ele apertou minha mão com firmeza, selando o acordo com uma seriedade que dizia muito mais do que qualquer palavra.

A partir daquele momento, não éramos apenas amigos ou familiares preocupados; éramos aliados em uma guerra silenciosa por justiça e redenção.
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Gostaram?

Até a próxima 😘

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