Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

18 - Trajetória

A próxima projeção começou a tomar forma com um brilho dourado, mais suave e caloroso que as anteriores. A luz envolveu o ambiente e aos poucos revelou Devimyuu, agora trajando uma capa ornamentada com o emblema real, embora sua postura estivesse mais descontraída do que o habitual. Ele estava no santuário novamente, mas desta vez sua expressão não carregava dúvida ou melancolia. Havia um brilho especial em seus olhos dourados — uma mistura de excitação, nervosismo e alegria genuína.

Ele segurava o Soríbia com ambas as mãos, como se fosse algo precioso, e um sorriso ansioso iluminava seu rosto. Caminhou até o altar, parou e olhou para a árvore de cristal como se estivesse prestes a compartilhar o segredo mais importante de sua vida.

“Mãe, você não vai acreditar…!”

Sua voz saía mais animada do que de costume, quase como se ele ainda fosse um garoto, trazendo boas notícias.

“Eu... eu nem sei por onde começar! Ok, respira, Devimyuu.” Ele riu de si mesmo, passando a mão pelos longos cabelos sedosos, que estavam levemente desalinhados.

“Hoje descobri que…que eu… vou ter… gêmeos…!” Ele fez uma pausa, o sorriso ficando ainda maior, embora seus olhos brilhassem com uma emoção mais profunda. “E ao que tudo indica, são um menino e uma MENINA, um casal!” 

Devim balançou a cabeça, incrédulo, rindo baixinho enquanto apertava o cetro contra o peito.
“Mewrogue e eu costumávamos dizer que queríamos uma menininha um dia, e agora, vou ter a filha que sempre sonhei, além de um filho também! Eu... eu nem sei o que dizer. Só consigo pensar no quanto isso é... incrível. Assustador, claro, mas incrível.”

Ele começou a andar de um lado para o outro, gesticulando enquanto falava, como se estivesse tentando processar a avalanche de emoções.

“Não há amor entre Mewlith e eu, afinal, ela não passa de uma estranha pra mim, e tudo continua apenas negócios como sempre foi. Eu precisava de um herdeiro, e ela queria todo o luxo e riqueza que pudesse desejar, em troca de gerá-los e ser a representação de uma figura materna quando precisarem. Nosso acordo é esse, sem casamento, sem qualquer contato físico; tudo prático e sem rodeios. Mas, mesmo que eu não sinta absolutamente nada por ela, os bebês que ela está carregando já significam tudo pra mim. Sinto que já os amo de verdade, e prometo que farei o meu melhor por eles, assim como você fez por mim.”

Devimyuu parou, olhando para o altar com um sorriso suave e cheio de ternura. Porém, em seguida sua expressão ficou mais séria, embora ainda houvesse calor nela. Ele se aproximou do altar, encarando a flor na cúpula sobre ele e segurando o cetro com reverência.

Sei que uma parte não será nada fácil, por causa do mundo condenado onde irão nascer. Mas, há sete anos tento fazer dessa decadência um lugar pelo menos um pouco melhor. Sei que não posso consertar tudo, e também nem quero. Mas independente disso, ou de qualquer coisa, eles sempre terão a mim. Enquanto eu estiver aqui, eles serão amados, protegidos e terão um pai que fará de tudo para que sejam felizes, mesmo nas trevas desse mundo sombrio.

O rei Arquemônio fechou os olhos, enquanto uma lágrima solitária deslizava por sua bochecha, mas o sorriso permanecia.

“Queria que você estivesse aqui pra conhecê-los pessoalmente. Tenho certeza que seria uma avó incrível… Mas… sei que está comigo, de qualquer forma, como sempre esteve.”

A projeção começou a desaparecer gradualmente, as bordas tremulando e se desfazendo em partículas douradas que flutuaram ao redor de Mewleficent. A princesa sentiu seu peito se aquecer, um calor familiar e reconfortante preenchendo-a por inteiro.

— Então eu me enganei… Papai ficou muito feliz quando soube de nós, e já nos amava muito, mesmo antes de nascermos... — sussurrou ela, com os olhos marejados de emoção.  — Obrigada por me mostrar isso, fadinha.

A princesa sorriu, e a pequena fada assentiu ao seu lado, em seguida tocando seu ombro, encorajando-a a seguir. Mewleficent respirou fundo, enxugou as lágrimas e seguiu a luz brilhante que conduzia ao próximo cristal, cada vez mais ciente do quanto era profundamente desejada e amada desde o princípio, e ansiosa para ver que outras camadas descobriria a respeito da figura de seu pai.

A atmosfera mudou por completo assim que Mewleficent tocou no cristal seguinte. A nova lembrança começou a se formar em tons sombrios e frios, trazendo uma sensação palpável de tensão no ar. A figura de Devimyuu surgia apressada; seus passos rápidos ecoando no santuário como marteladas, e ele segurava o cetro com tanta força que seus dedos estavam rígidos. Seu semblante estava devastado; os olhos refletiam lágrimas pesarosas, e seu rosto trazia traços endurecidos pela frustração e pela angústia que o consumia.

Ele se ajoelhou com brutalidade diante do altar e da árvore de cristal, com o manto negro esvoaçando ao redor de seus pés como uma sombra viva. Cada respiração dele trazia um soluço sufocado, e sua voz estava carregada de desespero.

“Mãe... eu não sei mais o que fazer!” 

Ele apertava o cetro, como se implorasse ao espírito de Renesmew por um milagre, enquanto as lágrimas caíam por seu rosto como uma cascata.

“Conjurei todo feitiço que sabia, recitei cada encanto fádico, e usei toda magia de revitalização e cura que conheço… Ela estabilizou... mas… não é definitivo, sei que isso não vai durar. Ela só tem dois dias de vida, as sequelas das complicações do parto continuam e… ela ainda está fraca... fraca demais…”

Sua voz quebrou em um soluço enquanto ele abaixava a cabeça, com os ombros tremendo com a intensidade de sua dor e os ecos de seu choro incontido ressoavam pelas paredes cristalinas da estufa.

 “Não posso perder minha princesinha que acabou de nascer…! Ela é a filha que eu sempre quis… Meus gêmeos são… uma das únicas coisas boas que já me aconteceram nessa droga de mundo infernal! Eu não suportaria ficar sem um deles, qualquer coisa menos isso! P-por favor, eu… preciso de ajuda, mãe…! O que eu faço?!”

De repente, como um verdadeiro milagre, o santuário pareceu responder às súplicas do rei semideus. O ar tremulou levemente enquanto as flores de cristal que enfeitavam a árvore se iluminaram de maneira sutil, como se despertassem ao som de seu apelo genuíno. No centro do altar, a flor azul e púrpura dentro da cúpula de cristal — que era tudo que restara da forma física de Renesmew — começou a emitir um brilho pulsante, delicado e crescente. O brilho refletia como um coração batendo em silêncio, em perfeita sintonia com as súplicas de Devimyuu.

Então, do miolo da flor, uma pequena partícula luminosa começou a emergir. Era de um azul etéreo, quase translúcido, cintilando com reflexos dourados e púrpuras, como se carregasse cada resquício da essência restante da magia fádica de Renesmew. Flutuou lentamente no ar, dançando como uma estrela viva e traçando uma trilha cintilante até parar diante dele.

Devimyuu levantou a cabeça, ainda aos prantos, e seus olhos encharcados arregalaram-se ao vê-la. Ele estendeu as mãos trêmulas instintivamente, quase hesitante em tocá-la, como se temesse que aquele milagre pudesse se desfazer no instante seguinte. 

 “A sensação desse poder é tão… familiar… Espera…! Eu conheço isso... É tudo que restou da sua magia, não é? E você… está me dando pra salvar a minha filha. Se sacrificando por mim… mais uma vez…” Ele sussurrou, olhando para a partícula brilhante que agora repousava suavemente na palma de sua mão. 

Lágrimas continuavam a escorrer ininterruptamente por seu rosto, mas desta vez, eram um misto de melancolia e esperança renovada.

A partícula começou a se expandir, transformando-se em uma pequena esfera de luz que pulsava ritmicamente. Devimyuu sentiu que, de alguma forma, sabia o que fazer. Ele abraçou o cetro Soríbia contra o peito com uma das mãos, enquanto a outra segurava a luz com cuidado.

“Obrigado… mãe… Muito obrigado! Graças a você, sei que agora tenho uma chance de salvá-la!” Sua voz estava rouca e embargada, mas ao mesmo tempo firme e determinada.

Devimyuu se ergueu de súbito e saiu apressado do santuário com a esfera brilhante em sua mão, carregando não só toda sua esperança, como a promessa de um futuro para Mewleficent. 

Mewleficent piscou lentamente enquanto a lembrança se dissolvia ao seu redor, as partículas luminosas dançando suavemente no ar antes de desaparecerem. Por alguns instantes, ela ficou parada, os olhos marejados brilhando intensamente. Ela tentou limpar as lágrimas que escorriam por seu rosto com as costas das mãos, mas algumas delas insistiam em cair, como uma pequena cachoeira de emoções que ela ainda não sabia como controlar completamente.

O coraçãozinho da filhote parecia estar tão cheio que mal cabia em seu peito. Era difícil para ela, com apenas 9 anos, compreender a magnitude de tudo o que acabara de testemunhar, mas havia algo que ela entendia perfeitamente: o quanto era amada.

— A vovó... — ela sussurrou, a voz embargada enquanto olhava para a pequena fada, que flutuava perto dela, como se estivesse ali para consolá-la. — Ela me salvou… Ela deu seu último pinguinho de magia pra eu poder viver…. 

A fadinha inclinou a cabeça de leve, um gesto de confirmação que fez mais partículas brilhantes caírem, e isso arrancou um pequeno soluço da filhote. Ela sentia uma mistura de gratidão profunda e uma leve pontada de tristeza, como uma criança que compreende pela primeira vez o peso do sacrifício de alguém.

— O papai… ficou muito assustado, não foi? — Sua voz saiu quase como um sussurro enquanto ela apertava as mãozinhas contra si mesma, como se estivesse tentando abraçar o coração que agora parecia tão cheio. — Ele já me amava muito antes mesmo de me conhecer… Eu nem tinha nascido direito e já era a filhinha que ele sempre quis… 

Disse baixinho, olhando novamente para a fada, como se buscasse uma confirmação.

— Acho que entendi porque o papai é tão protetor comigo a ponto de até ficar bravo às vezes... Ele quase me perdeu quando eu era neném, e depois… quem acabou partindo foi o Darthe… Se acontecesse qualquer outra coisa comigo, papai não ia conseguir suportar… 

Mewleficent permaneceu quieta por um longo momento depois de murmurar suas palavras. Seu coração se sentia dividido entre a felicidade de descobrir o amor incondicional de seu pai e a tristeza crescente ao entender o que ele perdeu. 

As memórias ao redor começaram a se desfazer lentamente, como poeira luminosa sendo levada por uma brisa, deixando apenas um brilho suave no ar. 

Ela continuou encarando a fadinha, os olhos arregalados e úmidos, buscando forças para enfrentar o que sua mente começava a compreender.

— Mesmo como um fantasma, Darthe está sempre ao meu lado. Nós continuamos juntos, conversando e brincando… Eu sinto falta de como ele era antes, mas não dói tanto porque eu ainda posso vê-lo. Mas o papai não… Ele sempre nos amou muito e pra ele, é como se o Darthe tivesse partido pra sempre. Papai perdeu o Darthe e… perdeu um pedaço dele também, não foi? — perguntou, com a voz embargada, enquanto olhava para a fada.

A princesa apertou a própria cauda entre as mãos, um gesto quase instintivo de conforto. Naquele instante, parecia como se a dor de seu pai estivesse se entrelaçando à dela. Ela se imaginou no lugar dele, segurando Mewdarthe ainda pequeno, brincando, rindo juntos… e depois o vazio. O silêncio. Uma ausência que nunca poderia ser preenchida. Seu pequeno corpo tremeu ao pensar nisso.

— Fiquei tão triste por papai ter mudado que acho que nunca parei pra pensar de verdade em como ele se sente tendo perdido um de nós. Deve ser por isso que ele às vezes fica tão triste e tão distante…Porque o Darthe não está mais aqui… e ele tem medo de me perder também.

Sussurrou para si mesma, deixando as mãos caírem devagar, encarando-as. As palavras foram difíceis de sair, mas a filhote precisava dizê-las para si mesma. Sua compreensão era ainda limitada, mas o suficiente para perceber que o luto de seu pai era uma sombra esmagadora que ele carregava, ao mesmo tempo que tentava de tudo esconder para protegê-la.

— Isso explica porque papai se culpa tanto… Ele acha que deveria ter estado aqui e feito algo pra salvar o Darthe do mesmo jeito que me salvou.

Foi então que a princesa se deu conta de algo que não somente trouxe um grande peso em seu coração como em sua consciência.

— Eu nunca devia ter dito ao papai naquela briga que ele quis substituir o Mewhades pelo Darthe porque deixou ele morrer…! Agora sei que papai jamais faria isso, e que eu fui muito má com ele por dizer essas coisas… 

Ela fungou baixinho, tentando segurar as lágrimas. Suas palavras foram seguidas de um silêncio pesado, mas ela apertou os punhos com determinação.

— Darthe estava certo sobre a nossa mãe. Eu só disse essas coisas horríveis porque acreditei nas mentiras dela! Papai sempre nos amou, enquanto ela só aceitou ser nossa mãe em troca das riquezas que sempre quis. Ela realmente é uma mentirosa, e má! E eu nunca mais vou acreditar em nada do que ela disser, do mesmo jeito que nunca mais vou magoar o meu pai de novo, repetindo essas coisas. E não quero trazer mais problemas que deixem ele mais preocupado achando que também vai me perder. Eu juro, fadinha, que a partir de agora, vou fazer de tudo pra mostrar que não importa o que aconteça, eu sempre estarei aqui pro papai e nunca vou deixar de amá-lo.

A filhote exclamou fervorosamente, olhando para a fada, conforme um brilho suave e decidido refletia-se em seus olhos heterocromáticos. Pois em meio a todo aquele turbilhão de emoções que tentava lidar tão repentinamente, ela encontrou uma força nova: o desejo de consolar e proteger seu pai, assim como ele sempre fizera por ela.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro