11 - Acalento
O sol já estava alto no céu, marcando o início da tarde com sua luz intensa. O brilho dourado do meio-dia se misturava à aura divina que envolvia Kinmyuu, enquanto ele se preparava para invocar o décimo quarto anjo. No entanto, seu semblante antes firme e focado, agora parecia levemente tenso.
Apesar de sua forma celestial continuar irradiando todo seu poder e magnificência, Kin começava a mostrar sinais sutis de cansaço. Suas asas imponentes batiam com menos vigor, e sua respiração mais controlada evidenciava o peso das horas de esforço contínuo.
A longa sequência de invocações — que agora estava na metade — exigia concentração extrema enquanto ele liberava um fluxo constante de seu poder divino, para que cada um dos anjos pudesse se manifestar em terra sem que houvesse um desequilíbrio na ordem espiritual que envolvia o plano terreno.
Contudo, quando estava prestes a pronunciar as palavras sagradas no dialeto angelical para a próxima invocação, sua mente perdeu o foco por um instante. Lhe sobreveio uma sensação inquietante, um pressentimento persistente que o distraiu.
O rei semideus tentou se concentrar novamente, mas a inquietação incômoda só parecia crescer a cada segundo. Havia alguma coisa errada. Sentidos de alerta invadiram seus pensamentos, lhe dizendo que algo preocupante acontecia no palácio, e principalmente, com sua esposa e rainha. Seu coração deu um leve salto, o fazendo sentir uma pontada de ansiedade.
"Anmy… amor? Está tudo bem com você?"
Tentou chamá-la por telepatia.
Sua preocupação apenas aumentou quando não houve resposta, fazendo uma gota de suor frio escorrer pela lateral de seu rosto, deslizando por seus cabelos platinados e agora mais longos. Talvez a distância estivesse afetando sua conexão, contudo, também havia a possibilidade de Anmyuu estar com a mente muito desconexa pelo emocional aflito para ter conseguido ouvi-lo.
Essa segunda opção apenas serviu para deixá-lo mais nervoso. Kin respirou fundo, tentando dissipar o desconforto, mas o pensamento permanecia criando um aperto sutil em seu peito. A luz ao seu redor começou a vacilar, enquanto o símbolo do Dominante Sol Sagrado sob seus pés, que antes brilhava intensamente com a energia divina do ritual, agora pulsava de forma irregular, respondendo à sua própria agitação interna.
Kinmyuu cerrou os punhos, frustrado consigo mesmo ao perceber que estava distraído demais para canalizar a energia da invocação corretamente. Ele sabia que não podia se permitir distrações naquele momento, mas o medo crescente de que algo estivesse acontecendo com sua amada rainha no palácio não o deixava em paz. Sua intuição de semideus sempre fora certeira, e isso só intensificava o desconforto que sentia.
A tia sacerdotisa Myuusif, que seguia o acompanhando desde o início do ritual, percebeu sua hesitação junto a expressão tensa em seu rosto. Ela se aproximou de Kinmyuu, dentro do círculo de sol oscilante e tocou gentilmente em seu braço.
— Se sente bem, sobrinho? — Perguntou, tendo que erguer bastante a cabeça para olhar em seu rosto, pois na forma de semideus, a estatura já avantajada de Kin se tornava consideravelmente maior.
Direcionando seu olhar a ela, o rei suspirou, sabendo que apenas se desgastaria mais se insistisse em forçar seu foco enquanto aquela sensação preocupante o atrapalhasse.
— Acho que sim, é só que… Tive um pressentimento estranho, e estou um pouco preocupado com a Anmy…
Ele respondeu, com seu olhar entregando que a preocupação não se tratava de só “um pouco”.
— Bem, já é quase meio-dia, que tal pararmos para descansar um pouco? Você precisa repor suas energias, e o sol estando em seu ponto mais alto ajudará a recuperar seu Nei de Luz mais rápido. Você pode tentar falar com ela enquanto isso. Chame-a para almoçar aqui conosco!
***
— Muito obrigada por isso, Magistrado!
Anmyuu agradecia, enquanto Mewhicann terminava de reparar a última vidraça trincada das altas janelas do salão do trono, através de um feitiço de restauração.
A essa altura, os móveis estavam de volta ao seus lugares, a tapeçaria novamente lisa e pomposa, os quadros junto as demais decorações intactos onde deveriam, e não se via mais rachaduras nas colunas de mármore, como se o caos de meia hora atrás jamais houvesse acontecido. Tudo graças à sua magia.
Mewhicann mal teve tempo de responder quando Diamewd adentrou outra vez no salão, trazendo notícias.
— Os feiticeiros de resgate enviados por Myurgana acabaram de chegar, e já levaram Mewthazar de nossa enfermaria de volta a Magispell com um feitiço de teletransporte. Imagino que ele ficará bem quando o tratarem com a magia medicinal de lá.
Informou a rainha-mãe.
Anmyuu respirou aliviada, mas ergueu uma sobrancelha em seguida.
— Sei que Magispell está com sua própria crise para lidar com o roubo do Grimório e tudo, mas, mesmo assim, me surpreende Myurgana não ter vindo junto… Eu largaria tudo sem pensar se me dissessem que um de meus irmãos sofreu uma síncope por um ataque psíquico e está desacordado.
— Ela não consegue demonstrar muita empatia por Mewthazar desde o ocorrido com o pai deles. — Disse Mewhicann, cruzando os braços com uma feição pensativa.
— Ela o culpa de alguma forma? — Perguntou Diamewd, intrigada.
— Não, mas culpa Heimewdall, já ele se recusou a… impedir a morte do Rei Odimyuus. Como vocês sabem, com tudo que ocorreu após a perda dele, para poupar lady Guimewvere de sua angústia, Mewrilin a colocou num feitiço de sono eterno. Mas ele nunca faria isso sem se enfeitiçar junto a mulher que amava. Pelo menos, achamos que foi o que aconteceu, já que nunca mais soubemos nada dos dois. E bem, nem perder o próprio pai fez Mewthazar deixar de ser obcecado pelo lixo Heimewdall, e continuar a apoiá-lo é o motivo da desafeição de Myurgana.
Hicann explicou, usando dos detalhes que sabia por ser próximo a família real magista.
— Mas depois do que vimos aqui hoje, quem garante que Mewthazar realmente quis continuar apoiando o bandido do Heimewdall?! Essa víbora pode muito bem tê-lo obrigado a isso!
Exclamou Anmy, com os ânimos já exaltados.
— Só nos resta torcer para que Mewthazar esteja livre agora. E quem sabe assim, ele e a irmã, aliás, e as irmãs, possam finalmente se acertar. Além disso, se a mente dele estiver de volta ao próprio controle, talvez ele possa se lembrar de como Heimewdall conseguiu dominá-la, e teremos mais uma condenação para aplicar a esse monstro!
Complementou Diamewd.
— Hmpf, essa é só mais uma na lista. Esse verme merece pagar com a vida por cada um dos crimes que cometeu, e garantirei pessoalmente que isso aconteça!
Declarou a Rainha Suprema com uma fúria determinante em seu olhar. Contudo, a chama alimentada pelo desejo de vingança e justiça que irradiavam era apenas uma brasa, se comparada à expressão que Mewhicann demonstrou.
— Pagar apenas com essa vida não basta. A minha garantia será de que esse maldito receba tudo que mereça até no que está por vir após ela.
Diamewd observou o olhar gélido e sanguinário de Mewhicann ao proferir tais palavras. Ele queria a alma de Heimewdall destruída e fragmentada em pedaços irreparáveis num ciclo eterno de sofrimento, tal como ele de fato merecia. O conhecendo bem, ela não duvidava que Mewhicann seria realmente capaz de tal feito. E ela celebraria essa realização tanto quanto ele.
O ar pesado que se manifestou no ambiente por alguns instantes acabou sendo dissipado quando o C-Tech de Anmyuu tocou, distraindo a atenção de todos. Ela pediu licença e se afastou um pouco para atender, ansiosa ao ver que se tratava de uma chamada de Kinmyuu.
***
Na área externa aos fundos do Templo de Ghaceus, havia uma fonte termal sagrada, cercada por pedras brancas com pequenos cristais cintilando entre as rochas, refletindo a luz suave do sol. Suas águas cristalinas de tonalidade levemente azulada, pareciam brilhar de dentro para fora, irradiando uma energia divina que renovava tanto o corpo quanto o espírito.
Após desfazer sua forma celestial, por recomendação da tia, Kinmyuu foi se banhar ali para recuperar sua energia e aliviar o peso das horas de concentração de poder divino. Ele enfim foi capaz de relaxar um pouco, e agora sentia seu corpo leve e renovado. Porém, seus pensamentos continuavam a divagar sobre Anmyuu, enquanto ele aguardava ansioso pela chegada de sua rainha.
Kin tinha acabado de sair da água, e se vestia com uma túnica leve e branca enquanto o vapor suave o envolvia Até que olhou para o horizonte, e seu coração acelerou levemente ao ver Anmyuu se aproximando.
Kinmyuu deu alguns passos à frente, caminhando em direção a sua amada com um sorriso suave. No entanto, logo seu sorriso foi substituído por um olhar de preocupação terna, ao notar a expressão no rosto de sua rainha.
A vulnerabilidade exposta de Anmy refletia em seus olhos, e por mais que ainda não soubesse exatamente o que poderia ter havido, Kinmyuu a conhecia bem demais para não perceber o peso emocional que ela parecia estar carregando.
E de fato, a tensão que a rainha havia segurado com tanto esforço começou a desmoronar a cada passo que a aproximava dele. Sua mente ainda processava os eventos caóticos com Mewthazar, no entanto, era o turbilhão de emoções gerado pela gravidez inesperada que a abalava mais profundamente.
Assim que avistou o marido a esperá-la com sua postura calma e olhar compreensivo, sua garganta apertou, e os olhos se encheram das lágrimas que ela vinha segurando desde o início daquele dia turbulento. Finalmente, ali com ele, ela não precisava ser uma rainha imbatível, e sim aquela a ser amparada e protegida.
— Kin… — Foi tudo que ela conseguiu dizer com a voz embargada, enquanto Kinmyuu a envolvia em seus braços num gesto de carinho reconfortante e acolhedor.
Ele obviamente ficou muito preocupado ao ver as lágrimas verterem pelo belo rosto de sua rainha, porém, sabia que naquele momento, palavras não precisavam ser ditas imediatamente. Tudo que ela precisava era de seu amparo gentil e ao mesmo tempo forte e protetor.
— Calma, meu amor. Estou aqui com você, vai ficar tudo bem.
Respondeu Kin suavemente, ao inclinar a cabeça e depositar um beijo terno em sua testa.
Anmyuu apenas voltou a abraçá-lo fortemente, se permitindo derreter nos braços dele. Sentir seu cheiro familiar enquanto era resguardada por aquele abraço a fez sentir-se segura pela primeira vez desde aquela manhã turbulenta.
Após sua rainha se acalmar um pouco, Kin a conduziu até um dos bancos ornamentais próximos à fonte, onde ambos se sentaram para conversar. Havia uma certa hesitação nos olhos de Anmyuu, junto com as orelhas ligeiramente baixas e a cauda lentamente sinuosa e irrequieta, entregando seu nervosismo.
Após um suspiro profundo, ela segurou numa das mãos de Kin com uma delicadeza que transmitia sua inquietação. Atento a cada detalhe, ele acariciou suavemente o dorso das mãos dela, esperando pacientemente até que ela se sentisse pronta para falar.
— Kin... sei que talvez não seja a melhor hora ou lugar, mas eu preciso muito te contar uma coisa… — ela começou dizendo, com sua voz saindo quase como um sussurro. Respirou fundo novamente, juntando coragem para enfim lhe contar — Kimy, eu… estou grávida…
A revelação pairou no ar por alguns segundos. Kin arregalou os olhos levemente, absorvendo o impacto da notícia. Contudo, embora surpreso, não disse nada de imediato. Ele apenas a olhou nos olhos, com ternura e preocupação crescendo em seu semblante. Tinha notado que algo a estava incomodando, sem contar tê-la visto enjoar e colocar tudo pra fora na noite anterior. Agora tudo fazia sentido.
Com sua suavidade característica, Kin ergueu a mão até o rosto dela e a acariciou, traçando as linhas suaves de sua bochecha com o polegar.
— Bem… — ele começou, mantendo o olhar firme e amoroso — E como se sente sobre isso, amor?
Anmy desviou o olhar por um momento.
— Ainda não sei, Kin… Não foi planejado. E, depois de tudo que passamos com Aken, e todo cuidado que precisamos ter na gestação de Tsuki... Eu… estou com medo — sua voz tremia ligeiramente, mas ainda assim, ela se virou para ele e continuou — Sabe que se não fosse por seu pai como anjo ter usado literalmente um milagre para que Aken sobrevivesse quando nasceu, nós teríamos o perdido. E ainda assim, tivemos a coragem de nos arriscar com Myu-Tsuki porque queríamos muito uma filha também. Mas, não sei se consigo passar por isso de novo, se estou preparada para correr esses riscos. E com tudo que está acontecendo, com o roubo do Grimório, você em breve tendo que cumprir a profecia de Ghaceus e todo o resto… Me parece uma péssima época para ter outro filho a caminho. Talvez eu não devesse pensar assim, mas a verdade é que… não sei se realmente quero ter esse bebê…!
Lágrimas sutis voltavam a verter pelos olhos dela diante de tal confissão.
Kin absorveu suas palavras com a calma habitual, mas sentia seu coração apertando ao ver a mulher que amava tão vulnerável. Ele podia entender como ela se sentia, colocando em si mesma o peso da responsabilidade e o trauma dos sustos passados com seus outros filhotes. Mas a última coisa que queria era que ela sentisse que carregava tamanho fardo sozinha. Sendo assim, ele a puxou suavemente para perto, envolvendo-a em outro abraço protetor.
— Amor... o que você está sentindo é totalmente compreensível. Ainda temos um pouco de tempo, não precisamos decidir nada agora. O que mais importa é você, sua saúde e seu bem-estar. Se não se sente preparada, sabe que estou ao seu lado aconteça o que acontecer, e sempre a apoiarei no que for.
Kinmyuu beijou o topo da cabeça de sua rainha, enquanto suas orelhas abaixadas tocavam as dele, num gesto de conforto mútuo.
Ela se sentia um pouco mais relaxada nos braços de Kin, sentindo o calor reconfortante de seu marido, sabendo que ele sempre a apoiaria incondicionalmente. Porém, algumas preocupações ainda persistiam.
— Eu sei, mas no fundo, não consigo deixar de sentir que posso estar te desapontando, Kin... Sei que não se importaria se tivéssemos mais filhotes, e que isso o deixaria feliz…
Kin a afastou ligeiramente, o suficiente para olhar em seus olhos.
— Anmy querida, você nunca poderia me desapontar nem por um segundo. Eu te amo mais do que tudo, e sua felicidade é o que sempre estará em primeiro lugar pra mim. Se você não quer ter esse bebê, ou se está com medo, nós vamos enfrentar isso juntos. Você é e sempre será, a minha absoluta prioridade.
Confortada pelas palavras confiantes dele, Anmyuu até conseguiu sorrir levemente, com uma última lágrima silenciosa escorrendo pelo rosto, mas dessa vez de alívio.
— Obrigada, amor. Eu acho que só... preciso de um tempo para pensar e processar tudo isso, antes de tomarmos qualquer decisão.
Kin sorriu de volta, enxugando a lágrima com um toque suave de seu dedo. No entanto, logo em seguida seu olhar se mostrou levemente hesitante, e ele desviou o rosto com um semblante que carregava um certo lapso de culpa.
— Além do mais, querida, é você que tem todos os motivos para estar desapontada comigo. Eu deveria ter sido mais responsável em nos prevenir, mas não achei que minhas injeções pudessem falhar… A probabilidade disso acontecer era de 0,001 por cento. Então como…?!
Anmyuu apenas suspirou, parecendo pelo menos um pouco mais conformada.
— Bem, você é um semideus. Seu corpo se regenera e se adapta a praticamente qualquer coisa. Deve ter cortado os efeitos contraceptivos aos poucos e então… aqui estamos.
— Ainda assim, não posso deixar de me sentir um pouco culpado…
Confessou Kin.
— Olha, se formos ter esse bebê, eventualmente nas próximas semanas, quando meus hormônios estiverem mais bagunçados do que nunca e os nervos à flor da pelagem, eu com certeza colocarei toda a culpa disso em você. Mas por enquanto não.
Ela disse com um olhar afiado e ao mesmo tempo maroto na direção dele.
A sutil tensão que Kin sentia acabou se quebrando, e ele sorriu de volta, até mesmo rindo um pouco.
— E eu aceitarei de bom grado toda e qualquer punição que queira me impor por isso, minha rainha — disse, beijando a mão dela num gracejo — Mas, falando em semanas, de quantas acha que estamos?
Perguntou, automaticamente direcionando seu olhar para o ventre ainda plano da esposa.
Anmyuu mostrou um olhar pensativo.
— Hmm, é difícil calcular quando exatamente pode ter acontecido, já que fazemos o que é necessário pra isso com uma determinada frequência, não?! — ela perguntou de forma retórica ao dirigir um olhar divertidamente condenatório para Kin, que apenas sorriu com uma expressão cínica de culpa enquanto esfregava a nuca — Os sintomas não começaram há muito tempo; sinto que meus seios aumentaram um pouco mas ainda não tenho leite, então eu diria que devo estar de no máximo duas semanas…
Kin tentou se recordar de cada “momento romântico” dele com sua rainha nas últimas duas semanas, buscando descobrir em qual deles Anmy poderia ter estado em seu período fértil. Até que um lhe veio à mente.
— Há mais ou menos duas semanas não foi o Festival Anual da Colheita de Gemas de Cristábia? Lembro que nós… caham! Nos… divertimos muito naquela noite…
Inevitavelmente, um sorriso levemente sugestivo surgiu nos lábios de Kin com as recordações… “acaloradas” que lhe vieram ao pensar na mencionada noite.
Já Anmyuu arregalou os olhos, desacreditada.
— Ai Ghaceus! Você e sua dança cristárabe sensual com aquela roupinha toda sexy mostrando o tanquinho! Graças a isso, eu fiquei fora de mim naquela noite, justamente num dia perigoso em que eu deveria ficar bem longe de tudo… tudo isso aí!
Ela exclamou inconformada, enquanto apontava em direção a todo o corpo de Kin, mais especificamente, com os olhos na direção abaixo de sua cintura.
Mesmo correndo o risco de provavelmente levar um ou mais tapas, Kinmyuu não resistiu a uma pequena gracinha.
— Mierrr… bem, culpado de novo… Vendo por esse lado, acho que essa deve a razão oculta de chamarem de “dança do ventre”...
Não levou nem um segundo para Kin sentir um tapa estalado contra seu ombro.
— Miai! — Ele exclamou, tentando disfarçar que sentia um pouco de vontade de rir ao mesmo tempo.
— Quer saber? Daqui a umas semanas nada, vou começar a ficar com raiva de você agora mesmo! A culpa é toda sua e dessa sua ascendência do oriente irritantemente irresistível, semideus cínico!
Anmyuu exclamou, fazendo cara de brava enquanto dava mais alguns soquinhos irritados em Kin, que apenas ria baixinho se desculpando. Embora não estivesse verdadeiramente com raiva do marido, achou que era mais do que justo descontar.
*Ilustração Bônus
Apreciem o Kin e sua dança cristárabe irritantemente irresistível que seduziu a Anmy
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