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31 - A Cúpula dos Reinos


Um certo tempo depois, Diamewd e Mewhicann já estavam embarcados no jato particular da família real cristárabe. Seria um vôo de aproximadamente três horas a caminho do rico e fascinante reino de cristal; de onde procediam praticamente todas as gemas preciosas comercializadas no Mundo Puro. 

O Magistrado e a rainha-mãe estavam sentados de frente um para o outro num par de confortáveis poltronas luxuosas, ao lado da larga janela de vista panorâmica, onde no momento, apenas o manto branco e de aspecto fofo do mar de nuvens sendo cortado pela asa metálica do jato podia ser visto. 

— Então, você realmente foi voando de vassoura desde Homsafetown até Nihsies? — Diamewd perguntou ainda um pouco desacreditada, enquanto usava os poderes telecinéticos de sua parte biotipo psíquico para trazer até ambos uma garrafa saída direto do frigobar do jato, junto a duas taças cristalinas. 

— Com uma vassoura mágica e a invocação de dois ou três feitiços de teletransporte, acho que nenhum lugar é distante demais para um bruxo... — Respondeu Hicann com naturalidade. 

— Imagino que a sensação deva ser libertadora — Comentou Diamewd, pousando a garrafa e as taças na mesa de bordo entre seus assentos.

— Se quiser experimentar um dia, é só me dizer. — Mewhicann disse enquanto, como um cavalheiro, tomava a liberdade de abrir a garrafa e servir a ambos.

— Ah, é? Agradeço o convite, vou me lembrar disso — a rainha respondeu com um meio sorriso, apanhando a taça servida — Hm, devo avisar que esse é um espumante de damasco cristalizado do meu reino, e tem um percentual alcoólico considerável. Espero que não se importe.

— Na verdade, eu me importo quando não têm... — A resposta de Mewhicann fez Diamewd rir um pouco, embora ironicamente ele não tenha dito no intuito de ser engraçado e estivesse falando sério.  — Mas confesso que ver você bebendo algo do tipo é novidade para mim. 

O magistrado argumentou após seu primeiro gole, imaginando que se não estivesse diante de uma dama, ele com certeza viraria o conteúdo de uma só vez.

— Acredite, estou precisando... E antes que pergunte e se preocupe, não é pelo que aconteceu com Heimewdall. Se eu fosse beber por raiva daquele cretino, eu seria uma alcoólatra há tempos. O motivo... é outro... 

A fêmea desviou o olhar e suspirou receosa. Mewhicann se inclinou na poltrona, se atentando ainda mais a ela.

— O que está havendo, Rose? Sabe que pode se abrir comigo... — disse, olhando em seus olhos.

— É o Kin... Anmyuu me mandou mensagem hoje pela manhã, disse que ele teve aquele... "sonho" novamente... Tem acontecido quase toda noite, e está cada vez mais intenso. Além disso, parece que algo relacionado aconteceu com ele pouco antes de você chegar. Anmy ainda não sabe o que houve exatamente, pois não tiveram tempo de conversar, mas ela disse que nunca tinha visto Kin tão perturbado. Eu estou muito preocupada com ele, Hic...

Sabendo de tudo o que ocorria "nos bastidores", e portanto, compreendendo o quanto a preocupação dela era válida, Mewhicann também suspirou, a encarando de forma complacente.

— Entendi. Então é por isso que veio até Nihsies, não é? Para ver como ele estava... 

— Sim, mas antes, passei no templo de Ghaceus para conversar com Myuusif a respeito. Ela disse que o Solemn Hour está próximo, e que as lembranças de Kin terão que ser devolvidas em breve...

Diamewd disse, desviando o rosto para a janela panorâmica, porém, seus olhos diamante pareciam distantes, não encarando nenhum ponto específico da vastidão da paisagem aérea. Sua feição estava consternada.

— Bem, se sua cunhada sacerdotisa disse, imagino que realmente vá acontecer, já que as profecias dela nunca falham. E segundo o que me contou, ela havia avisado que esse selamento não duraria mais que dois arcos solares, ou seja, vinte anos, não é? Então considerando o tempo, bem... 

— O vigésimo primeiro aniversário da morte de Devimyuu e Odimyuus é no próximo mês, e foi nesse mesmo dia há vinte anos que Kin tentou... Você sabe... — os olhos da rainha se tornaram marejados, e as palavras pareceram entalar em sua garganta.     

 Diamewd receava sobre o passado que mantivera escondido para proteger seu filho. Há vinte anos, ela mantinha a verdade oculta de Kinmyuu para garantir não só o bem estar dele como também do mundo que ele nasceu para reger; pois como o Rei Supremo e o terceiro semideus Arcanjo, tudo que o afetava diretamente afetava também os reinos que ele deveria proteger. Diamewd temia que quando tal passado fosse trazido de volta à tona junto às memórias de Kin, o mesmo que  aconteceu com ele há duas décadas se repetisse. Se ele recaísse, isso definitivamente poderia abalar as fundações do reino que ela também jurou proteger. Mas, mais do que isso, Diamewd temia o impacto que a verdade revelada teria no relacionamento com seu filho.

Ao fitar os olhos dourados de Mewhicann, a felin deixou escapar um suspiro pesado, como se carregasse o peso do mundo inteiro em seus ombros. 

— ...Tenho medo dele me odiar, Hicann... Quando as memórias de Kinmyuu voltarem, ele nunca irá me perdoar! — Mais lágrimas começaram a se formar nos olhos da rainha viúva enquanto ela expressava seu temor mais profundo.

Mewhicann esticou o braço sobre a mesa que os separava em uma curta distância e segurou as mãos trêmulas de Diamewd com ternura, olhando profundamente em seus olhos.

 — Não diga isso, Rose. Tenho certeza que seu filho te ama muito mais do que imagina. Quando ele souber a verdade envolvendo tudo que passou e sacrificou durante esses anos apenas para protegê-lo, o laço que une vocês se fortalecerá ainda mais. 

Os olhos dela encontraram os dele, desejando com toda força acreditar na verdade por trás das palavras. Contudo, a insegurança ainda a atormentava.

— Será mesmo, Hicann? Kin tinha apenas dezesseis anos, perdeu o pai e o irmão cruelmente assassinados na mesma noite e ainda se culpava por isso, por não ter conseguido puxar Devimyuu de volta daquele maldito portal. Ele nunca conseguiu superar, e eu, como a mãe dele, deveria tê-lo ajudado a lidar com todo aquele sofrimento, a aliviar a dor imensurável que ele sentia. Eu devia ter sido seu conforto, seu ponto seguro... Mas eu fracassei, porque ao invés de fazer isso, ajudei a selar dez anos de memórias do único filho que me restou.

Mewhicann se inclinou mais para frente e suavemente acariciou o rosto rosado de Diamewd, limpando uma lágrima solitária que escorria por sua face.

— Rose, você sempre foi uma mãe amorosa, tanto para ele como para Devimyuu também. Suas intenções sempre foram as melhores, e você não tinha outra escolha. Salvou a vida, ou melhor, as vidas do seu filho e o futuro desse mundo, que estaria à mercê do inimigo sem o semideus arcanjo dessa Era. Então, independente do que aconteça, sei que Kinmyuu entenderá a decisão tomada pelo coração de uma mãe que só queria protegê-lo.

 Diamewd sentiu um misto de alívio e tristeza ao ouvir as palavras reconfortantes de Mewhicann. Ele era uma fonte de apoio e compreensão em meio ao turbilhão de emoções que a sobrecarregava. A felin sorriu através das lágrimas, sentindo um peso sendo retirado de seus ombros.

Até que Mewhicann se levantou de seu assento, e conduzindo a rainha pela mão, fez com que ela também se erguesse de sua poltrona. Assim que ambos estavam de pé, a abraçou com carinho, envolvendo-a em um calor reconfortante.

— Kinmyuu nunca te odiaria, Ros. Aliás, eu não consigo pensar em nenhuma pessoa que seja insana o bastante para odiar alguém como você. Não se preocupe, vai ficar tudo bem. E se por acaso ainda assim achar que não vai, confie no amor que seu filho tem por você.

Diamewd encostou a cabeça sobre o peito de Mewhicann e assentiu em silêncio, sentindo seu coração antes tão aflito bater mais calmamente, por fim acreditando que o amor de seu filho mais velho superaria qualquer revelação do passado.

***

Enquanto isso, em Wisnion, uma cidade a pouco mais de vinte minutos da capital do grande reino psíquico, a assembléia emergencial presidida pelo Rei Supremo já estava em andamento. No centro da cidade, um palacete de arquitetura histórica ornamentado rica e detalhadamente era o local onde ocorriam reuniões internacionais entre todos os governantes do Mundo Puro — a Sede dos Reinos Unidos. 

A construção era um importante marco turístico e político. Sua finalidade podia ser notada facilmente pelas vinte e seis bandeiras hasteadas ao redor do prédio, correspondentes a cada nação felin daquele mundo, tremulando imponentes nos mastros com os brasões e emblemas de seus reinos estampados com orgulho.

A ala do palacete destinada às reuniões internacionais era um espetáculo de opulência e grandiosidade. Ao adentrar, os convidados eram recebidos por um corredor de mármore polido, adornado com tapeçarias que retratavam cenas de antigas batalhas mágicas e conquistas reais. O teto alto era uma abóbada celestial, decorada com esculturas luminosas que imitavam estrelas cintilantes.

No centro da ala, um impressionante pódio se erguia, elevando-se majestosamente do chão como uma plataforma levitante. Neste palco central, sustentado por colunas esculpidas, encontrava-se o trono dourado do Rei Supremo e sua Rainha. Os tronos elevados eram incrustados com gemas raras que brilhavam com uma luz própria, refletindo a autoridade que emanava dos governantes supremos.

O chão à volta do pódio era um mosaico de pedras preciosas que se iluminavam com padrões intrincados quando os monarcas faziam seus pronunciamentos. Em torno do pódio, em uma disposição semicircular, estavam as bancadas de representantes de cada reino, esculpidas em madeira cerimonial e ornamentadas com padrões que contavam histórias de alianças e tradições antigas. Os assentos destinados às realezas também eram luxuosamente decorados, e se ajustavam automaticamente à postura de cada indivíduo, proporcionando conforto inigualável.

Em frente aos tronos do Rei Supremo e sua Rainha, havia uma mesa de reuniões que flutuava suavemente sobre o solo, equipada com painéis holográficos que exibiam mapas em constante atualização e gráficos representativos das situações discutidas.

Ao redor do recinto, pilares de cristal translúcido emitiam uma luz suave, criando uma atmosfera etérea. Em pontos estratégicos, fontes de água cristalina deslizavam pelo ambiente, trazendo certa calmaria perante a imponência presente no local e naqueles que ali se reuniam.

Nas extremidades da sala, escudos munidos de magia e tecnologia protegiam contra intrusos indesejados, incluindo os veículos de imprensa e mídia sem a prévia autorização para acompanharem o que sucedia ali. Num resumo, o palacete luxuoso representava a união perfeita entre o esplendor da magia ancestral e tecnologias futurísticas.

O preocupante motivo da convocação de tal assembleia internacional já havia sido revelado pelo Grande Rei. O impacto da chocante notícia sobre o desaparecimento do Grimório de Mizantri havia deixado os demais governantes agitados e temerosos. 

— Mas como assim os guardas templários não viram nada e não há nenhum registro nos vídeos de segurança? Se tratando da área da magia, não entendo como isso foi possível. Tem que haver algum fato por trás disso que só você é capaz de explicar, Lorde Mewghand! — exclamou Mewdorhy Valghen, rainha de Scienfield, reino dos biotipos Científico.

Os felins de tal espécie precisavam de uma razão para tudo, a fim de analisar qualquer situação detalhadamente. Para eles, era muito difícil aceitar qualquer fato que não tivesse razões lógicas ou dados concretos. Esse era um dos motivos de seu biotipo ter fraqueza contra felins mágicos, pois a magia não seguia as leis da física. 

— Receio que eu não seja capaz disso, rainha Mewdorhy. Eu dei ao Rei Supremo toda a informação que tinha sobre o ocorrido, no entanto, ainda estamos sem pista alguma — respondeu o rei mago.

— Eu não sei como fizeram, mas isto sem dúvidas é obra dos reversos! Os anos sem ataques massivos chegaram ao fim, eles estão tramando algo sem precedentes! E os responsáveis definitivamente não são quaisquer reversos. Imagino que seja preciso algum tipo de magia oposta muito elevada para burlar o encantamento do Rei Mewghand e levar o Grimório sem deixar rastros. Temos que armar nossas defesas militares e estar preparados! — afirmou temerosa Mewfayelin Riselve, como de praxe, propensa a fazer um escândalo dramático. Ela era a rainha de Pixilliate lar dos biotipo Fádicos, portanto, sua espécie possuía certo conhecimento sobre magia.

— Você não tem certeza disso, Lady Mewfayelin. Não sofremos ataques declarados há duas décadas, será que não podemos dar um voto de confiança aos reversos dessa vez? O sádico rei reverso Mewpester caiu há quase vinte anos, e talvez seu povo tenha se cansado de sacrificar suas vidas em guerras estúpidas em seu nome. Não podemos culpá-los por cada problema que temos. Além disso, creio que o Rei Supremo não nos convocou aqui para fazer acusações, e sim, ajudarmos o rei Mewghand a encontrar o artefato protetor de Magispell o mais rápido possível. 

Tal declaração procedeu de Mewrajade Darwish, a sultana de Cristábia e prima em primeiro grau de Kinmyuu por parte de mãe (filha do irmão de Diamewd). O preconceito na frase condenatória da rainha fada a incomodou grandemente, pois Mewrajade sabia as proporções que tal preconceito poderia tomar e os danos irreparáveis que o acompanhavam, tendo como exemplo o evento que custou a vida de seu tio Odimyuus e de seu primo adotivo Devimyuu.  

— Ah, então de repente todos os reversos ficaram bonzinhos e são inocentes? Sei! — A frase veio acompanhada de uma risada desdenhosa carregando certo sarcasmo, e nem um pouco de refinamento — Desculpa, Sultana, mas vou ter que discordar. Seja em vinte ou duzentos anos, reversos sempre estarão armando alguma. E daí que o outro rei maligno bateu as botas? Pra serem capazes de algo como roubar um livro mágico que deveria ser impossível de ser roubado, só podem estar ligados ao atual rei deles. Aposto que ele nunca deu as caras e revelou sua identidade até hoje porque, com certeza, era parte de sua estratégia. No mínimo, ele deve estar planejando um grande ataque e o roubo do Grimório foi só o começo! Deveríamos formar alianças e juntar os exércitos para confrontar esses fracotes e pegar o Grimório de volta à força! É o que eu faria, caso se atrevessem a tocar no Centurion Invictus! — propôs sem nenhum decoro, Amewres Gastonni VI, Rei de Fistroma, o reino dos musculosos biotipo Gladiadores. 

Sua espécie os tornava lutadores natos de força física imensurável (já que poder intelectual não era seu forte). Centurion Invictus era o artefato sagrado de seu reino, criado por seu Protetor Lendário, o deus Guardião Gladius.

— Ah, rei Amewres, como sempre usando sua característica mais marcante de pensar antes de falar ou... de fazer qualquer outra coisa, não?

Mewrajade disse ao cruzar os braços, revirando os olhos. Ela não deixaria o desagradável rei musculoso sem uma resposta à altura. Ela simplesmente não o suportava. Estava feliz em sempre ter dado razão ao primo, quando durante uma briga ainda no colégio, Kinmyuu usou seus poderes telecinéticos para fazer Amewres socar o próprio focinho e o quebrar. Até hoje permanecia meio torto.

— Mas é claro! Isso é algo que eu faço! — Amewres exclamou, estufando o peitoral enorme com uma feição arrogante de orgulho. Como era de se esperar, o rei gladiador não entendeu o sarcasmo explícito na fala dela. 

Deixando a troca de farpas entre eles de lado, outros reis e rainhas ali presentes também partilharam seus pontos de vista sobre a situação. Poucos pareciam favoráveis à proposta do Rei Amewres de investir em um contra-ataque, enquanto outros permaneciam em dúvida sobre qual seria a melhor atitude a tomar.

O Rei Supremo ouviu com atenção o que seus colegas governantes tinham a dizer. Após isso, começou a falar, calmo, porém sério.

— Ouçam, eu compreendo seus pontos de vista diante dessa situação alarmante. Nunca antes na história de nosso mundo ocorreu algo de tamanha gravidade e é natural que nos sintamos apreensivos. No entanto, o objetivo de nossa reunião hoje não é apontar os reversos como culpados sem provas e muito menos traçar um ataque a eles. E sim estabelecer uma forma de impedir que outros artefatos sagrados desapareçam, só por garantia de segurança. 

— A melhor garantia de defesa é partir para o ataque! — exclamou o rei gladiador, socando forte a palma da própria mão. Ele não desistiria tão fácil da ideia de confrontar os reversos. 

O Grande Rei dirigiu um olhar severo na direção dele e o encarou . Lidar com Amewres sempre exigia bastante da paciência de Kin.

— Lamento, Lorde Amewres, mas eu discordo de sua ideologia. Tirando pequenos roubos esporádicos, os reversos têm nos deixado em paz e o mínimo de decência e bom senso que cada uma de nossas nações pode demonstrar é fazer o mesmo. Vou supor que até mesmo você pode entender essa lógica. 

Amewres cruzou os braços sob o peitoral musculoso que vestia sua armadura de ouro que por si só deveria pesar centenas de quilos, e revirou os olhos. Kinmyuu bufou e apenas ignorou o gesto dele.

— Eu tenho uma pergunta, Rei Supremo. Ninguém consegue entender como o Grimório de Mizantri foi roubado, nem mesmo o senhor, correto? Então, se não fazemos ideia de com o que estamos lidando, como nos protegeremos disso?

A questão levantada fez os demais governantes olharem surpresos para a felin que colocou a pergunta em pauta. Myugatha — a recém coroada Rainha de Gravefalls, reino dos biotipos Fantasmagóricos — quase nunca falava e, quando o fazia nas reuniões internacionais realizadas trimestralmente, ela só respondia o que lhe perguntavam com o menor número de palavras possível. 

Com apenas 22 anos, era a segunda rainha mais jovem entre todos eles e fazia jus ao seu biotipo; silenciosa, misteriosa e sorrateira, ela tornava sua presença invisível ao máximo, exatamente como um fantasma. Assim eram todos os felins de sua espécie.

O Rei Supremo respondeu ao questionamento da jovem rainha. 

— Uma questão bem colocada, Lady Myugatha. Esse é exatamente o ponto principal desta reunião. — Kin se levantou de seu assento, aproximando-se do púlpito do pódio. Todos tinham sua atenção nele.

— Depois de muito ponderar, decidi que o mais apropriado é recorrer literalmente a um poder superior para nossa proteção.

Surgiu um leve burburinho entre os governantes na assistência. Alguns balançavam a cabeça concordando, enquanto outros se perguntavam que ação ele tomaria. Todos mantinham os olhos fixos no Grande Rei dos reis, aguardando para ouvir sua decisão. 

Kinmyuu fez uma breve pausa e tomou um gole do café expresso servido ao seu lado. Seu vício em cafeína era justificável nesse caso, pois o ajudava a controlar sua ansiedade e estresse diante dos reis e rainhas que o tinham como exemplo e resolvedor de seus problemas. O dever dele como Governante Supremo era lhes transmitir confiança e, para isso, o rei semideus precisava manter sua própria insegurança sob controle — o que não era uma tarefa nada fácil.

— Usarei minha influência divina para pedir ao próprio Arcanjo Rei Kamyel para permitir que eu requisite anjos a fim de guardarem o santuário de cada reino. Ao que tudo indica, nosso inimigo ou o poder que usa é de alguma forma indetectável a olho nu e em vídeos de segurança, mas sem dúvidas não passará despercebido por um anjo. Eles guardarão a ala do artefato no santuário, assim evitaremos que mais clérigos e sacerdotes que os vigiam corram perigo. Esse ritual precisa ser iniciado junto aos primeiros raios de sol, portanto começarei a evocação dos anjos ao próximo amanhecer, se todos ou a maioria estiverem de acordo com minha decisão.

O Rei Supremo lhes deu tempo para refletirem sobre a proposta, o que não demorou muito, pois logo os outros governantes se mostraram de acordo. Não poderia haver segurança maior do que anjos descidos do céu para protegerem seus santuários.

Como todos concordaram unanimemente com a decisão do Rei Supremo, a reunião se encaminhava para o fim. Porém, antes de prosseguir com a conclusão da mesma, ele se virou para a esposa ao seu lado.

— Gostaria de acrescentar algo, minha rainha?

— Sim. Há um ponto que eu gostaria de ressaltar. — A Rainha Suprema em toda sua beleza majestosa pôs-se de pé e tomou a palavra. — Colegas governantes, sei que estão receosos com a situação alarmante que estamos enfrentando. Entretanto, gostaria de lembrá-los que o Arc Luminia, o artefato sagrado de nosso próprio Lord Ghaceus, cria a barreira divina que protege nossa dimensão e impede que qualquer artefato sagrado seja levado de nosso mundo. Sendo assim, o Grimório de Mizantri ainda está em algum lugar por aqui. Portanto, não percam as esperanças, não se entreguem ao medo e não deixem que nenhum receio tome conta de vocês, porque é isso que nosso inimigo deseja, seja lá quem for ou o que esteja planejando. Muito do sucesso dele depende de nossas atitudes, então não vamos deixar que ele nos vença abalando nossa confiança. O Grimório será recuperado e a nossa Luz triunfará como sempre, independente do que tenhamos de enfrentar.

Anmyuu falou com tanta autoconfiança e determinação que os outros reis e rainhas se sentiram encorajados por ela, e lhe mostraram isso respondendo com uma salva de palmas. Sua Rainha Suprema lhes deu a injeção de ânimo de que precisavam.

— Muito bem colocado, minha rainha — Kin disse, olhando para ela e, em seguida, virou-se novamente para a assistência — Demos nossa palavra a Lorde Mewghand de que encontraremos o Grimório de Mizantri e faremos isso. E eu dou minha palavra a vocês como seu Rei Supremo que nos protegerei a todo custo. 

Logo, a assembleia de majestades deu-se por encerrada. Aos poucos, os outros vinte e cinco reis e rainhas foram deixando o prédio para retornar a seus lares. Contudo, ainda havia um deles com quem Kinmyuu precisava conversar... 

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