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O plano de Linary

Linary sentia vontade de correr de volta para o quarto onde as irmãs estavam e se esconder, de preferência fingir que nunca havia visto tudo o que viu e seguir em frente.

Só que, para sua infelicidade, Samar foi até a porta e a abriu. Ela sentia-se encolher sob a análise daquele olhar, mas naquele momento teria que encarar tudo que viria e não fugir.

— Quem está aí Samar? — Ela escutou o príncipe perguntar.

Linary entrou em pânico e seu olhar transmitia tal sentimento. Ela não queria imaginar o que Archie faria com ela, pois naquele momento Linary sabia do que era para ser um segredo deles.

— Ninguém meu amor. — Samar disse, depois se aproximou e sussurrou para ela. — Precisamos conversar, me espere no quarto, logo estarei lá.

Não foi preciso que Samar dissesse duas vezes, Linary pôs se a correr pelos corredores vazios do Castelo, mal se importando de vez ou outra tropeçar nos próprios pés ou em elevações que havia no tapete.

Ela não sabia o porquê de Samar esconder do príncipe que ela estava ali, podendo muito bem ter falado e acabado com tudo de uma vez.

Linary só sabia que estava muito agradecida pelo ato de compaixão e que na certa Samar teria uma explicação para tudo o que ela viu.

Ela abriu a porta do quarto devagar, entrou e foi deitar-se no canto que Samar dera para ela.

A imagem do beijo dos dois invadindo seus pensamentos. 

Como seria tudo aquilo? 

Será que Samar responderia se ela a perguntasse?

 Não custava tentar. — Pensou Linary mordendo seu lábio inferior.

Ela levantou a cabeça ao escutar o rangido da porta, indicando que Samar havia chegado, até que ela havia sido rápida.

— Precisamos conversar sobre o que você viu Linary. — Ela falou de uma vez, visivelmente, nervosa.

— Não se preocupe Samar, não vou contar para ninguém, nem para minhas irmãs. — Linary disse levantando-se e pegando nas mãos suadas dela.

Ela viu os ombros de Samar relaxarem e um semblante sereno tomar conta de seus delicados traços.

— Estava com medo desse assunto chegar nos ouvidos do rei. 

— Você gosta dele Samar? — ela perguntou por perguntar, vendo que ela beijara aquele homem devia ser porque gostava mesmo.

— Demais Linary. Archie tem sido tudo para mim depois que minha mãe morreu. — Samar tinha uma expressão sonhadora ao mencionar o jovem príncipe.

Linary mordeu a língua para o que queria dizer. Samar gostava mesmo do príncipe e ela não queria estragar tudo o que ela estava sentindo contando quem era Archie.

— O que houve Linary? Ficou quieta. 

— Nada Samar. Coisas minhas. — Ela tentou desviar o assunto, mas Samar pensava o contrário.

— Sei que quer me dizer algo, fale. — Linary respirou fundo e tomou coragem. Estava gostando de Samar ela seria uma boa amiga, não era justo para com ela.

— Pois bem. Não há outra maneira de dizer isso Samar e posso estar correndo risco de vida por falar assim do príncipe, mas ele não presta. 

— Eu sei que não Linary, lembre-se que eu moro aqui desde que nasci, conheço as peripécias de Archie e reprovei cada uma delas, mas ele mudou. — Ela estava muito feliz por contar aquilo e eu queria dar o benefício da dúvida.

Além do mais, Linary notara que Archie não estava lançando para ela e Laynei os olhares lascivos que ele costumava dar, então poderia ser verdade o que Samar falava.

— Fico feliz Samar. Tem mais duas coisas que preciso falar com você.

— Diga.

— O que você quis dizer sobre a visão da Ava? — O sorriso que enfeitava os lábios de Samar se desfez e deu espaço para uma expressão tensa.

— É complicado Linary, mas resumindo, ela viu que uma guerra ocorrerá e alguém muito poderoso irá retornar. — Linary não conseguia esconder o quão assustada ela ficou com aquilo.

A pergunta que não queria calar era: quem era aquela pessoa poderosa? 

— Ela não viu quem era a pessoa? — Samar negou com a cabeça.

— Não conseguiu ver, mas tudo vai dar certo, além disso as visões de Ava podem ser interpretadas de diversas formas. — Linary pareceu pensar naquilo.

As visões de Ava realmente eram assim que funcionavam, de maneira inesperada, mas jamais erraram, o jeito era esperar para ver o que aquilo significava.

— E o outro assunto. — Aquilo serviu para Linary baixar os olhos e sentir seu rosto ficando corado.

Ela tinha que ser corajosa, se pretendia mesmo levar o plano em prática deveria pelo menos saber o que um beijo envolvia.

Ela havia perguntado para Laynei há dois anos, mas a mesma fugiu do assunto com a desculpa de que ela era nova demais para saber daquilo, porém, naquele momento quando já tinha dezoito anos, Linary sentia que havia idade suficiente não só para saber como também para experimentar.

— Samar, c-como foi seu primeiro beijo? — Linary estava receosa no início, mas depois resolveu ser direta.

Não combinava com ela ser do tipo tímida, ela nunca foi e não poderia começar agora com aquilo.

— É isso? — Ela deu uma risadinha e continuou. — Foi com Archie e foi maravilhoso. Foi como se mil fogos de artifício estivessem explodindo e somente eu escutasse. Como se mil borboletas estivessem em meu estômago. Ahh Linary, as emoções são diferentes para cada uma.

Pelas descrições que Samar deu era como se fosse o evento do ano, algo memorável, inesquecível. E aquilo atiçou ainda mais a curiosidade dela.

— Está com alguém em vista Linary? — Samar bateu no ombro de Linary com o seu.

— Claro que não. É só uma curiosidade. — Ela se deitou e ficou olhando para as imperfeições no teto.

— Sei.. Eu também tinha, mas estava me enganado e realmente tinha alguém que eu estava interessada, e era o príncipe. 

— Pois comigo não. Eu não tenho interesse em ninguém. — Ela disse convicta.

Logo uma imagem pulou em sua mente. Um certo homem misterioso de cabelos escuros e que empunhava um arco e flecha, que se chamava Kyle.

Linary sorriu no escuro e pensou que na próxima vez que o encontrasse, faria a proposta. Mesmo correndo o risco dele não aceitar e mesmo que Kyle fosse um metido insuportável, ele serviria para o propósito.

Não custava tentar. — Pensou.


Já havia feito uma semana que elas haviam voltado da visita ao Reino do fogo com a promessa de voltar em breve e com os laços de amizade feitos.

Linary havia adorado aquele dia em especial, conseguiu uma amiga, finalmente, e aquilo tudo serviu para tornar a visita menos desagradável.

Até pareceu que o humor de Laynei havia melhorado também. Ela estava mais animada, iria visitar Ava para ver como o neném se desenvolvia e até a liberou do castigo que ela havia colocado.

— Linary não esqueça de que você tem que ir procurar as coisas para o nosso ritual de outono. — Ela deu um sorriso para Linary que a acompanhou.

Aquele ritual era muito importante. Ele chamava-se Mabon e estava associado a renovação. Era um ato de gratidão pela colheita e um desejo de viver em comunhão com todos.

— Não esquecerei. — Linary estava animada, não só pelo ritual, mas por poder finalmente sair para ver se conseguia encontrar Kyle por aquelas bandas.

— Linary vem aqui. — Laynei a chamou em um sussurro.

— O que houve? — Ela questionou se aproximando da irmã.

— Sabe que o aniversário de Laylin está chegando. Sua idade de revelar seus dons naturais e queria que tudo fosse especial.

— O que pretende fazer para ela? — Linary escondia toda sua insatisfação pela irmã mais nova, não por ela completar mais um ano de vida e sim porque aquilo significava o pior.

— Algo simples Linary, apenas um bolo de frutas, o que ela gosta. — Ela deu um olhar significativo para a irmã, lendo acertadamente a expressão de descontentamento de Linary. — Não faça isso irmã. Agora vá em busca do que falta.

Linary assentiu resignada e saiu para o lugar que sempre comprava as coisas, tentando ficar no presente e não no que o futuro reservava para elas.


Faltava pouco. — Linary pensou cansada.

Nunca pensou que fosse tão difícil encontrar os incensos de mirra, mas a mulher que fazia para elas estava de luto pelo esposo que acabara de falecer, então houve um atraso fazendo com que Linary tivesse que voltar lá duas vezes.

Aquele ritual era muito importante para elas e só aquilo mesmo que fazia com que Linary esquecesse o cansaço que sentia e começasse a se animar para fazer seu pedido.

Ela caminhava por todo terreno irregular e pensou em onde estava Kyle naquele momento. Linary se via fazendo o mesmo caminho, pela entrada da floresta, na esperança de encontrá-lo e fazer a proposta.

Mesmo correndo o risco dele se recusar a atender seu pedido, ela queria tentar. Mas primeiro, teria de saber onde ele estava, ficando com raiva quando não obteve sucesso em sua procura.

Linary aumentou os passos ao se dar conta de que tinha que levar as coisas para a irmã preparar o ritual e não podia continuar perdendo tempo a procura de Kyle, deixaria aquilo para outro momento oportuno.

Ao longe ela já conseguia avistar Laylin com sua cúpula de borboletas coloridas. Ela estava rodando e alguns daqueles insetos pairavam ao redor dela, como se tivessem enfeitiçados, criando um belo cenário para se contemplar.

— O que está fazendo Laylin? — Linary perguntou ao estar mais próximo da mais nova.

— Não é lindo Linary. Olha o que sei fazer. — Ela parou e fechou os olhos em concentração.

Levantou as mãos e logo uma brisa suave saía delas, levantando a cúpula e fazendo com que as borboletas voassem para lá.

— O-onde aprendeu isso Laylin? — Linary perguntou colocando a sacola de papel no chão.

— Com ninguém mana, é algo que vem de dentro de mim. — Linary passou a mão pelos cabelos e olhou em volta, como se algo daquele lugar pudesse lhe dar alguma explicação.

Ela não queria entrar naquele assunto, queria evitar de todas as formas, mas estava ficando difícil. Ela entrou na casa encontrando a irmã mais velha na cozinha.

— O que houve Linary? — A voz de Laynei a fez despertar e ela se sentou em uma das cadeiras para que o ar que estava prendendo se soltasse aos poucos.

— Nada. — Ela mentiu. — Tudo pronto para mais tarde? 

Os olhos de Laynei brilharam como estrelas cadentes no céu e um sorriso feliz despontou nos lábios dela.

— Sim. Cadê as coisas?

— Lá fora.

Ela saiu e foi buscar a sacola que Linary havia deixado ali, começando a preparar tudo para o ritual que seria feito mais tarde.

Mas para Linary não haveria felicidade mais. Toda sua animação foi para longe e não dava sinais de volta, ela sabia seu pedido, e torcia para que a deusa a escutasse.

Já fazia dias. — Pensou Linary sentada em uma pedra enorme perto do rio.

Ela esticava o pescoço, olhando em volta, procurando por ele, mas nada. Aquilo já estava ficando cansativo, pois todos os dias ela saía com a desculpa de tomar ar fresco e procurava Kyle por todos os cantos e nada.

Linary respirou fundo e olhou para o céu límpido, fechou os olhos e deixou a brisa fresca soprar os fios de cabelo para suas costas. O sol estava quente e ela havia tirado suas botas preferidas para que a água aquecida molhasse seus pés.

Linary queria e estava determinada a experimentar tudo aquilo que Samar lhe dissera, era um caso de vida ou morte, pois todas as noites, aquilo que a bruxa do fogo lhe dissera, ficava martelando em sua mente e não a deixava dormir.

Oras, mas seria possível sentir tudo aquilo? Ela era incrédula demais e só acreditaria se sentisse também, se experimentasse.

Poderia tentar com outras pessoas, mas todos do Reino desprezavam ela e as irmãs, não poderia estar e nem pensar em ter algum contato com aquele tipo de gente.

Ela ficou um bom tempo escutando o barulho da água batendo contra as pedras e decidiu ir para a casa, certamente não iria conseguir o que queria tão cedo já que o homem de cabelos negros parecia ter sumido do nada.

Ela se levantou e espanou a poeira na parte detrás de seu vestido, calçou suas botas e se pôs a caminhar seguindo o rumo de casa.

Quando estava passando pela entrada da floresta, Linary escutou um movimento de folhas secas sendo esmagadas. 

Ela parou e aguçou seus sentidos, escutara mesmo aquilo, não era feito de sua imaginação fértil.  Ela andou a passos cautelosos e viu uma sombra à espreita, logo em seguida, cabelos em tom escuro.

Um sorriso despontou de seus lábios, era ele. 

Linary se aproximou devagar, até que estava frente a frente com Kyle. Uma brisa fresca soprava as folhas no chão para longe e o silêncio naquele momento era palpável.

Ele estava olhando para ela de uma forma diferente do que a outra vez e Linary não soubera interpretar o que aquilo significava.

— Isso sim é uma surpresa, pequena. O que faz aqui? — Ele perguntou com bom humor e puxou as rédeas para que o cavalo de pelagem marrom acompanhasse seus passos até o rio.

Ele amarrou o cavalo em um tronco fino de árvore e sentou-se na pedra onde ela estava um minuto atrás, pegou um punhado d'água e jogou em seu rosto e pescoço.

Ela ficou fascinada ao ver as gotículas molharem um pouco seu cabelo grosso e descerem por seu pescoço.

— Estava passando por aqui. — Ela mentia de forma descarada, jamais iria admitir que o estava esperando, todos os dias naquela mesma hora.

— É bom te ver de novo. Obrigada pela dica da taverna, foi um tempo proveitoso.

— Não precisa agradecer.— Ela passou a mão na parte detrás do pescoço, sem jeito.

Linary queria abordar o assunto com ele, fazer o pedido de uma vez, só não sabia como. Será que tinha que ser feito com cautela ou poderia ser dito de maneira rápida? 

— Aqui. — Ela olhou para as mãos dele e nelas havia uma maçã madura, muito vermelha e suculenta.

— De onde pegou? 

— Daquela árvore. — Ele apontou para a macieira repleta de frutas frescas e maduras, algo que ela não havia notado. — Estava tão distraída que não notou quando me levantei e fui pegar.

Ela sorriu sem jeito para ele e sentou ao seu lado para aproveitar a fruta que parecia doce pela sua aparência.

— O que estava fazendo por aqui? — Ela quebrou o silêncio constrangedor que se formava, somente quebrado pelos sons que eles faziam ao comer a maçã.

— Estou a serviço, mas prefiro não dizer por enquanto. 

— Desculpe, não queria ser intrometida. — Ele colocou uma mecha de cabelos dela atrás da orelha e deu um sorriso amplo.

— Não faça isso, não precisa se desculpar pequena. — Kyle se levantou e olhou para cima ao escutar o barulho de uma ave voando e parando no galho de uma árvore seca.

Linary olhou para o corvo, semelhante ao que havia parado perto da sua janela, ele estava olhando para Kyle como se estivesse se comunicando entre aqueles sons estranhos. 

Não poderia ser, devia ser coincidência. — Pensou Linary.

A ave voou pouco tempo depois e Kyle já desamarrava o cavalo e montava nele. Ela não acreditava naquilo, iria perder a oportunidade de fazer o pedido e agora queria respostas sobre a ave estranha.

— Espere. — Disse em um ímpeto. 

Kyle parou e contornou com o cavalo, de modo que ficasse de frente para ela, a observando com um olhar matreiro.

— Já vai? 

— Sim pequena, tenho compromissos. — Ela engoliu o orgulho e levantou o queixo sem se deixar intimidar com o que ele pensaria.

— Queria falar com você.— Ela mordeu o lábio nervosa e esperou que ele se negasse.

— Sobre o que seria? — Ele perguntou visivelmente interessado.

Linary olhava para todos os lados e sentia que suas bochechas ficavam vermelhas de vergonha. Queria que o chão se abrisse e a engolisse.

— Não é algo que possa ser discutido às pressas. — Para a surpresa dela, Kyle desmontou do cavalo e seguiu em sua direção.

Quando estava próximo, o bastante para ela sentir o cheiro de hortelã e ar livre na sua pele, ele estendeu a mão e passou o polegar por sua bochecha e pelo lábio inferior dela e sorriu. Linary sentiu um arrepio percorrer pelo seu corpo por causa do toque dele e ela havia gostado daquilo.

— Amanhã eu volto na mesma hora, aqui. — Disse de forma convicta.

— Obrigada. — Ela sorriu e uma animação percorreu por todo seu corpo.

Ele se afastou dela e retornou para o cavalo, partindo sem olhar para trás e graças aos deuses não havia perguntado o que deu nela para que a opinião a respeito dele mudasse. Havia coisas que ela não estava pronta para admitir.


O vento suave acariciava o rosto tenso dele e os fios de cabelo rebelde de Kyle  movimentavam-se para todos os lados, o que por vezes atrapalhava sua visão. A suas pernas doíam pelo esforço de se manter de pé por dois dias sem dormir e sua cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento.

Achar o local onde as fadas se escondiam não era fácil e mais difícil ainda era aturar toda burocracia para se portar diante delas, mas havia conseguido as informações necessárias para passar a Darken, o resto era com ela.

Kyle ficou surpreso ao encontrar Linary naquele momento, não esperava nunca que ela estivesse ali e que conversasse com ele de maneira tão natural como fez, contradizendo todo o comportamento dos três encontros que tiveram.

Um meio sorriso surgiu nos lábios de Kyle ao notar a expressão de nervosismo dela, e ele confessava que estava ansioso para saber o que ela queria falar para ele.

Após o que parecera uma eternidade, Kyle chegou no Reino da escuridão, desmontou do cavalo e jogou as rédias para um dos guardas, como sempre fazia.

A ansiedade de contar a novidade para a rainha era tanta que ele corria pelos corredores do Castelo como se estivesse sendo perseguido por alguém.

O plano havia dado certo e o que ele tinha para revelar era de suma importância tanto para ela quanto para os planos de tomar os quatro reinos elementais.

Quando chegou na sala do trono não via Darken em parte alguma, somente o mesmo criado corcunda que lhe servia uvas.

— Onde está vossa majestade? — Kyle perguntou chegando perto de uma bacia de uvas e pegando um pequeno cacho.

— Estou aqui caçador. — A voz da rainha se fez presente na sala.

— Cheguei com boas informações.

Os olhos da rainha se iluminaram em interesse e a boca distorcida em um sorriso maligno. Ela sabia que com tudo feito o desejo dela seria realizado e com aquilo em mãos poderia começar a tomada ao Reino do ar.

Agora era só questão de tempo.

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