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Morte a monarquia


Parecia que fazia anos desde que Ava havia nos deixado no meio do caminho e tomado outro rumo com Damein e Heaven.
Linary não queria julgar mais do que já havia feito sobre Ava não querer ajudar com relação a Laynei.
Samar havia conversado com ela e naquele momento a jovem bruxa começava a entender o porquê de Ava ter abandonado a missão. Ela precisava cuidar do bebê por nascer e ir atrás de Laynei iria pôr em risco a saúde não só dela, mas também de seu filho.
O grupo já estava cansado e, por mais que tivesse tomado o atalho que Kyle conhecia com a sugestão de Ava, eles se encontravam nos limites de suas forças e todos precisavam parar para descansar. 

— Acho que já andamos demais e adiantamos boa parte do caminho. Poderíamos parar um pouco. — Samar deu a sugestão e todos assentiram aliviados. Pelo visto não era só ela que tinha aquele pensamento.

Linary se sentou e deixou o cavalo pastar e Kyle teve a mesma idéia colocando o dele junto com o seu.
Samar e Archie se abrigavam em um canto enquanto que Laylin e Kemuel em outro. A mais nova parecia fascinada com alguma coisa que o loiro falava e Linary sorriu ao ver que a menina parecia tranquila. Pelo menos aquilo estava bom.

— Sua irmã parece gostar do estranho. — Kyle falou sem dirigir o olhar para Linary enquanto que amarrava o cavalo em volta de um tronco grosso de uma árvore.

— Não me diga que está com ciúmes. — Ele deu de ombros e levantou a cabeça para que seus olhos se encontrassem.

— Não me sinto bem vendo vocês ao lado dele.

— Por quê? 

— Não confio. — kyle disse de forma simples como se somente aquilo fosse capaz de explicar tudo.

— Não seja bobo Kyle. — Ele sentiu Linary envolver o pescoço dele com seus braços e deixar um beijo cálido no canto de seus lábios, mas nem aquilo fora capaz de o tranquilizar.

Tudo parecia estar se apertando e quanto mais o tempo passava mais ele sentia dificuldade de contar toda a verdade para ela. 
Quando eles encontraram todos os homens mandados por Efraim ele teve medo de algo pudesse escapar, teve sorte, mas até quando? 

— Posso te perguntar algo? — Ela disse baixinho e ele assentiu. — Por que um deles te chamou de traidor?

Kyle estacou no lugar ao escutar tais palavras ditas por lábios que ele tanto amava.
No calor daquele momento onde estavam concentrados em sair livres e ilesos do Reino água, ele não imaginava que Linary pudesse se dar conta da alcunha que lhe chamaram.
Aquele era o momento ideal para contar. Tinha que o fazer logo pois quanto mais o tempo passava mais ele se enrolava na pegajosa teia de mentiras ao qual não conseguia se livrar.
Mas contar também poderia significar no fracasso da missão pois Linary poderia ficar tão transtornada e agir de maneira impulsiva.
Kyle sabia que ela seria capaz daquilo pois tudo com a moça de cabelos platinados era no nível extremo.

— Não sei dizer meu bem.— Ele fechou os olhos com força ao dizer palavras tão mentirosas e não era capaz de nem ao menos manter o contato visual. A mentira poderia estar dançando no olhar dele e Linary seria capaz de ver.

— Eles pareciam te conhecer Kyle. — Ela questionou com um tom confuso.

— Realmente não sei dizer o porquê daquilo pequena. — Ele se virou e em duas passadas alcançou a jovem. — Pare de se preocupar com isso.— Ela assentiu e passou os braços pela cintura dele.

— Parece que estamos perto da floresta. Está com medo? — Ela perguntou levantando a cabeça para que seus olhos se encontrassem.

— Já passei pelo local. Fique ciente de que ela se alimenta de seus medos, então sugiro que os esconda pequena.

— Tenho tantos medos. Será que ela é capaz de os sentir mesmo que eu tente esconder? 

— Não sei dizer pequena, mas saiba que estarei lá para você é não permitirei que nenhum mal lhe ocorra. Nem a você e nem a Laylin. — Ela se aconchegou nos braços de Kyle e por aquele momento não sentiu medo algum, somente uma enorme felicidade mesmo em meio a todo aquele caos.

Dias haviam se passado e o atalho tomado pareceu surtir efeito quando todos se viram em frente a floresta das fadas.
Linary estava ansiosa para ver o que tinha lá dentro, aquilo se dava por muito tempo. Meses atrás na verdade, quando ocorreu aquele encontro com Kyle que na época havia a impedido de entrar no local que até então era proibido, devido aos perigos que todos diziam, que havia lá.

— Lembrem-se não demonstrem medo e por favor não vamos nos separar. — Kyle disse e todos assentiram.

Ele tomou a dianteira com Kemuel pois fazia sentido que ambos fizessem aquilo já que eram os únicos que poderiam guiar o caminho até o local onde era localizado o tal portal.
Samar e Archie no meio. Linary e Laylin atrás.

As árvores eram enormes com troncos que impossibilitavam a visão do céu, com folhas que mudavam de cor conforme se adentravam ainda mais no local.
Tudo estava silencioso demais nem canto de pássaros havia e Linary sentiu um arrepio por conta daquilo. Sua ansiedade se dava indo conforme pisava no terreno íngreme.
Quando eles entraram o céu estava azul e límpido, mas lá não dava nem para o ver, o que dava a sensação de estar em uma infinita escuridão.

— Acha que os tais gigantes estão por perto? — Samar perguntou e Laylin correu para ficar perto deles deixando Linary amedrontada para trás.

Ela fazia questão de olhar para tudo, sua visão absorvendo cada ponto do local. 
Estava fascinada com o que via, mas ao mesmo tempo um sentimento d e medo lhe tomava o que era estranho pois por mais que tentasse se controlar não conseguia.
Era como se a floresta soubesse o que ela estava sentindo e se aumentasse de seu medo como um sanguessuga.

— É por esses lados que eles vivem. Temos que evitá-los. Vão por mim não vão querer enfrentar gigante algum. — Kyle disse de bom humor.

— Já enfrentou algum? — Laylin disse como sempre curiosa.

— Digamos que não. A primeira vez que vim aqui bati de frente com ele, mas fui sábio de correr para bem longe.

— Iria ser legal se você o enfrentasse, assim teria uma história para me contar. — Laylin disse decepcionada.

— Legal somente para isso, uma história pequenina. Eu poderia nem estar vivo para contar se eu tentasse o enfrentar sozinho. 
Enquanto o papo entre o grupo fluía, Linary se via caindo nas tentações que a floresta fornecia. Os medos tomando conta de cada parte de seu corpo.

— Linary!! — Aquela voz era conhecida por ela. Era Laynei.

O que ela fazia aqui? — Ela pensou procurando de onde a voz vinha, mas não conseguia localizar a direção.

Por aquele motivo, ela correu na direção contrária do grupo e conseguiu visualizar sua irmã presa por correntes enquanto era torturada por uma pessoa sem rosto.
Linary gritou, mas não conseguia se mover para alcançar a irmã mais velha. Estava sendo tragada pelo solo, afundando cada vez mais.

— Linary. — Ela tentou olhar para a voz de Kyle, mas estava se perdendo em meio àquilo tudo. — Pequena já estou indo.

Ela tentava focar na voz de Kyle, mas tudo parecia se perder em meio àquele nevoeiro de medo em que se encontrava.
Tentava sair daquilo tudo, mas quanto mais tentava sair mais afundava, o desespero fazendo estrago em sua mente.

— Olhe para mim, Linary. Foque em mim, o que te falei sobre os medos? 

— Laynei está presa. Precisa de mim Kyle. 

— Eu sei, mas ela não está aqui, Linary. Já chega. — Ele segurou em seus braços e Kemuel ajudou a tirar a moça da lama podre que a tragava.

— Só estou ajudando. — Ele disse após ver Kyle o olhando feio.

— Já ajudou agora se afaste. — Kyle se abaixou e colocou a cabeça de Linary em seu colo. — Tá tudo bem pequena, está segura.

— Ela está bem? — Laylin perguntou correndo com Samar e Archie logo atrás.

— Medos. — Ele disse simplesmente. — Tá tudo bem agora. 

— Ela precisa de um banho, está imunda. — Laylin disse.

— Por enquanto precisamos achar o portal e sair logo daqui antes que todos nós fiquemos presos aqui.

— Está escutando isso? — Laylin questionou fazendo todos ficarem em silêncio por alguns instantes. Vendo as folhas das árvores tremerem.

— Não ouço nada. — Samar disse em desespero pois mesmo não escutando sabia que algo não estava certo.

Logo não demorou muito para que passos pesados fossem ouvidos por todos.
Passos capazes de fazerem o chão tremer.
Logo grandes mãos afastaram as folhas das árvores altas e deram lugar a um ser humanamente anormal.
Grandioso, tenebroso, assustador.

— Merda. — Kyle disse quando viu o gigante parado com um sorriso assustador em seu rosto.

— Temos visitantes. Fico feliz.

Uma densa névoa tomou todo o Reino da água. 
Os moradores do local ficaram aturdidos por aquilo pois o dia se encontrava claro, não havia explicação para tal fenômeno.
Mas logo não demoraram para encontrar a resposta.
Gritos de dor preencheram por todo o Reino e a direção era na entrada do território.
Logo homens estranhos portando espadas e escudos atacavam sem dó e piedade a quem estivesse no caminho, mais especificamente os soldados que estavam responsáveis pela segurança do Reino. Mal haviam se recuperado de um ataque, o exército estava frágil, a população estava frágil.
A ordem era aquela: os soldados teriam que morrer somente para deixar o mínimo para que Darken pudesse exercer o feitiço.
A bruxa da noite parou no meio daquela chacina e eu olhar se direcionou para o imenso Castelo à frente.
Mesmo de tão longe já podia ver o quão opulento era e o quão perfeito era para si.

— Estamos com dificuldades Darken. Nota-se que o exército desse Reino é mil vezes melhor do que os outros tomados. — Delma disse ao lado dela.

— Eu não esperava por menos, mas lembre-se de quem eu sou Delma e mexa-se, ajude os nossos homens, Linayna e Airiane. — Ela fez um meneio de cabeça e viu a formação de batalha do Reino da água com o intuito de proteger Kolbert.

Delma assentiu e fechou os olhos. Seu corpo se contorcendo até que a forma de um Dragão tomasse o lugar da diminuta bruxa.
Delma alçou vôo e foi naquele momento que Darken viu a oportunidade perfeita de ir diretamente para o Castelo. Nem mesmo o maldito exército iria a impedir.
Eles iriam dar conta do lado de fora, mas o lado de dentro era designado a ela.
Com a quantidade de magia que tinha dentro de si, Darken sabia que poderia enfrentar até mesmo mais de uma dúzia de homens sozinha e ela sabia com toda a certeza de que grande parte do que restou do exército encontrava-se tentando fazer o inimigo recuar, deixando assim, o interior do Castelo com proteção escassa.

Ela fechou os olhos e seu corpo se misturou em meio a densa névoa, propositalmente formulada para dar vantagem ao seu exército.
Logo não demorou muito para que chegasse dentro do castelo e como ela previa encontrava-se vazio somente por alguns criados tentando ao máximo fugir da linha de batalha.
Ela não tinha interesse em matar aquelas pessoas pois precisaria delas. Seu intuito era massacrar a família real. Princesa, rainha, rei.
Não demorou muito para encontrar a realeza escondida e meia dúzia de guardas patéticos fazendo a sua proteção.
Era risível o quão simplório e fácil aquilo tudo estava sendo. Ela esperava mais. Seu corpo tomando a forma humana de novo.

— Devo dizer Kolbert, eu esperava mais da grande potência. — Darken disse se movendo sorrateiramente pelo enorme cômodo.

— Vai tentar se aproximar bruxa? Está em minoria não vê? — O rei audacioso sorriu de canto e retirou a espada da bainha por via das dúvidas.

— Acha mesmo que meia dúzia de meros mortais terá capacidade de me enfrentar? 

— São leais para comigo seu demônio. Não tem ninguém. — O rei disse tentando soar confiante, mas Darken conseguia ver que na palavra final sua voz havia saído trêmula.

— Irão mesmo querer morrer por um monarca ou viver para me servir? — Darken perguntou para eles.

Para ela era mais viável se os desse opção afinal precisava de guardas ali se quisesse tomar o Reino do fogo pois havia tido baixas no primeiro ataque ao Reino da água.
Jogar baixo sempre estava nos seus planos.
Os homens a olharam tentados pois não queria morrer somente por lealdade afinal qual os benefícios de se morrer por uma elite que os desprezava e achava que a sujeira que grudada na sola de suas botas eram mais importantes que eles? 
Um erro da maioria da monarcas. Inferiorizar os mais necessitados.

Kolbert viu com horror quando todos os homens que ali se encontravam abdicaram das espadas e logo em seguida as largaram em meio ao piso monocromático.
Viu também que sua esposa e sua filha começaram a soltar murmúrios lamentosos sobre aquilo tudo ser o fim e elas não poderiam estar mais certas afinal.

Darken correu até o rei de uma das grandes potências e o agarrou pelo pescoço.
Kolbert enfiou a espada no ombro de Darken que mal sentiu a dor, pelo contrário, o sangue jorrando só fazia um sorriso doentio aparecer nos lábios pintados de preto, o que causou um arrepio de medo no monarca.

— Te peguei. — Ela disse e cravou as unhas da mão livre no peito de Kolbert dizendo uma palavra em uma língua estranha.

Aos poucos suas unhas entraram pelas roupas, corpo até chegar ao coração do rei.
Os gritos de dor eram parecidos como os das mil almas sendo torturadas no inferno senão mais pavorosos, dignos dos mais temíveis pesadelos.
A bruxa da noite cantarolava alguma cantiga antiga que gostava enquanto que sentia cada veia que era interligada ao coração de Kolbert sendo arrancada junto com o coração dele.
O sangue escorria por suas roupas e pingava sobre o chão criando uma poça sujando a sola dos sapatos negros de Darken.
A bruxa fez um movimento e arrancou de vez o coração que muitos diziam que o rei não possuía.
O levantou como se fosse um troféu e o corpo de Kolbert caiu ao chão com um baque surdo.
Darken olhou para o que restou da realeza. Rainha e princesa e aproximou o coração de sua boca o mordendo enquanto que seu queixo e lábios eram pintados pelo rubro do sangue misturando-se com o preto. levantou o queixo com arrogância e sorriu revelando dentes manchados pelo sangue.

— O gosto da vitória. — Ela disse baixinho.

Ambas mulheres gritaram quando viram que seriam as próximas e ao notarem os passos de Darken em sua direção.
Logo todo o Reino era capaz de escutar gemidos e lamúrios de dor ecoando pelas paredes brancas.

Logo mais um daquela terrível e imensa criatura se juntou ao outro e mais um.
Os cavalos começaram a ficar agitados e relinchar tentado sair do lugar fazendo com que os que os seguravam aplicassem alguma força para continuar segurando suas rédeas.

— Laylin, você precisa se esconder. — Linary sussurrou para a irmã que não pensou nem duas vezes e nem mesmo em questionar tal ordem visto que a situação em que se encontravam era perigosa.

— Só queremos passar. Não viemos fazer nada de mais. — Kyle levantou as mãos em sinal de rendição. Tentava argumentar e sair dali com o pequeno grupo sem que precisasse apelar para a força bruta.

— Sabe que não podemos deixar isso acontecer pequena criatura. — O homem fez um movimento sutil com a grande tora que segurava e sorriu revelando dentes podres.

— Se dispersem. — Kyle berrou ao mesmo tempo que se abaixava de um golpe que um deles lhe lançava.

Linary viu a irmã correndo para longe ao mesmo tempo que colocava as mãos no chão e fazia com que o solo da floresta começasse a ceder.
Um deles portando uma espada tentou lhe atingir duas vezes em contra partida a jovem bruxa desviava, o que não era tão difícil dado aos movimentos lentos do gigante que se dava por sua imensa altura.

— Cuidado Linary. — Kyle gritou quando via tal cena.

Pegou uma de suas flechas e mirou no olho de um deles o atingindo em cheio.
O gigante gritou, colocou a mão no olho em uma tentativa de tentar amenizar a dor que sentia. Kyle correu até ele se aproveitando do seu atordoamento para escalar seu corpo.
Começando pelas pernas, tronco e por fim chegando nas costas tentando alcançar o pescoço. O processo foi lento e difícil pois o mesmo se movia freneticamente arrancando a flecha e segurando o olho sangrando.

Kyle sacou sua adaga e a enfiou nas costas do homem uma, duas, três vezes. Sangue espirrando para todos os lados e manchando as mãos do rapaz de cabelos escuros.
Até que por fim um dos companheiros dele resolveu o ajudar e tentar tirar Kyle de cima do homem.

— Acha que pode conosco menino? — Ele disse levantando a espada e atingindo a direção onde Kyle estava que desviou do objeto afiado que atingiu em cheio o crânio do homem o fazendo ir ao chão com Kyle junto.

— Kyle!! — Linary berrou e desviou o olhar para a cena diante de si.

Medo assolava seu corpo com o triste fim do moço, mas Laylin foi mais rápida e com um movimento de mãos fazendo Kyle levitar com segurança até o chão.

— Boa pequenina. — Ele gritou para Laylin que continuava escondida atrás de um grande tronco de árvore caído.

— Maldito. Matou meu irmão. — O gigante gritou e correu para onde Kyle estava, seus pés fazendo com que o chão tremesse quando entravam em contato com o chão.

— Temos que o ajudar. — Samar disse em voz alta para Archie que estava em estado de choque ao seu lado. — Archie! — Ela exclamou em vão e decidiu agir por conta própria.

Conjurou uma bola de fogo e lançou em direção ao gigante que corria contra Kyle. 
A ação o fez parar e gritar de dor tentando apagar o fogo em si, chamando a atenção do outro gigante ao seu lado, que com um movimento de mão fez com que Samar fosse jogada longe com um golpe dele.

— Samar. — Aquilo foi capaz de acordar Archie do transe que se encontrava ocasionado pelo medo.

Ele sacou sua espada com o intuito de atacar, mas antes mesmo que pudesse agir, Kemuel foi mais rápido.
Aproveitando-se da distração da grande criatura, sua espada se chocou contra a carne da perna do gigante.
O homem gritou de dor segurando sua perna e aquilo foi o que bastava para Linary agir. 
Algo dentro de si despertava mais uma vez, como naquela vez dias atrás. Ver Samar desmaiada no chão foi o suficiente.
Seus olhos ficaram ausentes de cor e da sua pele se desprendia uma aura de coloração escura.
Não se tratava de algum feitiço proibido, nem muito menos se conectar ao elemento, era o instinto que tomava conta dela, do seu lado racional
Logo todo o chão começava a tremer e uma rachadura se formava, logo depois uma pequena abertura deu lugar onde os gigantes estavam.

— Pelos deuses Linary. — Kyle disse dando um passo para trás, suas mãos tirando os cabelos dos olhos para que sua visão não perdesse detalhe algum. Se segurou em uma árvore para que não caísse devido aos tremores do chão. — Segurem-se. As coisas estão ficando feias por aqui. — Ele disse para os membros do grupo.

Linary abaixou o corpo e colocou as mãos no chão, levantou a cabeça e deu um sorriso de canto para as grandes criaturas.
Após isso a pequena abertura se transformou em uma cratera.
Os homens tentavam fugir, mas era impossível. A força dos tremores eram maiores e os pegaram desprevenidos.
Linary bateu as palmas das mãos ao chão e uma elevação da terra saiu de onde ela estava indo na direção dos gigantes, os desequilibrando e os fazendo cair dentro da cratera, onde naquele momento só era possível escutar o eco dos gritos deles.

— O que está fazendo majestade? — Delma questionou ao ver Darken atirando roupas femininas para todos os lados do quarto.

— Nenhuma roupa da antiga rainha serve para mim. Tudo muito colorido.

— E tem necessidade de se trocar? 

— Não seja estúpida Delma. Acha que iria ficar enrolada em uma toalha até que trouxesse minhas roupas? Levaria dias. — Darken disse por cima do ombro e pegando um vestido da cor marrom. — Esse terá que servir.

A bruxa da noite deixou a toalha cair e começou a vestir a peça de roupa cara. Não lhe servia perfeitamente, mas iria ser um bom substituto até que suas roupas fosse trazidas do Reino da terra.

— Tudo ocorreu como deveria ser e agora? — Delma questionou sentando-se em uma cadeira lançando um olhar de baixo para cima para Darken.

— Irei começar o plano final obviamente. Tomar o Reino do fogo será difícil então tenho que fazer uma análise minuciosa.

— Por que não tenta seguir a linha da tomada do Reino da água.

— Não faça perguntas idiotas Delma. Óbvio que Auheb já deve estar preparando um plano de batalha e o exército dele é dez vezes maior do que o de Kolbert.
Seríamos massacrados.

— O que irá fazer então? 

— Vou pensar. Efraim já está aqui? — Delma assentiu e Darken continuou. — Ótimo. Fale para ele me dar uma noção das perdas do exército do Reino da água. Quero saber se sobrou homens para usá-los na batalha e... — Darken não conseguiu concluir a frase quando foi acometida por uma maldita visão de Kyle.

Ela já estava estranhando que o rapaz estivesse sumindo do seu rastro e Darken não conseguia entender o porquê, mas lá estava ele lutando contra gigantes ao lado da bruxa maldita e mais algumas pessoas.
Darken não sabia explicar como aquele menino mexia tanto com ela, mas somente ao vê-lo seu coração já se enchia de um sentimento desconhecido, o que não era de todo ruim.
Mas algo estava acontecendo.
Após eles derrotarem os gigantes eles adentraram ainda mais a floresta.

— Não. — Darken gritou e abriu os olhos encerrando a visão. — Malditos. 

— O que houve Darken? 

— Kyle está seguindo para a floresta das fadas. Boa coisa não irá sair dali.

— Será que eles irão se aliar a elas? 

— Possivelmente Delma, mas o meu medo maior é que eles contatem outra pessoa.

— Quem? — A bruxa de cabelos verdes questinou assustada.

— Thamerya.

— Não. Você não pode permitir isso.

— Não posso fazer muito Delma. Mas há algo que pode ser feito.

— Que seria? 

— Enfraquecer um dos elos principais do grupo.
Fale para Efraim buscar Laynei e traga para mim. Não confio de a deixar sozinha no Reino da terra e para o que tenho em mente vou precisar dela aqui. — Darken pegou uma escova de ouro e começou a pentear seus longos cabelos negros. — E mande Linayna atrás do grupo na floresta das fadas.

— O feitiço ainda está fazendo efeito com ela? — Delma perguntou com a porta entreaberta.

— Sim e não. O meu propósito é enfraquecer o grupo. Linayna não se verá livre do feitiço a menos que morra. — Darken deu um sorriso diabólico em frente ao espelho e olhou para Delma através dele.

— Isso será bom para os planos, perder Linayna? E se ela debandar para o lado deles? 

— Essa segunda opção não tem a mínima chance, como eu disse ela só irá livrar-se do feitiço morta e meu propósito é enfraquecer o grupo, se eu perder Linayna no processo então que assim seja.

Delma assentiu e fechou a porta deixando Darken sozinha com seus planos para a morte de Auheb.

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