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Alguém para cuidar

Linary estava boquiaberta pela figura do príncipe encontrar-se ali na cozinha.
Era uma surpresa pois não era costume a realeza se misturar com os criados. Archie estando ali só provava que nem tudo o que parecia era.
Mas algo dizia para Linary que aquilo tinha a ver com Samar.

— Podemos conversar Archie? — Samar disse em um tom calmo, como se estivesse falando com um animal acuado.

— Não tem o quê explicar Samar. Fique longe dessa traidora assassina. — Linary levantou-se possessa. Não iria aturar as ofensas daquele desgraçado, sendo príncipe ou não.

— Olha aqui seu...

— Archie, é importante. — Samar olhou para Linary em alerta para que ela se calasse. A jovem impulsiva tinha que controlar-se. Não poderia agir daquela forma no Reino do fogo. A paciência de Auheb era mínima e ele não iria aturar a língua enorme da menina.

— Só vou permitir que explique por que é você minha linda. — Ele passou a mão de forma delicada pela bochecha de Samar que sorriu em resposta. — Espero que tenha um bom motivo para ela estar aqui.

— Darken atacou o Reino da terra. — Samar foi objetiva e direta fazendo com que o príncipe desse um passo para trás.

— Impossível Samar. Essa bruxa não existe, é uma lenda.

— Óbvio que não Archie. Escute me. Ela tomou o Reino do ar, matou Daipo e agora atacou o Reino da terra. Não podemos fechar os olhos mais e fingir que nada está acontecendo.

—Meu pai já sabe? — Archie disse olhando para o nada, parecia não acreditar ainda no que ouvia.

— Não, mas vou contar para ele. Tive contato com Ava e ela acredita que o ataque que o rei sofreu seja derivado de Darken.

— Por que ela faria isso? 

— É o que temos que saber meu amor. Algo me diz que seu pai tenha a resposta. — Samar disse e olhou para Linary. — Não posso negar abrigo para ela Archie, gosto muito de Linary. — O príncipe abaixou a cabeça parecendo aceitar tudo aquilo e abraçou Samar.

— Você tem um grande coração, é por isso que te amo. 

— Eu também. — Samar escondeu o rosto no pescoço de Archie para abafar um risinho de uma jovem apaixonada e logo depois olhou para Linary de novo. — Ela irá relatar tudo para o rei, mas deixe que ela descanse um pouco Archie. A coitadinha teve dias difíceis. 

— Só faço isso por você. — Ele beijou a testa de Samar, deu uma última olhada para Linary e saiu da cozinha.

— Ele é sempre assim? Já havia me esquecido o quão idiota o príncipe é.

— Linary! — Samar repreendeu a jovem. — Você é incapaz de se controlar não é. — Ela disse em um tom divertido. Linary deu de ombros e pegou uma pêra do cesto de frutas.

— Não tenho medo. O que os Reis com seus impérios ameaçados podem fazer? — Samar desistiu de tentar colocar juízo na cabeça de Linary e se sentou na cadeira de frente para ela.

— Agora me conte o que você tem com aquele rapaz? — Linary quase se engasgou com um pedaço da fruta e tossiu algumas vezes para adiar a resposta.

— Não tenho nada Samar.— Ela sentiu as bochechas esquentarem e desviou o olhar para uma rachadura na mesa de madeira.

— Não foi o quê me parece. Se você não tem deseja ter.

— Pare com isso. Ele é só um rapaz que conheço e que me ajudou muito, só isso. — A ruiva pegou a mão de Linary e apertou de forma carinhosa.

— Pode confiar em mim Linary. Não vou contar para ninguém. — Linary bufou e olhou para cima, não querendo ver a expressão de Samar.

— Eu gosto muito dele. — Dizer aquilo em voz alta era estranho para ela, afinal Linary só sentia emoções por pessoas de sua família.

— Só gosta? 

— Acho que sim. Não sei ao certo Samar. — Linary estava frustrada e incomodada pelo interrogatório de Samar, ela só queria que aquilo parasse.

— Sei que quando estiver pronta e com consciência do que sente vai admitir. Pelo o que vi quando chegou aqui e sua interação com ele no quarto é muito mais do que um simples gostar. — Samar disse com um ar de quem sabe tudo.

— Seu jeito sabichão me irrita sabia. — Ela assentiu sorridente.

— Vá tomar um banho está imunda. Vou procurar Laylin para que ela faça o mesmo. — Linary assentiu agradecida e seguiu Samar até o quarto. Agradecendo aos deuses por no mundo ainda existir pessoas boas.

— 1, 2, 3 Darken está vindo.
3,4 melhor trancar a porta... — Laynei acordou com aquela música preenchendo os seus ouvidos e uma dor de cabeça lancinante.

Abriu os olhos devagar, a pouca luminosidade que entrava pela pequena janela machucando sua visão e piorando sua dor de cabeça.

— 5, 6 pegue seu crucifixo.. — Ela olhou para os lados e meio desnorteado viu que estava em um local apertado, seus pés tocando uma poça d'água que era proveniente de uma goteira.

— 7,8 melhor ficar acordado até tarde... — Laynei tentou mover seus braços, mas aquilo era impossível e só naquele momento se deu conta de que seus membros superiores estavam presos por grossas correntes que machucavam seus pulsos.

— 9, 10 nunca mais vai dormir de novo. — Ao se orientar, ela viu que não estava sozinha então seus olhos focaram na voz feminina terminando a canção conhecida. 

Era Darken cantarolando a canção que muitas mães usavam para contar a história da bruxa maldosa que tentou derrubar o casamento do príncipe do Reino do fogo.
Ela era real. Desde seus chifres até os pés calçados por botas poderosas que pareciam a deixar mais alta.

— Minha querida acordou.— Ela falou com um sorriso de canto. 

— Onde estou? 

— No Reino da terra meu anjo. — Laynei então se lembrou do que havia acontecido. De estar na casa dela procurando as irmãs e de tudo ficar escuro depois.

— Onde estão minhas irmãs? —Ela questionou com medo na sua voz.

— Você que me dirá. Eu quero suas irmãs. Uma em especial.

—Elas não estão aqui? — Darken não deixou passar o tom de esperança colorindo as palavras da bruxa da terra e aquilo enfurecia a enfurecida de muitas maneiras.

— Você irá me trazer elas. Esteja onde elas tiverem. — Darken se aproximou de Laynei como uma cobra sorrateira.

— E por que eu faria isso. — Laynei falou em tom raivoso e olhou com repúdio para a bruxa que emanava ódio por cada poro do seu corpo.

— Irá sim minha querida. — Darken colocou as mãos nas têmporas de Laynei e pronunciou as palavras do feitiço de controle.

Vagando pela mente de bruxa da terra, tentando quebrar todas as defesas firmes que a mesma tinha em torno de sua mente.
Os muros eram intransponíveis e haviam muitas lembranças das irmãs, dificultando o controle de Darken que ficava cada vez mais furiosa.
Laynei olhava para Darken com ódio em sua expressão, se agarrando em sua família para resistir àquilo. Em algum lugar as meninas precisavam de Laynei, ela não poderia perder àquela batalha de vontades.
Darken se afastou e olhou com ódio para Laynei que sorriu em deboche.

— Tente de novo sua desgraçada. O feitiço que controla seus fantoches dos reinos não vai funcionar comigo. — Darken deu um tapa com as costas da mão no rosto de Laynei deixando uma marca vermelha em sua bochecha esquerda.

— Como se atreve a me desafiar sua miserável. 

— Só digo a verdade. — Para a surpresa de Laynei, que esperava a fúria da bruxa, Darken deu uma gargalhada alta.

— Posso até não ter controle sobre sua mente, mas seu corpo sim. Vai ficar aqui comigo e tenho mais uma surpresa para você minha jovem. — Darken saiu do local escutando os gritos desesperados de Laynei. Um sorriso enfeitando seus lábios.


Linary colocou a ponta do seu dedão do pé para testar a temperatura da água na grande tina que uma criada havia posto ali.
Ao sentir que a mesma estava morna retirou o roupão pequeno demais que Samar havia emprestado a ela e afundou na água. Sentindo-se relaxar com o cheiro de notas florais do sais que a ruiva havia providenciado.

Ela tinha muito pelo o que agradecer. Mesmo não sabendo por onde Laynei estava, ela e Laylin estavam seguras por ora.
Sua mente estava apenas nublada de preocupação por Laynei e por Kyle que encontrava-se convalescente em um quarto próximo dali.
Ao lembrar de Kyle com o tórax desnudo Linary sentiu sua pele arrepiar. Era estranho, mesmo a água estando quentinha ela não sabia explicar o porquê daquilo.
Ela mordeu os lábios, fechou os olhos e encostou o pescoço na borda da tina apreciando o pouco momento de paz que lhe caía bem

— Ainda está tomando banho? — Ela escutou a voz de Laylin no cômodo e abriu apenas um olho para ver a irmã a olhando com expressão questionadora.

— Como entrou no quarto sem que eu escutasse? 

— Sei ser silenciosa quando quero. — Ela sentou-se na cama e ficou balançando as pernas para frente e para trás.

— Só quando lhe convêm. Quando eu quero você não é assim. — Linary revirou os olhos e passou um pouco da espuma da água por seu corpo tirando toda a sujeira que ali havia.

— Samar está te chamando para comer algo e vim lhe trazer um vestido. — Ela apontou para o mesmo pendurado em um cabide.

Era lindo. Comprido, de mangas longas com pequenas flores minúsculas bordadas no decote recatado. A cor era espetacular, um amarelo, como a cor dos olhos de Linary.

— Ela disse que pediu para uma das jovens criadas lhe emprestar já que os dela não iriam lhe servir por conta da diferença de tamanho.

— Não me importo. — Ela olhou para a irmã e viu que Laylin também trajava um vestido diferente do trapo que vestia quando chegaram. — Vejo que arrumou um para você também. — Ela assentiu freneticamente e levantou-se.

— Não é lindo. — Ela deu uma volta rápida fazendo com que o vestido azul girasse sobre seus calcanhares.

— Perfeito bonequinha. — Ela deu um sorriso enorme e se dirigiu para a porta do quarto.

— Vou me deitar. Acredita que Samar me deu um quarto só para mim. 

— Não vai dormir comigo? — Ela negou com a cabeça e lançou um olhar para Linary como se ela fosse estúpida.

— Vai dormir aqui ao que indica. Vá logo jantar. — Laylin girou a maçaneta e virou a cabeça como se estivesse esquecido de falar algo. — Kyle acordou. — Aquilo fez com que Linary levantasse rapidamente derramando água no chão do quarto.

— Por que não me disse logo Laylin. Isso é importante. — Linary pegou uma toalha que estava posicionada ao lado da tina e enrolou em seu corpo.
Saiu da água e pegou o vestido que Laylin havia trazido. Não se importou nem um pouco com a marca dos pés dela sobre o piso de madeira.

— Não me perguntou. — Linary olhou para o rosto inexpressivo da irmã.

Linary não acreditava que Laylin pudesse ser tão cara de pau àquele ponto, mas ela jurava para si mesma que um dia enforcaria a irmã mais nova com as próprias mãos.

— Já dei meu recado. Vou dormi. Bons sonhos mana.

— Que você sonhe com tudo o que há de pior. Só para você aprender.

— Credo Linary não seja maldosa. — Laylin disse e saiu do quarto sem nem mesmo dar o direito de resposta a Linary.

A cada passo dado o nervoso de Linary aumentava cada vez mais. O pensamento de ver como o rapaz de cabelos escuros estava a deixava transtornada.
Ela não parava de pensar nas últimas palavras proferidas pelos lábios dele e o quão afetada ela havia ficado com aquilo.

Ela tocou na maçaneta fria e respirou fundo, fitando a moldura de um quadro que estava posicionado ao lado da porta. Uma pintura abstrata que os mais ricos pagavam uma fortuna para a ter pendurada na parede de seus castelos.
Para Linary era um desperdício de dinheiro pois aquilo era um monte de borrões de tinta misturados.
Sem mais adiar, ela virou a maçaneta e entrou no quarto escuro e abafado.
As janelas estavam trancadas e o cheiro de doença e laudano pairavam no ar.
Estava tão escuro que se não fosse as velas acesas nos candelabros no corredor, Linary já teria se espatifado no chão pela falta de luminosidade.

— Droga. 

— Linary? — Ela escutou a voz sussurrada de Kyle. Estava fraca, mas mesmo naquele estado somente a voz dele foi capaz de arrancar um sorriso dela.

— Estou aqui.

— Não consigo te ver com clareza. 

— Se acalme que já vou resolver. — Ela foi até o corredor e retirou de uma das mesas inúteis um candelabro de tamanho médio e o levou até o quarto onde Kyle estava.
Naquele momento o cômodo estava perfeito. Linary conseguia ver o rosto abatido de Kyle e o quão pálido ele estava. Andou a passos apressados até a ele, uma conexão inexplicável a atraindo para Kyle.

— Estou muito ruim não é? Não me sinto muito bem. — Ele falou com a voz fraca.

— Te abandonaram aqui. — Linary disse de forma irritada. Ela iria reclamar com Samar por ter deixado Kyle naquela situação. — Deve estar com fome e com febre, vou buscar um pano úmido e uma bacia para colocar em sua testa.

— Não. — Kyle segurou a mão de Linary com força e a olhou de forma suplicante. — Não vai. Fica aqui comigo, não me deixe sozinho. Eu sempre estive sozinho.

— Fica calmo Kyle. — Ela o ajudou a se deitar de novo e o cobriu com o fino cobertor. — Vai ficar bem. Estou aqui para cuidar de você.

— Não se preocupe comigo. Se eu não passar desta noite não farei falta para ninguém. 

— Está delirando? — Ela colocou a mão na testa dele e sentiu que a febre aimda não dera sinais de baixa. 

A infecção deveria estar forte. — Ela pensou com pesar.

— Cale-se idiota. Eu iria sentir. — Ela falou sem nem ao menos pensar no que dizia.

Linary o olhou e viu que os olhos de Kyle estavam fechados. Ela respirou aliviada por ele não ter escutado sua confissão, iria ser no mínimo constrangedor.
Ela escutou a porta se abrindo e viu Samar entrando no quarto com uma bacia, um pano de aparência macia e o quê parecia um tônico de cor marrom.

— Linary o que faz aqui? — Ela perguntou de forma sussurrada, olhando para ambos os lados do corredor para ver se tinha alguém por ali.

— Cuidando dele. Por que não me avisou que ele tinha acordado? 

— Não houve tempo estava fazendo a poção para ele. Não pode ficar aqui, uma moça jovem como você não pode ficar no quarto com um homem desnudo. — Linary revirou os olhos para o que Samar disse.

— Não me importo Samar, não é como se eu tivesse aos beijos com ele pelos cantos do castelo. — Linary lançou o comentário ácido para a ruiva que corou com a lembrança do beijo que Linary presenciara há um tempo.

— Vai ficar aqui então. — Ela assentiu com a afirmação de Samar.

A ruiva deixou as coisas no quarto e avisou para Linary que havia sopa na cozinha caso ela sentisse fome. Fechou a porta e recolheu-se para seu quarto.
Quando viu-se sozinha, Linary olhou para Kyle e beijou a testa dele. Ela iria começar a longa noite de vigília. Ela iria levantar-se e começar os cuidados com ele, mas antes permitiu-se ficar um pouco mais na presença do rapaz de cabelos escuros.
Aconchegou-se ao lado dele e deitou-se sobre seu peito, desfrutando de uma paz e uma gama de sentimentos jamais sentida.

— Acorde Linary. O rei está esperando, ele já sabe que vocês estão aqui. — Aquilo foi capaz de fazer com que ela abrisse os olhos devagar, o sono ainda presente em seu corpo.

Ela olhou em volta e viu Samar ao seu lado, Laylin na porta a observando de forma apreensiva e Kyle ao seu lado acordado. Um sorriso enfeitando seus lábios.

— Já vou. — Ela disse se espreguiçando.

— Vou dar um tempo para que se vista. Vamos Laylin. — Samar chamou a mais nova.

— Mas quero saber como Kyle está. 

— Já viu que está bem melhor. Vamos. — Samar puxou a menina para fora do quarto e deixou o cômodo no mais profundo silêncio.

Linary estava sem jeito de estar com Kyle no mesmo recinto, ainda mais estando tão próximos como estavam. As bochechas dela estavam queimando e por sua visão periférica ela sabia que Kyle ainda sorria.

— Você ficou. — Aquelas duas palavras estavam carregadas de emoções desconhecidas e que faziam o estômago dela se revirar como se borboletas estivessem alçando vôo, todas ao mesmo tempo.

— Sim. Por que eu não o faria? — Linary disse retirando uma linha do cobertor que estava solta.

— Olha para mim pequena. — Kyle virou o rosto dela de forma delicada para que seus olhos se encontrassem.
— Não sabe o quanto isso significou para mim. 

— Não foi nada demais. — Ela falou rapidamente. — Está se sentindo melhor? — Linary questionou para mudar de assunto.

— Já estive melhor. O laudano e a poção da ruiva ajudaram muito, mas devo ter entrado em alguma realidade paralela. Sinto que não falei coisa por coisa e o laudano deve ter contribuído. — Linary assentiu e levantou-se. Tinha um encontro não tão bom com o rei arrogante. 

Ela sentia-se cansada pois passara a noite toda cuidado de Kyle. Alternando entre compressas com um pano frio na testa dele e o medicamento. Quando ela pensava que conseguiria pegar no sono, Kyle a acordava com os delírios e falas desconexas. 
Algo sobre pedir perdão para ela e o medo que sentia.
Linary não conseguia entender o quê aquilo significava e não iria perder tempo perguntando para ele pois Kyle não deveria ter noção dos atos naquele momento.

— Eu tenho que conversar com o rei sobre Darken. — A expressão de Kyle mudou de jovial para algo sombrio. Os olhos dele nublando e os sentimentos de antes apagados.

— Compreendo. Vou lhe esperar aqui.

— Pode ser que eu traga más notícias, nunca se sabe o quê aquele velho idiota vai fazer e pode ser que tenhamos que ir embora. 

— Apenas diga que o propósito dela é tomar todos os reinos. — Linary o olhou confusa sem entender o porquê dele dizer aquilo do nada.

— Como sabe? 

— É meio óbvio pequena. Ela tomou dois reinos o que se espera é que ela tente com o resto. — Kyle sentiu alívio ao ver que Linary parecia acreditar no que ele disse.
A verdade por vezes desenrolava- se nos lábios de Kyle, mas a coragem não estava presente. O medo de perder algo que ele nem tinha ardendo como uma ferida aberta.

— Não vou deixar vossa majestade esperando. Daqui a pouco eu volto. 

— Vou esperar ansioso pequena. — Linary arregalou os olhos e aquilo fez com que Kyle soltasse uma gargalhada. Era muito lindo a inocência que coloria todos os atos de Linary.

Ela fechou a porta constrangida e impôs a distância necessária entre os dois. Encostou-se na porta e fechou os olhos, sorrindo como a idiota que era.
Seu coração saltitava dentro do peito e sua pele estava mais vermelha do que o normal.
Aquilo parecia ser impossível para ela. Sentir algo daquela magnitude, algo novo e que não era ruim. Linary estava adorando aquela sensação única.
Mas ela não perdeu muito tempo pensando naquilo, deixaria para outro momento. Ela tinha assuntos pendentes a tratar.

Ela segurou a barra do vestido e pôs-se a correr pelos corredores que pareciam não ter fim.
O eco que seus passos faziam eram tão grande que ela pensou que poderia ter alguém mais correndo junto com ela.
Quando chegou na sala do trono, Linary endireitou-se e entrou com toda confiança que era capaz.
Já dando de cara com Auheb, o príncipe, Laylin e Samar.

— Vejamos jovem bruxa o que faz aqui? Já deveria ter ido embora com sua irmã, aqui não é hospedagem. — A voz do rei lhe dava asco e a vontade que ela tinha era de o mandar para o inferno.

— Escute o que ela tem para falar meu pai. É muito importante. — O príncipe interviu no possível embate.

— Pois diga. — Ele fez um sinal entediado e pôs uma uva verde na boca.

— Darken retornou e tomou o Reino da terra. — Linary conteve um sorriso diabólico ao ver Auheb se engasgar com a uva. Contendo-se para não rir do infortúnio do rei.

— Is-so é loucura. Estás louca? — Ele disse entre tosses e com a voz fraca com a ajuda de Archie ele conseguiu desengasgar e bebeu um longo gole d'água.

— Ela fala a verdade vossa majeatade. Ela retornou e Ava já havia visto. O rei do Reino da água já deve estar sabendo. — Samar disse para ajudar Linary.

— Aquela maldita está morta. — O rei bradou furioso e bateu na pequena mesa posicionada ao lado do trono derrubando a taça com água que havia ali. — Como aquele maldito não me avisou isso? 

— Não sabemos ainda meu pai, mas temos que descobrir. — Archie falou pensativo. — E elas acreditam que o ataque que o senhor sofreu anos atrás foi derivado de Darken. 

— Maldição. Aquela megera ainda vive para me atormentar. Eu deveria ter dado fim em sua existência, mas fui fraco demais na época. Pensei que aquela cobra iria morrer sem que eu precisasse sujar minhas mãos com seu sangue imundo.

— Como assim meu pai? — Archie fez a pergunta que todos na sala gostariam de fazer.
Auheb sentou-se derrotado em seu trono colocando a cabeça entre as mãos. 

— Eu tive algo com Darken há vinte anos. — Ele falou sucinto surpreendendo a todos na sala.





Mas vocês devem estar se perguntando...
Como assim termina assim não é?
Hahahaha
Não fiquem aflitos no capítulo seguinte tudo será explicado. Vamos ver quem não consegue sentir empatia pela bruxa da noite.
E por falar nela..
Alguém pegou a referência da música que ela canta para Laynei?
Se sim digam aqui.

E o Kyle sendo Kyle.
Muito gado esse moço não acham?
Quem em sã consciência resiste a esse rostinho? E quem não iria querer cuidar dele dodói?

Sem mais papo...
Esperem bomba atrás de bomba na próxima semana.
Bjs e bom feriado.



A expressão de Kyle esperando vcs na próxima semana...

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