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Capítulo 8. A chegada de Arthur

Arthur estava sentado em uma taverna próxima ao palácio, um local onde, habitualmente, reuniam-se soldados, assistentes de ministros, e outros homens a serviço da corte. Naquela noite, o ambiente estava incomumente tranquilo, sem brigas ou vozes elevadas. Próximo à mesa onde Arthur se encontrava, dois homens, recém-chegados do palácio, conversavam em tons baixos. Com ouvidos atentos, ele passou a escutar o que diziam.

— Cada dia que passa, torna-se mais árduo servir ao rei — comentou um dos homens, a voz carregada de descontentamento.

— Não se engane, você serve à rainha — respondeu o outro com um meio sorriso, levando o copo aos lábios. — Todo o dinheiro que recebe é para espioná-lo. Se ele descobrir, sua cabeça rolará.

— Aquele homem? Ele deveria usar saias, está sempre escondido atrás da mãe — replicou o primeiro, com desprezo, referindo-se ao rei Nicolas. — E ainda há Dominique, aos pés dele, se oferecendo e ele a recusa gentilmente.

— Agora você está sendo cruel — retrucou o segundo, embora sem muita convicção.

— E quanto à sua prometida? — As palavras fizeram os ouvidos de Arthur se aguçaram ainda mais, pois o assunto agora era sua irmã. — Pobrezinha, que destino a da família em casá-la com um homem tão fraco. Ela merece um homem de verdade. Mas saiba que os ministros estão de olho na fortuna da família dela. Mesmo que receba presentes de todos, parece não dar-lhes muita importância.

— Você é um grande falastrão. Se eu fosse o rei, sua cabeça já teria sido separada do corpo — advertiu o outro com um tom de humor.

Os dois continuaram a conversar, desviando o tema para as damas do palácio e outras futilidades. Arthur, entretanto, sabia que aqueles homens não tinham grande importância, apenas eram espiões pagos para falar do rei. Nada que saía de suas bocas merecia verdadeira atenção e amanhã ele chegaria cedo à corte de Navie.

O tempo na corte parecia arrastar-se lentamente para Amélia. Enquanto Felipe aproveitava cada oportunidade para consolidar alianças, para ela, aqueles dias não tinham encanto algum. Raramente saía, e em uma dessas raras ocasiões, ao cruzar com Dominique, recebeu dela um olhar frio e um rosnar mal disfarçado.

Os dias passavam, e Nicolas, frustrado, lutava em vão para encontrar um momento a sós com Amélia. Desejava desesperadamente conversar com ela, mas em todas as ocasiões, ela estava sempre acompanhada, fosse por seus guardas ou por seu irmão Felipe. Do seu escritório real, ele observava um canto do jardim onde ela frequentemente se sentava. Sob a sombra de uma árvore, Amélia ora escrevia, ora lia, irradiando uma tranquilidade que encantava o rei.

Naquela manhã, porém, algo em Amélia estava diferente. As servas, ao verem seu brilho incomum, acreditaram que a jovem estava ansiosa pelo baile que se aproximava. No entanto, a verdadeira razão de sua alegria tinha um nome: Arthur.

De tempos em tempos, ela lançava olhares ansiosos pela janela de seu quarto, que dava para os grandes portões da frente. Quando percebeu uma movimentação diferente, seu coração se acelerou, sabendo que era ele, seu irmão, seu melhor amigo.

Sem se importar com a etiqueta ou os olhares curiosos, Amélia correu pelo jardim em direção aos portões. Seus guardas, perplexos, tentavam acompanhar o ritmo da jovem. Quando avistou Arthur descendo do cavalo, lançou-se em seus braços, quase o derrubando.

Arthur, emocionado, afagou os cabelos rebeldes de Amélia, um sorriso suave iluminando seu rosto. Era a primeira vez que ficavam tanto tempo separados, e ele recordou a promessa que fizera à sua mãe de cuidar de Amélia enquanto respirasse.

— Irmãzinha — disse Arthur, apertando-a com força.

— Irmãozinho — respondeu Amélia, aconchegando-se ainda mais em seus braços.

— Esses não são modos, Amélia. — A voz de Felipe soou atrás deles, divertida. — Achei estranho ver tanta gente correndo atrás de você; pensei que tivesse roubado algo.

— Perdão — murmurou Amélia, soltando-se do irmão.

— Não se preocupe, pirralha. Só não estamos em casa, então... — Felipe assumiu um tom mais sério, fitando a irmã.

Nesse instante, um servo anunciou a chegada do rei. Nicolas, que observava a cena de longe, havia se alarmado ao ver Amélia correr pelo jardim, temendo que estivesse em perigo. Mas, ao se aproximar, viu que ela simplesmente se lançou nos braços de um homem desconhecido.

— Vossa Alteza — disse Arthur, curvando-se respeitosamente, mas sem soltar a mão de Amélia.

Nicolas notou o sorriso que Amélia direcionava ao desconhecido e, por um momento, seu coração apertou-se. Quem era aquele homem que segurava a mão dela com tanta familiaridade?

— Vossa Alteza, este é meu irmão, Arthur — explicou Amélia, apressadamente.

— Irmão? — Nicolas suspirou aliviado. Não estava ciente da chegada do irmão de Amélia. — É um prazer recebê-lo em nossa residência.

— Agradeço, Vossa Alteza — respondeu Arthur, lançando um olhar avaliador ao redor. Atrás de Amélia estavam os guardas, Felipe, Nicolas, um menino e três damas. — Parece que realmente você roubou algo — acrescentou Arthur, com um tom sério, enquanto observava o rei com um olhar analítico.

As irmãs gêmeas de Nicolas, ao avistarem Arthur, ficaram imediatamente cativadas por sua presença marcante. Ele era um homem alto, de porte imponente, com cabelos escuros que caíam suavemente sobre sua testa, e uma barba cheia que realçava ainda mais sua masculinidade. Seus músculos, esculpidos por anos de treinamento e batalhas, eram evidentes mesmo sob as roupas elegantes que vestia. Não era surpresa que Arthur carregasse suspiros por onde passava; sua figura era a de um verdadeiro cavalheiro, o tipo de homem que toda dama sonha em ter ao seu lado. Laerte já havia recebido inúmeras propostas de casamento, todas recusadas com uma tranquilidade que apenas reforçava seu encanto natural. Ele alegava que ainda não era o momento certo para se casar, deixando no ar uma aura de mistério.

— Como estão te tratando? — Arthur perguntou, sua voz grave e séria, enquanto seus olhos perscrutavam os de Amélia com uma preocupação genuína.

— Bem — respondeu Amélia, em um tom baixo, quase tímido, visivelmente desconcertada pela situação.

Nicolas observou-a com atenção, o coração ligeiramente apertado pela incerteza. Será que algo estava acontecendo sem que ele soubesse? Talvez Dominique, com seu comportamento cada vez mais errático, tivesse feito algo para incomodar Amélia. Nos últimos tempos, Dominique parecia uma pessoa completamente diferente, sempre irritada, e de péssimo humor. Suas interações com Nicolas tinham se tornado difíceis, repletas de lágrimas, chantagens emocionais, e ofensas veladas.

Ao se despedir da família Navarri, Nicolas saiu acompanhado de sua comitiva, deixando para trás um misto de preocupação e curiosidade. O baile se aproximava, mas ele mal conseguia pensar nisso, distraído pelas tensões que pareciam se acumular ao seu redor.

Enquanto isso, Marcelo, Felipe, e Arthur se reuniram um pouco mais afastados, envolvidos em uma conversa que Amélia não conseguia decifrar. Assim que a discussão entre eles terminou, os quatro irmãos seguiram para o jardim, onde o ar fresco trazia algum alívio às suas mentes.

— Tudo chegou intacto e os homens também — Arthur disse, dirigindo-se a Felipe e Marcelo, que acenaram em aprovação. Amélia observava, mas não compreendia o verdadeiro significado daquela troca de palavras.

— Amélia — chamou Marcelo, atraindo a atenção da irmã. — Em breve, papai e Pedro estarão aqui.

— E o Leo? — ela perguntou, com um toque de esperança na voz.

— Ele não vem, você sabe como é o Leopoldo — respondeu Felipe, num tom que mesclava ironia e afeto.

— Eu e Marcelo vamos até a residência. Arthur ficará com você — continuou Felipe, já se preparando para partir. — Está animada para o baile?

— Talvez — respondeu Amélia, dando de ombros com indiferença.

Após se despedirem, Felipe e Marcelo seguiram seu caminho. Arthur, com um gesto firme, dispensou todos os outros que ainda os acompanhavam. Ele então entrelaçou seu braço no de Amélia, e os dois começaram a caminhar pelo jardim da corte real. Era a primeira vez que Amélia estava sem a presença constante de guardas ou servos, e a sensação de liberdade, embora momentânea, trouxe um leve sorriso aos seus lábios.

— Então, o que está lhe afligindo? — indagou Arthur, o olhar firme, mas repleto de preocupação.

— Nada — respondeu Amélia, desviando o olhar.

— Não minta para mim, Amélia. Sabe que estou aqui apenas por sua causa. Diga-me, o que aconteceu? Preciso matar aquele reizinho? Cheguei preparado para isso.

— Não. — Amélia sorriu ao recordar as inúmeras vezes que Arthur a havia defendido. — Sinto-me sozinha. Em casa, sempre estávamos juntos.

— Como o rei a tratou?

— Ele é um homem gentil, e seu irmão mais novo me lembra muito de vocês. Olavo é um garoto engraçado.

— Então, o que realmente a incomoda, minha irmã?

— Não me sinto à vontade. As moças da corte me observam com desdém, e todos parecem adorar Dominique, enquanto me odeiam.

— Quem é Dominique?

— A suposta namorada do rei.

— Como é? — A raiva começou a tomar conta de Arthur. — Esse canalha está comprometido e ainda assim recebeu você aqui com promessas de noivado?

— Meu irmão, acalme-se — Amélia segurou o braço de Arthur, tentando apaziguar sua fúria. — Não sei ao certo. São apenas rumores que circulam pela corte. Eu não perguntei à família real, mas parece que ele tem sentimentos por ela. Eles cresceram juntos, e todos a adoram. Sei que ele não tem afeição por mim, mas sou a escolha dos ministros. Felipe organizou tudo, e eu já conheci vários deles.

— Você não precisa passar por isso — afirmou Arthur, com a firmeza de quem já havia dito isso muitas vezes.

— Espero que tudo isso acabe logo.

— Ah, minha irmã... — Arthur suspirou, refletindo sobre a situação. — Podemos ir caçar para lhe animar. Vi que a floresta tem alguns "amigos" interessantes que podemos caçar.

— Podemos mesmo? — Amélia sentiu uma alegria inesperada com a ideia de caçar.

— Claro, seja a dama perfeita da corte no baile, e depois montaremos e caçaremos juntos.

— Combinado.

Ambos continuaram a caminhar pelo jardim. No rosto de Amélia, um sorriso voltou a surgir, algo que ela não sentia há muito tempo. Com Arthur por perto, finalmente sentia-se em casa, mesmo em meio às incertezas da corte.

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