Capítulo 46. Primeiro dia de casados
O sol entrou pela janela iluminando o quarto, Amélia acordou antes de Nicolas, observou seu amado dormir, ele tinha um sono sereno e tranquilo.
Quando Nicolas abriu os olhos a primeira coisa que ele viu foi Amélia, ela sorriu para ele, a jovem tinha os cabelos longos desgrenhados, era a melhor coisa de seu dia.
— Não precisamos levantar? — Nicolas fechou os olhos, passou os braços em volta de Amélia e a puxou para perto
— Você é futuro rei, você quem sabe.
— Como futura rainha, o que você acha?
— Que não — Amélia tocou os lábios de Nicolas dando um beijo suave o causando arrepios.
— Você sabe que isso não pode acontecer, não é mesmo?
Amélia se levantou, pegou seu penhoar branco e suspirou. Nicolas se sentou na cama e observou ela se sentar em frente a penteadeira de madeira gigante.
Amélia pegou a bacia que ficava em uma gaveta da penteadeira, encheu com água de um jarro que ficava ao lado, lavou seu rosto e começou a pentear seus cabelos bagunçados.
— Faz isso todas as manhãs? — Nicolas perguntou olhando Amélia se arrumar
— As coisas na corte são bem entediantes. Eu fazia em casa e saia pra me ocupar rapidamente, agora preciso esperar para ser vestida, mas costumo fazer isso pelas manhãs.
— Lamento por se sentir assim.
— Adoraria escolher minhas roupas, Nicolas — Amélia observou ele pelo grande espelho à sua frente, ele se levantou, colocou suas vestes e penhoar também e se aproximou da penteadeira.
— Pode fazer isso.
— Dispense Miss Ana por mim? — Amélia tinha um sorriso no canto dos lábios.
— Tudo que você desejar, meu amor.
Apesar do desejo de Nicolas e Amélia de não verem ninguém, Nicolas tinha compromissos reais e Amélia deveria ouvir alguém gritar com ela por algo que ela fez errado sem perceber.
O desjejum chegou no quarto de Amélia para o jovem casal, eles comeram juntos, Nicolas escrevia em seu diário alguns relatos e Amélia passou a escrever também para ser lembrada, como foi sua vida.
Nicolas retornou aos seus aposentos e Amélia permaneceu nos dela, eram regras da corte que ambos tivessem quartos para ter seu espaço pessoal. Nicolas não gostou disso e em breve isso mudaria.
O jovem casal teve que se apresentar e receber os cumprimentos de todos os ministros, um por um. Além disso os portões foram abertos, os súditos desejavam conhecer o jovem casal e Amélia queria conhecer a todos também.
Com o fim de todas as cerimônias do protocolo real, Nicolas resolveu ir até a corte de contas para ver como estava a investigação de Arthur e João Lucas.
— Vossa Alteza — Arthur e Lucas se curvaram
— Não precisamos dessas formalidades.
— Sua felicidade aparente me deixa irritado — Arthur disse para Nicolas — O que faz aqui?
— Felicidade aparente? — Nicolas perguntou confuso enquanto se sentava em uma cadeira.
— Esse sorriso na sua cara e as fofocas do reino sobre minha irmãzinha — Arthur rosnou para Nicolas.
— Lamento por se sentir assim, cunhado — Nicolas sorriu — Estou muito feliz com meu casamento e de ver como sua irmã é adorada pelo povo.
— Tem como não se encantar pela Amélia? — João Lucas disse sem levantar os olhos dos papéis que analisava, Nicolas e Arthur olharam pra ele em razão do comentário.
— Todos chegaram com presentes para a futura rainha e ela pegou um por um e agradeceu a todos eles. Pareceu interminável.
— Bem a cara de minha irmã — Arthur riu.
— Me diga que encontraram algo? — Nicolas puxou as anotações que ambos faziam para ler.
— Existe algo que acontece no reino, mas nossa família está cuidando para mudar.
— O que quer dizer?
— Leo é um ótimo Artista e muito rápido, ele fez pequenos retratos de vocês e alguns homens de confiança estão distribuindo nos lugares onde existem golpes do falso rei.
— Que absurdo. Isso é uma brincadeira ?— Nicolas perguntou indignado
— Não — Arthur respondeu — Pegamos um casal que fingia ser você e a futura rainha, ela usava calças masculinas. Assim que minha irmã é conhecida.
— Estão presos? — Nicolas perguntou
— Sim, em breve o caso chegará às suas mãos.
— Cavalheiros gostaria que vocês considerassem ser meus conselheiros. — Nicolas fez um convite formal, além de conselheiros do rei participaram das reuniões com os ministros.
— Eu sou general — João Lucas disse, ele já tinha um emprego que era cuidar da guarda.
— Eu acho uma ideia ótima — Amélia disse na voz vindo atrás dos três rapazes os assustando.
— O que você faz aqui? — Arthur olhou confuso.
— Eu leio os diários de Nicolas, sei que vocês estão aqui a um certo tempo — Amélia sorriu para o seu irmão — eu acho ótimo vocês serem conselheiros de Nicolas.
— Você não deveria estar sendo perseguida pela Miss Ana? — Lucas debochou de Amélia.
— Eu a dispensei e Nicolas assinou embaixo, eu sou a futura rainha e devo escolher quem entra e sai do meu palácio.
Arthur e Nicolas riram juntos da frase de Amélia, João arqueou a sobrancelha visto a atitude autoritária — Se rebelou — João sussurrou
Amélia se sentou na perna de Nicolas e ambos liam as anotações de Arthur juntos, Nicolas acariciava a cintura de Amélia discretamente.
— Podem não fazer isso na minha frente?
— O que meu irmão? — Amélia olhou pra Arthur
— Sente-se em uma cadeira — Arthur rosnou para Amélia.
Amélia se levantou e sentou em uma cadeira ao lado de Nicolas, ela mexia nos livros contáveis, ela pegou um livro diferente e abriu e viu imagens dos homens
— O que é isso? — Amélia perguntou
— Registro dos homens que trabalham aqui — Nicolas disse sem muita atenção — Registro dos homens. Meu amor. — Nicolas pegou o livro, ele beijou a testa de Amélia.
Aquele livro era a entrada e saída de funcionários da corte e o motivo que eles deixaram o palácio, Nicolas sentiu que agora tudo estava dando certo.
Todos se reuniram em volta do livro de registro, olharam página por página atrás das imagens do homem responsável pela execução dos pais de João Lucas. Nicolas deixou o livro para João e Arthur verem e também analisar as imagens e falar com outras vítimas.
Após o recente achado de Amélia tudo se tornou muito mais fácil para Arthur e João Lucas, o casal teve que se retirar e tinham um compromisso final.
Amélia e Nicolas foram tomar chá com seus pais. Ambos já estavam sentados na mesa, a cara da rainha não parecia boa.
— Olha o jovem casal — A rainha Elizabeth sorriu forçadamente pra eles.
Nicolas puxou a cadeira para Amélia se sentar e sentou ao seu lado.
— Mãe, meu sogro, como vocês estão? — Nicolas tomou a frente da conversa.
— Bem — A mãe de Nicolas olhou desconfiadamente para o casal — Como foi a noite de núpcias?
Amélia abaixou a cabeça e seu rosto ruborizou instantaneamente.
— Como deve ser. — Nicolas respondeu sem delongas.
— Amélia.
— Sim, Majestade — Ela respondeu a mãe de Nicolas com seu rosto ainda vermelho por sua pergunta indelicada.
— Você dispensou a Miss Ana? Por qual razão?
— Amélia não precisa de uma preceptora, mãe. — Nicolas tomou a frente. Sua mãe com ideias de mudar Amélia, isso o deixava incomodado.
— Existem coisas na corte que ela deve entender.
— Ela não precisa e o assunto está encerrado, eu falei para Amélia dispensá-la. Os serviçais fazem fofoca e soube que ela era rude e gritava com minha esposa e isso é motivo suficiente para eu decapitá-la, mas apenas a dispensei. Podemos tomar o chá em paz? — Nicolas rosnou a frase para a sua mãe que ficou em silêncio.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro