Capítulo 23. Anúncio do casamento
O cenário do acampamento, iluminado pela lua cheia e pelas estrelas cintilantes, criava um ambiente que contrastava com as emoções que corriam dentro de Nicolas. Ele estava sentado em volta da grande mesa de madeira, ao lado de Arthur, e seus olhos estavam presos à figura de Amélia, que dançava e cantava com as crianças ao redor da fogueira. Ela parecia tão livre, tão à vontade naquele ambiente. Ele desejava profundamente ser parte desse mundo, parte de sua vida de forma plena.
Arthur, percebendo a distração de Nicolas, tentou iniciar uma conversa.
— Como foi seu dia, Vossa Alteza? — Disse, sua voz calma, mas com uma curiosidade subjacente. Nicolas, contudo, mal entende as palavras. Seus pensamentos estavam distantes, focados unicamente em Amélia.
— Um dia poderei fazer parte da vida dela? — Nicolas finalmente falou, com os olhos fixos na jovem, aqueles cabelos dançavam ao vento junto à fogueira. Sua voz carregava mais do que uma simples pergunta; era uma confissão de desejo, de insegurança.
Arthur franziu o cenho, surpreso pela sinceridade inesperada.
— Como assim? — Disse, tentando entender a profundidade do sentimento por trás daquelas palavras.
— Ela e os guardas... — Nicolas continuou, sua voz se quebrando em um suspiro. — Eles têm uma linguagem própria, piadas internas... estão tão à vontade entre si. Não quero ser uma figura distante na vida de Amélia. Desejo que compartilhemos tudo.
Arthur comentou o príncipe com mais atenção. Não era comum ver alguém da realeza expressar sentimentos tão abertos. Para Arthur, aquele momento era uma revelação de que Nicolas, o futuro rei, era mais humano e vulnerável do que ele imaginava.
— Vossa Alteza, não sei o que te dizer — respondeu Arthur, hesitante, sentindo a pressão daquela confissão.
— Me chame de Nicolas, por favor. — A voz de Nicolas soava mais íntima, como se ele estivesse procurando uma conexão mais profunda com Arthur, alguém que conhecia a vida de Amélia tão intimamente.
— Nicolas, Amélia passou por muitas provações... Nós falamos — Arthur suspirou antes de continuar, escolhendo as palavras com cuidado. — Ela encontrou forças para se refazer neste mundo, neste campo. Dê tempo a ela, e um dia você fará parte da vida dela. Mas deixe-a fazer parte da sua também.
As palavras de Arthur atingiram Nicolas com força. Ele sabia que Arthur estava certo, mas o medo de perder Amélia para aquele mundo que ela parecia dominar tão bem era avassaladora.
— Amélia me contou... — começou Nicolas, a voz baixa, quase trêmula. — O que aconteceu com vocês, com ela... As perseguições, a forma como ela foi atacada e como você a salvou.
Arthur suportou ao ouvir aquelas palavras, uma sombra passando por seu rosto. Amélia tinha confiança nele para manter em segredo certos eventos dolorosos, e agora ele sabia que ela os havia revelado a Nicolas. Isso não era apenas uma questão de confiança, mas também uma prova de que Nicolas fez mais para sua irmã do que qualquer outro.
— Prefiro não relembrar os dias sombrios — respondeu Arthur, sua voz compartilhada de memórias que ele lutou para esquecer. — Mas... se ela o contou, isso significa algo. Amélia não compartilha esses detalhes facilmente.
O ar ao redor deles ficou mais pesado com o peso das confissões. O silêncio entre os dois homens foi necessário pelo som das risadas de Amélia ao longe. Para Nicolas, aquela alegria que ela demonstrava era quase dolorosa de assistir, pois ele sabia que, por mais que desejasse, ainda havia um abismo entre eles.
— Lamento tanto por isso... Se eu pudesse, mataria o homem que a feriu — disse Nicolas, sentindo a raiva queimando em seu peito ao pensar no sofrimento de Amélia.
Arthur suspirou profundamente, seus olhos se suavizando um pouco.
— Todos nós já pensamos nisso. Ele não era apenas um homem... Ele era parte do sistema que o perseguia. Um sistema como o que você lidera.
Nicolas engoliu em seco, ciente das implicações. Ele estava destinado a liderar um reino, um governo que, de certa forma, tinha sido responsável pelas dores de Amélia e de seu povo. A responsabilidade pesava sobre seus ombros de uma maneira que ele não poderia ignorar.
Arthur o olhou por um momento, seus olhos revelando uma área acessível e silenciosa.
— Mas saiba disto, Nicolas... Você tem nossa lealdade. Não os ministros. Ela escolheu confiar em você. Isso é tudo o que você precisa.
O coração de Nicolas se abre ao ouvir aquelas palavras. Ele que o caminho à frente seria difícil, mas também sabia que faria qualquer coisa para estar ao lado de Amélia como seu futuro rei, como seu parceiro, e, acima de tudo, como alguém que a amava profundamente.
Amélia, ao se sentar ao lado de Nicolas, exalava um perfume que trazia consigo o ar de liberdade que ele tanto admirava. Seu rosto estava levemente suado, com pequenas marcas de fuligem, os vestígios de um dia intenso. Ela era pura força e conforto, e para Nicolas, não havia visão mais encantadora.
— Se Catarina te visse agora, Amélia... Ela certamente morreria de desgosto. — Arthur brincou com a irmã, sua voz trazendo uma leveza ao ambiente.
— Vou me lavar, já volto.
Ela caminhou em direção à tenda, onde uma bacia com água a aguardava. Ao ver no espelho, Amélia arrumou os cabelos desalinhados, tirou a fuligem que manchava sua pele e permitiu-se um breve momento de reflexão. Após se lavar, ela retornou ao lado de Nicolas, mais limpa, mas ainda carregando o mesmo espírito indomável.
— Vamos passear? — Nicolas disse, com um sorriso que parecia iluminar mais do que as estrelas acima deles. Ele olhou para Arthur, buscando sua aprovação. — Podemos? — sua voz carregava um toque de esperança, como se aquele momento fosse precioso demais para ser negado.
Arthur, percebendo a sinceridade no pedido, assentiu com um sorriso. Parecia satisfeito por Nicolas ter encontrado o tom certo.
Eles caminharam juntos sob o manto das estrelas, seus passos leves sobre o solo. O silêncio entre eles era confortável, carregado de uma energia que apenas duas almas que se conheciam profundamente poderiam compartilhar. Quando alcançamos o topo de uma pequena colina, de onde pudemos ver todo o acampamento abaixo, o mundo pareceu parar.
Eles se sentaram lado a lado, o espaço entre eles preenchido por algo mais poderoso que as palavras. O silêncio os envolve, mas no coração de Nicolas, um turbilhão de sentimentos clamava por ser expresso. Ele olhou para Amélia, seu coração batendo forte, e tomou coragem. Segurou sua mão com delicadeza, sentindo o calor que emanava dela, um calor que parecia quente sua alma.
— Amélia... — começou ele, sua voz mais suave do que o vento noturno.
Ela virou o rosto para ele, seus olhos brilhando na luz das estrelas.
O futuro rei respirou fundo. As palavras foram feitas grandes demais para serem ditas, mas ao mesmo tempo, não podiam mais ser seguras.
— Vamos nos casar. — Ele falou com firmeza, embora seu coração acelerasse. — Hoje, aqui, agora. Eu não preciso de mais nada além de você ao meu lado, para sempre. Apenas diga que sim.
O olhar de Nicolas estava fixo em Amélia, os olhos dele brilhando com uma intensidade maior do que as estrelas no céu. Ele estava cheio de expectativa, sua voz continha um desejo profundo e genuíno. Era como se o tempo tivesse parado, e tudo o que importava naquele instante fosse a resposta dela.
— Sim — Amélia enviou, o coração dela preenchido por uma alegria silenciosa. Sussurrou, a voz doce, mas cheia de certeza. — Mas não agora. Vamos contar aos nossos pais, façamos isso da maneira certa.
Nicolas soltou sua mão apenas para segurar seu rosto com delicadeza. Ele se inclinou e beijou seus lábios com desejo, um beijo que começou tímido, mas que logo cresceu em intensidade. O toque dele fazia seu corpo arder, como se uma chama tivesse sido acesa dentro dela. Quando Nicolas finalmente se atrasou, respirou fundo, como se precisasse recuperar o controle sobre si mesmo.
Ele passou os dedos pelos cabelos de Amélia, seu olhar carregado de emoção.
— Obrigado por me dizer que sim. —Sua voz foi uma sugestão de rompimento e amor. — Vamos fazer isso o mais rápido possível, porque... Não sei por quanto tempo posso controlar meus instintos perto de você.
Amélia riu, o som suave e melodioso, enquanto Nicolas lhe dava um beijo casto na testa. O momento foi perfeito, envolto pela luz suave das estrelas. Ambos se deitaram lado a lado, os corpos relaxados sobre o solo macio, enquanto olhavam para o céu. Sob as estrelas, não havia pressa, apenas a certeza de que, juntos, poderíamos encontrar qualquer coisa.
Eles fecharam os olhos, o som do vento sussurrando ao redor, e ali, em meio ao silêncio da noite, adormeceram juntos, envoltos pela promessa de um futuro compartilhado.
O céu tingia-se de um suave tom rosado quando o primeiro brilho da manhã começou a surgir no horizonte. Amélia e Nicolas ainda estavam deitados sob o manto das estrelas, mas foram acordados suavemente pela pequena Maria, que sorria ao vê-los juntos. A noite sob o céu estrelada havia passado como um sonho, e agora era hora de retornar à realidade.
Eles se levantaram lentamente, ainda imersos na serenidade do momento compartilhado. Enquanto caminhavam de volta ao acampamento, os risos dos irmãos de Amélia ecoavam pelo ar, todos reunidos em torno de uma mesa improvisada, desfrutando do café da manhã e de uma boa dose de diversão às custas de Arthur.
— O que está acontecendo? — Amélia disse com um sorriso curioso, ao se aproximar.
— Arthur caiu de um cavalo! — Felipe respondeu, ainda rindo, enquanto Arthur balançava a cabeça, visivelmente embaraçado.
— Só para vocês rirem, eu estava tentando ajudar Maria! — Arthur respondeu, olhando para a pequena menina, que deu de ombros, mal contendo o riso também.
Nicolas manifestou, mas logo seus pensamentos voltaram para a realidade iminente. Ele segurou a mão de Amélia com firmeza, como se quisesse prolongar aquele momento tranquilo por mais um segundo.
— Quando você quer ir? — perguntei, olhando nos olhos dela com seriedade.
Amélia ponderou por um breve instante, sentindo o peso da decisão que estava prestes a anunciar.
— Quando quiser — respondeu gentilmente. — Podemos ir agora.
— Será melhor — disse Nicolas com um leve suspiro. — Preciso ver meus ministros.
Após se despedirem dos irmãos de Amélia, montaram em seus cavalos e seguiram pelo bosque, cortando o caminho de volta à corte. A viagem foi tranquila, com o som dos cascos batendo no chão úmido e o canto dos pássaros anunciando a chegada da manhã. O silêncio entre eles era confortável, carregado de expectativas e promessas. O mundo parecia estar em paz, mas no fundo, ambos sabiam que a vida na corte os aguardava com seus desafios.
Ao chegar, Nicolas desmontou primeiro e, com um gesto gracioso, ajudou Amélia a descer do cavalo. No momento em que seus pés tocaram o chão, ele a manteve suavemente para um beijo roubado, rápido e doce, como se precisasse lembrar que, apesar de todas as formalidades, ela ainda era apenas Amélia, a mulher com quem ele sonhava construir uma vida .
Nicolas entregou os cavalos ao estábulo e, de mãos dadas, eles seguiram a caminhada em direção à grande entrada da corte.
— Irei informar meus ministros que vamos marcar uma data para o casamento — disse Nicolas, sua voz compartilhada de decisão. — Todos ficarão muito animados. Lembro-me do barulho que foi com os preparativos para o casamento de Vitória... Nem quero imaginar como será o nosso.
— O nosso... — Amélia murmurou para si mesma, repetindo a palavra como se ainda estivesse se acostumando à ideia. O casamento, a vida com Nicolas, parecia quase um sonho distante.
— Mudou de ideia? — Nicolas, percebendo sua hesitação momentânea, olhou para ela preocupado, seus olhos arregalados de surpresa e um toque de medo.
— Não, claro que não.
O alívio que passou pelo rosto de Nicolas foi evidente. Ele segurou a mão dela com mais firmeza, levando-a aos lábios e depositando um beijo suave em seus dedos. — Eu não suportaria perder você agora — murmurou, com uma sinceridade que fez o coração de Amélia acelerar.
Eles se separaram quando chegaram às escondidas do palácio, cada um com seu próprio destino para aquele início da manhã. Nicolas acompanhou o olhar até que ela desapareceu pelos corredores, antes de seguir para seus aposentos, onde se preparava para o encontro matinal com os ministros.
Amélia entrou na banheira, deixando que a água morna relaxasse seu corpo cansado. Seus pensamentos logo se voltaram para Nicolas, e o frio na espinha que sentia era agora uma mistura de nervosismo e antecipação. Ela estava prestes a se casar, e essa realidade a fazia sorrir sozinha, imaginando a vida ao lado dele. Os momentos recentes vieram à tona, desde os olhares cúmplices até o toque suave de suas mãos. Era como se cada gesto, por mais simples que fosse, guardasse uma promessa de um futuro juntos.
Ao terminar o banho, vestiu-se com cuidado e ajeitou os cabelos, ansiosamente para contar a notícia a seu pai. O coração de Amélia acelerava a cada passo. Sabia o quanto Laerte fez em sua vida, e compartilhe esse momento com ele faz tudo parecer ainda mais real.
Quando finalmente o encontrou, ele estava à beira do lago, com um olhar distante, contemplando as águas tranquilas. Ela se movia lentamente, quase sem querer interromper o momento de reflexão.
— Papai. — Amélia o abraçou com força, sentindo a familiaridade e o conforto que o gesto lhe trazia.
— Vocês voltaram. A rainha não conseguiu dormir a noite toda, preocupada com vocês. Eu disse a ela que não havia perigo, mas, como sempre, ela ficou inquieta.
— O caminho foi complicado para as carruagens, comuns que param em casa para descansar — Amélia explicou, rindo ao lembrar dos pequenos "acidentes" ao longo do percurso.
— Ah, aqueles buracos acidentais... — Laerte comentou com uma risada discreta, conhecendo bem as armadilhas criadas por seus filhos para proteger a família.
Amélia sorriu, observando a cumplicidade entre seu pai e os irmãos, especialmente Felipe e Marcelo, que haviam feito essas defesas na época das perseguições. Momentos difíceis, sim, mas que também revelaram a inteligência e o instinto protetor da família.
Laerte voltou os olhos para o lago, pensativo, antes de perguntar:
— E como foi o seu dia, filha?
Amélia sentiu o coração bater mais rápido ao lembrar-se do pedido de Nicolas.
— Papai, Nicolas me pediu em casamento. — A felicidade transbordava em sua voz. — E eu aceitei.
Laerte se virou para ela, examinando seu rosto com cuidado.
— Isso é bom?
— É maravilhoso — Amélia respondeu, sorrindo.
— Está fazendo pelos motivos certos? — Ele a olhou com uma expressão séria, mas o carinho em seus olhos era evidente.
Amélia respirou fundo, entendendo a preocupação do pai.
— Eu acho que o amo, papai.
O sorriso de Laerte se alargou ao ver a verdade nos olhos da filha.
— Ele vai falar comigo?
— Vai anunciar aos ministros e à sua mãe. Ele sabe que precisa da permissão. — Amélia riu ao lembrar do protocolo.
— E ele vai pedir a minha também? — Laerte concordou, voltando a olhar para o lago.
— Claro, papai. Você é o homem mais importante da minha vida. — Amélia o olhou com carinho.
Pai e filha ficaram em silêncio por um momento, apenas apreciando a presença de um outro. Laerte estava orgulhoso da filha, e ao mesmo tempo, sentia o peso de deixá-la seguir um novo caminho. Eles conversaram sobre outros assuntos, riram e tomaram chá juntos, enquanto Amélia contava como havia vencido a competição de adagas.
Mas, no fundo, Amélia aguardava ansiosamente por Nicolas. Cada vez que seus pensamentos se voltavam para ele, o coração dela se acelerava. Mesmo sabendo que os ministros apoiaram o casamento, ela temia que algo mudasse. Será que Nicolas ainda estava certo de sua decisão? O pensamento a deixou inquieta, mas ela se confortava ao lembrar do brilho nos olhos dele ao pedir que se casassem ali mesmo, sob as estrelas.
Nicolas entrou na sala do trono ao lado de sua mãe, como sempre fazia. Sentiu-se ao seu lado, a ansiedade pulsando dentro dele enquanto esperava o momento certo para compartilhar a notícia de seu casamento. Contudo, a pauta do dia era extensa, e ele precisava aguardar pacientemente a discussão dos assuntos do reino.
— Senhores, eu gostaria de fazer um anúncio — começou Nicolas, com a voz firme, ecoando pela sala. O murmúrio cessou, e todos os olhares se voltaram para ele. — Eu e Amélia somos oficialmente noivos e desejamos que nosso casamento seja realizado o mais rápido possível.
— Filho! — Elizabeth exclamou, um sorriso de surpresa e alegria iluminando seu rosto.
— Em relação ao dote — Nicolas continuou, agora mais confiante — sei que vocês e a rainha já conversaram com a família da moça e chegaram a um consenso sobre os valores. Portanto, acredito que podemos informar meus súditos sobre nosso casamento em breve.
— Fazemos gosto deste casamento, Vossa Alteza — os ministros responderam em uníssono, sorrisos de aprovação se espalhando entre eles.
Nicolas observou o burburinho entre os ministros. Ele descobriu que os irmãos de Amélia haviam feito algumas articulações com eles, antecipando o fato positivo que já esperava. A satisfação inundava seu ser, eclipsando qualquer preocupação anterior. Ele estava radiante por finalmente poder se unir a Amélia.
— Fiquei feliz então. Vamos encerrar por hoje — disse ele, finalizando a reunião. — Em breve, nos encontraremos novamente.
Ao deixar a sala do trono, Nicolas sentiu uma súbita saudade de Amélia. Como você poderia se concentrar nas questões do reino quando a única coisa que ocupava seus pensamentos era ela? Ele a encontrou na estufa, rindo com seu pai. A imagem deles juntos era tão cativante que ele desejava poder capturar aquele momento em uma pintura.
— Nicolás! — Amélia chamou, e seu sorriso radiante iluminou a estufa, aquecendo o coração do futuro rei. Ele se mudou rapidamente, quase esquecendo as formalidades.
— Não precisa se curvar — Nicolas gesticulou, antes que eles se levantassem. — Somos família agora.
Sentando-se ao lado de Amélia, ele a beijou suavemente na testa, um gesto carregado de amor. Laerte observava a cena com um sorriso emocionado, percebendo o quanto sua filha estava feliz.
— Você parece sem fôlego, Alteza — Laerte riu, brincando com a cena de Nicolas, que parecia ter corrido por todo o corte para encontrar Amélia.
Um rubor tomou conta do rosto de Nicolas, ele estava os procurando e deve ter acelerado o passo mais que de costume. — Um pouco meu sogro. — Todos riram trazendo uma leveza ao ambiente.
Nicolas tomou um pouco de fôlego e sorriu para Amélia quando disse:
— Não há oposições ao meu casamento com Amélia — disse Nicolas, olhando nos olhos da amada. — Em breve, poderemos nos casar, meu amor. — Ele pegou a mão dela entre as suas e a beijou delicadamente. — Claro, se estiver tudo bem pela sua família também. — Voltou-se para Laerte, assumindo uma postura digna de um rei. — Senhor, gostaria de sua vitória para desposá-la.
— Você a tem — Laerte respondeu, admirando o sorriso radiante nos lábios de Amélia. — Desde que você faz feliz.
— Faria tudo para ver Amélia sorrir — disse Nicolas, segurando a mão dela com ternura.
— Sobre o dote de minha filha... — Laerte começou, mas Nicolas interrompeu com um gesto gentil.
— Senhor, não quero fazer parte disso. Amo sua filha e casarei com ela por isso. Espero que aceite discutir isso com minha mãe.
— Claramente, Vossa Alteza — Laerte respondeu, entendendo a sinceridade nas palavras do futuro rei.
O pai de Amélia não encarou a recusa de Nicolas como um desdém, mas como uma demonstração de amor. Ambos trocaram olhares significativos, repletos de compreensão e respeito. Em poucos minutos, a rainha Elizabeth chegou, e a atmosfera se encheu de risos e conversas animadas, celebrando a nova união que estava prestes a florescer.
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