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Capítulo 20. Suspeitas

Amélia franziu o cenho enquanto andava ao lado de Nicolas, que parecia perdido em pensamentos, mas ainda atento ao comportamento da irmã.

— O que houve? — perguntou Amélia, percebendo a tensão no rosto de Nicolas.

— Não sei... — Nicolas respondeu hesitante. — A forma como Vitória fez tantas perguntas sobre nossas terras e tropas... Nunca imaginei que ela se interessasse por isso. Ela nunca gostou de falar sobre política.

— Talvez ela tenha mudado depois do casamento com Carlos, — Ela buscou não ver maldade e nem deixar Nicolas ter pensamentos ruins sobre a própria irmã.

— Ou ela pode estar seguindo ordens.

— Ordens de quem? — Amélia perguntou, sentindo o peso da preocupação.

— De Carlos, seu marido. Ele tem uma grande ambição, e sempre tentou influenciar Vitória. Ela o idolatra, mesmo quando não concorda com ele. — Nicolas olhou para Amélia com um ar protetor. — Pode ser que ele a tenha enviado para sondar seus recursos, talvez com algum plano que ainda desconhecemos.

Amélia sentiu um arrepio. Carlos, o marido de Vitória, tinha a reputação de ser astuto e impiedoso. Se ele estava por trás das perguntas de Vitória, então as intenções poderiam ser muito mais perigosas do que aparentavam.

— Precisamos ser cautelosos — disse Nicolas em um tom firme. — Minha irmã pode estar jogando um jogo maior do que imaginamos. Vou investigar isso, mas, por enquanto, é melhor manter sigilo absoluto sobre tudo o que envolve suas tropas e terras.

Amélia concordou, ainda digerindo aquela nova realidade. O interesse súbito de Vitória não era apenas um capricho. Algo estava acontecendo nos bastidores, algo que poderia mudar o rumo das alianças e dos jogos de poder dentro da corte.

Nicolas sorriu para Amélia, tentando aliviar a tensão do momento e disse:

— Me conte sobre as suas guerreiras.

— Não é como se estivesse colocando elas pra guerrear aleatoriamente, Vossa Alteza. Muitas entraram nas tropas por vontade própria, muitas se ofereciam nas tropas por comida e abrigo. Apenas não achei que era digno, era melhor lutar do que...

Amélia se calou, as moças se vendiam nas tropas para homens e ela acha isso horrível. Ela suspirou, pensou no destino trágico das mulheres, como todas sempre esperavam em algum momento ser abusadas por homens.

— É triste saber a situação do meu reino

— Nicolas, não é culpa sua. — Amélia colocou sua mão sobre as dele para tranquilizá-lo

— Seus irmãos são muito respeitados pelos seus guardas, muitos de meus ministros se preocupam com a minha segurança quando saímos apenas com a sua guarda.

— Qual a razão do afobamento?

— Um ataque surpresa ao rei.

— Se meus irmãos tivessem esse desejo já teriam feito e não faltaram oportunidades.

— Que comentário cruel da sua parte, Amélia.

Amélia se virou para Nicolas, acariciou a face dele, o fazendo sorrir — Se você desejar pode ir até as nossas tropas. Posso falar com Marcelo e pedir pra nos levar amanhã.

— Por mim está perfeito.

Amélia e Nicolas continuaram caminhando pelo jardim era algo habitual deles, não era sempre que Nicolas tinha tempo disponível, ainda mais com a pressão que estava sofrendo e a tensão da corte estava insuportável.

Os desertores eram a maior preocupação, os ministros começaram a cogitar um ataque surpresa e que tirariam a coroa de Nicolas. Não sabia como reverter essa história e agora com as perguntas suspeitas de Vitoria, Nicolas se preocupou com algo além do que acontecia fora de seu Reino, nas fronteiras.

Após Nicolas ir ao encontro do marido de Vitória, Amélia procurou Marcelo pela corte, demorou um bocado de tempo para ela encontrá-lo, seus irmãos conversavam entre si.

— Marcelo — a moça chamou o irmão ao longe, viu os três juntos e ficou em silêncio. Apesar de achar estranho os cochichos e como eles ficaram em silêncio quando ela se aproximou, não falou nada.

— Diga, pirralha — Marcelo sorriu pra Amélia — qual o motivo desta afobação toda?

— Oi rapazes — ela se curvou como uma dama da corte.

— Você parece um doce de festa com essa roupa — Felipe disse rindo

— Estou muito bonita — ela disse brava alisando seu vestido. Ele devia admitir que a pequena menina poderia ser a mais bela dama da corte, mas bela que a própria princesa Vitória que o encantou.

— Eu tenho um favor a pedir — Amélia segurou a mão de Marcelo como fazia quando era pequena — Eu convidei Nicolas para conhecer as tropas.

— Amélia. — Marcelo a repreendeu.

— Ele disse que os ministros estão nervosos e com medo do rei sofrer um golpe — Amélia disse triste — me deixe mostrar a ele que não tem motivo pra eles temerem.

— Amélia — Marcelo suspirou — existem homens que não estão satisfeitos com o rei. Realmente pode não ser seguro ele ir até pessoas que acham que ele as abandonou.

— Vocês sabem que não é isso.

— Vamos aceitar. Sabíamos que isso ia acontecer — Felipe disse a Marcelo — irei avisar as tropas sobre a chegada deles, talvez seja melhor o rei não chegar de surpresa.

— E quanto ao príncipe Carlos? — Marcelo perguntou a Felipe.

Sim, havia pessoas do Reino de Parvata atrás de informações da família de Amélia e algumas eram estranhamente insistente.

— Quem é esse? — Amélia perguntou curiosa.

— O marido de Vitória, eles estão especulando demais sobre nossas tropas também. — Ele explicou a Amélia, agora a moça entendia como Vitória sabia das tropas de sua família ter mulheres, ela foi avisada.

— Eles iram também, porém diga aos soldados que não fazemos questão de recepção calorosa com ninguém além de Amélia e Nicolas. Você entende. — Felipe falou com um sorriso no canto dos lábios.

Felipe sabia que isso ia acontecer. ele tentava ultimamente junto com Marcelo descobrir o que havia por trás do casamento de Vitória, comentários falavam que os monarcas de Parvata eram considerados voláteis aos olhos do povo e o atual rei era um homem muito cruel.

Carlos era um futuro soberano estranho, o marido de Vitória, o homem de pele clara e cabelos loiros. Felipe havia apelidado de ratinho, era um homem alto e magro, tinha um olhar um pouco maluco. Havia visto Vitória, uma mulher muito bonita e sensual, ele não entendia como estava casado com aquele homem. Duvidava que ele desse conta de satisfazer uma jovem que parecia muito fogosa e que adorava se exibir.

O casamento deles era um grande mistério para todos e o fato deles não terem filhos também.

Pela janela dos aposentos de Vitória e Carlos dava para ver a família de Amélia no jardim conversando, Carlos observava atentamente aquela situação, aquela mulher era uma boa conquista, dinheiro, terras e uma beleza inocente.

— Vossa Alteza — Vitória chamou atenção de Carlos que se virou para ela, seu olhar para sua esposa era frio, a decepção de não terem um filho deixava ambos em um clima ruim.

— Como foi sua volta pela corte?

— Boa, conheci a futura esposa de Nicolas.

— Como ela é? — Carlos se virou novamente para frente e observou pela janela.

— Uma donzela perfeita, doce, gentil e Nicolas parece muito apaixonado.

— E ela? — Carlos perguntou curioso.

— Parece gostar do Nicolas também, um sentimento recíproco. — Vitória se aproximou e viu o olhar em direção, ele observava a Amélia e sua família.

Carlos tinha algo em mente que Vitória ainda não sabia, apenas seguia as ordens do marido de descobrir o que ele queria e buscava respostas atrás da família de Amélia.

A sala do trono estava envolta em um silêncio tenso, com as portas fechadas, enquanto Nicolas aguardava a chegada de seu cunhado Carlos. No entanto, a atmosfera estava longe de ser tranquila; sua mãe, Elizabeth, falava incessantemente, sem dar um único momento de respiro entre as palavras.

Nicolas, já irritado, fechou os olhos e esfregou as têmporas, tentando dissipar a tensão que se acumulava.

— Ora, mamãe, não diga bobagem! — exclamou ele, interrompendo o fluxo de reclamações sobre a recente visita às tropas de Amélia.

A frustração do futuro rei era palpável. Ele se sentiu magoado por sua mãe não compreender que a família de Amélia não representava uma ameaça. Eram rudes, sim, mas isso não queria que quisessem hostis. Nicolas já não apoiava mais ouvir sobre esse assunto, especialmente após os debates intermináveis ​​com os ministros, que aliás insistiu que o casamento com Amélia era uma urgência.

— Seus ministros não vão gostar de saber que você está envolvido com tropas que compartilham inimigas — Elizabeth anunciou, o olhar carregado de preocupação.

— Eles não são inimigos! — Nicolas rosnou, seu tom cortante refletindo a exasperação que sentia. — Amélia é minha futura esposa e rainha deste reino, e todos aqui terão que servi-la. Estou dando um voto de confiança a ela e à sua família.

— Você sabe que isso é perigoso — Elizabeth insistiu, sua voz tremenda com a tensão.

— Eu cresci minha ouvindo que tudo era perigoso, mãe — respondeu Nicolas, sua paciência se esgotando. Ele sabia que as preocupações dela vinham de um lugar de amor, mas também de um medo de que ele se recusasse a compartilhar.

Nicolas respirou fundo, tentando recuperar a compostura. A última coisa que ele queria era discutir com sua mãe, mas a pressão para fazer tudo da maneira certa pesava sobre seus ombros. Ele precisava que ela confiasse em sua escolha, que acreditasse em seu desejo de construir uma união baseada no amor, não na obrigação.

A rainha andava de um lado para o outro, quase fazendo um buraco no chão da sala do trono. Nicolas, exasperado, observava sua agitação, a agonia crescendo dentro dele a cada passo nervoso. Ele esperava por Carlos, seu cunhado, que nunca cumpria horários e exibia uma falta de consideração que beirava o descortês. No entanto, Nicolas relevava esses comportamentos em nome de Vitória, sua irmã.

Finalmente, a porta se abriu e Vitória adentrou a sala, de braços dados com o príncipe Carlos de Parvata. Carlos era um homem peculiar. Ele usava uma coroa imponente e vestes vermelhas que pareciam absorver a luz da sala. Seus cabelos longos estavam soltos, e a barba bem aparada moldava seu rosto de maneira quase aristocrática. Mas havia algo no olhar de Carlos que deixava Nicolas desconfortável; às vezes, parecia que ele não estava completamente são.

Carlos parou em frente ao trono e se curvou de forma exageradamente formal, um sorriso quase perigoso dançando em seus lábios.

— Fiquei sabendo das boas novas — disse ele, com um tom que fez Nicolas franzir a testa.

— Que boas novas? — perguntou, sua curiosidade entrelaçada com uma leve desconfiança.

— Seu casamento, meu cunhado. Vi Amélia na companhia de seus irmãos, e devo dizer que ela é uma mulher formidavelmente linda — Carlos sorriu, e a forma como pronunciou o nome de Amélia fez um arrepio percorrer a espinha de Nicolas.

— O irmão dela, Felipe? — Carlos se virou para Vitória, que assentiu com a cabeça. — Felipe nos convidou para conhecer as tropas de mercenários. Ele disse que você vai, e eu ficarei feliz em te acompanhar.

Nicolas revirou os olhos, sentindo uma onda de frustração.

— Por Deus, toda minha família irá para o suicídio. Você não concorda com esse desatino, não é mesmo, filha? — Ele olhou para Vitória, buscando apoio.

— Eu irei acompanhar Carlos — respondeu ela, sua determinação evidente.

— Você não pode ir! — Elizabeth interveio, seu tom repleto de preocupação. — Não é lugar adequado para uma princesa, muito menos para uma futura rainha.

— Se Amélia vai, eu também vou — Vitória afirmou, com firmeza. Ela era casada com um futuro rei de um reino maior e mais poderoso que Navie, e se podia estar na linha de frente, não hesitaria em fazê-lo.

— As tropas são da família dela, jamais fariam algo com ela. Eu me preocupo com vocês — insistiu Elizabeth.

— Não há necessidade — Nicolas disse, já sem paciência para discutir com a mãe. — Vamos ao despontar do sol.

— Despontar? — Vitória perguntou, incredulidade em sua voz.

— É a hora que Amélia prefere sair — respondeu Nicolas, impassível.

— Claramente — Carlos concordou, um sorriso presunçoso nos lábios.

Nicolas deixou a sala do trono, seguido por Carlos e Vitória, mas logo cada um tomou seu próprio caminho. Ele estava irritado com seu cunhado; a forma como Carlos falava de Amélia o incomodava profundamente. A fama de Carlos o precedia — rumores sobre sua infidelidade e as orgias que realizava antes do casamento com Vitória circulavam entre os nobres. Nicolas lembrava-se de quando hesitou em entregar sua irmã a aquele homem, mas foi vencido pela necessidade de seu reino.

Enquanto caminhava pelos corredores, a frustração se misturava a uma preocupação crescente. Ele precisava proteger Amélia, não apenas dos perigos que a cercavam, mas também das intenções traiçoeiras de quem a rodeava.

Nicolas despertou logo cedo, com o céu ainda envolto em sombras. Ele se vestiu rapidamente, deixando sua coroa sobre a mesa, desejando se apresentar às tropas de Amélia como seu noivo, e não como o futuro rei que fazia uma vistoria aos inimigos.

Na entrada do grande palácio, encontrou os irmãos de Amélia já reunidos, mas ela ainda não havia chegado. Ele se posicionou ao lado deles, ansioso.

— Bom dia a todos! — saudou Nicolas, animado por ter chegado antes.

Logo, como um raio de sol, Amélia apareceu. Vestia suas roupas de amazona, iguais às da última caçada. As calças de couro acentuavam suas pernas tonificadas, e Nicolas se perdeu por um momento em sua beleza, até que um dos irmãos limpou a garganta, fazendo-o endireitar a postura.

Amélia usava um casaco azul royal e botas pretas, que destacavam sua figura.

— Vossa Alteza — disse ela, curvando-se respeitosamente, e então olhou para seus irmãos. — Cavalheiros.

— Olha só, a pirralha está muito educada — Felipe brincou, rindo.

— Não fale assim, agora ela é uma dama — Pedro retrucou, com um sorriso de deboche. Recordou-se de quando ela corria atrás de ladrões com um machado em Kaphi.

— Posso vencê-los na luta a qualquer momento — Amélia afirmou, com um brilho competitivo nos olhos, provocando risadas.

— Carlos e Vitória estão atrasados — observou um dos irmãos, quebrando a atmosfera leve.

Nicolas franziu a testa, observando o interior do palácio. A desorganização da família real o deixava envergonhado; eram figuras importantes, mas precisavam aprender a respeitar horários. A guarda de Carlos já estava posicionada, e Arthur, percebendo a ausência da guarda real, se virou para Nicolas e perguntou:

— Não vai levar seus guardas?

— Não vejo necessidade. Irei com os guardas de vocês. E como Amélia disse, se quisessem me matar, já teriam feito. — Nicolas pegou a mão de Amélia e a beijou, um gesto que expressava carinho e confiança.

— Ainda dá tempo — Arthur rosnou, sua irritação evidente ao ver o gesto entre Nicolas e sua irmã. A ideia de como seria a situação no dia do casamento o deixava incomodado.

— Arthur — Amélia o repreendeu com um olhar firme.

— Desculpa, Ami — ele se desculpou, oferecendo um sorriso doce e gentil.

— Não podemos ir na frente? — Amélia perguntou, a ansiedade transparecendo em sua voz. Sentia falta da liberdade que existia além dos grandes muros e portões da corte de Navie.

— Vocês quem decidem; sou apenas um convidado — Nicolas respondeu, trocando olhares com Amélia, como se compartilhassem um segredo. A impaciência para que pudessem escapar juntos era palpável.

Felipe olhou para o horizonte, notando a ausência de Carlos e Vitória. Ele começou a andar de um lado para o outro, visivelmente exasperado.

— O que vocês acham? Pedro e Arthur podem acompanhá-los até lá, e eu e Marcelo ficamos aqui esperando. Precisam de carruagens também? — O tom de deboche nas palavras de Felipe arrancou risadas dos presentes.

— Eu ficarei esperando Catarina. Ela também vai buscar suas coisas em nossa casa — Pedro suspirou. — Provavelmente irei de carruagem.

— Quem mandou casar com uma dama que acha a montaria masculina demais? — Felipe provocou, provocando mais risadas.

— Vamos então — Arthur decidiu, subindo em seu cavalo. — Até logo!

Nicolas ajudou Amélia a subir em seu cavalo, e juntos partiram, seguindo atrás de Arthur. A cavalgada até as terras da família de Amélia foi rápida, e logo chegaram ao bosque que separava a corte real de seu palacete.

Enquanto atravessavam o bosque, Nicolas notou a agilidade do cavalo de Arthur, um puro-sangue impressionante que parecia voar, atingindo quase 80 km/h. O futuro rei não pôde deixar de admirar a destreza do irmão de Amélia enquanto ele manobrava com facilidade, as folhas das árvores criando um mosaico verde em movimento ao redor deles.

Quando finalmente chegaram ao destino, Nicolas ficou atônito com a cena diante de seus olhos. O pequeno palácio, embora encantador, era ofuscado pela quantidade de tendas que se espalhavam em torno da residência, formando um acampamento vibrante. Ele parou, sua expressão de espanto não passou despercebida por Arthur.

— Bem-vindo às tropas da nossa família, Vossa Alteza — disse Arthur, sorrindo ao notar a surpresa no rosto de Nicolas.

O lugar pulsava com vida e energia, e Nicolas se preparou para mergulhar nesse novo mundo que Amélia e seus irmãos chamavam de lar.

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