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Capítulo 13. Compromissos e duvidas.

Após a noite de conversa com Arthur, tudo pareceu fluir melhor para Nicolas. Mesmo com a rotina pesada de seus compromissos, ele encontrou tempo para os treinos com o irmão de Amélia. Arthur era habilidoso com a espada, e Nicolas se mostrou um aluno dedicado. Mas, além do treinamento físico, havia algo mais profundo se desenvolvendo. As conversas entre eles abrangiam assuntos que Nicolas raramente discutia com seus conselheiros – questões do povo, do reino, realidades que ele, cercado pela corte, não podia enxergar claramente. Após aqueles diálogos, a distância entre ele e seus súditos parecia maior, mais evidente. Arthur oferecia uma perspectiva simples e direta que desafiava Nicolas a ver o reino por outro ângulo.

Certo dia, enquanto caminhava pela corte com sua mãe, Elizabeth, eles discutiam os pedidos do general James sobre a dispensa de soldados cansados e as dificuldades do exército, incluindo o êxodo de pessoas que deixavam as tropas para trabalhar para senhores particulares em troca de abrigo e comida. Muitos desses homens haviam sido treinados como guerreiros, mas preferiam uma vida estável ao invés de lutar. Nicolas e Arthur haviam falado sobre isso. Arthur explicara que aquelas tropas não representavam uma ameaça, mas sim pessoas em busca de sobrevivência. Mesmo os servos e guerreiros mais leais ao palácio estavam optando por trabalhar em troca de comida e terras.

Enquanto Nicolas escutava sua mãe com atenção, um som ao longe desviou sua concentração. Era a risada de Amélia. Instintivamente, ele a procurou com os olhos. Quando a avistou, algo dentro dele se aqueceu. O vestido branco de Amélia dançava ao vento enquanto ela dava pequenos pulos de alegria.

— Ela parece um anjo — Nicolas murmurou para si mesmo, o coração batendo mais rápido.

Elizabeth, observando cada movimento do filho, notou o sorriso suave que surgia nos lábios de Nicolas, um sorriso que ela raramente via. Ele estava apaixonado, mesmo que ainda não percebesse.

— Nicolas, está prestando atenção? — Elizabeth perguntou, mas o olhar dele já estava fixo em Amélia.

Entrelaçando o braço no de seu filho, a rainha o conduziu em direção a Amélia e seu irmão, Marcelo, que estavam próximos. Conforme se aproximavam, Nicolas ouviu fragmentos da conversa entre os irmãos.

— Obrigada por isso, Marcelo — Amélia disse com gratidão, abraçando-o como uma criança que acabara de receber um presente.

— Sabia que iria gostar — Marcelo respondeu com um sorriso afetuoso. — Ultimamente, você tem passado muito tempo trancada no quarto. Estamos preocupados com você.

Ele ajeitou o cabelo do rosto de Amélia com ternura. Marcelo sabia o que estava acontecendo, assim como Nicolas havia começado a suspeitar. Dominique estava tornando a vida de Amélia um inferno.

— Estou bem agora — Amélia tentou afastar as preocupações, seu tom alegre, mas havia algo escondido em seus olhos. — Não quero pensar nisso agora.

Nicolas franziu a testa. Dominique estava fazendo Amélia se esconder? Mais uma vez, Olavo, seu conselheiro, parecia ter razão. Dominique não era a mulher que ele pensava, ou talvez ele nunca tivesse visto sua verdadeira face.

Ao se aproximarem, Amélia notou a presença de Nicolas e sua mãe, mas, em vez de sorrir como antes, ela parecia subitamente desconfortável, a alegria de momentos atrás esmorecendo. Nicolas não pôde deixar de perceber. Seu coração, que há pouco se acelerara ao vê-la, agora sentia um peso, como se houvesse algo errado.

Dominique, desde o início, havia nutrido uma hostilidade velada por Amélia. Embora seus ataques fossem sutis, eles eram profundamente eficazes. Ela lançava pequenos comentários depreciativos sobre a origem de Amélia, insinuações de que a jovem não era digna de caminhar ao lado de um futuro rei. Quando não havia ninguém por perto, Dominique a confrontava com palavras afiadas e cruéis, tentando minar sua confiança, plantando dúvidas sobre seu valor.

Em público, a frieza de Dominique era disfarçada, mas, nos bastidores, as palavras eram ácidas: "Você acha que pode competir comigo? Nicolas e eu temos uma história. Ele jamais escolheria alguém tão comum como você." Esses comentários ecoavam na mente de Amélia durante os longos dias em que se trancava em seu quarto, tentando encontrar um modo de lidar com a pressão crescente.

— Você parece um pouco menos animada hoje, Amélia — disse Nicolas, tentando entender a mudança de humor.

Ela forçou um sorriso. — Não é nada, Vossa Alteza. Só estou um pouco cansada.

Elizabeth, sempre observadora, interveio. — Amélia, querida, você deve descansar. Uma dama como você não deve se abater por coisas pequenas. — Havia um tom de condescendência na voz da rainha, mas Nicolas percebeu algo mais. Sua mãe sabia do que se tratava.

Amélia baixou o olhar, visivelmente desconfortável. Marcelo, percebendo a tensão, aproximou-se de sua irmã, como sempre fazia quando ela parecia vulnerável.

Nicolas se perguntou, pela primeira vez com seriedade, até que ponto Dominique poderia estar envolvida nos dias sombrios de Amélia.

— Estão animados, têm boas novas? — Nicolas perguntou, já sabendo da chegada do pai de Amélia através de Arthur, na noite anterior.

— Meu pai está chegando — respondeu Marcelo, sem esconder a satisfação.

— Isso é maravilhoso, devemos preparar um quarto na corte para ele — ofereceu Elizabeth com um sorriso cordial.

— Majestade, não sei se será necessário — Marcelo interveio, mantendo o tom educado, mas sem muita convicção. — Adquirimos uma casa aqui perto recentemente. Não é tão grande, mas talvez seja mais confortável para ele. Vamos deixá-lo decidir, meu pai é um homem sistemático.

— Você também vai, Amélia? — Nicolas perguntou, com o olhar fixo nela, ansioso por uma resposta. No entanto, Amélia evitou seu olhar, mantendo-se contida.

Antes que ela pudesse responder, Marcelo interveio rapidamente. — Ela ficará aqui, enquanto vocês discutem a proposta de casamento.

— Todos deviam ficar aqui — Nicolas insistiu, ainda sem desviar os olhos de Amélia, que continuava em silêncio. — Seria melhor para todos.

Marcelo manteve a compostura ao responder. — Entendemos sua preocupação, Vossa Alteza, mas temos responsabilidades. Nossas tropas estão lá, e parte de nossa família também. Vamos revezar, para que Amélia não se sinta sozinha. Você entende, não é?

Amélia, forçando um sorriso, disse gentilmente: — Sim, meu irmão.

O olhar de Nicolas, ainda fixo nela, revelou uma urgência não dita, uma vontade que parecia crescer a cada segundo. Finalmente, ele tomou coragem. — Amélia, gostaria de dar uma volta comigo?

A surpresa no rosto de Amélia era evidente. Marcelo, por sua vez, olhou rapidamente para o príncipe e depois para sua irmã, avaliando a situação com cautela. Todos ao redor pareciam igualmente surpresos, exceto a rainha, que observava tudo com seus olhos atentos, sempre calculando.

Com hesitação, Amélia aceitou o braço que Nicolas lhe ofereceu, sem dizer uma palavra. Eles começaram a caminhar pelos jardins, o silêncio entre eles preenchendo o espaço. Nicolas olhava as flores, tentando encontrar as palavras certas. Enquanto isso, Amélia sentia o peito apertado. Nos últimos tempos, ela se sentia pequena, sufocada por tudo o que acontecia ao seu redor.

Ela mal saía de seu quarto, exceto em companhia de sua família. Todos a observavam com desconfiança, como se ela fosse uma intrusa na corte. E Dominique... Dominique estava sempre por perto, esperando o momento certo para atacá-la com suas palavras venenosas. Em público, Dominique agia com frieza, mas nos corredores e momentos isolados, suas palavras eram implacáveis. "Você não pertence aqui", ela sibilava. "Nicolas nunca vai escolher você, ele só está entretido. Eu sou o verdadeiro futuro ao lado dele."

Esses ataques diários, carregados de crueldade, a enfraqueciam. Amélia já não sabia como responder ou se defender. Dominique fazia questão de relembrá-la de sua origem modesta, insinuando que ela não tinha lugar ao lado de um futuro rei. Amélia começava a acreditar nessas palavras, sentindo-se cada vez mais pressionada, cada vez mais aprisionada dentro de si mesma.

Agora, caminhando ao lado de Nicolas, ela lutava contra as lágrimas que ameaçavam brotar. Seus dias na corte eram sufocantes, e ela não sabia como escapar dessa sensação de aprisionamento. Enquanto Nicolas olhava distraído para as flores, Amélia sentia um peso no peito, uma vontade de chorar que ela tentava desesperadamente conter.

Por outro lado, Nicolas também lutava com seus próprios demônios. O silêncio entre eles só parecia amplificar sua culpa. Ele sabia que estava envolvido em algo mais profundo com Amélia, algo que ele não podia mais negar. Ele amava o cheiro dos cabelos dela, a sensação de paz que a presença dela lhe trazia, o desejo crescente de tê-la em seus braços. Mas, ao mesmo tempo, ele sabia que Dominique continuava ao seu lado, como uma sombra de seu passado que ele não conseguia dissipar.

— Como foi seu dia? — Nicolas perguntou, com uma preocupação sincera na voz.

Amélia suspirou antes de responder, ainda evitando o contato visual. — Como todos os outros dias na corte, Vossa Alteza. E o seu?

— Cansativo como sempre — ele respondeu, diminuindo o ritmo dos passos, como se quisesse prolongar aquele momento.

O silêncio se instalou novamente entre eles, carregado de emoções não ditas. Ambos estavam lidando com suas próprias angústias, mas de maneiras diferentes. Amélia sentia o peso da pressão que Dominique colocava sobre ela, enquanto Nicolas se culpava por não proteger Amélia de tudo aquilo, e por seus próprios sentimentos conflitantes.

Amélia, perdida em seus pensamentos, finalmente olhou para Nicolas, mas suas palavras ficaram presas. Ele, por sua vez, desejava poder dizer tudo o que sentia, mas estava preso pelas convenções e pelas obrigações que o cercavam. Ali, no meio daquele jardim, com o cheiro suave das flores ao redor, os dois estavam mais distantes do que nunca, apesar de caminharem lado a lado.

— Vamos nos sentar — sugeriu Nicolas, indicando o banco.

Amélia acenou levemente, e ambos se sentaram lado a lado. O silêncio os envolveu como um manto. Nicolas sabia que precisava criar coragem para abordar um assunto delicado. Havia algo essencial que ele precisava discutir com ela, mas temia sua reação. Ele não queria impor nada, muito menos forçar Amélia a um destino que não desejasse. Mais do que qualquer título, Nicolas desejava vê-la sorrir todos os dias.

— Você se lembra por que veio à corte? — perguntou ele, com a voz baixa.

Amélia acenou afirmativamente, sem dizer uma palavra.

— Você entende que existe a possibilidade de se casar comigo? — A tensão era palpável. Seu coração batia mais rápido, esperando desesperadamente por uma resposta.

— Sim — respondeu ela, sem emoção na voz.

Nicolas engoliu em seco e, depois de um breve silêncio, continuou:
— É isso que você deseja?

Ele queria que ela dissesse "sim", mas o silêncio que seguiu suas palavras trouxe consigo uma incerteza. O futuro rei desviou o olhar, lutando para esconder o medo que crescia dentro de si. Seria esse o momento em que ele descobriria a verdade sobre o coração de Amélia?

— Não sei, Vossa Alteza — respondeu Amélia finalmente.

Nicolas sentiu uma pontada no peito. Ele sabia que precisaria de mais do que uma simples resposta.

— Amélia, preciso que saiba que a sua opinião importa para mim. Eu posso enfrentar meus ministros, posso lutar contra todas as expectativas, se isso for algo que você não deseja. Eu não quero que se sinta obrigada a casar com o futuro rei de um reino em declínio. Quero que seja feliz, ao meu lado ou não.

— Vossa Alteza... — Amélia pousou as mãos calmamente no vestido, os dedos trêmulos, mas escondidos pela seda. — Eu sinto dizer isso, mas, ao meu ver, você está comprometido com Dominique. Embora, assim como eu, ela só tenha uma promessa, ela está aqui há mais tempo. Todos gostam dela. Eu... não quero ser a responsável por destruir a vida de outra moça.

A garganta de Nicolas secou ao ouvir suas palavras. Ele se sentiu culpado por colocar Amélia nessa situação. A tristeza na voz dela o partiu por dentro.

— Eu não tenho compromisso com Dominique. Esperei que ela entendesse, mas meu verdadeiro compromisso sempre foi com o reino e meu povo, Amélia. Cresci com essa responsabilidade, e todos ao meu redor, inclusive Dominique, sabiam disso.

Uma onda de raiva o invadiu. Não contra Amélia, mas contra a situação. Ele sempre fora honesto sobre suas obrigações, nunca prometendo mais do que poderia cumprir.

Amélia o observava em silêncio, absorvendo suas palavras. Por muito tempo, ouvira diferentes versões da mesma história, mas nunca a verdade vinda de Nicolas. A verdade, no entanto, a assustava. A ideia de casar-se com um homem que, talvez, amasse outra a deixava vulnerável.

— Acho que... é uma situação difícil tanto para mim quanto para você — disse Amélia, com um suspiro. — Talvez eu tenha sido egoísta, pensando apenas no meu lado. Me sinto mal por isso.

— Eu também — admitiu Nicolas, esboçando um sorriso gentil. — Sua opinião é importante para mim. Quero que sejamos parceiros, não que você se sinta forçada a nada.

Ele pegou a mão dela, um gesto sutil, mas cheio de significado. Amélia sentiu o calor de seu toque, e seu coração disparou. Ela rapidamente retirou a mão, sentindo o rubor subir em seu rosto. O gesto inesperado de Nicolas fez algo em seu interior despertar. Havia um charme irresistível na forma como ele falava, nos seus olhos azuis profundos que pareciam enxergar sua alma.

Enquanto seu coração batia descompassado, Amélia se deu conta de algo que tentava negar. Talvez, ela gostasse mais de Nicolas do que estava disposta a admitir. No entanto, memórias dolorosas de seu passado surgiram, obscurecendo seus pensamentos e afastando o calor do momento. Se ele soubesse de seu passado, será que ainda a escolheria?

— Tem algo a me dizer? — A voz de Nicolas era suave, mas ele percebeu a mudança no semblante de Amélia. Havia uma sombra no olhar dela.

— Muitas coisas, Vossa Alteza... — respondeu ela, sua voz refletindo uma tristeza contida. — Sua situação parece tão complicada... Casar-se por pressão, forçado por ministros e expectativas.

As palavras de Amélia tocaram Nicolas profundamente. Ele respirou fundo e, quase sem pensar, sua mão repousou sobre a dela mais uma vez. O toque suave de seus dedos acariciava a pele delicada de Amélia, e algo dentro dele se aquietou. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu paz.

Ele queria se deitar no colo dela, descansar de todas as pressões, e, naquele momento, as palavras de seu pai ecoaram em sua mente: "O amor é construído". Nicolas percebeu que, apesar de toda a confusão, queria construir algo com Amélia.

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