────── manon & dorian
NOS PRIMEIROS MESES DE RECONSTRUÇÃO DE ADARLAN, Dorian mal respirou. Primeiro, ele trabalhou manualmente mesmo com as repreensões de Chaol e de Yrene, usando da própria magia para reparar todos os estragos possíveis. Depois, ficou imerso em livros sobre o Khaganato, em especial, pesquisando sobre a política deles, a qual ele usou como inspiração para criar suas lei. Todos os homens seriam punidos de acordo com seus crimes, mesmo a nobreza não escaparia; as bibliotecas, o conhecimento e as artes seriam acessíveis a todos os civis; as mulheres teriam seus direitos garantidos, poderiam exercer os mesmos papéis que os homens em qualquer função; e os herdeiros de cada cidadão, lorde ou não, deveria priorizar o primeiro filho independente do gênero. Parecia utópico e, obviamente, Dorian encontrou alguma resistência, mas aos poucos as mudanças se mostraram positivas e foram sendo implementadas. Aos poucos. Ainda havia muito para melhorar.
Após seis meses dos horrores da guerra, o rei de Adarlan finalmente se sentou, no exato local em que um dia vira a Manon Bico Negro com sua serpente alada. Sentiu um aperto em seu coração. Com toda a reforma de ambos os lados, ele mal vira a bruxa nos últimos meses. Mas prometeu a ela que, quando as coisas estivessem estáveis, eles se veriam mais vezes. Não importava se os momentos que teriam juntos seriam poucos ou que ele envelheceria rapidamente, Dorian queria ela, nunca deixou de a querer, apenas ocupou a mente com o seu reino... No entanto, sempre, todas a noites, olhava para a varanda que um dia ela aparecera com Abraxos e desejava que ela estivesse ali.
Ele suspirou e começou a escrever uma carta. Manon nunca respondia, dizia que palavras escritas com sentimentalismo eram coisas de mortais tolos, mas ele as escreveu mesmo assim.
"Sinto sua falta, bruxinha. Todos os malditos dias e..."
Então ele pensou no quanto aquilo seria idiota e rasgou a carta antes de continuá-la, optando por um simples bilhete.
"Alguns ovos de serpente alada que os Rhukin cuidaram finalmente chocaram. Como rei de Adarlan e seu amigo íntimo, receio que está na hora de uma visita de supervisão da melhor montadora de serpente alada do mundo."
MANON BICO NEGRO-CROCHAN, agora a alta-rainha das bruxas, estava impaciente. Sentada em seu trono de ferro, ela afiou as unhas enquanto sua emissária de maior confiança, Petrah, discutia futilidades com Bronwen, a prima responsável por elaborar as leis das bruxas. Obviamente, sempre com a palavra final de Manon.
— Calem-se — sibilou Manon, ainda afiando as unhas no trono. — Nós já temos as malditas leis que protegem os humanos e as bruxas, nossa cidade é próspera e foi completamente terminada, planejada para atender às necessidades de todas. Por qual motivo vocês ousam gritar em meu salão?
Manon sentiu falta, naquele momento, dos velhos hábitos. Bruxas não poderiam mais recorrer à agressão como forma de castigo, mas alguma parte primitiva na rainha adoraria estapear Petrah e Bronwen.
— Perdoe nosso alvoroço, Majestade — começou Petrah, que só usava o título para incomodá-la ou falar sério de verdade. — Mas agora que não podemos mais comer humanos, especialmente os jovens — ela acrescentou, quando Bronwen lhe mostrou os dentes. — Pergunto-me se não podemos acrescentar uma lei para castigar aqueles ladrões imundos que tentaram roubar nossas colheitas semana passada e feriram uma Dente de Ferro.
— Ela quer comer eles — resumiu Bronwen, antes de Manon se intrometer. — Quando já concordamos que os velhos hábitos devem ser corrigidos.
— Como sempre, as Crochans têm um coração mole demais — respondeu Petrah, olhando para Manon. — Por favor, Majestade. Nós estamos fazendo de tudo para nos tornarmos civilizadas e respeitar as Crochan, nos permita esse divertimento.
Antes que Bronwen encontrasse uma resposta, Manon interrompeu:
— Eu disse que queria que aqueles homens fossem caçados e trazidos para mim — lembrou Manon e Bronwen deu um sorriso debochado para Petrah, como se dissesse "eu avisei". — No entanto, como vocês estão tornando meus dias insuportáveis ultimamente e eles deixaram uma bruxa Dente de Ferro desacordada, tem a minha permissão, emissária, para fazer o que quiser com aqueles humanos estúpidos, pode até mesmo se alimentar deles se isso a fizer parar de gritar em meu salão — continuou ela. Petrah devolveu o olhar triunfante para Bronwen. — Mas saiba que se qualquer humano inocente for ferido, eu vou puni-la de acordo com as novas leis. Você perderá o seu cargo e será exilada, Petrah. Estamos entendidas?
— Sim, Majestade — ela fez uma reverência demorada.
— Então suma da minha frente antes que eu mude de ideia — Manon observou Petrah desaparecer e apontou com a unha do dedo indicador para Bronwen. — Você não, priminha.
— Mas hoje é nosso dia de folga — murmurou ela e Manon a olhou com irritação, pois seu dia de folga havia sido interrompido pela gritaria no salão. — Desculpe.
— Não recebeu nada estranho essa semana? — perguntou ela, tentando parecer despreocupada. — Me disse, ontem, que havia uma correspondência para mim.
— Você odeia correspondências, sempre debocha dos humanos por suas palavras melosas — lembrou Bronwen e Manon lhe mostrou os dentes. Dessa vez a prima não recuou, olhando com desconfiança para a rainha. — Ah, foi um bilhete do rei de Adarlan, faz mais de um mês desde que você o viu, não?
Manon tentou manter a postura, mas não conseguiu tirar os olhos da prima quando ela tirou a correspondência de seu bolso.
— Me entregue isso — exigiu ela. — Imediatamente.
Bronwen se aproximou do trono de ferro e entregou o envelope em sua mão, observando enquanto Manon segurava o conteúdo, sem abri-lo. Como se percebesse que a rainha queria privacidade, a prima saiu em retirada do salão, sussurrando um último deboche antes de fechar os portões de aço:
— E eu pensando que seus sentimentos por aquele reizinho tinham desaparecido.
Sem dar importância, Manon cortou o envelope usando suas unhas. Seu coração batia rápido. Nos últimos meses, ela não soube como suportar aquele sentimento insuportável que apareceu, que a destruía todos os dias quando pensava na hipótese de nunca mais vê-lo.
Você sente saudades dele, foi o que sua bisavó, Glennis, alegou quando pegou Manon tentando se embebedar sozinha em seus aposentos.
Não sinto, não. Foi o que ela respondeu.
Quando Manon abriu aquele conteúdo, que, na verdade era um simples bilhete, uma desculpa para visitar Dorian, ela percebeu que mentiu para a bisavó, pois, sem pensar duas vezes, a rainha gritou para que chamassem Bronwen para que tomasse conta dos afazeres reais enquanto ela corria atrás de Abraxos.
Tola, era o que ela era. Uma rainha tola por querer tão desesperadamente um mortal que em breve morreria. Mas naquele momento, com aquele estranho sentimento preenchendo o seu peito, ela não se importou quando montou em Abraxos vestindo apenas a roupa do corpo e sua coroa.
DORIAN HAVILLIARD SE SENTIA SOZINHO, alguns dias após enviar o bilhete sem resposta. Algo semelhante à insegurança preencheu seu coração, e, como se adivinhassem o motivo de sua desatenção durante as reuniões matinais, Chaol e Yrene decidiram passar a semana no castelo, alegando uma reforma inesperada em seu novo lar. Ela estava quase dando à luz e ele não pode deixar de se sentir um fardo por fazer sua nova irmã viajar até ali.
— Tenho uma fofoca — comentou Yrene, tentando chamar a atenção de Dorian, que brincava com os anéis em sua mão direita, em especial, com um novo anel que fora presente de Manon por sua coroação. Uma obrigação como rainha, alegara a bruxa. — Uma muito boa mesmo.
Finalmente Dorian olhou para a curandeira, Chaol mal parecia respirar diante do comentário, morrendo de curiosidade também.
— Pelo o amor dos deuses, esposa, diga logo — murmurou a Mão do Rei, arrancando uma gargalhada de Dorian.
— Acredito que Aelin está grávida. Segundo a última carta enigmática que ela me enviou, a rainha de Terrassen está chorando por absolutamente tudo, até mesmo porque Fenrys pisou em seu pé durante o treino sem querer e Rowan dormiu sem lhe dar boa noite. Ela está inchada, seus sapatos não lhe servem e nem mesmo seu anel de casamento está entrando em seu dedo. Ela também disse algo sobre seu lindo nariz estar deformado — contou ela, rindo. Dorian e Chaol deixaram os talheres caírem no prato. Uma gravidez feérica era algo raro, Rowan um dia contara a eles. — Ela ainda vai esperar as semanas que recomendei antes de anunciar. Eu estou segurando essa informação desde semana passada, me remoendo para contar para vocês.
— Nossa — comentou Dorian, com um sorriso sincero. — Eu estou morrendo de vontade de enviar uma carta com felicitações, desejando que meu futuro afilhado puxe ao pai em beleza e temperamento.
— Nem pense nisso, Dorian. Como eu disse, é uma fofoca — sua nova irmã o repreendeu. — Implique com ela daqui duas semanas, quando ela completar suas supostas doze semanas.
— Ela vai matá-lo por isso, principalmente se estiver tão sensível — murmurou Chaol para o rei, sorrindo e colocando a mão sobre a barriga da esposa, que em semanas daria à luz. — Eu estou muito feliz por eles. Depois de tudo o que aconteceu, eles merecem.
— Eu também estou — comentou o rei de Adarlan, com sinceridade. — Por todos vocês.
Yrene, preocupada com Dorian e uma romântica incurável, estava prestes a propor novamente que Dorian tirasse um mês de férias para encontrar Manon, quando um dos criados do palácio adentrou o salão, com os olhos arregalados.
— Vossa Majestade, perdoe-me... Mas a Rainha das Bruxas acaba de pousar em seu jardim com aquela serpente alada, ordenando sua presença.
Sem pensar duas vezes, Dorian se levantou.
— Reis não correm — Chaol o lembrou de uma regra de etiqueta, que Yrene respondeu com uma cotovelada em sua barriga.
Ao inferno que não corriam. Dorian correu pelo palácio desesperadamente, descendo as escadas com uma velocidade que apavorou os guardas que quase dispararam pensando ser alguma ameaça. O rei de Adarlan somente reduziu os passos quando estava próximo do jardim. Ele andou elegantemente, com a cabeça erguida.
Dorian avistou de longe os cabelos prateados de Manon, impecáveis como sempre, usando a coroa de sua avó, Rhiannon. Vestindo um conjunto de couro diferenciado, que era aberto em seus seios e na lateral de seu quadril, ela estava mais do que linda.
— Pensei que não estaria tão desesperada assim para me ver, bruxinha — disse ele, com toda a arrogância de sempre.
— Não fui eu quem fez um estardalhaço pelo novo castelo, desesperando todos os guardas possíveis — respondeu ela, com a cabeça erguida. — Consigo ouvir as batidas aceleradas do seu coração humano pela corrida daqui, princepezinho. Ou devo dizer, reizinho?
Dorian continuou andando na direção dela, com confiança, quando respondeu:
— E, não fui eu, bruxinha, quem chegou em um tempo recorde em Adarlan com sua serpente alada — ele finalmente se aproximou o suficiente, levando a mão direita ao rosto dela e a esquerda por baixo de seu cabelo, o puxando com força. Ele passou o polegar lentamente pelos lábios dela. Ela estremeceu e Dorian se aproximou do ouvido da rainha. — Admita, você me quer tão desesperadamente quanto eu te quero, Manon — ele se aproximou até sentir a respiração dela. — Você está linda. Mais do que linda.
A respiração dela ficou acelerada e ele a beijou. Aquele beijo foi diferente. Não desesperado como sempre, com os dois acabando sem as roupas. Foi um beijo de saudade, com ele estabelecendo o ritmo de suas línguas e puxando seu cabelo prateado, com força o suficiente para fazê-la gemer, sussurrando promessas do que faria durante a noite com ela e aquelas unhas afiadas.
Abraxos bufou e eles se desgrudaram, lembrando que estavam em público, com guardas ao redor.
— Oi, Abraxos — falou Dorian, ainda sem desgrudar seu corpo da bruxa. A serpente alada olhou para o lado oposto, magoada com o rei. — Também senti sua falta.
De alguma janela, Yrene gritou:
— Por favor, se casem logo!
O rosto de Dorian ficou vermelho, mas Manon ainda segurava sua mão e apenas sorriu com malícia.
— Ela não desiste, não é?
— Desculpe por isso — sussurrou Dorian, passando a mão pelo cabelo dela, de uma forma diferente. Não selvagem, mas um carinho. — Eu senti sua falta, Manon. Mais do que gostaria de admitir. Sei que estamos reconstruindo nossos reinos e por cinco meses mal conseguimos conversar, sempre que nos vimos acabamos sem roupas — ela ergueu as sobrancelhas e ele continuou: — e admito que isso foi minha culpa. Mas quero mais. Eu quero tudo de você. Quero vê-la mais vezes, não só por motivos carnais. Sinto sua falta, de conversar, de irritá-la, de ver a forma como me olha, bruxinha. E acho que você sente o mesmo.
Manon engoliu em seco e colocou a mão no pescoço dele, o segurando com força.
— Eu estou aqui para ver as novas serpentes aladas — vociferou ela. — Combinamos de deixar o sentimentalismo de lado, para não estragarmos nossos encontros.
— Ah, é pelas serpentes?
E ele a beijou de uma forma que ela não pudesse esquecer, espalmando seu corpo com força a empurrando contra a parede mais próxima. Manon podia evitar os seus sentimentos, mas nunca ao desejo de seu corpo, que clamava pelo rei de Adarlan.
APÓS UMA NOITE INTENSA NO CASTELO, explorando todos os cômodos possíveis, Dorian mostrou os livros da política do Continente Sul para Manon, contou sobre suas reformas e ela fez o mesmo, entusiasmada com as novas leis de bruxa e o fazendo rir sobre a rivalidade idiota entre sua prima e Petrah.
— Então nossos reinos estão reconstruídos — concluiu Dorian, deitado na cama, enquanto Manon estava sentada lendo um daqueles livros sobre o Grande Khagan e sua forma de governar. — Mas e nós? Não conversamos sobre o que aconteceu naquela guerra ainda.
Manon adorava desviar assuntos sentimentais, então ele se sentou, se aproximou da cadeira em que ela estava e colocou a mão suavemente em seu rosto, obrigando a bruxa a olhá-lo nos olhos.
— Como você está, Manon? — perguntou ele. — Não a rainha, a bruxa. Vejo a tristeza em seus olhos, às vezes.
Manon pareceu segurar as lágrimas, olhando para a obra de arte que Dorian tinha em seu quarto com treze serpentes aladas. Uma homenagem.
— Eu sinto falta delas, Dorian. Achei que as bruxas não sonhassem, mas eu sonho com elas. Todos os dias. Queria que elas tivessem visto o deserto. Elas teriam amado aquele lugar e nosso reino — uma lágrima escorreu pelo rosto dela, que ainda olhava para o quadro e ele a limpou. — Mesmo que tenhamos vencido, você às vezes também se sente assim? Como se uma parte de você faltasse.
— Sim — admitiu ele, um pouco rouco e ela o olhou. — Eu nunca lhe contei, Manon. Não contei a ninguém, nem mesmo a Chaol, todos os detalhes sobre o meu pai — e ele também precisou segurar as lágrimas. Manon segurou a mão dele, que ainda estava no rosto dela, aguardando que o rei de Adarlan falasse. — Erwan tirou o nome dele, apagou da história. Eu não sabia o nome do meu pai — as mãos dele tremeram e ela as segurou com força. — Mas naquele dia, obriguei que ele me contasse e o maldito falou que era o mesmo nome. Meu pai também se chamava Dorian. Sabia que no túmulo dele está escrito apenas "rei de Adarlan"? As pessoas não sabem o nome dele, Manon. E eu não tive coragem até hoje de contar ou pedir para que alterassem.
— Eu não tive coragem para olhar para os pertences das Treze, até hoje. Estão todos guardados em um baú para quando eu me sentir pronta — contou ela, olhando firmemente para ele, como uma rainha. — Quando você se sentir pronto, podemos mudar o nome de seu pai. E você pode me ajudar a abrir o baú com os bens que foram deixados por elas.
— Então existe um "nós", afinal — ele ergueu uma sobrancelha e secou uma lágrima do rosto, se aproximando dela e arrastando a cadeira até a cama. — Mas como faremos isso, Manon? — a rainha soube o que ele perguntava. A distância, os sussurros sobre serem amantes e a saudade que sentiam um do outro.
— Precisamos de uma União e de herdeiras, é claro — a bruxa falou, como se fosse óbvio, olhando para as unhas. Dorian ficou sem ar diante da naturalidade na fala da bruxa.
— Eu não quero que se sinta pressionada. Se não quiser uma vida inteira ao lado de um mortal, eu vou respeitar isso — murmurou ele, acariciando o rosto dela. — E se quiser me encontrar casualmente, ficarei muito feliz. Mas filhos e um casamento? Não parece muito com você, bruxinha. Nunca a vi olhar para uma criança com carinho.
— Se você acha que eu faria algo contra minha vontade, então não me conhece, princepezinho. Eu me incomodo com crianças humanas, elas são barulhentas e insuportáveis. Vi poucas bruxinhas em minha vida, Dorian, mas todas elas eram adoráveis. Destemidas, lindas... E quando os dentes de ferro nascem? Não existe nada mais belo — explicou Manon, enquanto Dorian parecia confuso. — Elas são sagradas para meu povo. E eu já tenho um plano sobre isso. Uma rainha precisa de uma herdeira.
— Tem certeza? — perguntou ele, ainda inseguro. — Um casamento com um mortal é o que você quer, Manon?
Dorian não sabia o que a fizera se abrir, mas Manon às vezes citava uma promessa a sua antiga intermediária. O rei não esperava uma declaração de amor, sabia que ela não diria isso. Quando Manon, meses atrás, admitiu que se importava com ele, aquilo bastou para seu coração, tudo o que ela pudesse oferecer era mais do que suficiente.
— Vamos nos unir, principezinho — revelou ela e o coração dele quase parou de bater por um momento. — Não um casamento como vocês, humanos, gostam. As Crochan me contaram sobre uma cerimônia de bruxas, com promessas de lealdade e de respeito a alguém até o último suspiro, que elas chamam de União...
— O que é, basicamente, um casamento — brincou ele, passando as mãos invisíveis pela coluna dela.
Os olhos dourados dela brilharam com o desafio, a bruxa ergueu o queixo.
— Vamos fazer isso à minha maneira, Dorian. Não me importo com seu tempo de vida limitado, com filhos e coisas humanas. Mas sei que nós dois precisamos de herdeiros e proponho duas bruxinhas, uma para cada um. Não vou dividir nada com você de meu reino e nem quero nada do seu, mas adoraria o título de rainha e ter aposentos aqui dignos de uma — ela se manteve séria enquanto ele sorria como um bobo e se aproximava mais dela, a levantando com suas mãos invisíveis e a colocando no seu colo. — Você deve escolher sua serpente alada e me visitar todo mês e eu farei o mesmo. Duas visitas que devem durar dois ou três dias. Esses são os meus termos, principezinho.
— Concordo com tudo. Mas quero quatro visitas por mês — retrucou ele, aproximando-a mais de seu corpo, do que começava a ficar impaciente. Ela gemeu levemente. — Por favor.
— Três, Dorian. Duas visitas de três dias e uma de quatro — ela se aproximou mais, com as mãos nas coxas dele, o provocando. — E as bruxas precisam ser testemunhas da União. Gostaria de se unir a mim, Dorian Havilliard?
Os olhos dela brilharam e ele beijou sua testa. Um beijo doce, que a surpreendeu. Havia entendido o que o discurso dela significava, cada palavra. Foi a forma dela de dizer o que sentia, de revelar que queria uma vida com ele.
— Eu também te amo, bruxinha.
⮕ Lembrando, não sou a Sarah J Maas. Não tenho a capacidade de escrita dela e algumas personalidades podem parecer diferentes para quem ler. Sei que a Manon não se casaria, então inventei meus termos.
⮕O próximo será Rowan e Aelin. Se alguém gostar, posso escrever da Elide (adoraria escrever sobre o que o Lorcan "mostrou" para ela) e até mesmo posso dar um final feliz para o Fenrys.
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