TAEHYUNG ON

Não havia como negar pra mim mesmo ou para ela, eu estou completamente apaixonado pela S/n.

Era nítido a surpresa no rosto dela quando eu disse que estou apaixonado, ademais pela nossa breve convivência.

Entretanto, depois de tantos milênios vivendo como deus e imortal, posso afirmar que me conheço o suficiente para ter certeza dos meus sentidos.

Quando eu a vi tão íntima daquele Felipe meu corpo se preencheu de ciúmes, sentimento novo para mim que não gostei nenhum pouco por sinal.

- Impossível, nós dois mau nos conhecemos - diz ela.

Sua frase acaba por me arrancar um sorriso, decido demonstrar os meus sentimentos com atos e não palavras.

Caminho a passos largos até ela, seguro sua cintura com minhas mãos e imediatamente uno nossos lábios.

Nossas bocas se moviam de uma forma perfeita e sincronizadas, pareciam até dançar.

Meus braços prendiam ela junto ao meu corpo, fazendo com que eu sentisse cada movimento e arrepio do dela.

Giro nossos corpos e a prenso junto a parede, sem afastar os nossos lábios, a forma na qual eu a quero é de fato desesperadora agora.

Logo sinto as mãos dela deslizarem pelos meus braços até se prenderem ao redor do meu pescoço, seus dedos adentraram pelos meus cabelos me deixando ainda mais louco.

Separo nossos lábios quando sinto que meus pulmões iram explodir pela ausência de oxigênio, entretanto, colo imediatamente nossas testas e aperto um pouco mais seu corpo junto ao meu.

Quando ela abriu os olhos e nos encaramos tive a certeza que ela havia entendido e que também sentia o mesmo por mim.

- Entende agora? - pergunto somente para ouvir aquelas palavras de seus lindos lábios.

- Entendo - escuto ela dizer com a voz rouca e fraca por conta do beijo recente.

Me inclino e a beijo novamente de uma forma envolvente e sensual, para minha surpresa ela imediatamente me beijou de volta com o mesmo desejo e paixão.

Não consigo me conter e começo a distribuir beijos pela clavícula dela, enquanto a mesma já passa a abrir os botões da minha camisa social.

Solto seu corpo apenas para sentir ela deslizar a camisa de seda pelo meus braços, me deixando despido da barriga pra cima.

- Tem certeza? - questiono assim que volto a abraçá-la.

- Mesmo sendo cedo, eu quero você - responde ela.

Pego a S/n em meus braços e vou em direção ao sofá da sala, onde ficaríamos mais confortáveis.

Deito a mesma sobre o tecido macio e me junto a ela, já me encaixando entre suas pernas e saboreando o gosto de baunilha que a pele de seu pescoço possui.

Pouco a pouco as nossas peças de roupa são tiradas, estávamos saboreando aquele momento juntos, S/n e eu.

As minhas mãos passeiam pelo seu corpo e o veneram, a perfeição de seus traços, curvas e pele me deixam maluco, mais perfeita do que muitas deuses e imortais na qual conheço.

Me surpreendi ao sentir ela invertendo nossas posições, se fazendo presente e ativa, demonstrando que não era uma menina e sim uma mulher.

Os lábios dela exploraram todo o meu corpo e me fizeram enlouquecer quando ela início o maior boquete que já vive em toda a minha longa vida.

Quando percebi que não aguentaria mais, inverti as posições e finalmente deslizei para dentro dela.

Neste momento percebi que toda minha vida era apenas para viver esse momento, apenas para estar com ela e ama-la.

As estocadas cada vez mais forte e profundas, as unhas dela maltratando as minhas costas e os meus lábios saboreando sua pele fez com esse momento fosse mais do que especial.

Fez com que ele fosse único.

Quando estamos os dois deitados no tapete da sala do apartamento dela, ainda ofegantes, eu a abraço e fico fazendo um cafuné em seus cabelos enquanto ela acaricia o meu peito.

- E agora? - ela pergunta.

- Agora você fala para aquele Felipe tirar os olhos de você, porque a senhorita tem namorado - digo e logo após escuto ela gargalhar.

- Tenho é? Não sabia - diz ela brincalhona e acabo por rir.

- Está sabendo agora - respondo.

Era fácil estar ao lado dela, a presença da S/n traz uma espécie de frescor em minha vida.

Meu coração se aperta ao perceber que eu nunca serei o pai de seus filhos, que eu não poderei estar ao lado dela durante toda a eternidade.

Apenas posso me contentar em tê-la para mim por um curto período de tempo, sei que não posso prendê-la a um imortal.

Assim que sai do apartamento dela fui imediatamente para o Palácio dos Céus e pedi para chamar o Deus Guardião dos deuses.

Eu queria entender o que se passa comigo, nunca em todos esses milênios uma mortal me deixou tão fascinado.

É claro que já vi muitas humanas bonitas, mas a S/n mais parecia uma deusa pra mim. Quando o guardião dos deuses chegou o mesmo se curvou diante de mim.

- Mandou me chamar meu Rei.

- Sim eu mandei Bang - respondo.

- O que houve Taehyung? você parece aflito - fala o guardião.

- Eu me entreguei para uma humana hoje - digo. 

- Meu Rei - responde Bang aflito.

- Quando eu há vi pela primeira vez tive a certeza que ela é a razão por eu estar vivo, foi inevitável - falo.

Ao ouvir minhas palavras o rosto do guardião fica branco e o mesmo fica paralisado, como se o pior pesadelo dele estivesse acontecendo.

- Meu Rei se afaste dessa humana, imediatamente - pede ele.

- Não consigo, eu já não posso viver sem ela - respondo.

Bang então se sentou no chão e colocou a mão sobre o rosto, vou até ele e o faço olhar para mim.

- O que está acontecendo? - questiono.

- Foi assim que eles começaram, meu Rei por favor não faça isso, não se aproxime mais dessa humana - implora o guardião.

- Os deuses desertores, aqueles que abandonaram a sua função e sua imortalidade para se tornar humanos, eles vieram até mim e disseram o mesmo, que haviam encontrado um humano que fazia seu coração disparar - revela o guardião.

Foi neste momento que eu entendi o que de fato tinha acontecido com os deuses que abandonaram sua função, eles fizeram isso porque se apaixonaram por mortais.

Inevitavelmente comecei a me imaginar vivendo como um mortal ao lado da S/n, namorando, casando, tendo filhos e viajando o mundo.

Um sorriso brotou em meu rosto e meu coração imediatamente começou a se aquecer ao perceber que eu queria isso também.

Então comecei a imaginar a imortalidade sem ela ao meu lado, parecia tão fria e triste.

- Meu Rei, o Senhor não é um Deus que pode se dar ao luxo de abandonar o seu dever por se apaixonar por uma humana, o Senhor é o Rei dos Deus, é o Deus Guardião da Vida, o mundo não existe sem o Senhor.

Fico em silêncio após ouvir aquilo, eu simplesmente preciso de um tempo para pensar sobre isso e tudo o que significa.

- Eu irei me afastar, fique tranquilo eu não vou abandonar as minhas responsabilidades como Rei e Deus Guardião da Vida.

Quando o guardião saiu do palácio eu me encontrava sem chão, o que eu sinto ao ver a S/n não é uma mera atração, era algo muito mais profundo e intenso.

Os imortais só se apaixonam uma única vez ao longo de sua existência e isso me fez entender um pouco mais os deuses desertores.

Por que passar a eternidade sozinho, sendo que pode viver alguns anos ao lado da única pessoa que faz você se sentir vivo?