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trinta e oito.


Vermelho de perigo e poder. Definitivamente a minha cor.

É mais ou menos assim que me sinto com ketchup na bochecha, devorando um cachorro-quente encostada ao capô do Accord de Carson. Dou uma olhada para baixo sem me preocupar com manchas porque estou em uma camisa tão vermelha quanto sangue. Ela cobre até metade da minha coxa, escondendo os meus shorts. Alguém a enfiou em minha cabeça durante a partida e eu ainda não descobri se o Gerard nº 8 é algum jogador ou algum fanático no bar do Louie.

Ouço uma leva de palmas vindo do bar e paro com o meu cachorro-quente no ar. A torcida lá dentro é toda vermelho e branco agora e eu sei o que ela vai fazer. Os vidros das janelas não são capazes de segurar a euforia das vozes em coro. Eles estão entoando You'll never walk alone novamente. E eu já perdi as contas de quantas vezes eles fizeram.

https://youtu.be/-94n8zQnk2Y

Mas basta que comecem a cantar para que eu pare qualquer coisa que estou fazendo para ouvir. É a música mais bonita que já conheci. E carrega um significado de união e perseverança que me comove. Não entendo muito de futebol, mas começo a entender de amor quando Seth abre a porta no meio das palmas finais assim que a música termina. Porque ele está completamente embebido disso. 

E acabou de ser campeão da Europa.

— Ei, você! — Seth estaciona ao meu lado. — Você tinha razão.

Ergo as sobrancelhas para ele sem conseguir responder de boca cheia. Os olhos dele passeiam pela camisa do Liverpool até minhas coxas e pousam sobre meus olhos novamente. Eu sinto como se ele houvesse arrancado toda a minha pele, porque queima o modo como me olha.

— Vermelho é a sua cor. Definitivamente.

— Eu não sabia disso até hoje. — Abaixo o cachorro quente e sorrio para o céu iluminado com as luzes da cidade de Colorado Springs. — E essa música fica rolando na minha cabeça. Ela é tão bonita. Mesmo! Não consigo parar de cantar Walk on/Through the wind/Walk on/Through the rain/Though dreams be tossed and blown...

Caminhe

Pelo vento

Caminhe

Pela chuva

Apesar de seus sonhos serem lançados e soprado

— É claro que tem mais graça no jeito que você pronuncia o "t" e o "r" com o sotaque e...

— Você é a garota mais bonita que eu já vi.

Olho para Seth imediatamente para ter certeza de que ele não está brincando. Porque não posso parecer a garota mais bonita do mundo usando uma camisa três números maiores, com o cabelo engordurado e preso em um rabo de cavalo e, provavelmente, com ketchup pelas bochechas.

Só que há um jeito no modo como os olhos de Seth faíscam contra o meu rosto que me dão a certeza de que ele está sendo sincero. O meu coração para algumas batidas e o meu sorriso escorre em algo que beira a euforia percorrendo as minhas veias.

Eu gosto do modo como ele sorri de volta, tão apertado que mal posso ver suas íris castanhas, incandescidas pelos tons rubros de sua camisa e da bandeira que pende em seus ombros. Seth se inclina na minha direção e no segundo seguinte sua língua passeia pela minha bochecha. Algo como uma fisgada no meu umbigo espalha arrepios por toda minha pele. Estou encolhida e gargalhando quando ele se afasta.

— Não acredito que você lambeu a minha cara de novo.

— Você já notou que espalha coisas pelo rosto enquanto come?

— É que gosto de morder em locais específicos.

— É? Me conte mais sobre isso.

A boca dele toca meu ouvido e eu ergo os olhos para o céu implorando que eu não entre em combustão. Mas Seth me beija apenas uma vez na lateral do pescoço, se divertindo com a minha tortura pessoal.

Termino meu cachorro-quente, tentando não parecer desesperada. Para ser ainda mais casual, mudo de assunto.

— Me conte mais sobre You'll never walk alone.

https://youtu.be/OV5_LQArLa0

Seth empurra o corpo para longe do Accord e estende a mão na minha direção. Demoro dois segundos para aceitar. Mas assim que ele me tem nos braços, começamos a dançar o hino do Liverpool em seu sotaque inglês mais do que perfeito.

When you walk through a storm/Hold your head up high/And don't be afraid of the dark/At the end of the storm/There's a golden sky/And the sweet silver song of a lark

Quando você caminhar por uma tempestade/Mantenha sua cabeça erguida/E não tenha medo da escuridão/No fim da tempestade/Há um céu dourado/E a doce canção prateada de uma cotovia

Ele canta toda a música para mim novamente entre giros e rostos colados. Fecho os olhos indagando quando o meu coração vai começar a falhar. A minha resistência está baixa porque eu me emociono de verdade. E é ridículo que uma quantidade significativa de lágrimas fique empoçada nos meus olhos.

— Quando chegamos à Liverpool, no começo do verão, eu sentia que ainda estava no meio dos dias de tempestade em Seven Heavens. Só que muito longe de casa, no entanto.

Ele confessa assim que se afasta para ver o meu rosto. Quando eu pisco, meus olhos se enchem mais um pouco, ficando turvos.

— Um dia eu fugi. Foi a primeira vez que fiz isso. Eu me sentia perdido, mas literalmente perdido, daquela vez. Fui parar em um bar depois que um grupo de pessoas usando roupas vermelhas me viu chorando. Eles me deram chá. E mais pessoas de vermelho foram surgindo ao meu redor. Esse coro então veio com eles através de uma onda de esperança para mim. Eu havia acabado de perder a minha mãe e o meu lar. O Liverpool me deu uma nova perspectiva. Eu posso dizer que sou o cara mais feliz do mundo hoje em poder ser campeão com o time que me acolheu quando eu estava perdido, ao lado da garota que faz com que eu deseje ser encontrado. A mais nova e bonita torcedora dos Reds, definitivamente.

Quando sorrio, estou me engasgando em felicidade e algum tipo de lágrima emocionada. Meus braços deslizam pelos ombros de Seth e eu o abraço, sentindo-o me prender contra seu corpo.

— Seth. Aceitei a entrevista em Stanford.

— O que? — Seth me solta, segurando o meu rosto com as mãos. — Mesmo?

— Mesmo. Eu ainda não sei como farei para entrar. Mas decidi dar uma chance.

— Não importa. Você vai entrar, Olivia! Você faz pesquisa científica! Quantas garotas da nossa idade você conhece que faz pesquisas?

— Eu não conheço muitas, mas sei que elas existem, certo?

— Quem se importa com elas?

— Stanford! — Eu digo, indignada, enquanto Seth sorri ainda mais. — Stanford se importa.

— Você vai fazer com que eles esqueçam todas as outras. Não, é sério. Estou dizendo isso por experiência própria. A minha proposta ainda está de pé. Se não conseguirmos a viagem de formatura... Levo você.

— Obrigada.

Abraço Seth de volta. O modo como suas mãos afagam minhas costas desestabilizam os meus níveis de endorfina. Deito minha cabeça em seu ombro e fecho os olhos no momento em que ele chama pelo meu nome.

— Já que está aceitando Stanford, você poderia aceitar namorar comigo, não?

— Tá brincando? — Empurro uma risada desconfortável para dentro.

— Não estou brincando, Olivia Wilder. — Ele diz suavemente, me abraçando mais forte. A mesma sensação que me acometeu no corredor do borboletário no baile de primavera me atinge. Eu sinto como se elas estivessem presas dentro de mim. — Então, você aceita?

Estou com um sorriso pateta no rosto assim que Seth dá um passo para trás e me contempla. Ele sorri de um jeito nervoso, estendendo a mão e brincando com a cortina que minha franja forma acima dos meus olhos. Não faço ideia de como responder a um pedido de namoro, então mexo os ombros, relaxando meus braços sobre os ombros dele e unindo minhas mãos.

— Pode ser, então.

Seth levanta uma sobrancelha.

— Deus, você é terrível! Eu vou relevar porque hoje é um dos melhores dias da minha vida.

— Obviamente porque eu acabei de aceitar você. — Eu digo, franzindo a testa tendo um rubor percorrendo o meu rosto. — Seu aniversário e o seu título estão descartados.

— Vamos dizer que é uma grande união de fatores. Mas você é a melhor parte.

— A única parte! — Insisto. 

— Está certo, Olivia! A única parte! 

Seth desliza um dos braços de mim e alcança meu queixo. Seu beijo é lento dessa vez, o que torna tudo ainda mais doce. Meu coração infla com os efeitos que a sua língua contra a minha causam. Ele vira o meu rosto suavemente para o lado, encaixando nossas bocas de um jeito que posso sentir toda a maciez de seus lábios. Acho que gemo e suspiro tudo ao mesmo tempo, o que o faz sorrir.

Não o deixo escapar, no entanto. Acho que Seth nem pensa na possibilidade de se afastar quando eu agarro os cabelos macios dele. Suas mãos descem até o meu quadril e ele empurra o meu rosto novamente, pressionando minha boca pelo outro lado.

Posso dizer que agora conheço o verdadeiro beijo inglês, se é que ele existe. Gosto de acreditar que sim. Embora eu tenha uma certeza profunda de que aquele beijo é só de Seth Rowan. E não existe em nenhum outro lugar do mundo.

Sou eu quem está na direção na volta para Seven Heavens. Não era muito seguro deixar Seth dirigir depois de ter ganhado algumas canecas de chopp no Louie por causa de seu aniversário. Embora ainda seja ilegal, por ele ter feito dezoito anos, acho que o momento de euforia fez com que o barman se esquecesse disso.

E ele parece sonolento no banco ao meu lado. Considerando que nenhum de nós dormiu por muito tempo nos dois últimos dias, eu estou preocupada sobre não apagar no volante também.

A música no rádio me ajuda a ficar em alerta, no entanto. Nada das playlists de isca de Carson. Estou trafegando por estações de rádio, mas a frequência falha em diversos pontos da estrada. E eu perco Seth para o chiado das músicas abafadas pela estática. Quando olho rapidamente para o lado, ele está dormindo.

Eu sinto que ele não tenha recebido nenhuma ligação de Carson ou do pai. Mas imagino que eles chegarão com boas notícias assim que amanhecer. Talvez tenham um jeito diferente de comemorarem aniversários. Ou simplesmente deixam passar e tudo bem. Porque Seth não pareceu muito incomodado com isso. Ele não reclamou em nenhum momento de ter sido, ah, esquecido.

Começo a cantar baixinho, batucando os dedos no volante e forçando meus olhos na estrada. Minhas articulações doem e meus músculos estão dormentes. A estática interrompe All of the Stars e a voz de Ed Sheeran morre no meio de um chiado ruim.

Troco a frequência e caio na estação da rádio fantasma. Ainda não temos a estabilidade das ondas do rádio. Mas significa que estamos chegando em Seven Heavens. A cada quilômetro, a música fica mais limpa. E, para minha surpresa, a seleção de músicas novas está tocando novamente.

Eu puxo o meu celular do porta-copos e procuro pelo nome da primeira música. They got, como eu imaginei. Mas não consigo entender por que um grupo de hip-hop de Nova York chamado Non Phixion está na programação. Ninguém em Seven Heavens conhece esse tipo de música.

E eu sei que é absolutamente errado, mas assim que They Got acaba e a próxima música começa, seguro o meu celular mais uma vez e pesquiso a letra. A música é de uma cantora pop de Nova Jersey chamada Erin Bowman e se chama Your Mother. É uma canção triste e visceral. Não consigo associar as duas músicas, o que me deixa ansiosa.

Assim que a terceira música começa, digito a letra rapidamente no buscador. Se chama I Tried e pertence a uma cantora britânica chamada Lucy Rose. Novamente, completamente estranha para Seven Heavens. Olho rapidamente para a estrada antes de verificar a tradução da música. Não há nada nela que indique alguma coisa semelhante às outras duas novas músicas.

Eu devo estar enlouquecendo. Balanço a cabeça para afastar o sono e descanso o celular no meu colo.

— They got... Your mother. I tried. — Eu repito em voz alta. — Eles pegaram... Sua mãe. Eu tentei.

É como se o meu cérebro despertasse de um sono de séculos. I Tried termina e uma música com uma batida pop começa. Busco meu celular novamente, pesquisando a letra. É de uma ex-participante do The X Factor chamada Carly Rose Sonenclar. Mas o que me chama atenção é o nome da música: warned you.

— Eles pegaram... Sua mãe. Eu tentei avisar você. É isso!

Alguém está mandando um recado para Seth através da rádio fantasma!

Uma luz intensa bate contra o meu rosto de forma repentina. Minhas órbitas saltam, mas não enxergo nada além do clarão. O urro de uma buzina comprime meus tímpanos ao mesmo tempo que ouço a voz de Seth gritar.

— Olivia, cuidado!

É instinto que faz com que eu gire o volante para o lado contrário. Os pneus do carro derrapam e o lado direito se eleva do chão, empurrando o veículo para cima e depois para baixo em um giro de 180 graus.

Quando a parte de cima se choca contra o asfalto, sinto o metal comprimir o alto da minha cabeça com um baque que me ensurdece. A gravidade me dá outro solavanco, deixando que eu perceba que estamos girando mais uma vez. Minha cabeça bate novamente na lataria prensada e eu apago instantaneamente.

Não consegui dizer à Seth que descobri sobre sua mãe. Não consegui sequer olhar para ele uma última vez. No meio da escuridão que me engole, só consigo me perguntar uma última vez se ele está vivo.

Não obtenho nenhuma resposta.

Não obtenho mais nada.

Fim do Primeiro Livro

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