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— O cloro da piscina sempre deixa seus olhos tão vermelhos.

Ela esfrega a toalha na cabeça da criança de cabelos negros e olhos azuis. Ela esfrega de novo e de novo e de novo até o menino protestar que seus cabelos estão sendo arrancados.

A mulher com cabelos tão negros quanto os da criança sorri para o mau humor do filho. Ele sempre amou a piscina. Para ele era sempre cedo demais para sair da água.

Mas agora era tarde demais para sair, pensou.

Tarde demais para se ouvir as sirenes, sabia-se.

Tarde demais para debruçar sobre a criança e fazê-la cuspir a água com cloro que deixava seus olhos vermelhos, disse-lhes.

Mas eles continuaram a bombear, de novo e de novo e de novo enquanto o corpo pequeno e inerte perdia cor a cada segundo.

Mas era tarde demais.

Muito tarde para voltar atrás e dizer não ao menino.

Tarde demais para se impedir de tomar o último gole, de dar um passo para trás e se impedir de tropeçar e cair no esquecimento.

Por que nem mesmo uma garrafa inteira faria esquecer os gritos e do seu arrependimento.

E nem mesmo todo uísque impediria de reviver esse pesadelo de novo e de novo e de novo noite após noite.

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Albert, seriamente, estava pensando em sugerir uma promoção a Olivia.

Ela se saiu muito bem em se esconder do faro de Samanta.

— Capítulo um e dois estão prontos. – Ela disse num to sussurrado.

— Quando ela terminou os capítulos?

— Faz dois dias.

— Ótimo. – Ele diz e encerra a ligação.

Então ela não faz ideia de quem pediu o livro. E muito menos Samanta aparentemente. Se soubesse já teria dito a Louise. 

Samanta havia tentado fazer um interrogatório sobre o interesse dele em Louise, porém, facilmente ele havia contornado suas perguntas e suas preocupações com sua amiga. E Albert não tirava sua razão. Talvez ela devesse mesmo se preocupar. Talvez suas preocupações com Louise não fossem tão infundadas assim, pois nem ele sabia quais eram suas reais intenções quando havia exigido conhecê-la.

Louise, sua calamidade pessoal... Se ela já não fosse tão arredia do jeito que é, Samanta já a teria alertado sobre Albert. Ela sempre foi muito protetora com tudo que amava.

Tudo o que Albert havia feito até agora era tirar proveito de algo que Louise não fazia ideia de quão valiosa era: sua voz.

Sem que Louise tivesse qualquer ciência do que e para quem fazia essas gravações, satisfazia uma necessidade em Albert que ele não sabia que existia. Ou melhor, ele sabia que esse tipo de necessidade existia só a aceitava de bom grado ou então a ignorava na maior parte do tempo.

Por alguns instantes Albert se vê relembrando seu último e, talvez único, relacionamento duradouro. Ele havia procurado algo que o deixasse satisfeito, não em um sentido romântico e sentimental, não acreditava em nenhuma dessas coisas, mas de companheirismo e isso quase o levara ao altar, para que no segundo que seus olhos se tornaram inúteis, ele finalmente perceber que, só por que brilha não significa que seja ouro.

Então o que eu quero de Louise? Ele se perguntou. E pela primeira vez, ele viu falhando na  lógica fria a qual sempre recorria, pois nenhuma resposta conclusiva e aceitável a seus padrões lhe veio à mente.

Por isso talvez Albert devesse a Louise um alerta da sua perseguição. Ele não sabia o que estava fazendo.

Albert bufou de frustração.

— Onde estou indo com tudo isso? – ele murmurou sozinho no seu quarto.

Sua governanta bate na porta antes de enfiar a cabeça pela fresta.

— Telefone.

— Quem é e o que quer? – Albert não estava com paciência para ficar ao telefone, tinha questões mais importantes para resolver na sua cabeça.

— Hélida, e ela disse que seus exames estão prontos.

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— Mirian esse não é o único café da cidade! – Louise nem a tinha encontrado pessoalmente e já estava com sua paciência sendo testada.

— Mas esse é o que mais gosto e é o melhor, portanto vamos nesse.

A conversa foi como sempre tinha sido entre elas. Um pouco de estresse e competição. Se fossem homens seria uma clara competição de quem urina mais longe. Mas por mais que não fosse saudável, parecia funcionar, pois as duas eram sócias a mais de quatro anos. 

Por fim Louise desiste e a deixa escolher onde seria a reunião. Tinha batalhas muito maiores pela frente. Ela já estava a caminho do Starbucks, quando Mirian decide ir até o Root’s Café. Louise bufa, mas não reclama e encerra a ligação.

Do ponto que Louise estava para chegar ao Root’s tinha que atravessar três quadras de obras, pedestres enlouquecidos com as compras de natal, e motoristas que fingiam que não sabiam que estavam na contramão, só para fugir do caos. Louise iria matar Mirian. Não tinha escolha. Tinha que pegar um taxi. Ela acena para um dos taxistas parados no ponto, mas nenhum deles consegue ver ou ouvi-la.

— Droga.

Assim que Louise começa ir de encontro a eles, algo do outro lado da rua chama sua atenção. Havia um homem alto com roupas largas conversando com uma garota vários centímetros mais baixa que ele. Eles estavam próximos demais um do outro com várias pessoas tendo que contornar os dois. Como se sentisse que estava sendo observado, o homem alto ergue os olhos até Louise.

Ela não tinha percebido que tinha diminuído o passo para observar os dois. Agora, recebendo o olhar fixo do homem, ela para completamente, estreitando os olhos para o homem que continua a encará-la.

O guarda de trânsito escolhe esse exato momento para fazer o uso do seu apito tirando Louise do transe e liberando o trafego. Quando um ônibus duplo passa na sua frente, bloqueando sua visão por mero três segundos, como numa cena de filme, o homem havia sumido e a garota também não poderia ser encontrada.

Louise sacode a cabeça franzindo a testa e segue com seus passos em direção aos taxistas. Depois que entra no carro ela fecha as duas janelas escurecidas pelo fumê.

Devo estar ficando paranoica... Pensou ela enquanto o motorista entrava no trânsito. Só porque Mikael costumava me cercar por todos os lados não significa que tenho que ficar imaginando ele em todo lugar. Ela revirou os olhos para si mesma.

Vinte e cinco minutos depois de um engarrafamento infernal, o táxi para em frente ao Root’s. Antes de entrar, Louise avista os cabelos cor fogo de Mirian. Ela atravessa o salão já sentindo os olhos azuis incandescentes mirando-a como um laser no meio da sua testa.

E lá vamos nós.

— Nossa... você poderia se atrasar mais um pouco. – Ela disse erguendo sua sobrancelha alaranjada.

— Ah... Acho que vou me mudar.

— Para onde? Por que esse assunto agora?

— Vou me mudar para o mesmo país que você, já que lá não existe engarrafamento. E não tenho culpa que você chegou cedo.

— Diz Louise olhando para o seu Rolex — Estou no horário.
Ela solta risada de escárnio — Você é tão engraçada. Agora senta aí e vamos começar logo isso.

Elas foram passando por todos os pontos da reunião, discutindo principalmente os lucros da agência Model Milan que pareciam só aumentar. Elas falavam do faturamento final do ano e as provisões para o ano seguinte quando Louise achou a brecha perfeita para abordar o assunto com Mirian.

— Tem um ponto que devemos discutir que não está na nossa pauta.

— E qual é?

— Eu pensei em fazer um investimento com esse capital final extra que nos tivemos.

— Quanto que isso vai nos trazer de retorno? — Com Mirian era tudo uma questão de números, o mesmo que para Louise era uma questão de feeling. Então ela teria que por isso em números para fazer a sua cabeça, por mais que não seja esse seu verdadeiro objetivo.

— Bom, na verdade o nosso retorno não será em dinheiro vivo. – Mirian franziu a testa, já num sinal negativo.

— Desembucha Louise.

— Eu quero investir em uma instituição especializada em ajudar pessoas deficientes visuais. – Louise diz analisando bem a expressão da sua sócia.

O rosto de Miriam pareceu se tornar mais fechado.

— Qual instituição? — Ela perguntou olhando para o tampo da mesa entre elas.

— Visão do Sol. Você conhece?

Mirian parece se empertigar mais no seu acento e dar um suspiro um pouco trêmulo. Louise estreita os olhos. O que está havendo? Ela não quer ajudar? Ela não é tão mesquinha assim. Louise pensou.

— Não, não acho que conheça.

— Bom, apesar desse não ser o motivo principal de eu querer ajudar, isso vai trazer uma boa publicidade para Milan.

— Há quanto tempo você conhece essa instituição?

— Desde o inicio... Samanta e eu somos amigas há anos. Ela é a principal dona, mas ela tem outro sócio.
Mirian olha nos olhos de Louise.

— Quem é o outro sócio?

— Albert Sanderson – Ela diz como se tivesse espremido limão em sua garganta.
Samanta tinha ligado para Louise para saber mais detalhes do último combate entre ela e Albert. E Louise, curiosa, também tinha feito algumas perguntas.

— E por que diabos ele estava no seu escritório?
Samanta soltou um suspiro.

— Porque nos estávamos tendo uma reunião. Albert é meu sócio.

— O que?

Samanta tinha afastado o fone do ouvido com sua voz estridente ecoando nos ouvidos como um sino.

— Como assim? É ele o seu socio?

Samanta soltou outro suspiro.

— Ele praticamente fundou esse lugar. Eu dei a ideia e ele investiu. Conhecemo-nos enquanto estava no hospital em uma das consultas de Gabriel.

Louise estava estupefata.

— Louise, tenho quase certeza que lhe disse isso em algum momento.

Ela não conseguia se lembrar se ela também havia mencionado que seu sócio era um idiota. Bom, ela pensou. Ao menos ele não era um idiota completo se investiu em uma causa tão nobre quanto essa. Ponto para você panaca.

Mirian observa bem o tom de voz de Louise e sua expressão meio azeda ao falar de Albert.

— Tudo bem. Estou de acordo em investir se você também estiver.

— Sério? Quero dizer claro... Já considere feito. – Louise estava um pouco surpresa por ela ceder sem ver os números primeiro. Porém, estava muito satisfeita consigo mesma.

— Bom, na verdade vou deixar isso totalmente por sua conta. Só me mantenha atualizada do que você decidir. 

— Claro! Então acho que terminamos por hoje. – Louise estava exultante.

Mirian confirma com a cabeça e as duas terminam seu café trocando amenidades pacificas.

Depois de Louise deixar o Root’s, Mirian continua perdida em seus pensamentos. Ela estava agradecendo aos céus por Louise ter deixado esse assunto fora da pauta. Ela não teria sido capaz de se concentrar em outros pontos da reunião depois de falar sobre o Visão do Sol. Ela havia se esforçado para mascarar suas emoções quando o nome Albert foi posto entre elas. Para Mirian tinha sido mais fácil mentir sobre o Visão do Sol do que dar explicações sobre como conhecia Albert.

Ele representava uma falha na sua vida. E como toda falha que cometia, merecia ser deixada para trás e era melhor não aprofundar o assunto. Ele era assunto encerrado e enterrado. Ela pensou com altivez. Pelo menos era o que achava que ele era na sua vida.

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Oi!
Uma dica para quem leu esse capítulo: atenção aos detalhes, guarde-os bem, nem tudo é o que parece ;)
Obrigada por ler, vocês são maravilhosos

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