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Capítulo 18. Sala de espera.

A sala de espera onde Íris e Patrícia estavam sentadas pareciam um lugar perfeito, com sofás brancos e almofadas coloridas que davam um toque aconchegante ao ambiente. Havia um lindo jardim de inverno repleto de plantas, e um sino dos ventos tocava sempre que uma brisa passava por ali. No entanto, mesmo com toda a beleza ao seu redor, Íris ainda conseguia sentir o cheiro de hospital que impregnava o ar.

Ela não conseguiu deixar de olhar para seus próprios pés, como se estivesse tentando se concentrar em algo que não fosse a angústia que a consumia. A espera por notícias era insuportável, e o tempo parecia passar lentamente. Carlos havia ido até a sede para interrogar testemunhas e buscar informações que pudessem ajudá-los, enquanto Patrícia estava ali, ao lado de Íris, tentando confortá-la.

As horas pareciam se arrastar, e já faziam mais de 16 horas que elas estavam naquela sala de espera. Íris sentiu-se exausta e com um nó na garganta, tentando controlar a ansiedade que a consumia. Tudo parecia tão incerto e assustador, como se o mundo tivesse parado e ela estivesse presa em um limbo de emoções. Mas ela sabia que precisava se manter forte e esperançosa, por Oliver e por si mesmo.

— Íris, você não quer ir pra casa? — Patrícia perguntou olhando para Íris.

— Estou bem.

— Eles não vão liberar visitas ainda.

— Eu espero.

Naquele momento, Íris estava sentindo um grande peso em seu coração. O corpo inteiro dela estava entorpecido devido ao choque da situação. Ela se sentiu profundamente culpada por não ter acompanhado Oliver na ambulância, questionando a si mesma se essa ação simples teria mudado alguma coisa.

As imagens e cenas do ocorrido estavam constantemente surgindo, como se tivessem tatuadas em sua mente, torturando-a sem piedade. A lembrança de Oliver deitado no chão, ensangüentado, lutando pela vida, enquanto ela impotente observava tudo aquilo, deixou-a em estado de completa agonia.

E não era só isso, além da situação apavorante que Oliver passou, ela ainda teve que lidar com o fato de ter tirado a vida de uma pessoa. A confusão e a culpa que sentia em relação a esse ato eram difíceis de suportar. Ainda que tenha agido para proteger a todos, como poderia entender e aceitar o fato de ter tirado uma vida humana? Era uma questão difícil que a deixava abalada e angustiada.

— Íris?

— Sim.

— A irmã do Oliver está chegando. Ela demorou pois não tinha com quem deixar a Juju.

Íris olhou para o relógio de pulso, os ponteiros marcavam 17 horas da tarde, mas para ela, parecia que havia entrado em um buraco negro onde o tempo passava de forma distorcida e imprevisível.

Era difícil lidar com essa situação. Ela sabia que Oliver havia matado alguém, mas ela também sabia que ele havia feito isso para proteger a todos. Como explicar isso para si mesmo, como entender essa complexidade de sentimentos e situações?

Enquanto ela tentava processar tudo isso, Patrícia acenou para Gabi que estava chegando para visitar o irmão. Gabi estava vestida de preto, o que fez Íris lembrar do clima sombrio que pairava sobre todos eles, parecia mais afobada do que o normal, talvez ela também estivesse lidando com seus próprios demônios internos.

— Olá — Ela chegou me cumprimentou ambas

— Gabi. Como você está?

— Confusas e ansiosa. Íris você fez muita falta, Juju não queria voltar as aulas por que você não estava lá.

Íris olhou para Gabriela e sentiu uma onda de gratidão e alívio se restringiu pelo seu corpo. Ela sabia que podia contar com a irmã de Oliver em momentos difíceis como aquele. 

Gabi parecia cansada, mas ainda assim, ela mantinha um sorriso gentil no rosto. Era como se a sua presença ali pudesse acalmar Íris e fazer tudo ficar um pouco mais fácil. Oliver sempre dissera que Gabriela era uma rocha, uma ilha, uma fortaleza inquebrável. E agora, mais uma vez, ela estava ali firme e forte, mesmo que por dentro estivesse despedaçada.

Ainda assim, Íris sabia que Gabriela estava lidando com uma situação de uma maneira muito diferente dela. Enquanto Íris se sentia culpada por não ter acompanhado Oliver na ocorrência, Gabriela parecia estar mais preocupada com o bem-estar dos outros do que com o seu próprio. Íris sabia que havia muito mais por trás daquela máscara de força e coragem que Gabriela usava para esconder suas emoções.

— Lamentou, não era a minha intenção.

— Eu recebi uma ligação, alguém falou com você?

— Não.

— Ele estava com hemorragia quando chegou e estava preocupado com oxigênio no sangue. A febre dele estava muito alta. Ele teve seis costelas quebrado e o pulso quebrado. Fizeram uma toracoscopia nele.

— Por que? — Iris perguntou nervosa, seus olhos estavam cheios de lágrimas

— Eu não entendo gírias de médico, sei que houve um colapso parcial do pulmão.

— Oh meu Deus — Iris sentou novamente, sentiu suas forças se indo.

— Ele não corre perigo, não se preocupa.

Íris sentou-se na cadeira com as mãos cobrindo o rosto. Ela se sentia completamente vazia, como se tivesse perdido a conexão com o mundo exterior.

Gabi saiu correndo da sala, deixando um rastro de preocupação para trás. Ela precisava falar com os médicos, mas também tinha outras obrigações que não podia deixar de lado. Julieta não sabia da situação e precisava ficar com sua filha, já que Renan estava viajando a trabalho.

Patrícia se sentou ao lado de Íris, compartilhando o silêncio pesado que pairava sobre a sala de espera. As duas mulheres aguardavam notícias, mas o tempo parecia ter desacelerado, tornando a espera ainda mais insuportável.

Íris sentiu uma onda de tensão percorrendo todo o seu corpo quando a enfermeira se aproximou. Ela sabia que aquela mulher trazia consigo informações cruciais que poderiam mudar o rumo de tudo. Suas mãos tremiam enquanto ela aguardava pelo veredicto.

A enfermeira parecia hesitar antes de começar a falar, mas logo explicou a situação atual do estado de saúde de Oliver. Íris não acreditou no que estava ouvindo, sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. As palavras da enfermeira pareciam voar por cima de sua cabeça, sem que ela conseguisse assimilá-las.

— Ele está bem.

— Ele acordou? — Iris perguntou após se levantar rapidamente.

— Ainda está sedado, recomendo que vocês vão para casa, ele vai demorar para acordar.

— Obrigada. — Patrícia agradeceu, Íris não disse nada

Com muito esforço, Patrícia conseguiu persuadir Íris a deixar o hospital e voltar para a casa de Oliver. Observando a moça no caminho de volta, ela se sentia profundamente preocupada com a amiga. Íris parecia completamente desligada do mundo, no piloto automático, com uma expressão vazia que não mudava, mal respondendo quando alguém falava com ela. Patrícia se identificava com a dor que Íris estava sentindo, pois também havia passado por uma grande perda com a morte de Luan. Ela sabia que cada um tinha uma forma única de lidar com a sua dor, mas ainda assim, ela se perguntava como poderia ajudar Íris a superar essa fase tão difícil.

— Esse lugar tem o cheiro do Oliver — Ela disse se sentando no sofá.

— Está com fome?

— Não.

Íris caminhou até o sofá e se jogou nele, exausta após tantas horas de angústia e preocupação. Ela olhou ao redor da sala, seus olhos se fixaram na parede cinza clara, mas sua mente estava em outro lugar, revivendo tudo o que tinha acontecido. Ela abraçou a almofada, sentindo seu cheiro familiar e reconfortante, e fechou os olhos. Sua respiração ficou mais lenta e profunda, enquanto seu corpo relaxava lentamente. Aos poucos, ela se deixou levar pelo sono, deixando para trás todas as preocupações e incertezas.


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