cap 9
Quando o Peverell sumiu de vista, os dois sextos anos voltaram a falar.
- Abraxas. – Chamou Riddle, observando a lareira crepitante enquanto o outro se aproximava.
- O que deseja, meu lorde?
- Consiga os nomes dos grifinórios que atacaram Hadrian, e toda a informação que puder sobre Peverell. – Ele deu uma pausa, voltando-se para o platinado. – Não deixe vestígios.
- Sim, meu lorde.
Quebra de tempo
Pergunte a qualquer um sobre o mais condecorado professor de Hogwarts, e eles o diriam que Albus Dumbledore é um homem poderoso e de bom caráter. Quem dera fosse verdade, mas máscaras não funcionam assim, às vezes, quando você finge ser algo, mente para todos e para si mesmo, ao ponto de que não se conhece mais, que não consegue ter plena certeza, mas mentiras assim não se tornam verdades, e Albus Dumbledore não era exceção.
Ele era manipulador, obsessivo por influência e, sem dúvidas, sádico. Os jornais, no entanto, o retratavam como uma espécie de herói bom e gentil, mesmo que ainda não houvesse feito nada realmente relevante, a não ser que consideremos a propagação da crença "claro: bom, escuro: ruim" que, sinceramente, era apenas mais uma regressão para a Comunidade Mágica da Grã-Bretanha.
Esse homem-não-tão-perfeito observava, durante o café da manhã, a mesa da Sonserina, um aluno em particular tinha seu interesse.
Harry James Peverell Griffyndor Mortemis
Um nome quase tão grande quanto o seu, mas com nomes de famílias antigas, ricas, poderosas.
Famílias não vistas a décadas, uma delas a séculos.
Quem esse menino realmente era? Sendo um Peverell, ele possuía as relíquias? Por que foi a Hogwarts só agora? Como estava na Sonserina, sendo um Griffyndor? Perguntas demais para citar em meros pensamentos.
Mas ele descobriria, óbvio que o faria! Ele era Albus Percival Wulfrico Brian Dumbledore, o homem mais poderoso que já pisou em Hogwarts!
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Enquanto Peverell resmungava internamente sobre sua noite mal dormida, o salão principal foi tomado pelo barulho do vôo das corujas.
Boa parte delas foram para a mesa da Sonserina, e uma pequena pilha de cartas caiu no prato de Harry.
Franzindo o cenho em confusão, ele pegou os quatro envelopes.
A primeira era de um Rosier do qual ele nem se lembrava, e ele leu metade da carta chocado.
- Mas o quê...? - Haviam lhe enviado uma proposta de casamento?
Alya, que parecia ter lido também, fez uma expressão risonha.
- Rosier lhe pediu em casamento, é isso? – Riu ela. – Não é realmente inesperado, eles estão perdendo influência nos últimos anos e enviam propostas para boas famílias quase que compulsivamente. – Voltou a comer seu café da manhã enquanto o de olhos verdes colocava a carta de lado, indo para as outras duas.
Uma de Gringottes, outra de um certo professor de transfiguração.
Suspirou, já estressado, e abriu o envelope com o selo de Hogwarts.
Carta
Olá, meu menino.
Um passarinho me contou que, na última tarde, ouve um incidente envolvendo você e cinco grifinórios. Eu gostaria que conversássemos sobre isso esta noite. Venha a minha sala de aula as 20:00.
Gosto de gotas de limão.
Atenciosamente
Professor Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.
Fim da carta
- A Cabra Velha é um legilimente ou algo do gênero? – Questionou ele para ninguém em específico, o grupo inteiro parou de conversar e olhou para si, Abraxas se esforçou para não cuspir o suco em Theodore, que estava ao seu lado.
- Sim, Dumbledore costuma tentar invadir nossas mentes, normalmente em sala de aula. – Respondeu Tom, Harry o olhou interrogativamente.
- Ele tentou invadir sua mente? – Perguntou o Malfoy, se recuperando. Peverell apenas assentiu.
- Na minha última aula, mas aparentemente ele vai querer forçar minhas barreiras. – Disse gesticulando para a carta em sua mão. – Eu devo ir a sua sala de aula para conversarmos sobre o Incidente dos leões covardes. – Suspirou.
- Isso é ruim. – Theodore se pronunciou.
Peverell suspirou e seus ombros caíram, numa tentativa de aliviar a tensão que sua máscara não demonstrava. Em seguida, ele levantou a cabeça e deu um pequeno sorriso, logo em seguida perguntando:
- Então, quem se candidata a ser meu respeitável guia por esse castelo mal assombrado enquanto bloqueia os ataques mentais do diretor nos meus escudos pouco experientes? - Ele questionou, logo adicionando. – ... Eu estarei em dívida com esse incrível bruxo e o recompensarei com qualquer coisa ao meu alcance não prejudicial a mim, incluindo ensinar feitiços desconhecidos por essa terra inglesa de magia leve. – Sussurrou a última parte, e então viu o interesse se formar nos olhos dos sonserinos.
- Bom, acho que todos concordamos que eu- Abraxas foi cortado por Riddle, pareceu um tanto irritado pela interrupção, mas ficou quieto.
- Irei fazê-lo. – O de olhos azul escuros falou calmamente.
Um silêncio se seguiu, mas logo foi quebrado.
- Ótimo, senhor guia, estarei te esperando na sala comunal as 19:40! – Se levantou não esperando resposta. – Depois conversamos sobre o que quiser de mim. – Acenou e foi em direção a saída do salão principal, alguns olhares o seguindo.
- Eu vou cobrar isso, Peverell. – Sussurrou Tom, mais para si mesmo do que para o outro.
Dito e feito, quando o relógio se aproximou do horário marcado, ambos saíram da comunal.
Enquanto andavam, Harry tentava puxar assunto.
- Qual sua cor favorita? – Questionou fingindo desinteresse. O maior o deu um olhar que só poderia ser decifrado como "você realmente me perguntou isso?"
- Verde. – Respondeu.
- Hum, verde é legal. – Disse o menor bocejando.
- Chegamos. – O de olhos azul escuros palestrou, observando a entrada dos aposentos do velho. – Alguma exigência a fazer além de proteção contra legilimencia? – Questionou.
- Se ele conseguir, me tire de lá imediatamente. – Proclamou sério.
Riddle arqueou uma sobrancelha.
- Você me ofende, Peverell, eu nunca falho em serviço. – Disse num tom aveludado.
- Estou contando com isso. – Respondeu um pouco mais baixo que o habitual, batendo três vezes na porta dos aposentos, que se abriu segundos depois.
Quando Hadrian entrou na sala, com Tom logo atrás, Dumbledore os cumprimentou.
- Olá meu garoto. – Falou se dirigindo para o de olhos esmeralda. – Tom. – Acenou com a cabeça. – Harry, por favor sente-se. Obrigado por acompanha-lo até aqui, Tom. - Dispensou-o.
- Na verdade, professor Dumbledore, estou aqui a pedido de Harry, ele ainda não consegue se locomover pelos corredores de Hogwarts. – O sonserino foi em direção a uma das cadeiras que se localizavam em frente ao homem, Peverell juntou-se a ele, sentando-se ao seu lado.
- Gota de limão? – O mais velho ofereceu, recebendo um acenar negativo dos outros. – Bem, Harry, estamos aqui para conversar sobre o pequeno incidente na tarde de ontem. Vou direto ao ponto. Por que motivo atacou os grifinórios? – As tentativas de entrar na mente do convidado começaram.
Desviando o olhar para suas mãos agitadas, Hadrian direcionou sua magia para os escudos, sentindo o auxílio do companheiro de casa em seus olhos.
- Eu havia acabado de sair de minha aula de criaturas mágicas quando, no caminho da biblioteca, me deparei com eles apontando suas varinhas para um primeiranista. Atordoei dois dos cinco antes de me por na frente do primeiranista, que correu e chamou ajuda. Antes que o monitor chegasse, atordoei outros três antes de ser atingido por algum feitiço do qual não me recordo, e desmaiei. – Terminou sua explicação, sentindo sua cabeça latejar, mas não ser invadida.
- Você tem certeza de que representavam perigo ao primeiro ano? Poderiam estar só ajudando-o. – Disse com uma expressão compreensiva.
- Então para que cercá-lo? – Sua cabeça doeu mais com a súbita mudança de sentimentos, seus escudos se enfraqueceram novamente.
Ele sentiu uma mão em seu ombro, só tendo percebido agora que Riddle havia se levantado. Droga, sua cabeça parecia começar a girar.
- Professor, eu acredito que Hadrian precise ir, ele me disse antes mesmo de virmos que estava com dor de cabeça e que não conseguiu dormir na última noite, e está claro que ele não fez nada de errado. – Fez sinal para o de olhos verdes se levantar e o guiou para mais perto de si, servindo de apoio. – Caso julgue necessário, interrogue nosso primeiranista.
O mais velho suspirou.
- Entendo, boa noite, meus garotos.
Despediram-se do velho e saíram da sala. Quando viraram o corredor, Harry se afastou de Tom, recusando o apoio confortável enquanto bocejava a cada momento. Não era por conta de uma dor de cabeça sangrenta e uma noite mal dormida que ele iria demonstrar fraqueza.
- Obrigado. – Disse entre mais um bocejo. E ele sentiu a mesma magia confortável do outro dia o rodear. – Amanhã falamos sobre o que vai querer em troca, mas nada prejudicial a mim. – Sua voz morreu ali, e Tom observou seus olhos piscarem de forma sonolenta.
Quando chegaram a entrada da sala comunal, o mais velho proclamou a senha e foi possível ver as paredes verdes ao fundo, estava silencioso, ninguém além deles dois ocupava a sala.
- Boa noite Tom. – Falou grogue de sono, indo na direção das escadas.
- Boa noite, Hadrian.
------------------------------------- Notas da autora
Desculpa pelo atraso!
O capítulo ficou bem curto, eu pretendia deixá-lo maior, mas não sabia o que adicionar, então foi isso!
Espero que tenham gostado, desculpa pelos erros. Por favor comentem críticas construtivas.
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