Capítulo 6
Harry está na torre de astronomia observando a Lua e as estrelas, quando uma menina de longos cabelos loiros passa por ele, com lágrimas em seus lindos olhos azuis, ela começa a andar pelas beiradas do lugar, se sentando nos corrimões, observando a Lua e indo até o limite entre a segurança e a morte, depois disso, ela sussurra algo e pula.
Depois de perceber que aquilo havia sido um sonho, Harry lança um tempus sem varinha e percebe serem 05:30AM, ele sai da cama, faz suas higienes , coloca seu uniforme e depois decide acordar os outros dois.
Ele vai com as pontas dos pés até a cama de Tom. – Ele fica mais bonito com essa expressão serena.– Pensou, logo ele começa a cutucar a bochecha do outro.
– Tommy, está na hora de acordar. – Ele sussurra, o maior começa a abrir as pálpebras e percebe Harry.
- Bom dia. – Fala Harry.
- Bom dia. – Diz o outro, com a expressão não mais serena, mas sim séria.
O menor se afasta e se põe na frente da cama de Abraxas, pensando em qual seria a melhor maneira de o acordar, ele sorri e lança um feitiço silentiun no quarto, logo lançando um sonorus em si mesmo.
- ABRAXAS!! SAIA DESSA CAMA ANTES QUE EU O AMALDIÇOE. – Harry falou imitando uma voz feminina.
Abraxas pula da cama e começa a olhar ao redor. – Onde está minha mãe? – Ele pergunta. – Tenho certeza de que a ouvi.
- Abraxas, o que está fazendo? Não sou sua mãe, mas se não levantar logo vai se atrasar. – Fala com um sorriso maroto, observando com diversão o desespero do menino. – Se for rápido, eu te espero. – Diz o menor.
- Não precisa me esperar, pode ir. – Disse o loiro correndo para o banheiro.
Tom já estava saindo do quarto.
- Tchau Abraxas. – Harry se despede, indo com Tom ao refeitório.
- Hey Tommy. – Chamou o bicolor.
- Não me chame assim, o que quer? – Perguntou.
- Ainda não tenho minha grade de horários, sabe onde eles entregam? – Questionou brincando com suas mãos.
- O professor Slughurn vai nos entregar hoje no café da manhã. – Os dois entraram no salão e se dirigiram para a mesa verde e prata.
O refeitório estava quase vazio por conta do horário, Harry se sentou à frente de Tom e Abraxas chegou logo depois, se sentando ao seu lado.
- Porque me acordou tão cedo? Ainda nem são sete horas. – Reclamou o loiro.
- Foi minha vingança por você ter roncado hoje de noite, lance ao menos um feitiço de silêncio da próxima vez. – Falou o menor. – Desculpa... Eu não queria... – Harry é tomado por um medo que ele mesmo não conseguia explicar, apertou seu braço e começou a arfar.
- Tudo bem. – Falou Abraxas percebendo o desespero nos olhos do menino. – Mas da próxima vez não me acorde tão cedo.
Depois da resposta do amigo, a respiração de Harry voltou ao normal e ele se acalmou. Abraxas achara isso muito estranho, em um momento Harry estava bem e do nada parecia ter medo de falar algo errado, por hora, decidiu ignorar isso e começou a tomar o café da manhã.
Quando Dumbledore entrou no salão e foi para a mesa dos professores, olhou para Harry, o menino era um Griffyndor e ia para a Sonserina? Como isso era possível? Ele logo seria corrompido pela casa das cobras, se é que ainda não estava.
Percebendo o olhar de Dumbledore em si, o bicolor começa a pensar em como usar isso ao seu favor.
Depois que Abraxas não havia ido embora ou ficado triste, Harry se acalmou, mais alguns Sonserinos vieram para a mesa e decidiu se afastar, um professor começou a entregar os horários aos alunos, com projéteis mortais ameaçando voar segurando sua camisa.
- Sr. Peverell Griffyndor Mortemis? – Chamou o professor, Harry foi timidamente até ele.
- Sou eu. – Falou ao professor. – Pode me chamar de Harry. – Deu um pequeno sorriso, ainda temendo os projéteis mortais (botões).
- Sou o professor Slughorn, essa é sua grade de horários. – O homem estendeu um pergaminho para Harry e sorriu. – Espero grandes coisas de você, Harry. – Falou o professor e chamou Tom.
- O que foi professor? – Perguntou Tom indo até ele com um sorriso simpático, Harry sabia que era só atuação, mas tinha de admitir, Tom era bom nisso.
- Depois do café da manhã, por favor mostre o castelo ao Harry. – Disse Slughorn.
- Sim professor. – Falou o moreno escuro.
Depois disso, os dois alunos saíram do salão.
- Tom, me dê sua grade de horários, quero ver quantas aulas temos juntos. – Disse o menor estendendo a mão, seus olhos focados no pergaminho do outro.
- Pegue. – Falou o maior, estendendo seus horários.
Harry leu e sorriu. – Temos todas juntos, exceto Defesa Contra as Artes da Trevas e Voo (eles vão ter uma aula de voo, porque sim). – Ele devolve o horário do outro.
- Você se inscreveu para a aula de voo? – Perguntou Tom.
- Sim, sempre gostei de voar, mas depois de algumas coisas não sei se conseguiria voltar a jogar por algo. – Respondeu.
- Nunca gostei de voar, pelo menos não em vassouras. – Disse o maior.
- Prefere um tapete mágico? – Harry riu.
- Não, eu prefiro voar sem essas coisas. – Falou com um pouco de raiva.
- Claro, claro, não precisa me mostrar o castelo. – Disse o menor com um sorriso, estava surpreso, será que Tom já conseguia voar apenas com sua magia antes mesmo de terminar os estudos?
- É necessário, se você se perder e se atrasar para as aulas, vai perder pontos da Sonserina, e como todos os outros, queremos ganhar a taça das casas. – Explicou o outro.
- Não precisa Tommy. – Ele suspira. - Eu conheço esse castelo como a palma da minha mão, ao menos a maior parte dele. – Ele faz beicinho.
- E posso saber como conhece Hogwarts tão bem? – Questiona ele com uma expressão de descrença.
- Segredos que talvez eu te conte mais tarde. – Respondeu. – Se for me procurar, saiba que vou estar na biblioteca. – Ele deu um pequeno sorriso e saiu.
---------------- Quebra de tempo --------------------------
Harry estava entrando na sala de DCAT, quando viu Abraxas e se sentou ao lado do mesmo.
- Oi Abraxas. – Sussurrou.
- Oi Harry. – O outro cumprimentou.
Logo a professora entrou na sala e começou sua aula.
- Para os que não me conhecem, sou Janetty Bulclair, hoje, queridos alunos, iremos estudar o feitiço do patrono, alguém pode me dizer o que é um patrono?
Harry levantou a mão.
A professora assentiu com a cabeça, dando permissão para que Harry falasse.
- O patrono é um ser mágico feito de energia positiva que toma a forma de um animal prateado, único para cada bruxo. É a única defesa conhecida contra dementadores, também pode ser usado como forma de comunicação entre os bruxos. – Explicou o menino.
- Muito bem, 5 pontos para a Sonserina. – Disse e depois voltou a explicar. – O feitiço do patrono é um dos feitiços mais difíceis que um bruxo pode aprender, é muito raro encontrar um bruxo ou bruxa com menos de 20 anos que consiga realizar um patrono corpóreo, eu mesma não o consigo manter por muito tempo, hoje irei ensinar o movimento da varinha a vocês, prestem atenção e não fiquem chateados se não conseguirem, vocês devem se concentrar em sua lembrança mais feliz, as palavras de execução são Expectro Patronum, é um feitiço avançado e é necessário prática, se conseguirem uma fumaça prateada, já é um grande avanço. – Falou a professora, depois ela pediu para todos os alunos se levantarem e demonstrou os movimentos da varinha, instruiu todos a tentarem pelo menos uma vez.
A aula já estava acabando quando chegou a vez de Harry, a maioria dos alunos estavam um tanto tristes por não serem capazes de realizar o feitiço.
- Expecto Patronum. – Harry lançou o feitiço e se surpreendeu, o que saíra de sua varinha não era o habitual veado prateado, mas sim uma coruja das neves, que se parecia muito com Edwiges, o menino olhou para o patrono que agora voava ao seu redor, ele sorriu para a coruja e ela se desfez em uma fumaça prateada. Depois ouviu alguns alunos batendo palmas.
- Meus parabéns Sr. Peverell! 20 pontos para a Sonserina. – Falou a professora orgulhosa, que embora chocada, exibia um sorriso encorajador aos alunos.
- Não sabia que podia conjurar um patrono. – Comentou Abraxas, que estava indo com Harry para sua próxima aula.
- Meu patrono... – Harry ainda estava abalado por seu patrono ter mudado para uma coruja tão parecida com Edwiges, estava um pouco triste por não ter mais o mesmo patrono de seu pai, mas ao mesmo tempo feliz, pois se sentia como se reconectasse com a coruja.
- Seu patrono? – Tom surgiu atrás deles.
- Oi Tom, Harry conjurou um patrono corpóreo na aula, mas ele está estranho depois daquilo. – Explicou Abraxas.
- Pode me mostrar seu patrono? – Tom perguntou surpreso, o único feitiço que nunca fora capaz de executar fora conjurado por Harry? Um feitiço tão avançado?
- Talvez depois no quarto... – Disse o menor olhando para baixo, tentando imaginar como iria sair dessa situação.
- Vamos para a aula de Transfiguração, se não vamos nos atrasar. – Falou Abraxas, o bicolor quase o agradeceu, quase.
Harry se sentou com Tom, Dumbledore era o professor de Transfiguração naquela época, isso foi o suficiente para Harry não gostar da aula, sem perceber ele começou a sussurrar xingamentos.
- Algum problema Sr. Peverell? – Perguntou a cabra velha, voltando-se para o menino.
- Nenhum. – Respondeu Harry, tentando manter sua postura sem sair correndo e avançar no pescoço do grisalho.
- Então o senhor poderia transfigurar esse copo a sua frente em um cálice? Também gostaria que transformasse a água em suco. – Falou Dumbledore com um olhar frio, os grifinórios começaram a soltar risadinhas.
- Claro, com ou sem varinha? – Perguntou Harry fingindo inocência.
- Se conseguir, sem varinha. – Agora encarava o menino com desafio.
Harry levou a mão em direção ao copo e o imaginou transformando-se em uma linda taça de prata, com alguns detalhes de cobra entalhados, depois visualizou a água se transformando em suco, após a transfiguração estar completa, Harry abaixou a mão e encarou o professor, os grifinórios não riam mais e quase todos os sonserinos estavam com expressões surpresas ou satisfeitas em seus rostos.
- Pronto professor. – Harry disse satisfeito.
Dumbledore ponderou por um momento. – 10 pontos para a sonserina. – Falou com um sorriso de avô, que ambos sabiam ser falso.
Depois da aula de transfiguração, Harry foi para o lago negro, pensava em qual seria a melhor maneira de vingar-se de Dumbledore, se envolveria mais tortura física ou psicológica, ele o fez sofrer os dois, então por que não dar o troco na mesma moeda? Quando percebeu, já era noite, lançou um tempus e percebeu que iria chegar ao salão comunal depois do toque de recolher.
Harry colocou seus dedos sob a tatuagem das relíquias e logo puxou a capa, ele se cobriu e foi andando rapidamente para dentro do castelo, esgueirando-se cuidadosamente pelos corredores, quando ele estava prestes a chegar no corredor do salão comunal, ele ouve passos e congela, ainda coberto pela capa, ele observa Tom passar a poucos centímetros dele, ele solta um suspiro de alívio.
- Quem está aí? – Tom se vira e começa a andar rápido, sem tempo para reagir, Harry e Tom caem no chão.
Harry solta um gemido de dor. – Olha por onde anda Tommy. – Ele tira a capa, revelando seu rosto que não deveria estar a mais de 5cm do outro.
- O que você...? Uma capa de invisibilidade? – Tom pergunta confuso.
- Herança de família, assim... Eu gosto de homens, mas você não precisa sair se jogando em mim, você pode, sabe, sair de cima de mim, essa posição é meio... – O menor cora.
Tom percebe a posição em que estão e rapidamente sai de cima do outro.
- Quer ir para o domitório? Meu turno já acabou. – Tom fala com um pequeno sorriso, Harry também gostava de homens? Isso poderia ser divertido.
- Claro, vamos. – Harry pega a capa e eles vão até o dormitório. Quando entraram, encontraram um Abraxas pensativo.
- Oi Abraxas, aconteceu alguma coisa? – Perguntou o bicolor.
- Sim, recebi a notícia hoje a tarde, como esse ano muito poucos foram selecionados para a Sonserina, sobraram alguns quartos, daí poderíamos ter um quarto para duas pessoas ao invés de três, consegui convencer o Slughorn, daí vocês irão ficar no mesmo quarto e vou ficar com o Yaxley. – Explicou.
- Você realmente odeia acordar cedo, não é? – Diz o menor.
- Sim, mas não foi por causa disso, é que eu e Yaxley somos amigos a muito tempo. – Falou o loiro. – Vou sair do quarto amanhã depois das aulas. – Disse o platinado, indo em direção a cama.
- Não esqueça de lançar silentium no seu espaço hoje, se não amanhã vou te acordar com um balde d'água. – Ameaçou Harry, indo em direção ao banheiro.
Depois de tomarem banho, fazerem suas higienes e vestirem seus pijamas.
- Tom. – Chama o menor, se deitando em sua cama.
- O que foi? – Pergunta o outro.
- Pode parecer estranho, mas você já ouviu algo sobre uma menina loira que pulou da torre de astronomia? – Questionou Harry, ainda estava confuso em relação ao seu sonho, não fazia ideia do significado do mesmo.
- Sim, mas é só uma lenda, de qualquer forma. – Respondeu Tom, encarando os olhos do outro.
- Que lenda? – Perguntou curioso, com um pouco de receio, mas curioso.
- Falam que, antes do suicídio, ela alegava ouvir vozes, e tudo o que ela tocava morria, tinha a vida drenada, e se a ver, você é o próximo, na minha opinião, é algo muito fictício. – Explicou ele, se deitando na cama.
- Não fale fictício Tom, já pensou que a magia já é algo totalmente fictício para alguns? – Harry se aconchegou no travesseiro. – Boa noite Tom. – Ele fechou os olhos, mas não antes de ouvir.
- Boa noite.
Notas da autora
Oi, espero que tenham gostado, desculpe pelos erros, por favor comentem críticas construtivas e me digam no que posso melhorar.
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