Capítulo 4
--------- Largo Grimmald -----------
Depois de aparatar para o Largo Grimmald, Harry pede para Monstro chamar os gêmeos para a sala de estar. O moreno os observa descerem as escadas e os aponta um sofá em frente a sua poltrona.
- Olá Harry, pelo jeito seu cabelo ainda é indomável. – Falou um deles.
- Ohhh, Jorge, olha os olhos dele. – Fred diz para o irmão, se aproximando do rosto do menor.
- Heterocromia? Caramba, por essa eu não esperava. – Fala o outro também se aproximando.
- Eu tenho um assunto sério para falar com vocês. – Fala Harry com um tom um pouco mais alto que o de costume.
- O que foi passarinho? – Pergunta Jorge.
- Aconteceu algo no teste? Ficou mais alto? – Questionou o outro.
- Tenho uma alma gêmea, bom, eu tinha. – Falou o menino olhando para o chão.
- Como assim "tinha"? – Questionou um deles.
- Quem é ela? – Pergunta o outro ruivo.
- Voldemort. – Harry deixa um suspiro que nem sabia estar contendo escapar.
Os gêmeos ficam surpresos, logo percebem a expressão triste do menino, ele não estava mentindo.
- Como pretende lidar com isso? – Pergunta um deles.
- Sou o Senhor da Morte. – Ele aponta para uma pequena mesa, onde havia depositado as relíquias. – Ela me deu a oportunidade de voltar no tempo e ficar com ele, também vou me vingar de Dumbledore. – Explicou ele.
- Você conversou com a morte? – Perguntaram os ruivos em conjunto.
- Sim. – Respondeu o outro.
- Quando vai voltar no tempo? – Questiona um deles.
- Amanhã de manhã. – Fala o menor. – Vocês podem ficar aqui pelo tempo que quiserem, vou instruir Monstro para ele obedecer a vocês.
- Ok, mas Harry... – Começa o ruivo.
- Não irá se vingar de nossa família também? – Completa o outro, desanimado.
- Não, tudo isso começou com Dumbledore, e com ele vai terminar. – Responde o moreno, mesmo que os Weasley e Hermione o tivessem traído, a maior parte da culpa ainda caía sobre Dumbledore.
Depois da conversa, Harry instruiu o elfo doméstico a obedecer as ordens dos gêmeos, e que essa seria sua última ordem.
- Última ordem? Onde o mestre vai ir? – Perguntou o elfo, com certo pânico, ele não queria perder outro mestre.
- Vou voltar no tempo, me vingar e encontrar minha alma gêmea. – Disse o menino.
- Isso fará o mestre feliz? - Perguntou o elfo, sempre ouvia soluços quando o garoto subia para ir dormir, e seu mestre sempre tinha os olhos inchados e vermelhos quando descia para o café da manhã, a expressão de Harry sempre esteve mais sombria após a guerra.
- Sim. - Respondeu o menino, quase que em um sussurro.
Foi difícil convencer Monstro a acatar as ordens dos gêmeos, mas no final Harry o conseguiu. Depois do jantar, o menino tomou um banho, fez sua higienes e foi dormir, não teve pesadelos como de costume, agora ele sonhava em seu futuro no passado, em como ele poderia realmente ter uma vida feliz e sem manipulações. Quando acorda, ele olha o relógio e percebe que são 09:34AM, fazia um tempo desde que ele acordava depois das 07:00AM, ele fez suas higienes e foi para a cozinha, onde um bom café da manhã o esperava, ele cumprimentou os gêmeos e se pôs a comer.
Ao terminar o café da manhã, Harry chamou Fred e Jorge para a sala de estar, ele se despediu do gêmeos, que o agradeciam por não se vingar de sua família, o menor também agradeceu os gêmeos por serem honestos com ele, e por estarem dispostos a sacrificarem sua magia para o salvar, depois de minutos em um abraço triplo, os gêmeos vão para o quarto.
O Menino Que Sobreviveu pegou as relíquias. – Morte. – Ele chamou, o ambiente ficou gelado e uma figura de capuz negro apareceu.
- Está pronto, mestre? – Pergunta a criatura.
- Sim, quando eu viajar no tempo, terei quantos anos? Pretendo conhecer Tom em Hogwarts, também seria útil para a minha vingança. – Falou o menino, uma pontinha de esperança em seu olhar.
- Eu planejava que você voltasse a ter 15 anos sem glamour, bloqueios ou compulsões, te deixarei em frente a um orfanato, em algum momento, você deve reivindicar seus senhorios. – Respondeu a ela.
- O que farei com as relíquias? Não posso simplesmente aparecer lá com uma varinha, uma capa e um anel, vou precisar esconder minha magia, e qualquer um pode ir lá e sem querer quebrar a varinha. – Disse o menino.
- Venha aqui. – O menino se aproximou com as relíquias em mãos, a morte pegou as relíquias e as pressionou no pulso do menino, logo, os itens sumiram e no pulso de Harry uma tatuagem com o símbolo das relíquias apareceu. – Se quiser utilizar alguma delas, coloque um dedo sobre a tatuagem e pense na relíquia que quer utilizar, ela sairá da tatuagem para você a usar, depois só deve coloca-la sobre o pulso e empurrar, ela voltará para a tatuagem. – Explicou a Morte.
- Entendi. Quero ir para o ano de 1942, no começo de julho. – Falou ele.
- Nesse caso, você terá 14 anos ao voltar, e completará 15 no dia 31. - Explica a criatura, Harry asentiu. - A Morte estendeu a mão.
Harry sentiu um puxão forte no umbigo, ele estava caindo e de repente se viu em frente a um orfanato com um velho letreiro, onde estava escrito "Cantinho dos anjos" ainda um pouco tonto, ele observou o jornal que estava no lado de fora da porta, 02 de Julho de 1942, sorriu e começou a olhar para os arredores, logo percebendo uma carta em sua mão, ao seu lado, um grande malão.
Ele foi até a porta do orfanato e bateu na porta, uma linda moça de cerca de 20 anos apareceu, ela tinha um cabelo loiro ondulado e lindos olhos azuis.
- Olá menino, precisa de algo? – Pergunta a loira.
Harry, com uma expressão triste, entrega o envelope a mulher, que o chama para entrar, ao abrir o envelope, a mulher arregala os olhos.
- Entendo. – Ela fala ao menino.
--- Carta ----------
Meu neto, Harry, foi adotado após a morte de seus pais biológicos, com 4 anos ele passou a sofrer de abusos e maus tratos dos pais adotivos, que morreram em um acidente de carro a poucos dias, minha saúde já não é a mesma e não tenho disposição para cuidar de meu neto, peço que o acolham em seu orfanato e aceitem o dinheiro do envelope.
Nashira Peverell Griffyndor.
--- Fim da carta ---------
A mulher tira uma enorme quantia de dinheiro do envelope e logo pega a bagagem de Harry.
- Pode me chamar de Joanna. - Disse a loira, abrindo uma porta e revelando um pequeno quarto com um beliche, lá havia um menino, que deveria ser um pouco mais velho que Harry, ele tinha cabelos castanhos e olhos pretos, estava lendo um livro sentado chão.
- Jackob, esse é Harry, seu novo colega de quarto. – Falou a mulher.
- Oi Jackob. – Cumprimentou o menor.
- Oi. – Respondeu Jackob, olhando para o outro com curiosidade.
- Vou deixar vocês dois se conhecerem. – A loira falou e saiu andando.
- Você dorme em cima ou em baixo? – Questiona Harry, pegando sua bagagem.
- Prefiro a parte de cima. – Falou fechando seu livro.
- Ok. – Harry coloca a mala ao lado de sua cama e se deita. – Hey Jackob, quer ser meu amigo? – Perguntou.
- Posso tentar, qual sua cor favorita? – O maior sorri.
- Boa Jackob, esse é o quesito básico para sermos amigos, a minha é verde, qual a sua? – Harry ri.
- Azul.
Eles começam a fazer perguntas até irem dormir.
Alguns dias depois
Harry foi para o Beco Diagonal e estava no Gringotes, sendo guiado por um duende até a sala de Ragnok. Havia pedido permissão a Joana para que pudesse caminhar pelo bairro, para se familiarizar com o lugar.
- Entre. – Ecoou a voz pelo corredor.
- Olá mestre goblin. – Cumprimentou o menino com um sorriso.
- Olá, meu amigo. – Falou o duende. – Vejo que tudo correu bem em sua viagem no tempo. – Sorriu Ragnok.
- Sim, então você realmente lembra. – Disse o menino.
- Como já expliquei, nós duendes nos lembramos de tudo, seja no passado, presente ou futuro. – Lembrou Ragnok.
- Sim, vim reivindicar meus senhorios. – Falou Harry.
- Claro, só espere um segundo. – O duende estalou os dedos e três pequenas caixas apareceram, elas abriram e revelaram três lindos anéis. – Anéis de senhorio são diferentes dos normais, eles contém feitiços e encantamentos de proteção, alguns contra poções, outros contra feitiços ou legilimência, maldições, outros permitem a quem não tem habilidade natural para magia sem varinha realizar feitiços simples sem a mesma, e para quem tem habilidade natural é um bom auxílio. – Comentou. – Só poderá usar os anéis se eles lhe aceitarem, caso contrário, eles voltam para o cofre esperando que um dia outra pessoa venha reivindicá-los. – Explicou.
Harry dirigiu sua mão para a primeira caixa, que era vermelha com interior branco, o anel era prata com detalhes em ouro e um grande rubi, colocou o anel em sua mão direita e logo sentiu uma sensação quentinha, o anel agora parecia fazer parte dele, suas magias se fundindo.
- Este é o anel da família Grifindor, parece ter lhe aceitado, ele tem proteção contra maldições. – Disse o duende.
O menino vai em direção a outra caixa, que era preta com detalhes de ouro nas laterais e um fundo prata, o anel era de ouro branco com o símbolo das relíquias entalhado e um "P" no lado oposto, ele colocou o anel e o símbolo das relíquias na joia e na tatuagem brilharam, logo o brilho parou e uma nova sensação quentinha e aconchegante o preencheu.
- É o anel da família Peverell, um dos mais poderosos que já vi, ele protege contra maldições e auxilia em magia sem varinha.
Estendeu sua mão para pegar o último anel, em uma caixa verde com detalhes em prata, com interior perolado, o anel era prata, com uma cobra entalhada e uma grande esmeralda, colocou o anel em seu dedo e logo uma sensação de aconchego passou por sua magia. Ao colocar o terceiro anel, os três se fundiram e se tornaram um, o anel era de ouro branco, com dois pequenos rubis, e entre eles uma grande esmeralda com o símbolo das relíquias.
- O que aconteceu? – Perguntou Harry ao duende.
- Os três anéis o aceitaram e se fundiram em apenas um, esse novo anel o protege contra poções, legilimência, maldições, e o auxilia em feitiços sem varinha.
- Oh, impressionante. – Falou o menino com uma pequena faísca de felicidade em seus olhos. – Antes que eu me esqueça, preciso que me ajude com algo. – Disse com seriedade.
- Com o que seria?
- Preciso de um histórico escolar em Durmstrang até a quarta série, também preciso de documentos de identificação, os enviarei para Hogwarts e eles irão me mandar uma carta. – Respondeu pensativo. – Claro, sei que tudo tem um preço. – Sorriu maroto.
- Vai levar cerca de duas semanas para estarem prontos os documentos de identificação, apenas precisamos de suas digitais, tenho contatos em Dursmstrang, posso conseguir seu histórico em cerca de três a quatro semanas, isso vai custar 3000 galeões. – O duende sorriu, amostrando seus dentes pontudos. - Lembrando que será impossível que consigam diferenciar esses documentos dos documentos legais.
O duende pega um papel e um tinteiro, Harry marca suas digitais no papel.
- Pode tirar o dinheiro do cofre dos Peverell, me envie os documentos por uma coruja, estou no orfanato Cantinho dos Anjos, em uma área rural de Londres. – Falou se levantando.
- Ok, você provavelmente não sabe, mas pode pagar usando os selos de seu anel de senhorio, você coloca o anel no pergaminho e o dinheiro é transferido de seu cofre para o cofre do estabelecimento, claro, só funciona com dinheiro bruxo. – Disse a criatura.
– Entendi, que sua fortuna cresça. – Se despediu.
- E que seus inimigos caiam perante seu nome. – Falou o elfo.
Assim que Harry sai do banco, ele voltou para o orfanato.
Já passadas três semanas que Harry estava no orfanato, ele percebera que sua aparência havia mudado um pouco, bom, agora, além de sem glamour ele tinha 14 anos, em alguns dias 15. Para passar o tempo, lia livros, ele também imaginava diferentes formas de arruinar Dumbledore, pensava em seu futuro com Tom, será que conseguiria ser amigo dele? Bom, eles eram almas gêmeas, então talvez até sejam namorados, mas nunca se sabe.
Em um dia, quando subia as escadas após tomar o café da manhã, encontra uma coruja empoleirada em sua janela, na cama, uma carta como o emblema do Gringotes. Ele abriu a carta e lá estavam seus documentos e histórico, agora seu nome era Harry James Peverell Griffyndor Mortemis. Ele lançou um feitiço geminio sem varinha para fazer copias dos documentos, ele pegou um envelope, prendeu a carta na perna estendida da coruja e a mandou para Hogwarts, desejando que Ragnok não se importasse em emprestá-la.
------ Quebra de tempo -------
Já fazia um mês e duas semanas que Harry estava no orfanato, quando uma coruja marrom passa por sua janela e deixa uma carta com o emblema de Hogwarts em seu colo, juntamente com sua lista de materiais. Ele decidiu que iria comprar todos seus materiais a tarde, juntamente com uma nova varinha, levara com ele apenas a varinha das varinhas, e não podia simplesmente aparecer com a varinha de Dumbledore, segundo a morte, a varinha de Dumbledore deve ter sumido assim que voltei no tempo, pois não poderiam existir duas iguais. Ele notaria que Harry tinha sua varinha cedo ou tarde, mas agora não era o momento.
De tarde
Harry estava na Floreios e Borrões pegando os livros da quinta série e mais alguns em que achava interesse, pagou seus livros e logo foi para a loja Madame Malkin, onde encontrou uma senhora de cabelos grisalhos que logo o atendeu.
- Olá querido, vestes para Hogwarts? – Perguntou a moça simpática.
- Sim, e algumas roupas para o dia a dia também. – Respondeu sorrindo.
A mulher tirou as medidas de Harry.
- Suas vestes estarão prontas em menos de uma hora, quer que eu mande por uma coruja ou virá buscar? – Perguntou a bruxa.
- Virei buscar, obrigado. – Falou indo em direção a saída.
- Espere, preciso de seu nome para o senhor retirar depois. – Falou a senhora.
- Pode colocar no nome de Harry James Peverell Griffyndor Mortemis. – O menino saiu, antes vendo a cara surpresa da mulher.
O menino foi até a Olivaras e reconheceu a cabeleira loira de Olivanders, ele atendia um menino, que aparentava ter a idade de Harry, o garoto tinha um cabelo loiro e olhos prateados, provavelmente um Malfoy, Olivanders levou alguns coldres de varinha para o menino e logo foi atender Harry.
- Olá meu garoto, o que deseja? – Questionou Olivanders, com uma expressão um tanto curiosa.
- Preciso de uma nova varinha, minha outra foi quebrada. – Falou o moreno.
- Oh, sim, qual sua mão dominante? – Perguntou o senhor.
- Sou destro. – Harry respondeu, Olivanders foi para o fundo de seu estoque.
- Olá, meu nome é Abraxas Malfoy. - Cumprimentou o menino loiro ao seu lado, estendendo a mão.
- Prazer, meu nome é Harry James Peverell Griffyndor Mortemis. – Disse o moreno, apertando a mão do outro, que tinha uma expressão surpresa. – Fui transferido para Hogwarts esse ano, vou estudar da quinta série. – Sorriu.
- Entendo, também vou cursar o quinto ano. – Falou o outro.
Olivaras surge por entre as estantes com três caixas e se direciona para trás do balcão, ficando em frente ao outro. - Teste essas. – Disse o homem.
Harry testou cada varinha que o homem lhe deu, em um lado do balcão, já havia uma pilha de varinhas não compatíveis, até que Olivanders pegou uma caixa que o menino reconheceu, a de sua antiga varinha.
- Esta é 28 centímetros, azevinho, núcleo de pena de fênix. – O homem observou Harry empunhar a varinha.
Harry empunhou a varinha e logo uma sensação quente passou pelo seu corpo, ele quase abraçou a varinha depois disso.
- Curioso, muito curioso. – Diz Olivanders.
- Desculpe senhor, mas o que é curioso? – Perguntou Harry, seguindo o roteiro.
- Eu lembro de cada varinha que já vendi, Sr. Peverell, e acontece que a fênix, cuja pena da calda está na sua varinha produziu uma outra pena, só mais uma, é curioso que o senhor esteja destinado a essa varinha, se você se juntar ao dono da varinha irmã a sua, tenho certeza de que serão capazes de grandes feitos. – Falou o senhor.
- Espero o encontrar. – Disse Harry com um sorriso.
Depois de sair da Olivaras, Harry comprou seu caldeirão e seus ingredientes para a aula de poções, depois passou em Madame Malking. Carregado de coisas, Harry já estava indo em direção a saída do Beco Diagonal quando se lembrou de comprar o malão, ele suspirou e voltou para as lojas, onde comprou seu malão e voltou para o orfanato.
---Notas da autora---------------------------------------------------------------------------------------------
Oi, espero que tenham gostado do cap, desculpa pelos erros.
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