Capítulo 3
Harry está correndo por uma floresta escura em direção a gritos, quando ele sai da floresta se depara com um orfanato e logo vai parar em um refeitório, ele observa as crianças irem se sentar em uma grande e velha mesa de madeira, os gritos ficam mais altos e mais altos a medida que passa pelos corredores e sobe escadas, até que os gritos param e ele volta ao refeitório, ele vê crianças ofendendo alguém que agora estava no chão, ele se põe na frente do menino que sai correndo pelas escadas, as crianças o seguem até a porta, Harry entra no quarto atravessando a parede e vê a criança chorando no chão com marcas de cinto pelos braços e pés, ele abraça o menino que logo percebe ser Tom Riddle, tudo se desfaz em fumaça e agora ele se vê com sete anos, com machucados nos braços e chorando encolhido, logo, vê o escritório de Dumbledore, onde Tom explica que não pode voltar para o orfanato por conta da guerra, o medo transparecendo em seus olhos. Novamente, tudo se desfaz em fumaça e agora ele se vê em um abrigo de bombas, ele observa ao redor e vê Tom encolhido no chão, protegendo a cabeça enquanto lágrimas passavam pelas suas bochechas, havia sangue em seu queixo por estar mordendo os lábios, o que Harry acreditava ser para conter gritos.
Harry acorda em sua cama suando frio, ele abraçava o travesseiro e logo se voltou para o relógio, que marcava 05:00AM, sabendo por experiência que não conseguiria voltar a dormir, o moreno vai para o banheiro, entra na banheira e toma um longo banho quente, pensando no que faria hoje, depois de passar o que deviam ser horas no banho, Harry se seca veste uma calça moletom cinza, camisa vermelha e meias listradas em amarelo e preto. Ele rapidamente desce as escadas, escorregando e quase fazendo uma reforma permanente em seu rosto quando para no ar.
- O mestre está bem? Está machucado? – Monstro sai correndo em direção ao moreno que pousa suavemente no chão.
- Obrigado por me ajudar Monstro, estou bem. – Diz Harry acalmando o elfo. – Foi você que me fez flutuar? – Perguntou o menino se sentando no sofá.
- Não, Monstro não fez nada, deve ter sido a magia do mestre. – Respondeu o elfo. – O que o mestre gostaria para o café da manhã? – Perguntou o mesmo.
- Podem ser algumas torradas com queijo, e um suco de laranja. – Diz o menino que logo se levanta indo para a biblioteca.
Harry estava pensando no que fazer depois de tudo o que descobriu, sua vida inteira havia sido manipulada, agora nem seus amigos ele tinha, o que faria depois de tudo? Um ódio passou por sua mente e ele mais que tudo desejou poder se vingar de Dumbledore, se não fosse por ele, Harry jamais teria de passar por isso, desde os abusos dos Dursleys até a morte de sua alma gêmea, ele sempre o manipulou e Harry jamais o perdoaria, mesmo sendo seu guardião mágico, nunca o visitou, a maior parte de sua vida literalmente foi gasta em serviços domésticos e abusos psicológicos, e depois de tudo isso ele o faz matar sua alma gêmea? Depois de descobrir tanta coisa sobre o tão amado melhor diretor que Hogwarts já teve, ele desconfiava que Dumbledore também tivesse manipulado Tom, o universo não criaria uma tão rara ligação de alma para os dois duelarem até a morte, e ele chegou a uma conclusão, sua profecia também era falsa.
Depois de descontar sua raiva em pensamentos e tomar seu café, Harry percebe que já eram 09:00AM, ele subiu para seu quarto colocar vestes bruxas.
Logo, Harry estava dentro do banco, sendo conduzido por uma duende até a sala de Ragnok.
- Entre. – Ecoou a voz do duende e as portas se abriram.
- Olá, Sr. Potter Peverell Griffyndor Black Slitherin Mortemis. – Cumprimentou o duende.
- Olá, mestre goblin. – Cumprimentou Harry.
- Suponho que esteja aqui para remover seus bloqueios, poções e complusões, juntamente com o glamour. – Falou Ragnok.
- Sim. – Disse o moreno.
- Apenas espere um momento. – Ragnok acenou para outro duende. – Chame Maeve. – Ordenou.
Alguns segundos depois uma duende feminina entra pelas portas.
- Olá senhor, sou a curandeira Maeve, siga-me. – Ela saiu em passos rápidos e Harry a seguiu sem questionar, eles entraram em uma sala completamente branca e a duende começou a ler um pergaminho.
- Realmente tem muitos bloqueios e compulsões, Sr. Potter, o procedimento levará cerca de quatro horas, é provável que o senhor já esteja bem amanhã de manhã. – Disse ela. – Agora, por favor tire a roupa.
O menino hesita mas logo começa a tirar suas roupas, corando de vergonha ele começa a tirar sua calça, a curandeira, percebendo o desconcerto do moço, revira os olhos e joga uma toalha para ele se cobrir, Harry se deita e ela o prende com magia.
- Você irá dormir durante todo o procedimento, assim que acordar poderá ir para casa. – Falou a duende pegando um frasco. – Isso é uma poção de sono sem sonhos. – Ela diz derramando o líquido na boca do menino. – Quando acordar, se sentirá como novo. – Harry fecha os olhos e adormece.
Harry acorda e percebe que não está em seu quarto, mas sim na sala totalmente branca em que adormeceu, ele olhou para suas mãos e seus braços, eles não pareciam maiores ou menores do que antes, sua pele antes um tanto bronzeada agora era clara, quase branca, ele olhou para os lados e viu a curandeira entrar.
- Olá Sr. Potter, suas roupas estão ao lado da cama. – Maeve o olhava com um pouco de diversão. – O senhor deseja um espelho? – Perguntou ela com um tom divertido.
- Sim, por favor. – Disse o garoto corando de vergonha, colocando seus óculos e pegando o espelho conjurado, agora ele não era um clone de seu pai, mas ainda tinha algumas semelhanças com ele.
Harry se surpreendeu com seus olhos, agora ao invés de dois olhos esmeralda ele tinha uma linda heterocromia, um de seus olhos permanecia com a cor esmeralda, mas o outro agora era de um lindo azul ciano, seu nariz parecia um pouco menor e mais delicado, seu rosto, igualmente com o resto de seu corpo, tinha uma pele muito clara, seu cabelo permanecia indomável, mas agora era de um castanho quase preto, olhou para o resto de seu corpo, que parecia um tanto afeminado, sua cintura havia afinado e seu bumbum estava maior, se ele colocasse uma peruca, poderia se confundir com outra pessoa.
Ao perceber que estava praticamente nu, Harry se apressa e coloca sua roupa da velocidade da luz, logo depois de acabar de se vestir, Ragnok entra na sala e sugere que Harry visite o cofre Mortemis, o menino, ainda confuso, vai com Ragnok até o carrinho para chegar ao cofre.
Harry nunca havia ido tão fundo no local, demorou cerca de 15 minutos para alcançarem um cofre com uma porta de prata, que se abriu depois que Harry a tocou, sentia sua magia o puxando para lá. Quando entrou, viu no pequeno pedestal os três artefatos mágicos, que percebeu serem as relíquias da morte, aos arredores, montanhas e montanhas de livros, Harry sentiu um frio o envolver, olhou para cima e lá estava ela, com um manto negro e uma foice, era a Morte.
- Olá mestre. – Ela cumprimentou. – Estou aqui para lhe dar uma oportunidade.
- Você é a Morte? Que oportunidade? – Perguntou curioso.
- Sim, eu atendo por este nome, te darei a oportunidade de voltar no tempo, poderá se vingar de Dumbledore e, se quiser, viver com sua alma gêmea, você ainda terá direito a algumas das propriedades que tem hoje e anéis de senhorio. – Ofereceu a criatura.
Harry ponderou por um momento. – Mas daí eu voltaria agora, ou...? – Fala o menor confuso.
- Você pode voltar agora, mas talvez seja melhor avisar os gêmeos de seu desaparecimento, aconselho você a não levar nada, a não ser minhas relíquias. Chame meu nome quando tomar sua decisão. – Aconselhou ela, logo desaparecendo em fumaça.
O menino observou a fumaça de desfazendo, ficou alguns minutos encarando o lugar no qual a Morte estivera, depois de se recuperar ele foi em direção ao pedestal e pegou as três relíquias, quando se virou para a entrada do cofre, ele viu Ragnok o avaliar com o olhar e um sorriso assustador aparecer em sua face. O Golden boy andou até a porta e voltaram para a sala do duende, quando Harry fez menção de sair, a pequena criatura fez um sinal para que ficasse.
- Sr. Potter, tenho uma proposta a você. – Fala Ragnok, ainda com o sorriso de dentes pontudos no rosto.
- E qual seria? – O menino volta à cadeira, com uma expressão séria e um sorriso.
- De acordo com seu teste de herança e seu encontro com a morte, é seguro assumir que, se você voltar no tempo, irá se vingar de Dumbledore, mas minha proposta vai além, sua alma gêmea é Tom Riddle, é seguro assumir que o senhor o impediria de se tornar Voldemort? – Pergunta o duende, com dentes pontiagudos à mostra e olhos divertidos.
- Se eu voltar no tempo, com certeza o faria, desconfio que Dumbledore também o tenha manipulado. Mas qual sua proposta? – Pergunta o menino com uma expressão pensativa.
- Voldemort, sendo manipulado ou não, causou muitos problemas e perdas a nós duendes. – Fala o menor. - Tenho certeza de que já conhece os benefícios de ser um amigo dos duendes, você será um amigo dos duendes, o Gringotes irá te ajudar na sua viagem ao passado, nós somos uma das poucas espécies que podem se lembrar de tudo no passado, presente e futuro. – Diz Ragnok.
- Eu aceitarei a proposta. – Fala Harry, sem nem pensar duas vezes, ter alguém que saiba que ele viajou para o passado tornará tudo menos estressante, sem contar que os benefício são inúmeros. – É provável que eu vá voltar no tempo em alguns dias, ou até mesmo hoje, contarei com sua ajuda. – Completa o menino, terminando a conversa e se levantando. – Que sua fortuna sempre cresça. – Ele pega as relíquias e se despede.
- Oh, e que seus inimigos temam perante seu nome. – Finaliza o duende.
-------------- Notas da autora ------------------------------------------------------
Espero que tenham gostado, desculpa pelos erros.
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