Capítulo 2
------ No Largo Grimmald -------
Ao entrar, Harry foi cumprimentado por Monstro, mas ignorou e foi para seu quarto. Ele se sentou em uma cadeira, laçou um feitiço silentium e se permitiu gritar. Lágrimas quentes escorriam por suas bochechas contra sua vontade, sua vida inteira era uma mentira manipulada por Dumbledore, tudo planejado, seus amigos, a família Weasley, tudo, os conselhos de Hermione, as risadas que ele dava com Ron, tudo aquilo era mentira? Suas lágrimas ainda escorriam, ele não sabia o que sentia, uma mistura de tristeza, raiva, se sentia traído, por quê com ele? O quê ele fez de tão ruim pra merecer isso? Era tudo culpa dele? Dumbledore estava certo e Harry errado? E no final de tudo ele ainda era a alma gêmea de seu maior inimigo, ele havia matado sua alma gêmea!! Como ele pôde? Estava encolhido em sua cama, ainda tentando conter as lágrimas, quando olhou para o relógio, já passava das 19:00, mas ele não ligava, não conseguiria encarar seus amigos depois daquilo.
Algum tempo depois do que pareciam horas, Harry ouve uma batida em sua porta, seus olhos ainda estavam chorosos e lágrimas ainda escorriam, ele retirou o feitiço de silêncio e permitiu a entrada.
- Olá Harry .– Dizia uma voz animada, que Harry reconheceu ser a de Fred.
- O que está... – Disse o outro ruivo, que Harry acreditava ser Jorge.
- Fazendo aqui? – Completou o outro gêmeo.
Os gêmeos esperaram uma resposta de Harry, mas ela não veio, viram que ele estava encolhido e então repararam nos olhos inchados dele, logo perceberam que algo havia acontecido. Um dos ruivos tentou se aproximar do moreno e ele se afastou.
- O que aconteceu Harry? – Perguntou um dos gêmeos, tentando se aproximar.
- V- vocês também? – Falou o menor ainda se afastando, suas mãos trêmulas.
- Nós? – O outro gêmeo perguntou confuso.
Harry os encarou com um olhar frio, ainda com medo do que viria a acontecer, mas ele escondeu.
- Vocês também estão manipulando a minha vida? – O garoto disse, com medo da resposta, os gêmeos que ele conhecia jamais fariam isso, mas ele também nunca havia cogitado que Hermione ou Ron o trairiam.
Os dois ruivos de entreolharam e logo se viraram para o moreno.
- Ainda bem que você descobriu. – Disseram juntos em um suspiro de alívio.
- O quê? – perguntou o menor.
- Nós sabíamos, mas não podíamos te contar, nunca fizemos parte disso, nosso pai também não – disse um dos gêmeos, uma nova esperança crescendo em Harry.
Harry olhou para eles, e se aproximou. – Vocês nunca fizeram parte disso? – Perguntou o menino, olhos brilhando em esperança.
- Nunca. – Disseram juntos.
- Vocês podem me explicar como isso aconteceu? – O moreno disse receoso.
- Sim, mas logo devemos voltar... – Disse um deles.
- Porque nossa mãe pode desconfiar. – Completou o outro.
- Ok, vamos lá – Harry se concentrou em ouvir, um dos gêmeos lançou um feitiço silentium e logo os ruivos começaram a falar.
- Bom, tudo começou em um dia quando Dumbledore veio a nossa casa, ele falou algo sobre dar dinheiro para a gente em troca de algo, desde aquele dia, nossa mãe começou a ficar um pouco diferente, nossa mãe começou a nos dizer como Dumbledore era um homem bom, e que sempre fazia o certo e o necessário. – Começou o ruivo.
- Quando o Ron tinha uns três anos, nossa mãe ficava contando histórias para ele, de um menino que havia sobrevivido ao impossível, acreditamos que era sobre você. – Disse o outro gêmeo.
- Dizia que um dia vocês seriam melhores amigos.
- Antes do nosso terceiro ano em Hogwarts, Dumbledore veio até nossa mãe e também conversou com Gina, eles falaram algo sobre poção do amor e Gina ficava soltando uns gritinhos pela casa, falando que algo seria dela, Dumbledore deu a minha mãe um frasco de poção, não sabíamos o que elas fariam, mas ignoramos. – Explicou ele.
- Mais ou menos no nosso sexto ano, nós ouvimos Gina conversando com a mãe, de que um plano era infalível e era seria Lady Potter, e logo após isso, você morreria e nossa família iria ficar com todo o dinheiro, ficamos chocados e depois fomos falar com nosso pai, ele não sabia de nada sobre isso, logo ficamos preocupados e fomos até nossa mãe tirar satisfação. – Disse Fred. - Ela nos disse que planejava isso a anos, que precisávamos sair da pobreza.
- No começo, quando a questionamos, ela se fez de desentendida, mas depois que percebeu que não estávamos brincando, ficou séria e nos ameaçou, fomos obrigados a jurar por nossa magia que não contaríamos a ninguém. – disse George.
- Espera... – Interrompeu Harry. – Vocês acabaram de... – O moreno não tinha palavras e cobriu sua boca com as mãos, outras lágrimas se formando.
- Sim. – Eles assentiram tristes. – Não podemos deixar que você... – Disse Fred.
- Perca a vida por causa deles, nem que... – Continuou Jorge.
- Percamos nossa magia. – Finalizaram juntos. Os gêmeos e Harry se abraçaram e ficaram lá por algum tempo, com um triste silêncio.
- Você merece saber. - Falou Jorge.
- Vamos ir para a Toca. - Disse Fred quebrando o silêncio. Se separaram e desceram as escadas, logo foram em direção a lareira.
Harry estava quase entrando na lareira quando os gêmeos o impediram. – O que foi? – Perguntou o menor.
- Não se esqueça de agir naturalmente. – Disse um deles.
- Sabemos que nossa mãe prefere colocar amortentia em doces ou bebidas, então cuidado. – Falou o outro.
- Ok, agora vamos. – Respondeu Harry, logo aparecendo na Toca, seguido de Fred e Jorge. O moreno bateu limpando suas vestes e logo foi abraçado por Molly.
- Oi querido, tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou ela se afastando e procurando algum machucado.
- Não foi nada Sra. Weasley. – Respondeu o menino com um sorriso. – Me atrasei porquê ouve um problema com a biblioteca, acho que daquela vez não nos livramos permanentemente das fadas mordentes. – Mentiu Harry.
- Oh querido, deveria ter nos avisado, espero que não esteja machucado. – Disse ela. – Nós esperamos você, venha jantar. – Disse ela arrastando Harry para a mesa. Onde estavam Hermione, Ron, Gina, Percy, os gêmeos, Arthur e Molly.
Harry cumprimentou Molly, Gina, Ron e Hermione com um abraço, o resto foram apertos de mão. Ele se sentou e a Sra. Weasley levou a comida a mesa.
Gina se agarra no menino e o beija como uma desesperada, depois de tudo o que ele havia lido, aquilo parecia errado, se sentia como se não pudesse estar naquele lugar, como se não devesse. Me afasto dela e começamos a jantar.
Todos começaram a comer e vieram algumas perguntas habituais, como "tudo bem?", "tem comido direito?", Harry os respondeu dizendo que estava bem e que Monstro cuidava bem dele.
Os outros já estavam acabando de comer a sobremesa.
- Harry querido, não vai comer a sobremesa? – Pergunta Molly com falsa preocupação.
- Hoje não vou poder, não estou me sentindo muito bem e tenho algumas coisas para fazer em casa. – Mente o menino fazendo uma expressão triste.
O Golden boy, como os gêmeos haviam lhe avisado, terminou a refeição sem beber ou comer sobremesa. O moreno alegou que estava cansado e que ia ir dormir no Largo Grimmald, também falou para os gêmeos o seguirem, pois ele tinha uma surpresa..
Pov Gina
- Mãe, já convidou o Harry? – Pergunto a minha mãe.
- Sim querida, logo vou preparar a poção também, hoje vou dar uma dose maior, precisamos que vocês se casem logo, você sabe. – Diz a mulher pegando um caldeirão.
- Não quero que demore para eu me tornar Lady Potter, hoje dê uma grande dose, quero que ele me peça em casamento no momento em que a poção fazer efeito. – Instruo minha mãe - Logo após o casamento, poderíamos envenená-lo ou simplesmente lançar uma maldição, quanto mais tempo ele viver, mais tempo teremos de ficar nessa espelunca. – Falo sem esconder minha indignação.
– Mas quando ele morrer, tudo irá acabar, nunca mais poderão nos desafiar, nossa família será prestigiosa e todos os homens irão te querer. – Diz a mulher acendendo o fogo e começando a fazer a poção. – Agora por favor não me atrapalhe, preciso me concentrar na poção.
Vou para meu quarto e converso com Hermione.
- Oi Gina, sua mãe me falou que hoje irá dosá-lo o suficiente para ele lhe pedir em casamento, não esqueça, os livros vão ir para a minha conta. – Fala a mais velha com um olhar frio.
- Sim, claro, você pode ficar com todos eles, não me importo com isso. – Respondo revirando os olhos. – Você e Ron poderão fazer o que quiserem, vou lhes dar uma boa quantia depois de ficar viúva. – Termino a conversa quando percebo a satisfação na expressão da outra e vou para meu quarto.
------ Mais tarde ------
Estamos esperando o Harry para jantar, já são 19:02 e ele ainda não veio. O que ele pensa que está fazendo? A essa hora ele já deveria estar de joelhos na minha frente!
- Eu e o Fred vamos ver se aconteceu alguma coisa. – Jorge fala e vai em direção a lareira junto de Fred.
- Não demorem – A mãe fala com desgosto.
Após cerca de quarenta minutos eles voltam com Harry e jantamos. O menino não comeu a sobremesa ou bebeu algo, eu e minha mãe trocamos olhares.
- Harry querido, não vai comer a sobremesa? – Minha mãe pergunta.
- Hoje não vou poder, não estou me sentindo muito bem e tenho algumas coisas para fazer em casa – fala o moreno meio triste.
Depois do jantar, o moreno se despediu e sumiu no fogo da lareira, juntamente com meus irmãos.
Fim do pov Gina.
------------------- No Largo Grimmald ----------------------------------------
Harry saiu da lareira, com os gêmeos logo atrás.
- Monstro. – O menino chamou o elfo.
Em um pop, o elfo aparece.
- O que o mestre deseja?
- Tranque a entrada da lareira. – Instrui o menino.
- Sim mestre. – A criatura vai em direção a lareira e Harry sobe para a biblioteca com os gêmeos o seguindo.
Eles entram na biblioteca e Harry começa a falar.
- Vocês querem ficar aqui? Percebi seus malões ali atrás quando estávamos saindo. – Perguntou o menor.
- Passarinho, você está muito perceptivo. – Disse o ruivo com um sorriso.
- Você tem certeza? Explosões vem junto no pacote. – Questionou o outro gêmeo.
- Claro, vocês podem fazer o que quiserem, contanto que não destruam a casa, se não tivessem me revelado as coisas hoje, eu provavelmente perderia tudo hoje. – Falou o moreno.
- Só fizemos o certo, aceitaremos sua proposta. – Eles disseram em conjunto.
- Vocês podem ficar nos quartos de hóspedes, também podem usar eles para as criações de vocês. – Ele sorri. – A propósito, vocês sabem que não vão poder continuar com a loja no Beco Diagonal, o que vão fazer? – Harry questionou.
- Nós vamos ir para outro país, o dinheiro que ganhamos na loja é o suficiente para começar algo pequeno, mas se conseguirmos vender como antes, iremos crescer em pouco tempo. – Falou um deles.
- Eu vou ir dormir, podem escolher o quarto em que vão ficar. – Disse saindo da biblioteca, mas parando na porta. – Antes que eu me esqueça de avisar, amanhã vou ir ao Gringotes para tirar meus bloqueios, envenenamentos, glamour de sangue, e etc. Então não me esperem no jantar. – Avisou ele, saindo da biblioteca e indo para seu quarto.
Notas da autora
Oi, espero que tenham gostado e desculpa pelos erros.
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