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Capítulo 13


Eram 19:25 horas quando Harry chegou a porta da sala número 19, nas masmorras, ele entrou hesitante. – Olá? – Falou entrando no cômodo, logo percebendo um menino com o uniforme da lufa-lufa, que reconheceu ser do sétimo ano, ele era incrivelmente parecido com Cedric, provavelmente parente dele.

- Olá, meu nome é Alex Diggory, pode me chamar de Alex. – Ele sorriu amigavelmente.

- Harry Gryffindor Peverell Mortemis, pode me chamar de Harry. – Ele devolveu o sorriso. – Foi você que me enviou a carta? – Questionou se sentando em uma mesa.

- Sim. – Respondeu o lufano, mexendo os dedos nervosamente.

- Por que me chamou aqui? – Harry tinha uma expressão curiosa, seus olhos brilhantes.

- Bem... Vou direto ao ponto, você quer namorar comigo? – Ele perguntou um pouco tímido, mas olhando o outro nos olhos.

- Mas... Você sabe, nem nos conhecemos ainda... Acabamos de nos apresentar. – O menor ponderou por um momento. "Que oportunidade ótima!! Pode ser um pouco cruel com o Alex, mas isso sem dúvidas poderia me ajudar a criar ciúmes no Tom".

- Eu sei... Já gosto de você a algum tempo, se aceitar o pedido, poderíamos nos conhecer. – Suspiro. – Mas se não quiser tudo bem, nunca te forçaria a nada. – Acrescentou.

- Se for assim, eu aceito, não posso dizer que nunca olhei para você antes. – Ele finge timidez.

Alex abre um enorme sorriso e se aproxima. – Eu posso... Sabe... Te beijar ou abraçar, só pra saber... – Ele é interrompido quando Harry lhe dá um abraço escondendo seu rosto no peito do maior.

- Sim, você pode. – Lhe deu um selinho e ficou ali com um sorriso inocente, ele não se importava muito, no final, seus motivos ainda eram ligados a Tom.

- Obrigado. – Alex beijou a testa de Harry.

Eles ficaram conversando por algum tempo sobre si mesmos.

- Você tem algum animal de estimação? – Questionou Harry, sentado em uma mesa em frente a Alex.

- Sim, um gato da raça ragdoll, o nome dele é Fred. – O lufano sorria feliz pensando em seu animal de estimação. – E você? – Perguntou.

- Eu tinha uma coruja, Edwiges, foi a única que já tive. – Ele falava em um tom sonhador. – Ela já passou pra melhor, mas olha. – Ele pegou a varinha e lançou o patrono.

- Essa é ela? – Perguntou o maior, observando o patrono admirado.

- Sim, antes era o mesmo que meu pai, descobri que havia mudado a alguns meses, na aula. – Disse. – Ela não é linda?

- Com certeza. – Ele observava a ave se desfazer em fumaça.

Depois de mais ou menos meia hora.

– Quer ir ao lago negro comigo amanhã? Eu vou estar livre a tarde toda. – Sorriu para o menor.

- Não sei se seus amigos vão gostar muito, você sabe que sou um sonserino. – Disse Harry.

- Eles não vão se importar, além do mais, seremos só eu e você.

- Então pode ser. – Ele sorriu inocentemente. – Às 17:00 horas. – Saiu deixando um selo nos lábios no lufano, se despedindo e indo para o dormitório.

Tom estava indo em direção a sala precisa, onde um garoto com cabelos castanhos claros e olhos de mesma cor o esperava.

- Olá Luque. – Cumprimentou Tom.

- Olá. – Respondeu o castanho.

Os dois entraram na sala precisa, onde Luque rapidamente tomou os lábios de Tom, pedindo passagem de língua que o outro logo concedeu, eles foram para a cama e tiraram a roupa...


(Não vou escrever a cena porque me recuso a fazer isso sem que seja com o Harry.)


Assim que Luque e Tom terminaram de fazer coisas impuras, o de olhos azul escuros tomou um banho na sala precisa e foi para os dormitórios.

- Olá. – Cumprimentou o bicolor, saindo do banheiro, já vestido com seu pijama.

- Olá. – Tom foi em direção ao banheiro, depois de sair sentou-se na cama, onde Harry fazia carinho nas escamas de Naguini. – Ela normalmente não deixa estranhos fazerem carinho. – Disse também acariciando a cobra.

- Não sou um estranho, se contarmos desde a primeira vez que a vi, são quase  quatro meses. – Ele fez beicinho.

- Ok, ok, entendi. – Falou com um pequeno sorriso.

Harry olhou para Tom e sentiu uma dor no peito, que ocultou rapidamente antes que ficasse aparente em sua expressão. – A noite foi quente hoje. – Ele apontou para as marcas no pescoço do maior. – Arranjou alguém ou foi só por uma noite? – Questionou voltando sua atenção para acariciar Naguini.

- Só por uma noite. – Agora ele também acariciava a cobra. – E você? Fez algo hoje?

- Sim, estou namorando. – Ele sorriu.

Tom levantou uma sobrancelha, não conseguindo conter sua surpresa. – Com quem? – Questionou.

- Alex Diggory. – Respondeu.

- Um lufano? – Ele cuspiu a palavra destacada.

- Sim, um lufano, algum problema? – Disse em tom de desafio.

- Nenhum, vá para a sua cama, vou dormir. – Disse um pouco mais alto que o normal.

- Ok... – Ele foi para sua cama e se enrolou nos lençóis, com a mão em seu peito que ainda doía, ficou assim até adormecer.

Tom não conseguia parar de sentir raiva, mas não de Harry, e sim daquele lufano que se atrevera a pensar em tocar no outro.

Alguns dias depois

Harry acordou, fez suas higienes e se vestiu, ele pegou uma de suas meias e as transfigurou em uma pulseira de prata, com detalhes em um amarelo transparente, lançou feitiços no objeto para que ele protegesse o dono e embrulhou, colocando dentro de seu malão juntamente com os presentes dos outros.

Depois de guardar a pulseira, ele saiu para tomar o café da manhã, foi um dos primeiros a estar lá, vagou andando ao redor da mesa pegando o que quisesse, no final, acabou com um brownie de chocolate e um pedaço de torta de cereja, estava tão focado em saborear o brownie que quase não percebeu alguém se sentando ao seu lado.

- Olá Harry. – Cumprimentou chamando a atenção do menor.

- Oi Alex. – Ele sorriu. – Sem querer dizer nada, mas acho que pode ter problemas se ficar aqui na mesa da sonserina, não é algo costumeiro na nossa casa. – Disse hesitante.

- Se quiser, podemos ir na da lufa-lufa, sempre tem pessoas de outras casas. – Falou o lufano sorrindo.

- Pode ser. – Os dois foram até a mesa dos texugos.

- Você costuma acordar cedo? – Questionou o bicolor, voltando a comer o brownie.

- Nem sempre, só nas quartas e quintas por causa das aulas, e ocasionalmente por nenhum motivo em especial. – Respondeu. – E você?

- É muito difícil eu acordar depois das 07:00 horas. – Falou.

- Você gosta de doces? – Perguntou o maior, observando a aparente alegria de Harry enquanto comia.

- Sim, eu adoro, principalmente chocolate. – Disse com os olhos brilhando, Alex riu baixinho.

Harry já estava começando sua torta de cereja quando mais alguns alunos adentraram o salão principal.

- Oi Alex, quem é esse? – Questionou uma lufana com cabelos e olhos negros que se sentara a frente do castanho claro.

- Olá, esse é o Harry, convidei ele para comer comigo. – Disse. – Estamos namorando. – Ele sorriu gentilmente.

- Prazer, sou Kana Skinaler, me chame de Kana. – Ela estendeu a mão e Harry apertou.

- Harry Peverell Griffyndor Mortemis, pode me chamar de Harry, o prazer é meu. – Sorriu inocente.

- Cuide bem do Alex, ou arque com as consequências. – A menina agora tinha uma expressão séria.

- Vou fazer, eu juro. – Respondeu o bicolor, a lufana era assustadora.

- Pegue leve com ele Kana. – O moreno disse para a amiga.

Depois que terminou seu café da manhã, Harry se despediu do namorado e de sua nova amiga, indo para a aula de criaturas mágicas.

Alguns minutos depois que chegou ao local, o professor começou a falar sobre testrálios, suas características entre outros, logo ele foi para dentro da floresta, voltando com o animal ao seu lado. Os alunos começaram a sussurrar confusos.

- Os testrálios podem ser vistos apenas por quem já viu a morte e a aceitou, alguém aqui consegue vê-los? – Perguntou o professor acariciando o animal.

Harry e uma menina de cabelos loiros levantaram a mão.

- Podem abaixar as mãos. – Falou o professor, acariciando o animal, ele começou a falar de ingredientes de poções que têm como fonte o testrálio, também comentou sobre a confecção de varinhas com núcleo de seu pelo.

Assim que a aula acabou, Harry foi para a biblioteca, esperando o horário do almoço, ele lia um livro sobre a conexão entre almas gêmeas, e ele chegou a conclusão de que era muito raro, MUITO raro, descobriu que cerca de duas almas entre 10 milhões tinham essa conexão.

Quando chegou o horário do almoço, ele foi para a mesa da Sonserina e se sentou em frente a Abraxas e Yaxley.

- Oi. – Cumprimentou colocando uma coxa de frango no prato.

- Bom dia. – Respondeu Abraxas.

- Boa tarde. – Cumprimentou Yaxley.

Harry lançou um tempus sem varinha. – Yaxley está certo, 12:02 horas. – Sorriu para os dois, o loiro menor revirou os olhos.

Logo depois de acabarem de comer, Harry foi com os dois até um corredor vazio, ele parou e olhou para eles.

- Estou namorando. – Disse calmamente.

- Com Tom? Eu sabia! – Falou Abraxas, sem dar tempo de Harry explicar.

- Droga. – Yaxley pegou uma bolsinha com alguns galeões e estava entregando ao Malfoy.

- Não estou namorando com o Tommy. – Se pronunciou, os outros dois olharam para ele chocados.

- Com quem então? – Abraxas devolvia o dinheiro para Yaxley.

- Alex Diggory. – Ele deu seu melhor sorriso.

- Ele não é um lufano? – Questionou Yaxley, Harry assentiu.

- Bom, pelo menos não é um grifinório. – Falou Abraxas, o bicolor revirou os olhos.

- É só isso que preciso contar a vocês, vou ir agora, daqui alguns minutos tenho aula de poções. – Ele se virou e foi embora.

No término da aula, Harry foi até o professor.

- Oi professor. – Cumprimentou.

- Olá Harry, os remédios estão ajudando? – Sorriu gentilmente.

- Sim, estou me sentindo bem melhor. – Sorriu. - Preciso de reposição da pomada e das poções das refeições. – Falou tirando os frascos vazios de sua bolsa.

- Que bom que está melhor, só espere um segundo. – O homem pegou os frascos, logo voltando com os mesmos cheios. – Aqui está, apenas isso?

- Sim, muito obrigado por estar me ajudando. – Ele sorriu com gratidão.

- Não foi nada meu garoto, não foi nada.

O bicolor saiu da sala, indo para os dormitórios, onde guardou suas poções e começou a ler seu livro de transfiguração. Quando se deu conta, já eram 16:30, ele fechou seu livro, marcando a página, e logo colocou seu cachecol e luvas, rapidamente indo em direção ao lago negro, onde foi confrontado por um vento congelante, não havia neve, mas era inverno, que maravilha, lançou um feitiço de aquecimento em si mesmo e foi para o local combinado.

Alex não demorou a chegar, ele se sentou ao lado de Harry, entrelaçando os dedos de ambos, no seu ombro estava Fred.

- Oi, desculpa não ter levado em conta a temperatura. – O lufano cumprimentou.

- Não tem problema, lancei um feitiço de aquecimento, você parece ter feito o mesmo. – Sorriu.

- Sim, Fred me seguiu incansavelmente, então acabei deixando o vir, espero que não se incomode. – Ele acariciou o gato, que logo desceu de seu ombro ronronando e foi para o colo de Harry. – Parece que ele gostou de você. – O bicolor sorriu para o gato e depois para Alex.

Depois de uma ou duas horas conversando sobre si mesmos, conhecendo um ao outro.

- Alex, tenho uma dúvida. – Falou Harry.

- Pode falar. – Disse o lufano colocando um cabelo do bicolor atrás da orelha, sorrindo ao vê-lo corar.

- Pense, você está dentro da escola, fora do castelo a temperatura está a menos de 15 graus, você olha pela janela e vê duas pessoas no lago negro, o que você pensaria de imediato? – Questionou.

- Que essas pessoas devem ter bons motivos. – Respondeu rindo baixinho, Harry sorriu.

- Você vai voltar pra casa no Yule? – Perguntou o bicolor.

- Sim, e você?

- Acho que vou ficar em Hogwarts, mas não tenho certeza, por que Jackob pode ter sido adotado, e não teria graça ficar lá sem ele. – Falou distraidamente.

- Você mora em um orfanato? Quem é Jackob? – Questionou o maior.

- Sim, meus pais faleceram quando eu ainda era um bebê, fui adotado por trouxas, no começo desse ano meus pais adotivos morreram e fiquei com minha avó paterna de sangue, alguns meses depois ela ficou indisposta e fui para o orfanato, ela me disse que quando melhorasse iria me buscar... Ela faleceu a pouco tempo. – Ele olhou para o chão. - Jackob é meu colega de quarto. – Explicou.

- Sinto muito. – Alex abraçou Harry tentando o confortar.

- Eu também. – Ele retribuiu o abraço. Os dois ficaram assim por um tempo até que o lufano se separou.

O bicolor se deitou no colo de Alex, apreciando o carinho em seus cabelos, logo adormecendo.

Abrindo as pálpebras lentamente, Harry se mexeu e percebeu ainda estar no colo do castanho claro, ele acordou e observou a Lua por alguns instantes.

- Por quanto tempo eu dormi? – Perguntou.

- Cerca de três horas. – Alex continuava a fazer cafuné no menor.

- Então já passamos do toque de recolher, por que não me acordou? – Questionou.

- Você parecia tão em paz que não consegui. – Sorriu.

- Bom, precisamos voltar aos dormitórios. – Ele se levantou com preguiça.

- Sim, vou te levar até a entrada do salão comunal da sonserina. – Disse o maior se levantando.

- Obrigado. – Respondeu Harry, os dois se esgueiraram até as masmorras, milagrosamente não encontrando ninguém, quando chegaram na última virada de corredores, o menor olhou aos arredores, tendo certeza de que estavam sozinhos, ele encostou seus lábios nos de Alex, que logo pediu passagem de língua que ele concedeu, a língua do lufano entrava em contato com a sua como se a convidasse para brincar, quando as coisas começaram a ficar um tanto... Embaraçosas, Harry se separou e deixou um selar nos lábios de Alex, indo em direção a comunal.

- Tchau. – Sussurrou.

Assim que entrou em seu quarto, rapidamente fez suas higienes e colocou o pijama, quando saiu do banheiro e foi em direção a sua cama, ele foi prensado contra a parede, batendo a cabeça e soltando um gemido de dor.

Seus olhos focaram em Tom, que não o deixava se desvencilhar da posição. – Tommy...? – Tom rapidamente selou seus lábios, pedindo passagem de língua, Harry interrompeu o beijo, tentando empurrar o maior que não se mexia. – O que está fazendo? – Perguntou com raiva, aquilo parecia tão certo, mas ele sabia que ainda não era o momento. – Eu namoro, seu idiota. – Deu um tapa na cara do de olhos azul escuros, que ainda parecia tentar raciocinar. 

Harry foi para a cama e tocou seus lábios, logo adormecendo, não conseguindo mais distinguir o que era certo ou errado.

Tom havia sido rejeitado? Por sua própria alma gêmea? Como isso era possível? O que estava acontecendo? Ele se deitou na cama e quase virou a noite preso em pensamentos.


Notas da autora.

Espero que tenham gostado, desculpa pelos erros. Por favor comentem críticas construtivas.

Obs: Eu nem sei mais com quem estou a shippar o Harry, vontade de fazer trisal, mas ao mesmo tempo sem vontade, é complicado.

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