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Capítulo 05

- P-Pai? - Gaguejei conforme minha respiração se descontrolava e meu coração pulava no peito.

- Megan? - Ele me olhou surpreso - O que está fazendo aqui, querida?

- Eu.. - Abaixei a cabeça suspirando - Precisava arranjar um emprego e aqui estou eu.

- Como secretária? Filha minha não trabalha em um emprego tão baixo - Falou me olhando com aqueles olhos verdes tão familiares.

- Me desculpe, senhor Simpson mais que eu me lembre, você me expulsou de casa - Falei erguendo a cabeça.

- Eu não queria fazer aquilo, onde está meu neto? - Pergunta.

- Na creche - Sussurrei

- Posso vê-lo?

- No momento eu estou em horário de trabalho, só posso vê-lo as 09:00 horas - Falei

- Posso te dar um abraço? - Perguntou.

Me rendi as saudades e corri até ele me jogando em seus braços, a saudade era muita.

- Meg.. - Christopher pareceu surpreso ao nos ver abraçados.

- Olá, Christopher. - Meu pai se recompôs mais continuou com um braço em volta de mim - Vim pessoalmente aqui, pois preciso falar urgente com você sobre a unidade hospitalar para câncer.

- Claro - Christopher pareceu confuso mas ambos entraram na sala - Meg, não quero ninguém atrapalhando, tudo bem?

- Claro - Acenei, um pouco desconcertada. Não imaginava encontrar com meu pai tão cedo.


(...)

As 09h eles ainda estavam trancados na sala, a cliente que viria 08:30 não compareceu porém eu já havia ligado e marcado outro horário mais acessível para ele, e eu queria muito ver o meu filho já que agora eram nove horas, sem jeito bati na porta e escutei o 'Entre'.

- Com licença, desculpem interromper - Me desculpei, Chris fez sinal para mim prosseguir - Queria pedir permissão para ir visitar o meu filho, de acordo com a moça eram nove horas.

- Claro - Christopher acenou e sorriu gentilmente.

- Posso ir com você, querida? Quero muito conhecer o meu neto.

Exitei um pouco mais concordei, ele era o avô e tinha o direito de conhecer.

Assim como o pai! - Meu subconsciente gritou

Seguimos para a creche e a moça me entregou Dylan, meu pai o pegou encantado mais então gelou e me olhou rapidamente, me puxando para um canto mais afastado.

- Filha.. O pai dessa criança é Guilherme Thompson?

Fiquei surpresa mais não escondi, como ele descobriu tão rápido?

- Sim - Abaixei a cabeça.

- Ele sabe?

- Não - Neguei

- E por que não?!

- Por que quando vocês me abandonaram, eu fui atrás dele e ele negou, então criei ele sozinho. - Falei

- Olá, me desculpem interromper - Guilherme apareceu e fiquei com medo de meu pai contar.

Meu filho jogou os braços para ele, que de imediato pegou o meu filho dos braços de meu pai.

- Viu como eles estão apegados? Você precisa contar, querida - Meu pai falou, quando nos afastamos um pouco deles.

- Ele não vai acreditar - Falei apertando os lábios.

- Não custa tentar - Meu pai falou.

Suspirei e acenei, iria esperar o momento certo. O pior era que ele nem lembrava de mim.

- Eu preciso ir querida, onde você mora?

- Não queira saber - Forcei um sorriso.

- Estou muito atrasado agora, mas volto aqui - Falou e me deu um beijo, saindo a seguir.

- Ele é seu pai?

Me virei para trás assustada, dando de cara com Guilherme.

- Eu já te falei que sim - Respondi apressada - Preciso ir, estou atrasada

- Tudo bem, vou ficar com ele mais um pouco e já o levo para a creche, posso?

- Claro - Sorri e fui até o elevador.

Me dei conta da burrice que fiz assim que as portas se fecharam.


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