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Capítulo 8


Era para ter sido uma noite especial. Para muitas mulheres, certamente seria.Não era bem assim que Vivian Golden encarava. Ela já teve essa noite especial. Nãodessa forma exagerada. Foi algo bem intimista. Não precisavam de tanto e nem tinhamnaquela época.


A sua mãe preparou com muito esmero aquele jantar. Colocou sua melhor toalhana mesa de madeira antiga de oito lugares. Sua louça de porcelana fora resgatada doarmário. Eram usadas apenas em ocasiões especiais, tal como aquela noite seria. Suafilha estava sendo pedida em casamento.


Jonathan e Vivian se conheceram na universidade logo no primeiro ano. Ele,estudante de administração, e ela, de direito. A atração entre ambos seria imediata.Tinham gostos parecidos e logo uma cumplicidade nasceria; aonde um ia o outro estavalá. Foi nessa época que Vivian entraria na vida de Henry White.


Henry e Jonathan, amigos de colégio interno. O rapaz teve o privilégio deestudar entre aqueles herdeiros por conta de seu pai ser um dos professores. Dividiramnaquela ocasião o mesmo quarto. Tornaram-se inseparáveis. Jonathan frequentaria amansão White nas férias. Ficaria amigo do grande amor de Henry. Graças a Jonathan, atimidez e insegurança de Henry foram superadas e finalmente conseguiu revelar-seapaixonado por Katherine, que sentia o mesmo. Acabaram sendo os três contra omundo, como gostavam de se denominar. E então ela partiu pouco tempo depois deVivian se juntar a eles. E Jonathan na época estava amando, enquanto seu amigomergulhava em um mar revolto de depressão.


Chegou a sentir-se culpado. Vivian acabaria sendo a ponte entre eles. Aospoucos ela trouxe Henry de volta ao convívio com o mundo. Precisavam ficar de olhonele. Com muito custo, voltaram a ser três sem a ilusão de dominar o mundo e maisfocados em manter Henry vivo.


Quando Jonathan sentiu que aquele era o momento de pedir Vivian emcasamento, ficaria ressabiado sobre a reação do seu melhor amigo. Estava confuso coma forma que ele receberia aquela notícia. Faria com cautela. Henry na época estavafazendo alguma especialização na área financeira. Edward, muito inteligente, fez o filhopassar por quase todos os setores de suas empresas. Queria que Henry tivesse a visãomáxima do que iria comandar no futuro e também manter a sua mente ocupada.Jonathan viria a trabalhar para os White e ajudava a manter o amigo nessa imersão.Henry não compareceu no jantar oferecido pelos pais de Vivian. Estava do outrolado do oceano com o pai em algum evento importante em Chicago, talvez aqui more arazão de Henry detestar tanto aquele lugar. Perdeu de certa forma um dos momentosmais felizes dos seus únicos amigos. Jonathan e Vivian eram e sempre seriam seusúnicos amigos.


Não estava presente no jantar de noivado, mas estaria ao lado do amigo no altarquando Vivian adentrou pela igreja decorada. Permitiu-se sorrir com sinceridade ealegria naquela ocasião. Normalmente, quando estava com os dois ele conseguia porbreves momentos sentir felicidade.


E assim seguiram os anos. Henry vivenciando seu estilo de vida desconectadodas emoções, enquanto seus amigos mergulhavam nelas. O primeiro filho do casalchegaria dois anos após a união, o segundo veio um ano depois. Vivian pararia detrabalhar. O cargo de Jonathan na White Health Corporation possibilitava lhe darsegurança e tranquilidade. E então Edward partiu. Henry assumiu a cadeira de diretor-geral. Jonathan ocupou a vaga de Henry. Prosperaram muito. Muitas mudançasocorreram naquela época, exigindo demais de ambos. Henry viajaria com maisfrequência. Os amigos distanciaram-se. O tempo passou. E então aconteceu.Foi tudo ao mesmo tempo. A doença de Emma White junto com o diagnósticode Jonathan. Cada um na sua dor e com Henry sentindo-se impotente e em débito comambos. Tinha um império em remédios e nenhum deles servia para curá-los, o máximoque faziam era aplacar suas dores.


Durante muito tempo Henry se questionou se toda a sua insistência commedicamentos e tratamentos havia sido correta ou apenas prolongara o inevitável. O seumelhor amigo morreria e ele colaborou para que aquilo durasse por tempo demais.Vivian não pensava dessa forma e inúmeras vezes tentou tranquilizar Henry deque Jonathan também não o culpava e sim lhe agradecia por nunca ter pensado emdesistir. Apesar de todo o sofrimento, ele pôde ver seus filhos crescerem e se formarem.Não os veria se casando, tendo filhos, mas pôde vê-los o máximo que lhe fora permitidoe tudo isso graças a Henry White e sua teimosia em não desistir de lutar contra a mortede mais um ente querido. Jonathan, no coração de Henry, era mais do que um amigo,era seu irmão.


E com isso as mudanças em Henry nesses últimos anos acabaram sendo sutispara um olhar menos treinado. Não para os de Vivian. Muitos anos ao lado de Henry lhepermitiam identificar tais nuances. O amigo estava mais leve. Podia jurar que percebialampejos de felicidade em seu semblante sério e sisudo.


— Não vai me contar o que está acontecendo? — Vivian lhe encarava com ummisto de diversão e curiosidade.


— Do que está falando?


— Não se faça de dissimulado comigo, Henry White!


— Não estou sendo. Simplesmente não sei do que está falando.


— Quem é ela? Porque tem que ser alguma mulher para te fazer desistir dessasacompanhantes. Precisa trazê-la para um jantar. Eu tenho que conhecer essa mulher.


— Você é impossível.


— E você é um chato! Soube que ela esteve aqui recentemente. Por que não nosapresentou?


— As notícias voam.


— Não imagina o quanto! E então?


— Não era o momento, Vivian. Não sei se existiriam apresentações formais, nãoé um relacionamento...


— Henry White! Vai me dizer que ela é uma dessas mulheres?


Depois de muita insistência, Vivian ficaria sabendo quem era a tal mulhermisteriosa. Em um primeiro momento ficou espantada com aquela revelação de que eleestava se apaixonando por uma de suas acompanhantes. Depois não o julgou mais. Se agarota estava conseguindo tirá-lo daquele casulo e lhe devolvendo emoções, não seriaela a repelir, e nem poderia. Certamente ficaria de olho na moça para que nenhum malacometesse Henry.


Agora Vivian refletia sobre essa noite que deveria ter sido especial, encarando-se no espelho da penteadeira da suíte de hóspede da mansão White. A mesma suíte emque sempre ficava quando ia com seu falecido marido. Suspirou profundamente. Sentiafalta dele mais do que admitia.


— Também sinto a sua falta. — Henry a encarava encostado no batente da porta,não tinha decidido se o melhor a ser feito seria entrar no quarto e ter aquela conversa.


— Acho que é algo que nunca vai passar. — Vivian retribuía o olhar através doespelho.


— Não passa, mas fica suportável.


— Venha aqui. — Vivian voltou seu corpo para o dele e lhe estendeu a mãoonde ele havia depositado o anel de noivado. — Não seja tímido, Henry White! —Vivian terminaria usando seu tom de voz divertido, aquele que fazia Henry sorrir.


Henry balançou o corpo, afastando-se da madeira branca que emoldurava aquelaentrada. Caminhou a passos lentos e sentou-se na beirada da cama diante de Vivian.Pousou suas mãos sobre a perna, esfregando-as contra a coxa. Seus pés quase nãotocavam mais o chão. A mulher sempre fazia uma cara de diversão para ele quando issoacontecia. Vivian sempre, desde que se conheceram, implicava com a sua altura.Jonathan era um homem muito alto, robusto, de sorriso amigável e olhar bondoso pordetrás das lentes grossas de seus óculos. Vivian ficava estacionada entre os dois.


— Acha divertido isso. — Henry sorria, apertando seus olhos.


— Muito! Devia comprar camas mais baixas. — Vivian voltou-se para o espelhoe começou a escovar seus cabelos.


— Talvez faça isso.


— Talvez ela faça isso.


Os olhares de ambos mudaram. Vivian podia ver os olhos azuis de Henry lheobservando pelo espelho e o mesmo acontecia com Henry para os castanhos de Vivian.


— Preciso te pedir desculpas por isso.


— Eu sei. Por isso veio até aqui.


— Não era para ela estar aqui. Ainda não sei como ela conseguiu entrar.


— Querido amigo, não sabe do que uma mulher é capaz de fazer por aquilo queela deseja muito.


— De toda forma não me surpreende ela ter conseguido entrar. Olívia é muitoperspicaz.


— E muito bonita. — Vivian tornou a sorrir e voltou-se novamente para ele. — Elembra Katherine.


— Com o tempo isso muda. No primeiro olhar notamos essa semelhança,principalmente quando ela está assustada, então depois ficam totalmente diferentes.


— Mas isso não muda o fato de que você se aproximou dela por causa dasemelhança com Katherine e é isso que me preocupa. Ela sabe?


— Precisei contar. Minha mãe a confundiu com ela.


— Dona Emma fez isso? Conseguiu lembrar-se de Katherine? Interessante.


— Também achei, naquela ocasião. O médico diz que é normal que lembremmais de coisas que aconteceram há muito tempo, o que me intrigou é que Olívia naépoca era muito mais velha do que quando Katherine faleceu, então como minha mãepôde confundi-las?


— Mistérios da mente, Henry. O que será que ela acharia disso tudo?


— De me casar com você? Ela gostava de você.


— Eu sei que ela gostava de mim. Mas ela não gostaria do que está acontecendo.Diria que ficamos loucos. E colocaria juízo na sua cabeça.


— Então nada mudaria. Eu continuaria sendo um velho solitário.


— Acha que ela não gostaria da moça?


— Você mesmo me chamou de louco quando soube o que ela era.


— Porque você é! Mas você a ama, Henry, e para ela estar aqui é porque sentealgo.


— Você é incrível.


— Por que diz isso?


— Qualquer outra pessoa iria me dizer que ela está aqui pelo meu dinheiro. Éexatamente isso que todo mundo irá pensar.


— Ela pode estar por esse motivo. O que eu sei dela vem de você e o que vocême deu me diz que ela está aqui porque ela sente algo. Pode não ser amor, mas é algopróximo a isso.


— Talvez seja. Agora é tarde.


— Tarde para quê?


— Vivian, eu firmei um compromisso com você perante a esse monte de gente.


— E vai ser infeliz por causa dessas pessoas? Por favor, né, Henry! Quando éque isso lhe importou?


— Quando não era apenas eu envolvido, agora tem você e tem os meninos.


— Sabe o que é mais provável que aconteça se você abdicar dessa mulher eseguirmos com esse casamento? Todos que você está protegendo ou honrando setornarão infelizes. E nós sabemos que isso é apenas um arranjo para que não fiquemossozinhos. Somos amigos, nunca iremos ser amantes.


— Talvez demore para que aconteça, mas pode acontecer.


— Sabemos que não. Procure ela. Conversem.


— Farei isso logo pela manhã. Estará tudo resolvido e novamente te peçodesculpas por ter te envolvido nisso tudo. Quando te pedi em casamento, acreditei queestava tudo acabado.


— Henry... — Vivian segurou em suas mãos —, quero que me prometa que iráfazer não o que você julga certo e sim o que te deixará feliz.


— Vivian...


— Pensa nisso. Pensa em tudo isso. O que temos para nos oferecer não precisavir de um casamento. Iremos ser sempre amigos e nenhum vai abandonar o outro. Euvivi um amor em sua plenitude e quero que você também viva o mesmo. Você merecemais do que qualquer pessoa que tenha conhecido. Vá até ela. Conversem.


Quando Henry saiu daquele quarto e seguiu para o seu no final do corredor,dúvidas e aflições pairavam em sua mente. Tinha tomado aquela decisão de casar-secom Vivian de forma definitiva quando Olívia partiu pela manhã sem ao menos lheacordar e se despedir de forma apropriada, como uma fugitiva. Era o momento dedesligar-se. Já havia prolongado demais uma situação da qual ela tinha razão, totalmentesem futuro. O celular era o último elo. E agora não o possuía mais.


E então um temor tomou conta de sua alma. Estava completamente sozinho esentiu medo. Não queria terminar daquela forma, mas também não queria voltar a seconectar afetivamente, como fizera Olívia com outra pessoa. O fato era que Henry nãodesejava mais sofrer por um amor que julgava não ser correspondido. Dessa forma,outra solução passaria por sua mente.Levou a proposta para a única pessoa que sabia que entenderia. Vivian entendeu.E aceitou. Também não estava disposta a se conectar com outra pessoa. E de certaforma ela e Henry já tinham uma conexão. De amizade e cumplicidade e julgava que eraisso que um casamento precisava e isso eles já compartilhavam. Ignoraram que umavida a dois se faz com muito mais. Vivian soube disso no momento em que viu Olíviasendo retirada do salão. O olhar da moça para Henry era o mesmo que ela deferia paraJonathan e por isso não poderia privar Henry de senti-lo. De vivenciar o que é seramado. Faria o que estivesse ao seu alcance para juntá-los definitivamente. Já teve suacota de felicidade e ainda se sentia plena, agora era a vez de Henry White.

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