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Capítulo 3


A madrugada chegaria e não aplacaria a angústia dentro do seu peito. Nem osexo um tanto agressivo com Orange a faria relaxar. Estava entregue à sua insônia, quevinha de tempos em tempos. Nesses momentos refletia sobre as suas escolhas, desdemuito jovem até a mais decisiva de todas: sua aposentadoria. E ainda tinha aquela.Abdicação de um amor, e essa de fato era a que lhe tirava mais o sono.


Sentou-se em sua sala na penumbra. Abriu a janela e a brisa do mar tocou suapele como um beijo suave, arrepiando seus pelos claros. Acendeu um cigarro. Detestavafumar, porém somente a nicotina a faria relaxar naquela noite quente de verão daFlórida.


— Sem sono?


A voz grave de Orange a tiraria do princípio de devaneio que o alívio da fumaçalhe trazia.


— Acho que é o calor. — Olívia respondeu sem tirar o olhar do balanço ritmadodas ondas.


— Não acho que seja apenas isso. — Orange sentou-se à sua frente, pegandocom seus dedos o cigarro e o levando aos seus lábios. Olívia observava com atençãoaqueles movimentos mecânicos. O ruivo era um fumante compulsivo. — Está maiscalma? — Ele prosseguiu assim que liberou a fumaça preta.


— E por que não estaria? — Olívia desviaria o olhar, tornando a encarar o mariluminado pela luz da lua.


— Por dois motivos... — Orange tragou novamente, porém dessa vez liberou afumaça com mais rapidez. — Primeiro a forma como transou comigo, e segundo pelamaneira como falou comigo mais cedo, no depósito...


— Você tinha simplesmente que resolver o problema dos refrigeradores e o quevocê fez...


— Fui com minha filha ao cinema. Como você havia sugerido.


— Isso porque pensei que estava tudo resolvido.


— E está, Olívia. O técnico estará aqui pela manhã e eu dei um jeito provisório.Não deixamos de servir nada gelado e muito menos os alimentos armazenadosestragarão.


— Eu sei. Desculpa. — Olívia lançou um olhar tímido para novamente desviar.Estava difícil lhe encarar nos olhos e não ser descoberta.


— Mark mencionou que alguém lhe procurou mais cedo. Quem era? — Orange,por outro lado, a encarava com curiosidade ou mesmo provocação, sabia que tinha algoalém dos refrigeradores com defeito e sentia que o motivo era essa visita.


— Como? Ele não me disse nada. — Olívia mentiu.


— Deve ser algum vendedor ou representante querendo enfiar mais algumacoisa nos nossos narizes. Vou falar com Mark e dizer que sou eu que trato disso e nãovocê. — Orange podia ter insistido, mas sentiu que não era o momento, teria que comerpelas beiradas e isso ele fazia com sabedoria.


— Isso seria muito bom. — Olívia esticou a mão pedindo o cigarro de volta.


— Você não fuma, por que isso agora? — Orange lhe devolveu o cigarro.


— Me deu vontade. — Olívia tragaria com prazer.


— Não vai me contar o que aconteceu, não é? Mas eu sei do que se trata.


— Sabe? — Se Olívia estivesse diante de um espelho naquele momento, terialido a palavra culpa em sua testa. Orange via algo semelhante a isso.


— Sam! — Orange desistiu de jogar a isca e mudou o seu jogo.


— Sam é uma garota esperta, aquele rapaz não vai persuadi-la.


Um alívio percorreu o corpo de Olívia. Pensou que Orange achava que apreocupação que ela deixava exposta fosse sobre o possível namoro da sua enteada comum dos garotos dos arredores. De fato, Olívia andava se preocupando com isso.Samantha estava naquela idade das descobertas, tal como ela já esteve no passado.


— Mesmo assim precisamos ficar atentos, nós somos os adultos e ela está sobnossa responsabilidade. Adele não irá gostar nada, se acontecer algo com ela. — Olíviaprosseguiu, estava aliviada com o rumo que a conversa havia tomado.


— Mato ele antes disso. — Orange terminou o cigarro, o apagando no beiral dajanela.


— Não diga tal bobagem. É só conversarmos com ela. Pode deixar que faço isso.Ela me escuta melhor. — Ajeitou-se no sofá, colocando os pés sobre o colo de Orange.


— Talvez por você ser mulher.


— Porque eu não sou a mãe, Orange. Ela me vê como uma amiga e infelizmentedamos mais ouvidos aos amigos do que para os pais.


— Será que ela já... — Orange não seguiu e Olívia entendia o motivo.


— Até onde sei, não — respondeu com um sorriso que o tranquilizou, mas nãopor muito tempo. — Em breve vai acontecer e ela não vai te dizer.


— Prefiro assim. Saber da vida sexual da minha filha é um milhão de vezes piordo que saber da vida sexual dos meus pais.


— Afinal, pais não transam!


— E nem filhos.


Olívia sorria enquanto deixava o rosto do ruivo na penumbra e buscava a visãodas águas calmas do mar indo de encontro à areia. A lua estava clara naquelamadrugada, o que possibilitava uma visão muito limpa da praia em frente ao seu lar.


O carro estranho não estava mais ali. Não havia carros na rua. Havia apenas obarulho do oceano. E ela ainda escutava aquele sotaque britânico dentro de sua mente.Sentiu vontade de chorar. Não podia. Não estava sozinha. O homem que tinha escolhidocomo parceiro estava ali no sofá, acariciando seus pés.


O cheiro da nicotina ainda estava intensa e lhe arrancou dos pensamentosdestrutivos. Orange estava perto.


Em silêncio, se mediram. Olívia um tanto mais calma. Estava a salvo, nãoprecisaria entrar no assunto Sr. White, algo que se policiava desde que se mudaram paraFlórida  e resolveram retomar de onde pararam.


Orange chegou a pensar em pedi-la em casamento novamente, porém o medo darejeição fizera com que mantivesse aquela união não oficializada. Olívia certamenteagradeceria por aquilo. Seria com muita dor, mais do que a outra vez que lhe dissera umnão. Ficar como estavam era o mais correto.


As mãos calejadas dele subiam pelos seus tornozelos. Olívia escorregou no sofáe fechou os olhos. Gostava daquelas carícias despretensiosas. O toque chegou entre suascoxas brigando com a maciez do tecido de sua camisola.


Ela sentiria o movimentar do sofá quando ele inclinou seu corpo largo e malhadoem sua direção. Orange, como sabemos, não é um homem muito alto, tinha poucoscentímetros a mais que Henry. Agora a sua estrutura corporal já era diferenciada. Nãoque fosse um rato de academia, e nem precisava. Trabalhar durante anos em uma loja demateriais de construção contribuiu para ter um físico invejável. Olívia gostava de vê-lonu. Havia harmonia e as manchas características dos ruivos o tornavam ainda maisatraente.


Com cuidado, ele afastou seus cabelos loiros, agora mais longos, do seupescoço, e com a boca foi em direção à sua clavícula exposta por conta da camisola dealça que usava.


A barba rala dele roçou em sua pele. Mesmo não desejando, não conseguiu ficarinsensível àquele toque. Seus pelos ouriçaram, um arrepio passou pela sua espinha e umsuspiro doce fora emitido.


Ele entendeu aquilo como um convite para continuar e assim o fez. O tecido finojá não lhe cobria mais os seios rosados, uma língua brincava com seu bico rijo.Olívia ofegava. Avançaria com sua mão delicada de encontro ao seu sexo jáúmido e seus dedos dançavam em sincronia como verdadeiros bailarinos.Orange ofegou, abocanhando aquele seio com vontade. Dessa vez ele é quemcomandaria. Assim supunha. A mulher fingia deixar que ele pensasse dessa forma.Sendo assim, tocou-se mais profundamente.


— Vamos para o quarto. — Orange sussurrou em um breve desencaixe de suaboca daquela pele macia e suculenta. — Não estamos sozinhos.


Olívia o puxou pelos cabelos e encarou os olhos castanhos. Ele estava certo, afilha de seu companheiro dormia no quarto mais próximo a eles e poderia surpreendê-los a qualquer instante.


— Você me tira do eixo! — Olívia sorriu e o puxou até o quarto no final docorredor.


As camas ainda estavam em total desordem, tais quais seus pensamentos horasantes, porém não mais agora. O ruivo trancou a porta. A loira livrou-se da camisola. Eleremoveu a cueca. E ela deixou que ele a dominasse. Fim da insônia.


***


— Tem certeza, tia Liv, que não quer ir conosco? — Sam abraçava Olívia deforma apertada pela cintura. — Você é muito mais divertida do que ele.


— Muito obrigado! — Orange encarou a filha com ar de reprovação.


— É verdade, pai, você fica aí só me controlando. Nem a mãe chega a ser tãoneurótica.


— Porque não é no seu pé que ela virá se algo acontecer com você... — Orangeficou pensativo. — Na verdade, se alguma coisa acontecer com você, ela virá direto naminha jugular.


— Quanto exagero! — Olívia começou a rir. — Meu amor — agora voltava-separa Sam ainda enganchada em seus braços —, alguém tem que ficar e tomar conta dobar...


— Não tem não!


Orange a interrompeu como se afrontasse ou como se esperasse uma desculpamelhor. A decisão de levar Samantha à Disney veio como um teste de Orange paraOlívia. O que havia acontecido há dois dias ainda não saía de sua mente. Teria queachar uma forma de sanar as suas suspeitas e foi assim que encontrou, uma viagem em"família" até o parque encantado. E, como o esperado, ela não iria.


— Pode dizer que não gosta desse tipo de coisa, tia Liv, eu vou entender.


— Desculpa, docinho. — Olívia a abraçou e acariciou aqueles lindos cabelosavermelhados herdados de seu pai. — Aquele lugar não me traz lembranças muito boas.


De fato não traziam e Olívia nunca desejou voltar. Nunca mais fora a nenhumoutro parque de diversões depois das últimas férias que teve com a sua famíliacompleta. A verdade é que quando ele não voltou, se afastaria de tudo que lembrasse doseu pai. Orange havia esquecido dessa parte de sua história e agora dúvidas pairavamsobre sua consciência. Será que era isso mesmo que a fazia declinar do convite ou aresposta estava no tal homem misterioso que a procurou, conforme Mark lheconfidenciou? Teria que aguardar.


— Sam, precisamos ir, sabe como aquilo é cheio, ainda mais nessa época doano. — Orange achou por bem terminar aquela conversa, não queria vê-la chorar porconta dessas lembranças e também porque houve momentos que se viu como esse pai,não mais agora que tudo havia entrado nos eixos.


— Tirem muitas e muitas fotos! — Olívia os acompanhou até a caminhonete,jogando beijos no ar.Sam lhe enviou vários de volta. Orange apenas a encarou. Olívia não sabia comointerpretar aquele olhar. Sentiu apenas que não gostou.De volta ao lar agora vazio, diante do espelho, via o seu reflexo e tudo de erradoque faria logo em seguida. Faria algo que talvez não tivesse volta, mas precisava colocarum ponto final decisivo dessa vez. Teria que se arriscar.

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