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15 - O Plano Perfeito

Assim que terminamos nossa atividade no pátio, chamei Jasmim para conversar, eu não aguentava ficar com aquela notícia só para mim. Sentamos na escada da varanda aproveitando para observar os primeiros instantes da noite.

    — Jasmim, vou ter que ir embora!

    — Não, não vai! — falou Jasmim já começando a chorar.

    — Me disseram que meus pais não estão pagando minha internação e só vão me manter aqui até o final de semana se eles não pagarem.

    — Vou pedir para meu pai pagar para você! — ela disse meio desesperada.

    — Não é certo! Eu venho te visitar Jasmim, também vou sentir sua falta!

    Jasmim me abraçou forte enquanto chorava sem parar, e eu disse:

    — Logo você vai ter outra colega de quarto e nem vai se lembrar de mim.

    — Impossível! — Jasmim respondeu tentando se recompor.

    — Quem sabe quando você sair daqui poderemos nos ver de novo?

    — Se você sair acho que vou entrar em depressão, não vou nunca me recuperar! Não quero perder você também, você tem sido minha família! — Eu achava Jasmim bem dramática, mas ela falava tão dolorosamente que me comovia. Como ela havia se apegado tanto a mim em apenas dois meses?

    — Jasmim você vai se cuidar melhor ainda para poder sair logo e daí nos encontramos! Certo? Promete?

    — Mas você disse que não queria voltar para sua casa, vamos fugir!

    Fiquei ali tentando ser racional e convencer Jasmim do que era “certo”, passamos quase uma hora ali, o céu estava bem escuro e fazia frio, então falei segurando as mãos dela:

    — Vamos esperar para ver se meus pais pagam até o final de semana, quem sabe eles só tiveram algum imprevisto.

    — Ísis, estou apaixonada por você! Você não percebe? — Jasmim confessou e prosseguiu — Comecei até a ter vontade de viver, de melhorar, de me recuperar!

    Dei um sorriso de lado, achando meio engraçado, pois ela havia dado vários sinais mas eu sempre ficava confusa sobre o que significavam.

    Eu não conseguia ser sentimental, a fobia social sempre me fez ver as pessoas como algo que eu deveria ficar longe, e os sofrimentos que vivi me deixaram muito fria. Mas confesso que senti uma “ligação” com Jasmim, essa era a palavra mais romântica que eu poderia dizer.

    Fomos jantar como se nada houvesse acontecido, mas durante a noite fui acordada quando Jasmim se deitou na minha cama. Ela me abraçou por trás, colocando suas pernas entre as minhas, pôs uma mão na minha barriga por debaixo da blusa e o rosto em meu pescoço. E eu? Não fiz nada.

    No dia seguinte agimos naturalmente, descemos mais tarde para o café da manhã e ficamos conversando de boa, já que não esperávamos visitas, nem o pai dela iria neste dia devido a confusão do encontro anterior.

    — Ísis, tem visita para você! Vai no pátio! — gritou a coordenadora.

    — Será que seus pais vieram te buscar? — falou Jasmim chateada.

    — Pode ser! Vou ter que ver! — respondi enquanto Jasmim me segurava para me impedir de ir.

    — Vamos juntas ver quem é?! — falei.

    Chegamos no pátio mas não tinha ninguém me esperando, então disse para a coordenadora que ela havia se enganado.

    — Está ali, olha! — respondeu apontando um rapaz que eu nunca havia visto.

    Mesmo achando que era um engano fui com Jasmim até ele.

    — Oi!? Por um acaso você está me procurando?

    — Só se você for a Ísis!

    — Sim, e você é…?

    — Irmão do Elohim, vim te trazer uma mensagem dele. — respondeu me entregando a carta.

    — Que surpresa! — falei e perguntei se estava tudo bem com o Elohim e tudo o mais, mas o rapaz não quis conversar, só respondeu rapidamente e foi se despedindo. 

    — Seja rápida! — ele disse, mas eu não entendi o que ele quis dizer.

    Eu e Jasmim sentamos no banco mais próximo para ler, pois ficamos bem curiosas, a carta dizia: 

“Ísis, vim te buscar! Você foi minha única amiga neste lugar insuportável, não quero sair e te deixar aí! Faça como fiz, pegue só o que couber embaixo da blusa e nos bolsos para não chamar a atenção e quando abrirem o portão para alguém sair, corre o mais rápido possível, estou do outro lado da rua no carro prata com vidro fumê, meu irmão já vai estar pronto para ligar o carro! Corre!”

    Jasmim se alarmou e foi levantando: 

    — Vamos! Vamos! Quero ir! 

    — Não Jasmim! Eu vou e você vê se segue o tratamento direito para ir logo embora.

    — Por que você não me quer com você? Mesmo que eu tenha alta, não quero voltar a morar com minha madrasta, quero ficar com você!

    — Não posso cuidar de você, você ainda precisa se tratar aqui. — falei sem sentimento.

    — Você não tem que cuidar de mim, temos a mesma idade, podemos cuidar uma da outra. Vou pirar sem você, eu te amo! — Jasmim transmitia um imenso sofrimento, mas talvez fosse só manha, coisa de menina rica.

    — Para de drama, se ame primeiro e se cuide, esquece de mim, sou um ser livre! E agora para de me atrasar. — Tive que ser rude, senão ela não desgrudava.

    Preferia que Jasmim ficasse com raiva de mim e nunca mais quisesse me ver, então eu seguiria para a liberdade em paz, uma liberdade que eu nem sabia no que daria...

    Jasmim ficou chorando no banco, mas logo não resistiu e me seguiu no quarto, ela não parava de falar e isso me importunava demais. Ter que ouvir alguém falando e falando era claustrofóbico, como se eu estivesse presa energeticamente.

    — Cala a boca Jasmim! Dá licença!

    Quanto mais eu pedia, mais ela me perturbava.

    — Jasmim, se você não parar vou chamar as enfermeiras para fazer você parar com esse teatro!

    — Chama mesmo! Você não se importa comigo! Não sou nada para você!

    — Para com isso, por favor! Nós nos conhecemos há apenas dois meses, por que toda essa obsessão? — questionei raivosamente.

    — Não é obsessão, eu te amo Ísis, eu te amo de verdade!

    — Não pode ser, você mal me conhece.

    — Eu não preciso te conhecer bem, eu te sinto dentro de mim!

    — Me larga, deixa eu pegar minhas coisas logo e aproveitar a minha oportunidade de mudar de vida. Além do que eu não namoraria uma mulher, aliás, não namoraria nem um homem, não quero saber de nada disso! Quero ficar sozinha, entendeu?

    Ela não parava, insistia e insistia, foi um pesadelo, isso me deixou com muita raiva, pois era um momento em que eu deveria estar feliz e concentrada na minha fuga.

    — Dá pra falar baixo pelo menos ou você quer chamar a atenção de todos para me atrapalhar? Estou falando sério, se você não parar vou chamar as enfermeiras e se você contar meus planos, vou dizer que você está surtando!

    Jasmim não se aguentava de desespero e começou a dar socos na parede, eu fingi que nem estava vendo e fui pegando todas as roupas que consegui vestir, peguei meu diário e documentos, era tudo que eu tinha de importante.

    Fui saindo, mas Jasmim se jogou nos meus pés me segurando. Comecei a gritar pelos enfermeiros, não sei como não tinham vindo antes já que havia uma câmera no quarto, talvez isso foi devido ao movimento do dia de visitas que sempre deixava a equipe muito ocupada.

    Aproveitei então que a atenção se voltou para ela, e enquanto tentavam acalmar Jasmim, fui saindo sem ressentimentos, afinal cada um que cuide de si! 

    Me misturei aos visitantes que estavam próximos ao portão. Elohim baixou o vidro do carro e me deu um sinal de que tudo estava certo, e para minha sorte o guarda que fazia o turno não me conhecia. Então saí e entrei no carro, nem precisamos correr, pois não havia perseguição.

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