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7° Capitulo ¹°ᴬᵗᵒ

—  Mãe! — Tian-Ti correu até nós e se ajoelhando e  colocando o torço de sua mão na testa de sua mãe, checando a temperatura.

— Ela ficou assim de repente.— explico, nervosa. — Devemos chamar um médico real?
Ele negou com a cabeça e logo olhou para mim, percebendo a minha presença, arregalando seus lindos olhos, um pouco indignado com oque verá a sua frente, a próxima Rainha, boba que está tentando fugir da realidade.

— Porque está aqui? Você deveria de estar na seleção! — disse indignado.
— Até você! — reclamei, bufo irritada.

Ele virou o seu corpo para mim  e assegurou  as minhas mãos, apertando fortemente como um pedido de apelo, seus olhos lacrimejam. 

— Escute minha Mas-ayu! Você deve voltar ao palácio, pense bem. Mesmo estando com o Chio-fu, vou estar sempre ao seu lado. Caso você não seja de quem cuidarei, vou ter que proteger outra Rainha sem ser você, e isso é uma lástima.

A mãe de Tian-Ti colocou sua mão sobre o meu ombro. Ainda trêmula pela recaída anterior. — Tian-Ti correra perigo se você não estiver lá para defende-lo. O rei já matou o meu marido e ele não vai medir questão de esforço se Tian-Ti fizer algo de errado. — o medo cruzou o seu rosto, daquela mãe que tem receio de perder o única pessoa da família que lhe sobrou.
Tian-Ti pode morrer por minha causa, se eu não aceitar o meu destino. Todos tinham razão, menos eu. Eu sou idiota por pensar em mim mesma.

Levei a a minha para o rosto de Tian-Ti, ele ainda mantia sua mão assegurando fortemente a minha, afaguei sua bochecha e sorri. Não quero ver ele triste e muito menos a sua mãe assim, desamparada.
— Pelo seu bem e de sua mãe, cumprirei com o meu dever.
— Obrigada, minha Mas-ayu! — Tian-Ti agradeceu, animadamente.

Olhei para mãe de Tian-Ti, ela esboçava um lindo sorriso amarelo, aliviada com a minha decisão.
— Obrigada minha querida, vou ficar em débito com você.

— Não será necessário, eu faço isso porque amo vocês dois e quero protegê-lo.
Ver os dois sorrindo em agradecimento, aquece o meu coração. Depois que ouvi o necessário, peguei o meu cavalo e voltei ao palácio bem a tempo da seleção. Chio-fu me escolheu pela minha boa conduta, mesmo ele sabendo que sou uma Herdeira da Lua que ninguém quer ter como rainha.

Fui arrancada do meu estupor.
— Minha rainha, oque aconteceu? Chio-fu me sacudiu, assustado.
— O Que aconteceu? — questiono perdida e zonza.

As minhas lembranças foram tão além que me dou conta de que o rei Deposto já não estava lá e que já acontecerá diversos eventos enquanto a minha alma viajava por aí.

— Você ficou pálida, tem algo de errado acontecendo com você?
— Não que eu saiba. — respondi, tentando me recuperar.
— Estão está tudo bem, eu vou ter que sair para fora do salão. Vou checar como está a organização das apresentações. Se me der licença, Minha Rainha. — Chio-fu pegou minha mão e beijou seu torço, logo saiu a passos para fora do salão.

— Alteza. — me arrepio da cabeça aos pés ouvindo a sua voz aveludada, não a ouvia por longos minutos atrás. Me virei para vê-lo.
Tian-Ti sorriu se curvando, elegantemente. Quando ergueu a cabeça me lançou um olhar sedutor, que me fez congelar no lugar de onde estava.

— Majestade?
— Para com isso. Você sabe que não precisa me tratar assim tão formalmente. — lhe repreendi. Tian-Ti curvou seus lábios em um sorriso sem dentes. Logo se aproximou ficando ao meu lado virando seu rosto e aproximando quase perto de minha orelha.

— Preciso tratar você assim, formalmente para que ninguém nunca suspeite. — riu, olhou para os lados certificando-se que ninguém o veria, como não tinha perigo aproximou-se mais de mim quase colando seus lábios na minha orelha, pude sentir o calor de seu hálito.
— Mais tarde se você quiser, eu posso lhe tratar informalmente. — rosnou malicioso me fazendo engolir seco, ondas de arrepio foram enviadas a minha espinha.

— E como o guarda Tian-Ti, pretende fazer para poder ser informal mais tarde? — questiono curiosa. — Tem algum plano para eliminar o nariz arrebitado?

Ele soltou um risadinha, orgulhosa.
— Você nem imagina como eu pretendo mater o nariz arrebitado longe de você nesta madrugada.
— solto uma leve risada abafada, sentindo as minhas bochechas queimarem.
Tian-Ti pegou duas taças pequenas feitas de ouro quando uma das criadas passou com a bandeja. Ele me estendeu uma das taças, peguei a taça e sorri.

— Este é um subestimado vinho temperado a cerca de duzentos anos. Um dos melhores do mundo humano. — comentou analisando o conteúdo da taça, olhei também um pouco curiosa. O líquido era transparente parecendo apenas água, apenas pequenas borbulhas e seu cheiro de álcool presentes.
— Saúde! —  ergueu a taça.
— Saúde! — bati a minha taça contra a sua. Viramos as taças sumindo com o conteúdo delas, eu só não posso beber mais. Não quero ficar bêbada e correr o risco de me tornar fácil para Chio-fu.

A nossa alegria durou por pouco tempo, as princesas de Perdwon e Ordwon avistaram nós.

— Rápido, finja que eu não estou aqui! — me escondo atrás de Tian-Ti que ficou estático.
— O- oque aconteceu? — questionou sem entender.
— Olha só, alteza! — as princesas se aproximaram.
— Alteza? Perdão a pergunta, mais porque está atrás do Guarda Chin?
— Malditas... — praguejo baixinho saindo de trás de Tian-Ti, sorri forçado para elas. Elas se curvaram em respeito.
— Oque trás as senhoritas aqui? — indaguei já sem paciência.
Essas garotas só me irritam. Ambas tem algo em comum, a Princesa Lim Min-lan de Perdwon o reino da primavera. Com seu jeitinho tóxico, tenta chamar a atenção de Chio-fu, e na verdade ela só quer o poder no trono.
Já a princesa Ham Ben-lin de Ordwon, o reino do outono. Essa não me engana, seu olhos brilham quando vem Tian-Ti.

— Estamos aqui para desejar sorte para governar o reino.
— Isso é uma ameaça?! — soltei. Ergo uma de minhas sombrancelha.
Min-lan mostrou um sorriso amarelo.
— De jeito nenhum, Majestade. Que tipo de pessoas nós somos desejando o mal de nossa rainha? Nunca.
— Sei... — resmungou mais para mim. — Conheço vocês a anos, sei que estão tramando alguma coisa para mim nesta festa. — Soltei baixinho sem querer, mas querendo atingir.
— Oque disse?
— Nada não. Vão aproveitar a festa, vão! — digo tentando empurrar elas.
— Porque não conversamos mais? — sugeriu Ben-lin. — Como está sendo a vida cuidando da rainha, Guarda Chin? — Ela se aproximou dele me causando náuseas.

— Está perfeita, desde que a rainha esteja bem. — Tian-Ti me lançou um olhar implorando por ajuda.

Tentei avançar para arrancar a forças Ben-lin pelos cabelos, mas Min-lan cruzou minha frente e sorriu me entregando uma taça de vinho.
— Que tal uma taça dos melhores vinhos, Rainha?

— Agradeço a gentileza. — forço um sorriso e pego a taça. Bebo o conteúdo da taça em um gole, logo entrego a ela apressadamente tentando avançar novamente, porém novamente ela me empurrou pra trás virando vinho no meu peitoral.

Olhei indignada para mancha  bordô de vinho no meu peito.
— Mil perdões, Alteza! — Min-lan se desculpou. Senti seu ar de deboche de cobra venenosa.

— Alteza! — Tian-Ti empurrou para o lado Min-lan que lhe lançou um olhar raivoso.

Ele pegou panos que estavam ao seu lado na mesa e se aproximou de mim. Tentando secar o vinho do meu peito. Meu olhar encontrou o dele enquanto ele colocava o pano delicadamente sobre os meus seios, senti um formigamento onde ele passava o pano e se ele não parasse de me olhar daquele jeito eu não me responsabilizaria pelo que ia acontecer na próxima cena.

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