5° Capítulo ¹° ᴬᵗᵒ
Direcionei meu olhar para Chio-fu, o seu semblante sério, algo que eu falei não foi necessário? Ou realmente tenho que seguir as diretrizes de uma Rainha e seguir as regras que aprendi no grande Templo dos Estudos? Trágico, eu não sou assim como pensam. Eu não sou a Rainha que todos queriam que eu fosse.
O silêncio foi mútuo entre os súditos, e das demais pessoas da realeza.
Certifiquei-me de olhar de canto para Tian-Ti, o mesmo sorria satisfeito com o meu discurso, o único que me apoiou. Meus pais não tentaram esconder a sua reação, ambos com a mão na boca reprimindo a vontade de me corrigir, nada que eu já não esteja acostumada.
Meus sogros, a Rainha Deposta estava com seu semblante neutro, ela só estava apenas existindo naquele momento. O Rei Deposto balançava a cabeça em negação, algo que era novo pra mim, ele me tratava bem e como se eu fosse sua filha e agora está aí com essa cara de desgosto exposta para todos os súditos verem.
- Bom... - Chio-fu chamou a atenção de todos, ele juntou suas mãos e virou-se para mim, demostrando o seu melhor sorriso depois da grande vergonha que passou. - Minha rainha está na hora, o sol já está no poço, falta a minha querida lua para finalmente começar a festa.
É melhor eu me livrar desta tarefa de uma vez para aproveitar oque a de bom em uma festa de casamento do Reino das Estações, eu garanto que é mil vezes melhor que de um humano qualquer do outro lado do poço divido.
Virei-me e com a a escolta de Tian-Ti e Chio-fu andei até o poço largando delicadamente a minha lua reluzente no poço.
- Pelo reino. Chio-fu pegou a minha mão, apertando.
- Pelo reino. Sorri retribuindo o aperto.
Olhei para a água do poço que dividi o reino do mundo, como não estamos no mundo em si e sim acima dele é muito bonito presenciar o evento, a lua se escondeu atrás da terra e o sol se alinhou frente a terra, o sol brilhou intensamente e a lua escureceu. Chio-fu passou sua mão sobre a água para mudar o ângulo que estávamos vendo o eclipse mostrando agora a visão que os humanos estavam tendo do eclipse. A lua ficando cada vez mais alaranjada conforme o sol se alinhava com a terra.
- Owwwww ... Disseram os súditos encantados com tal beleza no nosso céu do Reino.
Olhei para o nosso céu, oque reflete na água do poço transparece no nosso céu. Agora podia ver a minha lua alaranjada.
- Não é lindo, Minha Rainha? - Chio-fu se virou para observar o eclipse também.
- Sim um verdadeiro espetáculo. - Era encantador ver como a minha lua ficava incrivelmente brilhante sob o sol. - Oque acha disso Tian-Ti? - Perguntei virando o meu rosto para ele.
- Não é mesmo admirável, Tian-Ti?- Reforçou Chio-fu.
No escuro não pude detectar seu semblante, só via a sombra de seu rosto e a luz do eclipse não me ajudava a ver.
- Sim, é muito lindo o eclipse. - Sua voz saiu um pouco roca.
Estava escuro por causa do eclipse algo novo para nós que só vemos o eclipse quando é uma nova junção de reinos, e isso aconteceu a vários anos atrás.
Consegui me mover para perto de Tian-Ti, aproveitei que todos estavam prestigiando o eclipse. Levei a minha mão até a sua e a entrelacei. Ele puxou um pouco a sua mão com o susto, mas apertou a minha mão logo, acariciando com o polegar a minha pele fazendo as minhas borboletas do estômago acordarem. Mas sabia que ele estava triste ao ver o eclipse, perder a sua mulher para um babaca era de mais para ele. Não precisei olhar para ele para saber que o mesmo sorria, enquanto mantia a minha mão em segurança com sua.
Logo soltei a sua mão e como aviso dei um tapa em sua bunda, ele levou sua mão no local dolorido, me encarou sem dizer nada, soltei uma risadinha muda. Sai rapidamente antes que ele devolvesse o tapa e fui para ao lado de Chio-fu, ele estava vidrado no eclipse.
Percebendo a minha presença seu braço rodeia a minha cintura me mantendo mais perto dele. Reprimi a vontade de lhe empurrar.
- Minha rainha... - Pausou levando sua outra mão ao meu rosto e como polegar ele passa sobre o canto dos meus lábios. A vontade de vomitar era óbvia para mim, mas me mantive quieta lhe observando.
Logo ele tirou a sua mão e analisou o seu polegar, tinha uma espécie de água que brilhava em seu dedo.
- Sua lua é tão brilhante que até respingou uma gota em você. - Dito isso, ele lambeu a substância brilhante, nunca tinha visto aquilo na minha vida. Meu estômago embrulhou vendo a cena.
Ele se aproximou do meu ouvido roçando seus lábios no mesmo, fiquei parada imaginado Tian-Ti observando.
- Porque você é tão doce, minha Rainha. - Ele sussurro e se afastou devagar. Não sei aonde meter a minha cara nessa situação tão estranha.
Olhei para o eclipse, ele estava acabando, finalmente.
- O eclipse. - Apontei para lua me livrando do seu braço rodeado na minha cintura.
- É mesmo, preciso pegar o sol. - Logo a serva real correu com a almofada real até o poço divido, Chio-fu a seguiu, ele enfiou as mãos na água do poço retirando a esfera reluzente.
Aproveitei para me explicar para Tian-Ti. Meu olhar direcionou-se para aonde Tian-Ti deveria de estar, e ele não estava mais lá, esses desaparecimento são contínuos quando esses tipos de evento acontece, quando Chio-fu está sendo meloso comigo.
- Tian-Ti... - Sussurrei para mim mesma, senti um aperto no coração, ele pode estar magoado com tudo isso.
- Minha rainha. - Chio-fu me chamou, animado. Ele estendeu a sua mão como convite, meia receosa aceitei, ele me puxou para podermos anunciar a festa.
Palanquins já nos esperavam para levar até o salão onde acontecera a festa.
Olhei para todos os nossos súditos, ministro, Eunucos, as princesas e nossos pais se curvaram e manterem a posição até gritarem eufóricos:
- Vida longa ao Rei e a Rainha.
Chio-fu sorriu para mim e eu retribui.
- E que comece a festa! - Chio-fu e eu gritamos e uníssonos.
- Festa! - Todos retribuir no mesmo tom.
Olhei para o palanquin enfeitado de fitas vermelhas e dourada com lanternas com desenhos de eclipse pintadas a mão penduradas nos quatro cantos da caixa que nos carregaria até o salão de festas. Achei um pouco exagerado demais para tal ocasião.
- E porque não damos os nossos grandes saltos como um presente para os nossos súditos? Somos bons com isso é uma habilidade útil. - Sugiro, empolgada.
- Minha Rainha, temos que seguir as regras da tradição do casamento. - Ele cruzou seus braços atrás do corpo. - Aliás, temos que guardar energia para mais tarde. - Ele saiu a passos, animado.
Revirei os olhos.
- Nossa como ele é chato, se fosse o Tian-Ti aceitaria participar.- Resmunguei baixinho.
Fomos direcionados pelos Eunucos e as criadas até o palanquin, é tipo uma caixa que nos carregas, os criados são encarregados de nos levar, cada uma em uma ponta ao total são quatro criados que fazem a tarefa.
Quando me preparei para entrar no palanquin com a ajuda da mão de Chio-fu vi Tian-Ti e a guarda real chegando para fazer a escolta até o grande salão. Logo já pulei para dentro para podermos chegar mais rápido no salão. Todos estavam nos seguindo logo atrás.
Chio-fu estava sentando ao meu lado tamborilando seus dedos na madeira da parede do palanquin. Já estava ficando sem paciência, a minha vontade era de cortar seus dedos fora para ele parar com esse barulho irritante.
- Está ansiosa para a nossa noite? Porque eu estou. - Seu olhar brilhou malicioso.
Engoli seco, tinha me esquecido completamente desta pequena parte, a Consumação do rei e da Rainha para um herdeiro. Tian-Ti vai ficar furioso quando souber. Eu não queria ter a minha primeira vez com a pessoa que eu não amo, como eu vou me sentir me entregando para o homem que não sinto nem um pingo de atração? Herdeiro, é só nisso que Dinastia dos Reinos das estações, pensa.
- Minha Rainha? - Chio-fu me chamou balançando a mão na frente do meu rosto.
- Sim?
- Está pronta para nossa primeira noite? - Ele reformulou.
Assenti freneticamente para parecer convidativa.
- Com toda a certeza. - Sorri.
Ele curvou sua boca em um meio sorriso.
Parece que ele é fácil de se moldar.
Meus pensamentos foram interrompidos pela mão que pousou em minha coxa.
- Faz um tempo... - Ele alisou minha coxa suavemente. Não deixei por muito tempo dou-lhe um tapa na mão que o faz recurar.
- Ai! Minha Rainha! - Reprendeu esfregando o local vermelho.
Estiquei meu dedo indicador quase enfiado em seu rosto como um aviso.
- Não me toque antes da festa acabar. Lhe lancei um olhar raivoso.
Ele balançou a cabeça em negação erguendo suas mãos em sinal de redenção, logo sorriu bobo.
- Como quiser, Minha Rainha
- Acho bom. - Resmungo.
Aqueles minutos pareciam séculos e séculos, já estava com vontade de sair correndo desse palanquin.
O palanquin parou de se mover, sinto o pequeno baque quando o soltaram suavemente no chão.
- Majestades, chegamos. - Anunciou um dos Eunucos
- Finalmente! - Deixo escapar, Chio-fu me observou franzindo o cenho. - Finalmente podemos aproveitar a festa. - Sorriu para concertar recebendo do mesmo um sorriso maroto.
A pequena porta se abre revelando lá fora.
- Desça primeiro, Minha Rainha. - Mandou.
Assenti, levanto a saia do meu Hanfu para poder sair, fui interrompida por uma mão de palma virada para cima. Coloquei metade do meu corpo para fora e olho para cima. Meu guarda estava com seu peito inflamado com o mais puro orgulho. Seus olhos me observavam profundamente, seu cheiro invadiu as minhas narinas, chuva que aroma gostoso.
Meus olhos brilharam de felicidade, ele sempre está aí meu lado.
- Majestade. - Ele chamou a atenção pegando a minha mão, ele se aproximou para me ajudar a conseguir sair do palanquin sem cair, coloquei meus pés no chão e apoiei minhas mãos em seu peitoral para que eu possa arrumar a saia dando leves chutes para separar. Senti seu corpo vacilar ao meu toque me fazendo para de respirar por segundos.
- Majestade... - Sua voz quase saiu como um sussurro provocante, suas mãos relutantes retiraram as minhas mãos de seu peitoral. Olhei para o chão. Tenho certeza que meu rosto está mais vermelho do que o Hanfu de Tian-Ti.
Ouço Chio-fu reclamar, pois seu Hanfu preto estava se enrolando em seus pés na hora de descer. Olhei para ele, posso sentir que ele viu algo de que não gostou, o mesmo olhou para Tian-Ti e depois para mim.
- Ah, claro. - Tian-Ti correu para o lado de Chio-fu e lhe estendeu a mão. - Majestade, quer ajuda?
- Não. Eu faço isso sozinho! - Resmungou.
Tian-Ti escondeu a mão rapidamente atrás da bainha da katana fingindo a assegurar. Sorri meia boba, mesmo ele sabendo que Chio-fu está comigo, ele nunca deixa de demostrar a sua lealdade.
Enquanto Chio-fu lutava contra seu o Hanfu para descer do Palanquin. Comecei a olhar em volta.
O pátio que dá entrada ao salão estava impecável incrível. Lanternas penduradas nas árvores, fitas entrelaçadas em tranças com a cor ouro e vermelho vinho. O pátio era aberto e o chão era de barro vermelho ressecado com vários desenhos e escrituras chinesas mencionando, as fazes da luz da lua e o brilhante sol.
Lá aconteceria oque eu chamo de competição entre os guardas dos quatro reinos. Para eles é uma diversão. Mas está bem óbvio que é uma competição, eles só não gostam de admitir.
Todos estavam dentro do salão enquanto os guardas reais do reino de Kewondn juntos a minha mãe e ao meu pai, estavam no pátio preparando a performance dos reino deles.
Sinto um empurrão contra as minhas costas me impulsionado para frente, mantenho o meu equilíbrio, logo senti um puxão no meu hanfu. Virei meu rosto para baixo e gargalhei.
- Uma ajuda? - Chio-fu pediu em um resmungou insatisfeito como o tombo, soprou uma mecha de sua franja que caiu sobre seu rosto me arrancado outra risada.
- Para de rir! - Mandou, ficando vermelho.
Balancei minha cabeça em negação, com um sorriso estampado no rosto, e lhe ofereci a mão, o mesmo pegou e se equilibrou, levantando.
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