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VI

Quando Redwic já não podia mais enxergar os acenos de Emet, postou-se frente às primeiras rochas a serem escaladas. Minha verdadeira jornada começa agora. E será longa e cansativa.

O caminho era perigoso. Qualquer passo em falso resultaria em uma queda fatal. Não enxergar onde pisar também não ajudava; restava apenas confiar em seus instintos. A dor de momentos antes já não era tão intensa, mas incomodava quando necessitava fazer um esforço maior com as patas traseiras. Não era um simples desafio que sobrepujava seus limites físicos, era também um desafio psicológico. Quanto mais subia, mais distante o topo da montanha parecia estar. Pare de me enrolar, Jadar. Já estou aqui. Quando uma de suas patas deslizou para a ponta da rocha em que estava, pensou que iria cair de ponta cabeça. Por sorte, conseguiu se equilibrar. Com os olhos fechados, o barulho de ondas se chocando contra as rochas lhe trouxe uma sensação de paz. Queria que fosse dia parar ver a água cristalina do mar refletir a luz do sol. Quem sabe ainda viveria para ver.

Redwic, ainda de olhos fechados, continuou a subir. Seu estômago roncava, insatisfeito somente com o peixe do dia anterior. Deslizou mais duas ou três vezes, mas conseguiu se recompor em todas. É só manter a calma, repetia mentalmente. E se Jadar não estiver lá? E se tudo o que descobri a seu respeito foi em vão? Não podia desistir agora, não depois de ter enfrentado tudo isso. Era uma luta antiga, que ia além dessa jornada. Passara noites acordado lendo livros e mais livros sobre Jadar e viajou por todo o reino encontrando sinais que o levassem até ele. Nada disso havia sido em vão. O que os gadoines pensariam quando soubessem que Redwic, o vermelho, havia desistido? Além disso, Emet contava com seu sucesso. E Sabthe Ervek, Ugot, Ominus e Ternio. Todos os gadoines.

Eu prometi, não foi?

Apoiando em uma rocha plana sobre outra menor Redwic impulsionou as patas traseiras e inclinou-se para frente. Arfando, sentiu que toda a força se esvaíra. Abrindo os olhos, deu de cara a lua crescente refletindo no mar.

Incrível — disse a si mesmo.

Realmente incrível! — Uma voz fez com que Redwic virasse abruptamente e quase perdesse o equilíbrio. — Cuidado para não cair, Redwic.

A luz do luar refletia as feições sérias, porém joviais, do gadoine a sua frente. Redwic esforçou-se para ver que ele se vestia com roupas da realeza: uma boina com pena solta, camisa de seda vermelha abotoada até a gola e calça de linho que ia até a canela. Olhando para os pés, viu que estava descalço.

— Você...

— Sim, sou Jadar — ele revelou. — Na minha forma gadoine, é claro. Vocês, mortais, não suportariam me ver na minha forma divina.

Como ele sabe meu nome? A primeira reação de Redwic foi estreitar os olhos, negando-se a reconhecer que aquele gadoine esnobe amaldiçoou o reino.

Ainda não estou no topo da montanha.

Redwic, eu sou a montanha. Sou o céu, o mar e tudo o que chamam de Hagalaz. Seu eu quisesse matá-lo agora, uma rocha dessas bastaria.

Então por que nos deixou para morrer sem nada?

— Por que me deixou vir até você?

— Me interessei por sua coragem. E principalmente sua sabedoria. — Jadar sentou-se e, com um estalar de dedos, uma fogueira materializou-se a sua frente. — Sente-se, raposa, ou morrerá de frio.

Redwic estava tão consumido pela adrenalina que nem notara que as pernas tremiam como galho seco. Aproximando-se, fitou os olhos de Jadar, que passavam de um negro profundo para um vermelho intenso.

— Não vai perguntar por que vim?

— Não preciso, eu vejo tudo e todos. Conheço cada gadoine do reino.

— Então responda-me, por favor. Não sente empatia nenhuma por eles? Não lhe dói o coração ver bebês morrendo de fome e famílias desesperadas?

— Se estivessem tão desesperados assim, serviriam meu nome — respondeu, orgulhoso.

— Não acredito nisso — Redwic balançou a cabeça, desgostoso.

— Um dia iriam me abandonar. Diga-me, Redwic, quantos gadoines vieram atrás de você?

Redwic engoliu em seco. Era verdade, dois dias se passaram e ninguém o procurou. Estariam preocupados com ele?

Ele está me manipulando. Sabthe com certeza está me procurando. Nunca ficarei contra os gadoines.

— Vi aquele trono ser ocupado por vinte reis e rainhas, e nenhum deles me expulsou do reino! — Redwic começou. — Sabe por quê? Porque eu sei das coisas. Devo tudo aos gadoines, que acreditaram em mim, e você também.

Jadar arqueou as sobrancelhas, ofendido com a astúcia da raposa. O ar ao seu redor ficou denso e as nuvens dos céus se tornaram cinzas e assustadoras sobre o deus onipresente. Redwic, todavia, permaneceu imóvel.

— Quem pensa que é para me dizer a que devo ou não ser grato?

— Não o temo, deus impetuoso, pois sei que está fraco. Deixou sua razão perder-se na mediocridade do orgulho?

— Ora...

— É tão gadoine quanto eles!

— Já chega, raposa insolente! — Chamas surgiram dos olhos do deus. — Não me compare a eles.

O silêncio configurou-se entre eles e em nenhum momento Redwic afastou-se de Jadar.

— Eles não são medíocres, Jadar.

— Recusam servir-me. Então queimem sob minha maldição.

— Qual o motivo para tanto ódio? Tudo isso porque teve o ego ferido?

— Eu fazia chover todos os dias. Comida e bebida não faltavam. O que você faria se ninguém o agradecesse por isso?

O motivo para milhares de mortes era tão banal que Redwic não pôde evitar soltar uma gargalhada.

— Você esperava que fizessem oferendas e orações todas as vezes que fazia algo?

— Deveriam me agradecer por ter lhes dado a pedra Ur, um pedaço precioso de minha montanha.

— Sabthe Ervek faz orações todos os dias. Ela não é digna de sua atenção?

— Todos devem me agradecer. Todos! — Jadar gritou.

— Agir assim só irá piorar as coisas, Jadar. — Redwic ousou chegar mais perto do deus, precisava encará-lo. — Um deus não busca reconhecimento.

— E quem é você para me dizer o que sou, pequena raposa? — Jadar desdenhou.

— Você, assim como eu, sabe das coisas. A força divina é a linha tênue que nos separa, Jadar. Então sabe que eu sou o único de minha raça; os cauda-longa já não habitam mais essa terra, exceto eu. — ele pausou, observando que Jadar o olhava interessado. — Por isso não se esforçou tanto para impedir minha passagem, não é? Deseja deter meu conhecimento, mas ele morrerá comigo.

— Está dizendo que sabe mais que eu?

— Não. Estou dizendo que sou o único que sabe muito sobre você. Seria assustador ter seus segredos espalhados pelo reino, não acha?

— O que você fez?

— O que as pessoas iriam dizer se soubessem que a ausência de Jadar foi ocasionada por uma disputa divina? — Redwic pausou e viu uma mistura de ódio, confusão e espanto em seu rosto. — O poderoso Jadar foi vencido por um deus cruel e mais forte.

— Isso é mentira! — Redwic concordou com o deus. — Eu poderia simplesmente matá-lo aqui, agora, e nada dessa blasfêmia chegaria a cidade!

— Não entendeu ainda, Jadar? Eu não viria aqui despreparado.

— Você...

— Já contei para pessoas de confiança. Em breve, todo o reino saberá o quão fraco é Jadar.

"Diga a rainha Sabthe Ervek que Redwic Dembrec Orgalium, o vermelho, encontrou os segredos sobre a maldição de Jadar. O deus poderoso fora derrotado por um ainda maior e o reino se tornou um berço de crueldade. Jadar nunca foi o deus onipresente". Havia sido isso que Redwic sussurrara para Emet. Somente os Ervek sabiam seu nome completo, portanto, Sabthe saberia que Redwic era, de fato, o dono daquela mensagem.

— Eu posso matar a todos.

— Então por que ainda não os matou? Sem oferendas, você está desaparecendo. Quer continuar assim?

Jadar ponderou. Fitou o céu estrelado e fez com que uma forte brisa atingisse o lugar.

—Me diga o que quer, raposa.

— Quero que traga Hagalaz de volta. A velha Hagalaz, cheia de prosperidade.

— Como irei fazer isso? — ele riu. — Estou fraco, como você mesmo disse. Somente uma grande oferenda restaurará uma parte de meu poder.

Redwic suspirou. Só haveria um jeito para salvar os gadoines. Eu vim preparado para isso.

Então faremos um trato, Jadar. Minha vida por Hagalaz. O que acha disso?

Jadar definitivamente não esperava por isso. Um sorriso se estendera até as orelhas do deus, impressionado com a oferta.

— Sua vida vale tanto assim?

— O contrário. Os gadoines valem. — Redwic curvou-se. — Por favor, aceite minha oferenda, Jadar.

Redwic não sabia dizer se o deus estava admirado, indignado ou surpreso.

— Por que acredita tanto nesses seres pecadores?

— Porque eu os amo! Jadar, temos tanto a aprender com eles! — Redwic fez questão de incluí-lo. — Com seus erros, acertos e esperança cega de um lugar melhor. Mesmo não aceitando minha oferta eles continuarão a persistir nessa terra maldita. Mostre a eles que você merece seu respeito, Jadar! Mostre que você pode amá-los e também ser amado!

A face do deus voltou a ficar séria, limitando-se a um pequeno sorriso com o canto da boca.

— Redwic, o vermelho, eu aceito sua oferta.

A última coisa que Redwic viu foi um clarão dourado. Depois disso, tudo ficou preto.

Dever cumprido.

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