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Capítulo - 10

Se eu disser que fiquei tranquila por saber que o meu pai vai conversar com o Don tendo a possibilidade de tentar anular o acordo, eu estaria mentindo, justamente porque agora terei que esperar a decisão deles, mesmo que algo em meu interior me diga que não conseguirei me livrar desse bendito casamento.

Mas por ora, o melhor que eu posso fazer é tentar esquecer esse assunto e aproveitar um pouco a minha visita - que ainda quero acreditar ser provisória -, a New York e fazer algumas compras. Porque ficar nessa casa com a minha madrasta e a sua afilhada, enquanto o meu pai resolve não sei o quê com o tio Carrick, definitivamente não está em meus planos.

Cesso os meus passos sobre os degraus da escada e percebo que chamar de tio o meu possível futuro sogro não me parece mais tão apropriado como antes, mas respiro fundo e retomo o meu intento de voltar para o quarto e balanço a cabeça, pois casamento, futuro marido e o tema "meus sogros" não é algo que quero pensar agora.

- Emma, o que você acha de... - Paro de falar e franzo o cenho, vendo um vestido e um par de sapatos sobre a cama. - Não me diga que esse é o vestido que a Susana havia mencionado?

- É sim! - Vejo o quanto está se contendo para não soltar a risada que está segurando. - Não resisti em ver o seu "presente", pois eu sabia que não iria se importar, mas me diga se ele não é lindo, Ana?

- Realmente é lindo! Seria perfeito... - Sinto o meu sangue voltar a esquentar em minhas veias e pego o vestido em minhas mãos. -... Se eu ainda tivesse 15 anos! - Esbravejo e o jogo sobre a cama, então Emma gargalha com vontade. - O que aquela... Aquela ordinária tem na cabeça? Esse vestido é exatamente igual ao que usei no último dia que vi o... Ele.

E não é nenhum exagero sobre o vestido ser igual, o mesmo modelo sem mangas e de renda até a cintura, a saia em cetim modelo godê um pouco acima dos joelhos, porém o que o diferencia do que usei 5 anos atrás é que esse tem um tom de rosa um pouco mais escuro e feito de acordo com as medidas que possuo atualmente, é claro. E os sapatos? Céus! Estilo boneca com salto de 5 cm e com direito a fivela na parte superior do pé? Isso só pode ser realmente uma piada que nem o pior dos humoristas seria capaz de contar! Ah, mas aquela... Não! Ela queria me surpreender, mas acredito que eu possa fazer um pouco melhor que isso!

- Que sorriso estranho é esse, Ana? - Emma seca as suas lágrimas por causa das risadas e se senta na cama, dando mais uma olhada no vestido antes de me encarar novamente. - Você vai aprontar, não vai?

- A minha querida madrasta não queria me fazer uma surpresa? Dando a entender que eu não passo de uma "criança" e me fazer recordar memórias de 5 anos atrás? Pois bem! Veremos quem será surpreendida no dia do bendito jantar de boas-vindas, que ela está fazendo tanta questão em me oferecer.

- Imaginei que você fosse fazer exatamente isso. - Ela sorri e se levanta, enquanto guardo de qualquer jeito os meus "presentes" novamente na caixa e a devolvo para o closet. - Você vai falar alguma coisa para a Susana?

- Apenas agradecer com muito entusiasmo. Não posso fazer essa desfeita com a minha madrasta tão querida. - Ela nega com a cabeça sem deixar de sorrir, e pego o meu celular. - O que você acha de almoçarmos fora, aproveitar para conhecer um pouco de Manhattan e fazer algumas compras?

- Acho perfeito! - Sorrio e inicio a chamada em meu celular, que não demora em ser atendida.

- Buongiorno, Principessa!

- Buongiorno, Giovanni! O que você acha de deixar o meu Guardião trancado no armário e vir apenas como o meu amigo para passarmos um dia fora, comendo, passeando e fazendo compras?

- Desde que você não use o termo "trancado no armário" novamente, estou dentro. Você sabe que esse é um tópico delicado para mim, Ragazza! - Gargalho de sua tentativa em fazer piada sobre si mesmo, mas sei o quão sério são as suas palavras sobre o assunto. - Mas só consigo chegar à sua casa...

- Casa do meu pai. - Interrompo-o com uma careta e sei que ele acabou de fazer uma carranca naquele rosto bonito.

- Só consigo chegar à casa do seu pai em uma hora. O Franco acabou de ter uma reunião com o nosso avô e está "soltando fogo pelas ventas". - Ele sussurra a última frase e penso se o meu Guardião mais velho também terá que se casar, afinal, ele não tem mais 35, e sim 38 anos. - Preciso conversar com ele e tentar acalmá-lo um pouco.

- Tudo bem, Giovanni! Enquanto isso, Emma e eu nos arrumaremos, mas se ele está tão bravo, não seria melhor se você viesse sozinho?

- Você sabe como o Franco é, Ana! Mas o convencerei a ficar, pois com o humor dos diabos que ele se encontra é melhor manter distância mesmo, ou ele será capaz de arruinar o nosso dia. - Nego com a cabeça, como se ele pudesse me ver e sorrio. - Logo estarei aí!

- Estaremos esperando. - Encerro a chamada e me jogo na cama ao lado de Emma, que parece pensativa. - O que aconteceu, Emma?

- Eu estava pensando no que o seu pai disse mais cedo, sobre eu fazer parte da Famiglia Dragão Negro. - Deito de lado e apoio minha cabeça na mão, olhando-a.

- E isso a incomodou? - Ela imita o meu gesto e nega com a cabeça.

- Seria loucura se eu dissesse que foi o oposto disso? - Nego com a cabeça, mas não falo nada. - Desde que os meus pais morreram que eu não me sentia como parte de uma família de verdade, mas isso mudou depois que você chegou à Cúpula, e mesmo que o clima aqui nessa casa seja realmente pesado, como você já havia dito que seria o seu pai me faz sentir como alguém que pertence a algum lugar, e isso foi desde que o conheci em Berlim. - Sorrio com o coração aquecido com as suas palavras.

- O meu pai pode ter aquele ar imponente, muito sério e calado como se estivesse nos analisando o tempo todo, mas é o melhor pai do mundo. - Ela abre um sorriso, espelhando o meu ao falar do meu pai. - É muito rígido quando necessário isso eu não posso negar, e você sempre verá aquela face impassível dele, quando não estiver apenas em minha presença e na de Vincenzo, mas se ele falou aquelas palavras pode ter certeza que era realmente o que ele queria falar, pois o meu pai, assim como qualquer Homem de Honra, não tolera mentiras. - Ela assente e se deita na cama encarando o teto e ficando pensativa mais uma vez, o que respeito o seu momento, é claro.

- Se você realmente precisar se casar e não voltar mais para Berlim será que... - Ela morde no lábio, incerta se fala ou não, mas volta a me olhar. -... Será que o seu pai conseguiria convencer a minha tia para que eu ficasse aqui?

- É isso que você realmente quer? - Ela assente e sabendo sobre o relacionamento que ela tem com a Graziela, eu não esperaria outra resposta dela. - Então se ficar aqui, sendo uma Filha oficial da Dragão Negro, é realmente o que o seu coração deseja, eu posso garantir que você vai ficar, Emma!

- O que a faz ter toda essa certeza, Ana? - Sorrio e me levanto da cama, pegando em suas mãos para fazer o mesmo.

- Basta confiar em mim, Emma! É tudo que irei falar agora. - Ela arqueia uma sobrancelha, mas nego com a cabeça. - Vamos nos arrumar que daqui a pouco o Giovanni virá nos buscar.

[...]

O distrito de Manhattan fica no centro de New York e havia tantas opções para a qual poderíamos começar que decidimos que por hoje, o nosso destino seria o Westfield World Trade Center, o Shopping que foi construído em 2016 dentro da elegante Estação Oculus, onde ficava as Torres Gêmeas - antigo World Trade Center - antes do atentado de 11 de Setembro de 2001.

Sendo o maior Shopping da Ilha de Manhattan é simplesmente lindo, tendo mais de 100 lojas e mais de 30 opções de Restaurantes - incluindo Lanchonetes, Cafeterias e Bares -, que podemos escolher sem precisar sair para comer. A ideia era conhecer mais sobre a Cidade que possivelmente será o meu novo lar, mas encontramos tudo que precisávamos em um único lugar, então o tour de reconhecimento ficará para outro momento.

O nosso dia foi realmente maravilhoso, e mesmo que tivesse alguns Soldados nos escoltando - que ainda não os conheço -, porque como Giovanni havia dito, Franco preferiu não nos acompanhar e mandou três substitutos em seu lugar, mas em nada atrapalhou os nossos planos. Compramos muitas roupas, tendo o nosso amigo como nosso crítico de moda - e depois Emma e eu fizemos o mesmo com ele -, bebemos champanhe e rimos muito. Passamos por algumas lojas de sapatos, bolsas e até mesmo alguns acessórios, perfumes e cosméticos não deixamos de comprar.

Durante algumas horas eu realmente consegui esquecer o motivo que me fez sair de Berlim e me senti como uma jovem comum de 20 anos sem ter um casamento por contrato sobre os meus ombros, sendo umas das minhas responsabilidades com a Famiglia. Joguei num cantinho da minha mente que a presença da minha madrasta será algo constante que possivelmente terei que me acostumar, assim como terei que me adaptar e ignorar as birras da minha prima, e a cara tediosa da Danielle, pois ela mora na casa do meu pai, então eu não poderei evitá-la como gostaria.

Aproveitei para conversar com o Giovanni sobre a reunião de ontem, mesmo que Anthony já tivesse comunicado aos netos sobre o meu casamento, avisando que os dois deveriam se apresentar ao Don na segunda-feira para receberem novas ordens. E que Franco deveria escolher um substituto para ser o meu Guardião ao lado de Giovanni, pois ele precisa assumir o seu lugar de Capo na Famiglia e futuramente a Cadeira do Conselho, pois o avô está planejando se "aposentar" da função.

- Você fez o quê?! - Giovanni questiona de olhos arregalados, depois de se recuperar do engasgo, mas apenas dou de ombros.

- Eu falei sem pensar, Giovanni. Só queria que o meu pai desistisse da ideia que o meu futuro marido tinha que ser o Don, quando ele poderia muito bem escolher outra pessoa para assumir esse papel.

- Que você sugerisse o Paolo como uma opção a futuro marido, que é meu primo de 2º grau e um homem lindo de morrer, é compreensível, mas o meu irmão que a considera uma filha isso é absurdo, Ana! - Faço uma careta porque ele tem razão, mesmo tendo apenas 18 anos a mais que eu, Franco sempre me viu como uma filha. - E quanto a mim? Imagina se o seu pai concordasse com uma coisa dessas? - Ele nega com a cabeça e bebe um gole generoso de água e fica pensativo, sorrindo de lado. - Você morreria virgem e eu encalhado, mas por outro lado, poderia ser a solução dos meus problemas, pois viveríamos o resto da vida como amigos e nos apoiaríamos sempre.

- Mas também não teriam a oportunidade de encontrarem o amor e serem felizes de verdade. - Emma quem se pronuncia agora, fazendo-nos encará-la na mesma hora.

- Emma! Você não está ajudando! - Resmungo e enfio mais uma batata na boca, mas ela dá de ombros.

- Alguém tem que ser a razão, enquanto vocês dois tentam fugir da realidade da vida, e que pode não ser tão ruim quanto querem fazer parecer. - Não falo nada, e Giovanni olha para os lados antes de baixar o tom de voz.

- Tenho que concordar com a Emma, Ana, porque não podemos negar que se casar com aquele pedaço de mau caminho... Melhor dizendo, com aquele caminho inteiro que é o Don, não é nenhum sacrifício. - Faço uma careta e nego com a cabeça, enquanto ele faz uma pausa e dá um longo suspiro. - Agora a minha situação é mais difícil, pois imagine se souberem que um dos herdeiros da terceira linhagem da Dragão Negro gosta de homens? Eu seria morto e esquartejado no aquário sem piedade. - Emma o abraça pelos ombros por estar ao seu lado, enquanto seguro a sua mão, recebendo um sorriso triste em troca.

- Se eu não conseguir me livrar desse casamento, eu prometo que resolverei isso, Giovanni!

- Como exatamente você faria isso, Ana? Nunca houve na história da Dragão Negro um caso homossexual, porque sabemos o quanto esse mundo que nascemos é machista e preconceituoso. - Nego com a cabeça ouvindo o tom amargurado, o que raramente ouço em seu tom de voz.

- Você tem razão em dizer que o mundo ao qual nascemos é assim, mas não a Dragão Negro. - Pelo menos espero não estar errada quanto a isso, completo em pensamento. - E se eu precisar me casar, pelo menos uma vantagem eu vou ter que ter sendo la Donna della nostra Famiglia, você não acha?

- Mas isso não é tão fácil de resolver, Ana!

- Claro que não é! Isso eu sei, Giovanni, mas se terei que assumir a minha responsabilidade me casando com o Don da Organização, você não espera que eu seja apenas um objeto decorativo nessa relação, ou a típica esposa perfeita que frequentará eventos sociais, sorrindo e acenando apenas porque carregará o sobrenome do marido e futuramente uma incubadora para gerar quantos herdeiros ele quiser, não é? - Ele sorri e nega com a cabeça.

- Que Deus tenha piedade, porque a conhecendo como conheço, é bem capaz de você botar fogo na Dragão Negro. - Dou de ombros, mas sorrio também.

- Se eu precisar colocar fogo seja onde for para conseguir ser ouvida e fazer algumas mudanças necessárias, então é exatamente isso que farei. - Dou de ombros mais uma vez, acompanhado de um sorriso malvado direcionado aos dois. - E se o Don não quiser arriscar a ser queimado junto, é melhor que ele desista desse casamento antes que possa ser tarde demais.

Eles dão risada e negam com a cabeça, não sabendo o quanto eu estou falando sério, não apenas em tentar encontrar uma forma para que Giovanni possa ter a possibilidade de ser feliz, assumindo a sua orientação sexual sem medo de represálias, mas também quanto as minhas intenções se eu tiver realmente que me casar com o Don.

[...]

Por mais que eu estivesse nervosa com o jantar que a Susana iria oferecer, justamente por não saber o que eu deveria esperar das intenções dela, nem percebi o momento que cai no sono, até porque não dormi nada na noite passada, pensando tanto sobre tudo que foi falado no comunicado que selou o meu destino.

Eu estava cansada demais depois de uma longa viagem entre Berlim e Manhattan, pela privação de sono por passar uma madrugada inteira me lamentando, com a bagunça em minha cabeça quanto ao fuso horário e sobrecarregada com os últimos acontecimentos que simplesmente apaguei. E acho que o meu dia de hoje começou no automático, passando tão rápido que eu nem mesmo percebi. E por sorte não precisei ser cordial com a Susana e a Danielle além do café da manhã, pois a Ya Ya foi um anjo e chamou uma amiga para ajudar a mim e a Emma a nos arrumarmos para o jantar.

- Parece que se divertiram muito ontem, Ana? Não vimos quando vocês chegaram.

- Realmente tivemos um dia muito agradável, Susana. Conhecemos um pouco da Cidade e pretendemos fazer isso mais vezes. - Olhei para Emma que sorriu e balançou a cabeça em concordância.

- Se você tivesse dito que queria conhecer New York, tenho certeza que a Danielle e a Bárbara adorariam tê-las acompanhado. - Deus me livre! Minha mente gritou quase que em desespero.

- Quem sabe uma próxima vez. - Ou nunca! Sorri polidamente e continuei comendo sobre o escrutínio dela, e sei o que ela quer perguntar.

- Você não disse se gostou do vestido, Querida? - Bingo! - Quando o vi, eu tinha certeza que deveria ser seu, pois o modelo dele é tão delicado e jovem quanto você. - Meu sorriso se ampliou e fiz a melhor cara entusiasmada que eu fosse capaz de fazer.

- Você não poderia ter acertado tanto quanto foi a sua escolha, Susana! Eu simplesmente adorei e tenho certeza que foi feito exclusivamente para ser usado por mim. - O seu sorriso foi tão falso quanto ela, mas antes que voltasse a falar algo, Danielle chegou à sala sorrindo igual o Curinga.

- Não foi fácil, mas eu consegui que você e a Emma fossem atendidas pelos mesmos Profissionais que atendem a mim e a Tia Susana no melhor Salão de Manhattan, Ana. - Fiz a minha melhor cara desolada, mesmo que eu estive em polvorosa por dentro, querendo gargalhar.

- Terei que me desculpar, Danielle! A Ya Ya conseguiu uma Profissional para atender a mim e a Emma em casa mesmo, mas agradeço por todo esforço que você teve que fazer. - Elas se entreolharam, mas eu apenas sorri internamente por ter frustrado os planos delas, que sinceramente não sei quais poderiam ser, mas boa coisa com certeza não era.

Mas não posso negar que mesmo sem querer eu esteja num misto de nervosismo, irritação e ansiedade por saber que não será um simples jantar, mas, sim, uma festa na qual estão presentes não apenas a nossa família, mas também todos os membros do Conselho, além de Paolo e o Don, que, inclusive, chegou a pouco e está trancado com o meu pai no Escritório.

E saber disso está me deixando ainda mais nervosa, porque eu sei que essa conversa será definitiva para decidir o que realmente vai acontecer quanto ao meu destino. Ah, se o meu pai soubesse o caos que está dentro de mim, desde que fiquei sabendo que terei que me casar, definitivamente ele me mandaria de volta para Berlim. Porque isso vai acabar ainda mais com a minha sanidade - que já não é muito normal -, assim que eu estiver frente a frente com ele depois de 5 anos.

Enquanto Emma ainda está no closet, por ter decidido trocar de roupa, continuo andando de um lado para o outro no quarto sem conseguir me controlar. Eu queria ser capaz de negar a mim mesma que não estou curiosa para saber como ele está depois de todo esse tempo sem vê-lo, mas então me lembro daquele dia, das suas palavras tão depreciativas que me machucaram tanto, que tento apenas focar que a única coisa que devo fazer é detestá-lo e tudo ficará bem com o meu coração, que está acelerado desde o momento que ouvi Ya Ya dizer que o Don havia chegado.

- Será que eu posso entrar? - A voz precedida de uma batida na porta, que logo é aberta, faz com que eu cesse os meus passos e corra na direção de quem está entrando no quarto.

- Vincenzo!

Seu abraço apertado é tão reconfortante que quase me faz querer chorar, mas sorrio ouvindo a sua risada rouca e gostosa, antes de me afastar e ver que os seus olhos azuis, sempre tão frios, estão com um brilho risonho com a minha atitude.

- Eu também estava morrendo de saudades, mia Principessa! - Ele me afasta totalmente de seu corpo e pega em minha mão, fazendo-me girar em meu eixo e rir com a carranca dele. - Mas acho que a manterei trancada nesse quarto, ou então é melhor você trocar de roupas, porque esse seu vestido está mostrando pele demais. - Reviro os olhos, mas não consigo deixar de sorrir.

- Meu vestido está perfeito para esta noite, mio fratello, então não precisa falar mais nada, porque você sabe que eu não irei me trocar.

Ele nega com a cabeça, mas logo vejo a sua carranca se desfazer dando lugar à surpresa quando desvia o olhar para algo, ou melhor, para alguém atrás de mim. Viro-me na direção que ele mantém a sua atenção e vejo que a Emma está linda, usando um macacão preto com decote em V profundo, que define bem a sua cintura fina e os seus quadris na medida certa. Mordo em meu lábio por ver que ela também está com a mesma "cara de boba" que o meu irmão, com a diferença que o seu rosto está mais vermelho que um tomate. Isso será interessante!

- Vincenzo, está é a minha melhor amiga, Emma Coleman! - Ela se aproxima a passos cautelosos e com um sorriso tímido, estendendo-lhe a mão para um cumprimento, mas meu irmão continua com sua cara de pateta. - Vincenzo! - Ele pigarreia e aperta a mão dela, e tento me conter para não rir desses dois.

- É um prazer conhecê-la, Emma! Tivemos tantos desencontros que pensei nunca ser capaz de conhecer a melhor amiga da minha irmã.

- Realmente! Mas vendo-o agora é como se eu já te conhecesse, Vincenzo. - Meu irmão sorri de lado, todo galanteador, e ela fica ainda mais vermelha, percebendo o que acabou de dizer e que pode ser interpretado de outra forma. - Quer dizer, por ouvir a Ana falando tanto sobre você. - Ela balança a cabeça e para de falar, antes que se enrole ainda mais. - Bom... Eu vou descendo, Ana. - Ela olha novamente para o meu irmão, que ainda segura a sua mão, mas logo a solta, e ela sai do quarto igual uma bala e não contenho mais em segurar a risada.

- Acho que deu match! - Ele me olha confuso e sorrio ainda mais. - Mas fique tranquilo que aprovo muito, mio fratello!

- Do quê você está falando, Ragazza? - Arqueio uma sobrancelha, e ele nega com a cabeça. - Não coloque ideias nessa cabecinha, Sorella. Eu apenas sei apreciar uma bela mulher, e a sua amiga é realmente linda!

- Percebi isso! - Ele sorri de lado, e quem nega com a cabeça agora sou eu, pois esse meu irmão é um sem-vergonha, mas ele muda de assunto para um que eu não queria muito falar.

- Eu queria ter estado aqui no momento que o nosso pai comunicou a você sobre o casamento, Principessa! - Meu sorriso se fecha e dou um longo suspiro.

- Eu sei que sim, Vincenzo, mas sei também que naquele dia você estava com a cabeça tão cheia quanto eu fiquei. - Ele nega com a cabeça e volta a me abraçar.

- Mesmo assim, como irmão mais velho eu deveria estar aqui para apoiá-la, mas eu não sabia que você iria chegar naquele dia. O nosso pai não me avisou, senão eu mesmo a teria buscado no aeroporto.

- Está tudo bem! Você está aqui agora. - Ele beija o topo da minha cabeça e mais uma vez eu suspiro. - E talvez você consiga me ajudar a convencer o papai a não me casar com o seu amigo. - Ele me afasta de cenho franzido.

- Como assim, "com o meu amigo"? Que eu saiba o Christian também é seu amigo! Pensei que você ficaria feliz em saber que ele foi o escolhido para ser o seu futuro marido, e não um estranho qualquer. - Não falo nada, apenas mantenho os meus olhos nos seus. - Você quer me contar alguma coisa, Anastásia? - Nego com a cabeça e pego em sua mão, puxando-o na direção da porta.

- Não quero contar nada, Vincenzo! Eu só não queria me casar agora. - Abro a porta, mas ele impede que eu saia.

- Seja o que for que estiver acontecendo, você sabe que pode falar comigo, não é? - Eu assinto e sorrio para tranquilizá-lo, e mais uma vez ele me avalia. - Apesar de estar quase nua... - Interrompo-o revirando os olhos.

O meu vestido é lindo, vermelho e longo, não tem nenhum decote nos seios, apesar de desenhá-los com perfeição, modéstia à parte, frente única que se prende em meu pescoço, que fiz questão de deixá-lo à mostra devido ao elegante penteado que foi feito em meus cabelos. E talvez o detalhe seja a imensa fenda na lateral da minha perna direita e o decote extremamente fundo que deixa as minhas costas totalmente nuas. Bom, não que eu fosse revelar isso de qualquer forma, mas é melhor que nem passe por sua cabeça a possibilidade que eu estar sem calcinha. E claro, para finalizar o conjunto eu não poderia deixar de usar um Scarpin salto 15 na cor nude, dando um ponto de luz ao meu visual final.

- Que exagero, Vincenzo! Estou vestida até demais. - O seu sorriso se amplia e dá um beijo no dorso da minha mão, que ainda está na sua.

- Você está linda, mio Raggio di Sole (meu Raio de Sol)!

- Grazie, fratello mio! (Obrigada, meu irmão!). - Ele acaricia o meu rosto, e por mais que eu quisesse ficar aqui conversando com ele, infelizmente não posso. - Mas agora vamos descer, pois não imagino como está o circo que a Susana armou lá embaixo. - Ele assente e coloca a minha mão na curva do seu braço, enquanto eu respiro fundo me preparando para o que me espera no andar de baixo.

[...]

Por mais que eu quisesse manter a frieza para esse primeiro encontro, não consegui controlar o idiota do meu coração à medida que eu descia as escadas ao lado de meu irmão, tendo aqueles olhos cinza tão intensos sobre mim, acompanhando cada passo que eu dava. O infeliz do meu estômago estava revirando e eu queria matar as borboletas que nele dançavam, assim como eu gostaria de evitar que as minhas mãos transpirassem e ficassem tão geladas como ficaram.

Foi impossível evitar em descontar no braço do meu irmão, quando a distância ficava ainda menor entre nós, mas Vincenzo não reclamou por sentir as minhas unhas cravarem em sua pele sob o seu terno, mas se eu o soltasse naquele momento, não sei se conseguiria manter minha postura sem desabar igual aquela adolescente idiota de anos atrás. E percebendo isso, preferi usar a minha melhor arma, que foi atacá-lo com ironia e sarcasmo.

Porém o seu olhar confuso, como se não soubesse realmente sobre o que eu estava falando, deixou-me com mais raiva e aproveitei isso para recuperar um pouco da minha sanidade. Hipócrita! É isso que ele é! Mas não sou cega e nem idiota a ponto de não admitir o quanto aquele stronzo está lindo! Aquela barba serrada é um convite para ser tocada e aqueles lábios poderiam ficar ainda mais vermelhos depois de serem mordidos.

O seu terno feito sob medida não está sendo capaz de esconder o quanto ele está musculoso, e se eu fechasse os olhos, conseguiria imaginar aquele abdômen perfeitamente trabalhado sob as suas roupas. Mas para não parecer ainda mais patética ou demonstrar o quanto aquele infeliz ainda mexe comigo, precisei me retirar antes mesmo que Paolo se aproximasse.

Eu conseguia sentir o seu olhar queimando em minhas costas, mas continuei com os meus passos firmes e sorri em deboche na direção de Susana e seu bando de cobras, que me olhavam em espanto ao perceberem que não usei o vestido que esperavam, mas as ignorei e cumprimentei rapidamente a tia... Quer dizer, a Grace e o Carrick, e alguns outros convidados, enquanto caminhava na direção da mesa onde estavam os meus Guardiões e a minha amiga ao lado de Anthony Mazza.

- Dio mio! Você está linda, Bambina! - Sorrio verdadeiramente ouvindo o elogio de Franco, e Giovanni me lança uma piscadela.

- Grazie, Franco!

- Como você cresceu, Bambina! - Anthony, que tem um sorriso afetuoso em seus lábios, pega em minha mão quando me aproximo, beijando-a. - A última vez que eu a vi, você ainda era uma criança, e agora está una donna graziosa (uma bela mulher). - Dou uma risadinha e não vou negar que meu lado tímido está tentando aparecer.

- Grazie, Nonno Anthony! Mas o Senhor também está ótimo! - Ele faz um gesto desdenhoso com a mão e nega com a cabeça, ainda sorrindo.

- Generosidade sua, Ragazza! Eu estou velho e cansado. Preciso me aposentar e aproveitar o restante de vida que ainda tenho. - Nego com a cabeça, mas vejo a carranca de Franco se intensificar e antes que algo mais possa ser dito, Susana anuncia que o jantar será servido.

Assim que todos localizam os seus lugares, que foram marcados, e se acomodam, o jantar é servido, não demorando muito para que assuntos diversos sejam discutidos à mesa, o que não poderia esperar nada diferente de um jantar típico italiano. E para o meu azar ou apenas providencial pela anfitriã, vulgo minha madrasta, o Don está ocupando um lugar à minha frente, enquanto Bárbara está irritantemente ao seu lado, tentando a todo custo chamar a sua atenção e sendo totalmente ignorada por ele.

O que a princípio me deixa um pouco confusa, ainda mais por sentir que seus olhos cinzentos estão cravados em mim, acompanhando cada movimento que faço ou a cada palavra que eu digo, permanecendo em completo silêncio, enquanto aprecia o seu jantar. Sinto-me desconfortável por estar sendo alvo de sua atenção, mas decido continuar o ignorando - mesmo que os meus olhos teimosos insistam em encontrar os seus por breves segundos -, e me aproximo de Emma, que pelo menos Susana teve a decência de colocá-la ao meu lado.

- Parece que estou sentindo um clima entre você e o meu irmão? - Sussurro em seu ouvido, que desvia o olhar de Vincenzo que também está a sua frente, mas ela sorri e devolve a provocação, também sussurrando.

- Não vou negar que o seu irmão é lindo e me deixou muito... Impressionada! - Seguro a risadinha e sinto que continuo sendo observada. - Agora o que quero saber é se vai ter coragem de negar que o clima entre você e o Christian não esteja quase dando para tocar? Porque estou sentindo a tensão daqui.

- Se você considerar que a minha vontade está sendo de bater naquela carinha linda dele, então sim! O clima está muito denso mesmo!

- Pelo menos tivemos um avanço! Você não negou que ele seja lindo, porque me desculpe minha amiga, isso ele realmente é!

Dou de ombros, pois posso estar com raiva, mas não sou idiota em negar esse fato, considerando que o stronzo está ainda mais lindo do que eu me lembrava, mas ao admitir isso a mim mesma, acabo dando uma risada, não tão silenciosa como gostaria, e Bárbara chama a nossa atenção, querendo aparecer como sempre.

- Por que não compartilha conosco o motivo de tanta alegria, Priminha!

- Ora, Querida Prima! Se fosse você a estar recebendo uma festa em comemoração a sua chegada e ainda sabendo que está prestes a se casar, não estaria feliz também? - Pego a taça de champanhe que um Garçom me oferece e a levanto em sua direção, tendo o prazer de ver o seu sorriso sumir. - Estou tendo o prazer de rever tantas pessoas que eu não via há 5 anos, estamos em família, então por qual razão eu não estaria feliz? - Se olhar matasse, com certeza eu estaria morta, mas minha tia intervém antes que faça ainda mais cena.

- Já que você mencionou esse assunto, minha Sobrinha! Precisamos começar a organizar os preparativos para o seu noivado e também para a cerimônia do seu casamento. - Desvio o meu olhar dela e rapidamente os direciono para a pessoa a minha frente, que parece completamente alheio ao que se passa ao seu redor, mas tia Martina continua. - Eu estava conversando exatamente sobre isso com a Susana, antes de você descer do quarto, então quando poderemos começar? - Sorrio, mesmo querendo sumir dessa sala.

- Não sei, mas poderemos descobrir isso agora. - Vejo a troca de olhar que ela faz com a Susana com sorrisos cretinos, mas os meus planos serão diferentes do que elas esperam. - Nonna, Tia Pilar e Grace, quando vocês acham que poderíamos começar a organizar os preparativos? - As duas últimas se surpreendem com a minha pergunta, enquanto minha avó sorri satisfeita.

- Como teremos pouco tempo, o quanto antes melhor, Figlia! - Grace quem responde, com o seu sorriso doce de sempre, e me sinto mal por não conseguir compartilhar a sua felicidade com esse momento, mas sorrio e assinto.

- Se estiver tudo bem para você, Bambina, o que acha de começarmos no início da próxima semana?

Tia Pilar, mãe do Paolo, quem pergunta agora, com o sorriso tão amplo quanto o de Grace e bebo um gole de champanhe para amenizar a secura que se apossou da minha garganta de repente, respondendo-a em seguida antes que eu pareça indelicada.

- Se a Nonna concordar, não vejo problemas quanto a isso.

- Ficarei honrada, mia Nipote! (Minha Neta!). A sua mãe ficaria muito feliz em ter as melhores amigas ajudando a preparar o seu casamento. - Assinto ainda sorrindo, e volto a minha atenção a minha tia, que parece ter engolido um caroço de azeitona, assim como a Susana.

- Agradeço por ter me lembrado do curto prazo para organizar tudo, Tia Martina, mas eu tenho certeza que elas conseguirão realizar esse feito, além do mais, a Emma também irá nos ajudar.

- Claro, minha Querida!

O assunto foi encerrado e o jantar continuou sem maiores ocorrências, mas eu estava começando a ficar sufocada com tantas conversas e o excesso de atenção que eu estava recebendo. O que achei estranho o silêncio de Lucrezia, pelo menos no que diz respeito a alguma insinuação sobre o casamento, é claro, ademais, ela manteve um diálogo tranquilo como os outros convidados. E assim que o jantar foi finalizado, não hesitei em sair da sala e procurar o caminho do jardim para tentar restaurar o meu ar, ou eu desabaria a qualquer momento na frente de todos.

Só que a minha paz não durou nem dois minutos, quando pude sentir a sua presença e o seu perfume, tão gostoso e marcante quanto eu me lembrava, antes mesmo de ouvir a sua voz rouca atrás de mim. Senti o meu corpo ficar tenso na mesma proporção que um arrepio o percorreu e mesmo que eu quisesse ignorá-lo, foi impossível não me virar e encarar os seus olhos cinzentos que pareciam me ver pela primeira vez.

Óbvio que não consegui ficar calada, e no momento que os seus dedos acariciaram o meu rosto, eu senti o fogo da raiva ser substituída por uma reação instantânea causada por seu toque. E isso me deixou ainda mais irritada, só que comigo mesma, fazendo-me perceber que por mais que eu diga em voz alta para a Emma e para o Giovanni o quanto eu o odeio e que tudo que eu sentia ficaram no passado, é uma total mentira.

Entretanto ele também conseguiu me deixar ainda mais confusa, pois diferente do que eu pensava o que tudo indica apenas eu estou interessada em encontrar uma forma de escapar desse casamento. Mas por quê? Ele não deveria ser o primeiro a querer isso? Ele não deveria encontrar uma forma de usar a sua posição como Don e acabar de vez com esse casamento? Sinceramente não sei que jogo ele está disposto a jogar, mas no que depender de mim, não serei eu a perder a rodada final.

- Não perdeu tempo em ficar sozinha com o Christian, não é?

A princípio me assustei com a pessoa que pegou em meu braço tão bruscamente, por eu estar tão distraída, enquanto retornava para o interior da casa, mas vendo quem é apenas a encaro com um sorriso frio.

- Claro! Você acha mesmo que eu não iria aproveitar o momento e ficar sozinha com o meu futuro marido?

- Você não vai se casar com ele, está me ouvindo? Eu não irei permitir isso! - O seu aperto em meu braço se intensifica, mas encaro a sua mão, que com um rápido movimento eu afastaria facilmente de mim, mas foco novamente em seus olhos.

- Se não quiser ter os seus dedos quebrados, você tem 5 segundos para soltar o meu braço, Bárbara!

- Não ouviu o que a Ana acabou de dizer, Bárbara? - Ela se assusta com a voz firme de Paolo, mas me solta e com todo o ódio que consegue lançar em minha direção, sai pisando duro sem olhar para os lados. - Será que agora eu posso cumprimentá-la, Principessa? - Sorrio e sem pensar duas vezes caminho em sua direção sendo acolhida por seus braços.

- Desculpe-me por mais cedo, Paolo! Não foi nada educado da minha parte não cumprimentá-lo e ainda sair daquele jeito.

Ouço a sua risada, enquanto recebo um beijo em meus cabelos e sou afastada dos seus braços, apenas o suficiente para receber uma caricia em meu rosto, que não me causou o mesmo efeito quando o stronzo o fez, mas não deixo de sorrir sentindo o seu carinho. E sem perceber começo a analisar o seu rosto tão bonito, os seus olhos azuis turquesa e esse maxilar bem marcado, tendo um furinho em seu queixo. Realmente tenho que concordar com o Giovanni, o Paolo é um homem lindo, mas não mexe com o meu coração como o outro faz. Argh! Que ódio!

- Não tive a oportunidade de dizer isso antes, mas você está espetacularmente linda esta noite, Principessa!

Antes que eu o agradeça ou retribua o elogio, uma voz se faz presente como um trovão, fazendo-me estremecer completamente sem controle das reações que esse indivíduo consegue provocar no meu corpo traidor.

- Eu não seria capaz de discordar de suas palavras, Paolo! Minha futura esposa realmente está esplendorosa! - Não me viro em sua direção, nem mesmo ouvindo o frisar de suas palavras como se estivesse me provocando, mas vejo um sorriso de lado nos lábios do homem a minha frente. - Atrapalhei alguma coisa? - Continuo sem olhar em sua direção, mesmo ouvindo o sarcasmo em seu tom de voz, e dou um beijo no rosto de Paolo.

- Acredito que agora faremos muito isso, mas foi muito bom revê-lo, Paolo. Se me der licença, procurarei a minha amiga.

Ele não fala nada, apenas sorri e assente, beijando a minha testa. E sem olhar para trás os deixo sozinhos, enquanto saio em busca de Emma, encontrando-a conversando confortavelmente com o meu irmão.

- Se importaria em me emprestar a minha amiga por um momento, mio Fratello?

- Se é um empréstimo, eu espero que seja devolvida depois, mia Sorella! - Ele sorri de lado e olha para Emma que o retribui negando com a cabeça.

- Se ela desejar ser devolvida, quem sabe eu não pense no seu caso, Vincenzo? - Aproximo-me e o abraço, mas quero mesmo é sussurrar em seu ouvido. - Acho que vou falar para o papai que mereço um prêmio, pois eu trouxe a candidata perfeita para que você apresente como noiva ao Conselho. - Beijo o seu rosto e é oficial, o meu irmão é mesmo um sem-vergonha quando vejo o seu sorriso amplo, nada intimidado com a minha provocação.

- Não dizem que mesmo que não estejamos procurando se for o momento de acontecer acabamos encontrando? - Ele me dá uma piscadela, e vejo que Emma está confusa com a nossa interação. - Quem sabe não era justamente dessa situação que eu precisava?

Volto a abraçá-lo, e mesmo se ele estiver apenas brincando, não nego que eu ficarei na torcida por eles, principalmente percebendo o quanto parecem confortáveis estando na presença um do outro, como se de fato já se conhecessem. Ou quem sabe não serei o cupido para unir esses dois?

- Ti voglio bene, Fratello mio! (Eu te amo, meu Irmão!).

- Ti amo molto di più, Sorella mia. (Eu te amo muito mais, minha Irmã!).

E por mais que eu queira ficar mais um pouco com o meu irmão, agora eu preciso de ar e conversar com a minha amiga, antes que eu surte com tudo que aconteceu até agora nessa noite, pois nada saiu como eu realmente havia planejado. Quer dizer, nem tudo, pois a cara de espanto do quarteto de cobras ao verem que não usei o vestido que pensaram e que não pretendo tê-las participando da organização do casamento, que parece mesmo ser inevitável, foi melhor do que eu esperava.

Se elas querem jogar, é melhor que conheçam a oponente que irão desafiar. E isso vale para o Don, que pela tempestade que vi em seus olhos, quando afirmou que iríamos nos casar, parece disposto a iniciar uma nova rodada.

E confesso que contra a esse jogador, não sei quantos rounds conseguirei suportar sem sucumbir ou ficar ainda mais quebrada do que ele me deixou 5 anos atrás.

Espero que tenham gostado 🥰🥰! Não esqueçam de comentar e deixar as minhas estrelinhas, porque foram 6.708 palavrinhas com muito carinho para vocês!

Até semana que vem 😘😉😘!

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