Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

1.5 - Encarando a verdade

1.985 palavras


28 de setembro, ano de 1890, Transilvânia

Lucy respirava fundo, o peito subindo e descendo com urgência, enquanto tentava organizar os pensamentos que fervilhavam em sua mente. Quando se inclinou para frente, esperando pelo toque dos lábios dele, ele recuou, e um nó de vergonha se formou em seu peito. Ela recuou, mas por achar que tivesse cometido seu pior erro.

Drácula a examinou de baixo para cima. Ele sabia exatamente como dobrá-la, moldando sua hesitação em algo maleável e irresistível.

— Você está com medo? — A voz de Drácula era um sussurro grave e sedutor.

— Eu... — Lucy tentou responder, mas sua voz falhou. A verdade era que ela não sabia o que estava sentindo. Não sabia se o calor em seu peito era medo, ou o desejo que a consumia cada vez mais.

Drácula ergueu a mão, seus dedos frios tocando de leve a lateral do rosto dela, como se quisesse acalmá-la. Seus olhos vermelhos brilhavam intensamente à luz das velas do quarto.

— Você não precisa ter medo... não de mim.

Ele a guiou até um grande espelho ornamentado que ocupava um canto do quarto. O vidro, manchado pelo tempo, refletia o ambiente escuro.

Lucy hesitou diante dele, mas Alaric, sempre paciente, posicionou-se atrás dela, próximo o suficiente para que ela sentisse sua presença, mas sem tocá-la.

— Olhe para si mesma, Lucy. Veja... Estamos prestes a ser livres... Tomar tudo o que não foi nos dado antes.

Ela obedeceu, levantando os olhos lentamente. No início, só viu a si mesma, a pele pálida sob a luz fraca, os olhos ansiosos. Mas então percebeu. O reflexo mostrava apenas ela. Ele não estava lá.

— Você não... — Ela se virou para ele, confusa. — Como isso é possível?

— Eu não tenho alma, logo, não me reflito no espelho — ele disse, sem rodeios, como se fosse uma verdade que não pudesse ser discutida.

Ela enrubesceu as sobrancelhas.

— Você não tem alma? — perguntou, sua voz carregada de pena ao invés de medo. — Por quê?

Ele a olhou por um momento, como se estivesse avaliando o quanto deveria dizer. Finalmente, respirou fundo, os olhos desviando para o espelho.

— Deus, — disse ele, quase cuspindo a palavra. — O Deus que todos adoram... é egoísta. Ele tira. Ele destrói. Ele me tirou tudo. E eu? Eu sou melhor que Ele.

Lucy piscou, surpresa. Não esperava tamanha raiva na voz dele.

— Melhor que Deus? — Ela repetiu, como se testasse as palavras na boca.

Drácula deu um passo à frente.

— Sim, Lucy. Ao contrário Dele, eu não tiro nada. Eu dou. Dou vida eterna a quem me procura. Dou a chance de salvar aqueles que amam. Eu tiro as doenças, as dores... — Ele parou, sua expressão suavizando ligeiramente. — E, em troca, só peço uma coisa.

Ela esperou, segurando a respiração.

— Que revoguem Deus. Que abandonem a fé em algo que só lhes traz sofrimento.

Lucy engoliu em seco, processando o que ele dizia. Ela não sabia se o que sentia era revolta ou empatia.

— E o que acontece... com quem não faz isso? — perguntou, hesitante.

Drácula não respondeu de imediato. Em vez disso, ele inclinou a cabeça ligeiramente, seus lábios se curvando em um sorriso lento e malicioso. Sem dizer uma palavra, ele recuou um passo, deixando o espelho, a luz, e o peso de sua declaração pairando no ar.

— Alaric...

Ele ergueu uma mão, interrompendo-a.

— Não agora, Lucy. — A intensidade em sua voz voltou, embora mais controlada. — Há coisas que você ainda não está pronta para saber. Mas logo... — Ele deu um passo para trás, inclinando a cabeça. — Logo você entenderá.

— Por favor... — Lucy disse, avançando hesitante em direção a ele. Sua voz era um suplico carregado de desespero. — Eu não entendo... este lugar, estas roupas, este castelo, o seu jeito... — Sua respiração falhou por um momento. — Por que me tirou de Londres? Por que não consigo fazer nada? O que você fez comigo?

Alaric se virou lentamente, seu olhar fixo nela, como se pesasse cada palavra que estava prestes a dizer. Ele viu a súplica nos olhos dela, e por um instante, a máscara de superioridade que sempre carregava pareceu vacilar. Ela era diferente, e isso o desarmava.

— Você está aqui porque está na hora de lembrar quem você é, Lucy. Quem nós fomos. — Sua voz era grave, carregada de uma convicção quase hipnótica.

Lucy franziu o cenho, confusa, sua mente lutando para compreender. Ela abriu a boca para protestar, mas ele ergueu uma mão, interrompendo-a.

— Não vou mentir para você, Lucy. — Ele deu um passo à frente, sua presença dominando o espaço entre eles. — Você parecia com medo de mim... E eu não podia permitir isso. Eu usei meus poderes para que não tivesse medo. Para que pudesse ver através de mim, para que entendesse que pode confiar em mim.

Ela sentiu o coração disparar no peito, cada batida ecoando como um tambor. Ele notou, claro que notou. Seus lábios se curvaram levemente, como se pudesse ouvir o que ela estava tentando esconder.

Lucy engoliu em seco, tentando manter a compostura.

— Você me raptou... — disse ela, a voz trêmula. — Como pode esperar que eu confie em você?

Alaric inclinou a cabeça, o olhar fixo e intenso, e então respondeu, com uma calma cortante:

— Está na hora de você se lembrar. E é por isso que quero que olhe no espelho, Lucy. Olhe e reflita. Pode não ser hoje, ou amanhã, mas você encontrará as respostas. Elas estão aqui, neste castelo. E se não as encontrar... — Ele fez uma pausa, permitindo que as palavras se infiltrassem em sua mente. — Nunca mais verá James.

Os olhos de Lucy se arregalaram, e as lágrimas vieram rápido, queimando enquanto desciam por suas bochechas. Ela tentou se mover, mas não conseguiu. Algo invisível a segurava no lugar, uma força que ela não podia ver, apenas sentir. Sua resistência desmoronou, e ela se encurvou, deixando o choro tomar conta.

— Lucy... — Alaric disse, avançando e pegando sua mão com delicadeza, mas ela a afastou imediatamente, como se o toque dele a queimasse.

Ele permaneceu calmo, mesmo quando a rejeição dela o cortou mais fundo do que ele admitiria. Em um movimento rápido, ele agarrou a mão dela novamente, desta vez com firmeza, e puxou o anel de seu dedo. Antes que ela pudesse reagir, ele o lançou pelo quarto, o som do metal caindo ecoando nas paredes.

— Lucy, você não ama James, — ele disse, a voz firme, mas sem elevar o tom. Seus olhos vermelhos brilharam enquanto ele usava seus poderes sobre ela. — Repita.

Ela lutou contra o comando, sentindo uma força estranha invadir sua mente, tentando dobrá-la à vontade dele. As lágrimas escorreram ainda mais, enquanto ela balançava a cabeça.

— Não faça isso... — ela implorou, sua voz quase inaudível.

Mas Alaric não recuou, não podia recuar. Para ele, isso era mais do que uma batalha de vontades; era o destino deles, a verdade que ela precisava aceitar.

— Diga, Lucy, — ele insistiu, sua voz soando como um feitiço. — Diga que não o ama.

Ela fechou os olhos, tentando bloquear a presença dele, tentando se agarrar a qualquer fragmento de força que ainda tivesse. Mas, as palavras dele continuavam a ecoar em sua mente, como se fossem dela.

— Eu... — começou ela, mas a voz saiu fraca, quase inaudível.

Alaric esperou, sua presença dominando o momento, cada fibra de seu ser exigindo que ela dissesse as palavras.

Finalmente, com lágrimas escorrendo pelo rosto, ela sussurrou:

— Eu não o amo...

— Muito bem, — ele disse, suavemente, inclinando-se para pegar a mão dela novamente. Desta vez, ela não recuou. — Finalmente, você começou a aceitar a verdade.

Lucy sentiu o peso das palavras dele, mas não tinha forças para protestar. Ela se sentia vazia, como se uma parte de si tivesse sido arrancada.

Alaric, percebendo a vulnerabilidade dela, ergueu sua mão e a beijou delicadamente, seus lábios frios contra sua pele quente. Ele a encarou com uma intensidade que a fez estremecer.

— Agora, Lucy, — ele disse, puxando-a levemente para mais perto. — Você é minha. E eu farei o que for preciso para garantir que nunca mais se perca de mim.

Ela tentou encontrar algo dentro de si para resistir, alguma fagulha de força que pudesse reacender sua vontade, mas era como se as palavras que ela dissera tivessem levado tudo embora, como se as memórias com James, haviam se tornado fotos em preto e branco.

Alaric a soltou lentamente, como se estivesse saboreando o momento, e deu um passo para trás. Ele a olhou por um longo tempo, como se estivesse avaliando cada detalhe, cada emoção que passava por seu rosto. Ele deslizou uma mão pela lateral de seu rosto, descendo lentamente pelo pescoço até o ombro.

— Lembre-se, — ele murmurou, inclinando-se para perto. — Lembre-se de quem éramos. De como nos amamos em nossa noite de núpcias, quando prometemos um ao outro que nada nos separaria, nem mesmo a morte.

Lucy piscou, confusa. Ela não sabia de onde aquelas palavras vinham, mas, de alguma forma, sentia como se fossem reais. Imagens vagas e desconexas passavam pela sua mente — um salão iluminado por velas, uma música distante, e ela nos braços de alguém... dele.

— Isso não é possível, — ela disse, mas sua voz saiu fraca, quase inaudível.

Drácula deslizou a mão pela diagonal de seu corpo, do ombro até a cintura, seu toque leve e deliberado, como se estivesse pedindo permissão sem dizer uma palavra.

— Posso? — ele perguntou, seus olhos vermelhos presos aos dela. — Posso libertá-la de tudo o que a amarra, Lucy?

Ela hesitou, mas não afastou sua mão. O ar entre eles parecia vibrar, como se o próprio quarto estivesse aguardando sua resposta.

Drácula se inclinou mais uma vez, o rosto próximo ao dela.

— Você não precisa decidir agora, — ele disse, a voz como seda. — Mas me deixe mostrar a você o que significa ser livre.

Ele deslizou os dedos até os laços do vestido dela, mas parou, aguardando sua permissão. Lucy sentiu o coração disparar. A lógica gritava para que ela recuasse, fugisse dali antes que fosse tarde demais. Mas a outra parte dela, a parte que se sentia atraída por ele de uma forma que não conseguia explicar, implorava para que ela cedesse.

Seus olhos encontraram os dele novamente, e ela assentiu, quase imperceptivelmente.

Drácula sorriu, mas não havia pressa em seus movimentos. Ele desatou os laços do vestido dela com delicadeza, deixando o tecido deslizar lentamente por seu corpo. Cada gesto parecia carregado de intenção, cada toque, um lembrete de que ele estava no controle, mas ao mesmo tempo a fazia sentir que era ela quem escolhia.

Quando o vestido finalmente caiu ao chão, ele inclinou a cabeça, estudando-a com uma intensidade que a fez tremer.

— Perfeita, — ele sussurrou, sua voz carregada de admiração.

Ele se aproximou novamente, os dedos roçando o pescoço dela.

— Lucy... — Ele hesitou, como se aquele momento exigisse algo mais solene. — Permita-me. Permita-me alimentar-me de você, como um gesto de confiança, de entrega.

Ela sentiu o sangue pulsar em suas veias, cada batida ecoando em seus ouvidos. Sua mente estava confusa, mas seu corpo parecia já ter tomado a decisão. Lentamente, ela inclinou a cabeça para o lado, expondo o pescoço.

Drácula inclinou-se, seus lábios roçando a pele dela com uma suavidade surpreendente.

— Você nunca se arrependerá disso, — ele sussurrou, antes de pressionar os dentes contra sua carne, lento, deliberado, como se quisesse saborear cada instante.

Lucy sentiu a dor inicial, mas foi rapidamente substituída por uma onda de calor que irradiava por todo o corpo dela. Era como se ele estivesse se tornando parte dela, e ela, dele. Uma união tão assustadora quanto irresistível.

Enquanto ele se alimentava, ela via seu reflexo embaçar, como se estivesse rendendo-se ao poder e a luxúria que Drácula a convidava, no entanto, antes que a imagem se desvanecesse mais, ele parou, ainda hesitante em levar sua humanidade por completo.



Clique na estrela por favor 🙇🏻‍♀️🙏🏻


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro