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1.2 - Ilusão

2.440 palavras

3 meses atrás, Londres

A mansão Whitmore reluzia sob o brilho dos postes de luzes, destacando-se no bairro nobre de Londres como um símbolo da riqueza de seus anfitriões. O baile de máscaras, organizado pelos pais de James, prometia ser o evento mais grandioso da temporada, reunindo empresários, aristocratas e visionários. Lucy ajustou a máscara de renda preta em seu rosto enquanto descia da carruagem, os olhos vagando pela multidão que entrava no portão principal.

James, ao seu lado, parecia confortável, quase impassível. Ele era sempre previsível, discreto e correto, qualidades que haviam inicialmente conquistado o coração de Lucy, mas que agora a faziam questionar se faltava algo mais. Ela amava James, mas às vezes desejava que ele fosse mais ousado, mais apaixonado. Era um contraste curioso com a vida que tinham juntos: ele, herdeiro de uma família rica e influente, e ela, uma jovem de classe média que ele havia escolhido como noiva apesar das expectativas sociais.

Lucy desviou o olhar para o anel em seu dedo, sorrindo levemente. Quando James a pediu em casamento, ela não hesitou em aceitar. Apesar do pouco tempo juntos, a proposta fora algo que ela esperava ansiosamente. O casamento seria um novo começo, algo que ela acreditava que os uniria ainda mais. Mas, enquanto observava as grandiosas preparações do baile, ela se sentiu momentaneamente deslocada.

Após chegarem ao grande salão adornado por inúmeras flores, James lhe pediu licença e se encaminhou para conversar com pessoas de grande influência, como de costume. Lucy sorriu timidamente, indo em direção à sua amiga Selene, contudo, até a amiga pôde notar que havia algo diferente nela. Sua inquietação não passou despercebida.

— Você parece perdida nos seus pensamentos, minha querida. — A voz familiar de Selene, sua melhor amiga, a trouxe de volta à realidade.

Lucy virou-se com um sorriso. Selene, usando um vestido dourado e uma máscara igualmente elegante, observava-a com uma expressão astuta, sua mão pousava em seu ombro, como um apoio discreto.

— Estava pensando em como tudo isso parece irreal. Os pais de James realmente sabem como impressionar, não é?

Selene deu uma risadinha. — Impressionar? Eles vivem para isso. Mas vamos ser sinceras, Lucy, você parece... inquieta.

Lucy hesitou, mas cedeu. — Talvez eu esteja. James é maravilhoso, mas às vezes penso se estamos tomando tudo devagar demais. Como se faltasse algo mais intenso entre nós.

Selene inclinou a cabeça, um sorriso provocador surgindo. — Talvez vocês tenham esperado demais. Hormônios adolescentes podem fazer maravilhas por uma relação, sabia? Não que eu saiba muito sobre isso... — Ela riu, piscando para Lucy.

Lucy soltou uma risada suave e a repreendeu de brincadeira. — Você é terrível, Selene.

Antes que pudesse responder, um homem alto e elegantemente vestido se aproximou. Sua máscara preta destacava os olhos penetrantes que pareciam cravar-se em Lucy com uma intensidade desconcertante. Ele inclinou-se levemente, cumprimentando-as.

— Senhoritas, perdoem-me pela interrupção. — Sua voz era baixa, quase um sussurro, mas carregava um tom de comando. — Estive conversando com o senhor Whitmore e pedi sua permissão para roubar sua noiva para uma dança.

Lucy piscou, surpresa. O estranho não esperou por uma resposta imediata. Ele estendeu a mão, e Lucy, hesitante, olhou para Selene, que arqueou uma sobrancelha, claramente intrigada. Finalmente, Lucy aceitou a mão dele, sentindo a firmeza de seu aperto e a estranha familiaridade que emanava de sua presença.

Enquanto ele a conduzia para o centro do salão, Lucy perguntou: — E quem devo agradecer por essa gentileza?

Ele sorriu enigmaticamente. — Alaric. Apenas Alaric.

Ela sentiu um arrepio subir pela espinha ao ouvir o nome. Algo nela dizia que aquela dança mudaria tudo.

Alaric conduziu Lucy para o centro do salão, onde o som suave de violinos preenchia o ar. Eles dançaram entre os outros casais, cada passo era inevitavelmente sincronizado. Lucy olhou ao redor, percebendo que James estava ocupado em uma conversa animada com outros homens de negócios. Ninguém parecia notar que ela estava com outro homem.

— Está gostando da festa? — perguntou Alaric, sua voz baixa o suficiente para ser ouvida apenas por ela.

Lucy sorriu timidamente, ainda tentando se ajustar ao ritmo da música e à proximidade inesperada dele. — É... encantadora. Não me lembro de ter visto algo tão grandioso assim.

— Não costuma frequentar festas como esta? — Alaric inclinou-se ligeiramente, como se cada palavra dela fosse de extrema importância.

— Não exatamente. — Lucy mordeu o lábio, hesitante. — James e eu levamos uma vida... simples, diria. Este baile é mais para os pais dele do que para nós.

Alaric observou-a por um instante, seus olhos brilhando por trás da máscara. — Simplicidade tem seu charme. Mas não parece ser algo que combine com você.

Lucy riu, nervosa. — E o que lhe faz pensar isso?

— O modo como você observa tudo à sua volta, como se estivesse esperando algo mais. Algo... extraordinário. — Sua voz era hipnotizante, fazendo Lucy se esquecer de onde estava.

Ela desviou o olhar, o coração acelerado. — E você? De onde é, senhor Alaric? — perguntou, tentando mudar o foco.

Ele sorriu enigmaticamente. — De um lugar muito longe daqui. Um lugar que você talvez não encontrasse em mapas.

— Isso soa... estranho. — Lucy o observou, intrigada, mas soltou um riso. — Está aqui por negócios ou...?

— Digamos que estou aqui em busca de algo. — Ele pausou, os olhos fixos nos dela. — Ou de alguém.

Lucy engoliu em seco, sentindo um calafrio imediato. — E encontrou? — perguntou, franzindo as sobrancelhas.

Alaric inclinou a cabeça ligeiramente, seus lábios curvando-se em um sorriso. — Ainda não tenho certeza. Talvez precise dançar um pouco mais para descobrir.

Lucy riu, embora sentisse uma inquietação crescente. — Você fala como se tudo fosse um enigma.

— A vida é um enigma, senhorita Whitmore. — Ele a girou suavemente, os passos conduzindo-a de forma que ela não percebesse o quanto estavam se afastando do centro do salão. — E gosto de pensar que algumas respostas são melhores quando vêm no momento certo.

— Você é um homem estranho, senhor Alaric. — Lucy sorriu, tentando esconder o quanto suas palavras a deixavam intrigada.

— Talvez. — Ele deu de ombros, com um brilho de humor nos olhos. — Mas não se preocupe, minha estranheza é inofensiva. Pelo menos por enquanto.

Lucy percebeu que estavam em um canto mais reservado do salão. A música ainda tocava, mas agora parecia mais distante. Ela olhou para trás, tentando localizar James, mas ele continuava envolvido em sua conversa, sem perceber sua ausência.

— E quanto a você, senhorita Whitmore? — perguntou Alaric, chamando sua atenção de volta para ele. — O que busca nesta noite?

Ela hesitou, sentindo o peso da pergunta. — Não sei ao certo. Talvez... um pouco de novidade. Algo diferente.

— Novidade? — Ele inclinou a cabeça, curioso. — Isso é algo raro de se ouvir de alguém em seu lugar.

— Em meu lugar? — Ela franziu a testa.

— Uma noiva prestes a se casar, rodeada de luxo e estabilidade. Não é o que todas sonham? — A voz dele tinha um tom quase provocador, mas não rude.

— Nem todas as noivas são iguais. — respondeu Lucy, com brilho no olhar.

Alaric sorriu, satisfeito. — Isso é bom. O mundo precisa de pessoas que saibam o que querem. Mesmo que demore um pouco para descobrirem.

Lucy desviou o olhar, tentando esconder o rubor que subia por suas bochechas. As palavras dele pareciam carregar um peso maior do que deveria, mas, ao mesmo tempo, ela não conseguia afastar a sensação de que havia algo mais, algo que ela ainda não entendia.

Eles continuaram a dançar, e Lucy percebeu que, por mais desconcertante que Alaric fosse, havia algo nele que a fazia sentir-se viva de uma maneira que não sentia há muito tempo. Era como se ele visse algo nela que nem mesmo James conseguia enxergar.

— Está me deixando curiosa, senhor Alaric. — disse ela, finalmente quebrando o silêncio. — Talvez o mistério seja a sua forma de manter as pessoas ao seu redor.

Ele riu baixinho, uma risada profunda que parecia ecoar. — Talvez. As pessoas gostam de estar ao meu redor. Mas, se o mistério for a causa, espero que funcione com você.

Lucy não pôde evitar sorrir. — E se não funcionar?

— Então terei que tentar algo mais, senhorita. Afinal, nem todas as respostas são óbvias.

Lucy tentou disfarçar seu nervosismo, seu coração errando várias batidas, assim como seu corpo frígido. Ele era diferente de qualquer um no salão. Seu cabelo preto, ligeiramente ondulado, caía até os ombros, e seus olhos eram tão escuros que absorviam a luz ao redor. Sua pele pálida contrastava com os lábios quase sombreados, como se um desejo pairasse neles.

Quando ele a rodopiou, Lucy soltou um leve riso nervoso. Ao sentir as mãos dele firmes em sua cintura, puxando-a para mais perto, um arrepio percorreu sua espinha. Ele a inclinou suavemente, e quando a levantou, ela tentou recuperar o fôlego e sua compostura. Era difícil ignorar como ele parecia comandar a sala inteira, mesmo em silêncio.

— Você não me disse seu sobrenome. É incomum que uma dama como eu, lhe chame pelo nome.

— Dracul, — respondeu ele com um sorriso quase imperceptível. — Alaric Dracul.

O nome ecoou na mente dela, carregado de uma força quase palpável.

— Dracul? — Lucy repetiu, franzindo o cenho. — Da Transilvânia, talvez?

Os lábios de Alaric se curvaram em um sorriso que parecia ser mais perigoso do que gentil.

— Esperta e bela, — disse ele, inclinando ligeiramente a cabeça em um gesto quase reverencial. — Sim, da Transilvânia. E você, senhorita?

Lucy esforçou-se para mascarar o desconforto que lhe apertava o peito. — Nasci em Londres, foi onde conheci James também, meu noivo. — enfatizou a palavra "noivo" com firmeza, o que fez com que a intensidade da dança diminuísse imediatamente.

Ele arqueou uma sobrancelha, claramente notando a forma como ela enfatizou o nome do noivo.

— Um homem de sorte, sem dúvida.

Lucy sentiu o peso das palavras dele. Era como se houvesse algo mais por trás do elogio, algo que ela não conseguia compreender completamente.

— Bem, senhor Dracul, — disse ela, tentando soar firme. — Gostaria de apresentar-lhe um amigo de meu noivo. Tenho certeza de que ele ficaria encantado em conhecê-lo.

Ela começou a guiá-lo em direção ao grupo de homens que conversavam animadamente no centro do salão. Mas, ao se virar para verificar se ele a seguia, encontrou apenas o vazio. Ele havia desaparecido, como se nunca tivesse estado ali.

Lucy olhou ao redor, confusa, seu coração ainda batendo acelerado. A música continuava, o salão estava cheio de rostos conhecidos e desconhecidos, mas ele havia sumido. Ela não sabia explicar o que sentia: alívio, inquietação ou algo que não queria admitir.

A carruagem de James parou em frente ao prédio de Lucy, em uma rua tranquila no bairro de Kensington, uma das regiões de Londres conhecidas por suas casas elegantes e bem cuidadas. O silêncio da noite era pontuado apenas pelo som distante de passos apressados e o canto ocasional de um gato escondido em algum canto escuro.

James desceu primeiro, oferecendo a mão para ajudá-la. Ela segurou a barra do vestido e desceu com elegância, ainda sentindo os efeitos das danças e do vinho.

— Obrigada por me acompanhar, James. — Ela sorriu, segurando delicadamente sua mão.

— Sempre, minha querida. — respondeu ele, com a sinceridade que sempre fazia o coração de Lucy se aquecer, mesmo que às vezes ela desejasse algo mais ousado vindo dele. — E sua mãe? Como ela está?

Lucy soltou um suspiro leve, mas preocupado. — Ela tem ficado doente com frequência. A idade está começando a pesar, mas ela insiste em dizer que está tudo bem. Amanhã, pretendo passar um tempo com ela.

James assentiu, seus olhos fixos nos dela. — Se precisar de algo, sabe que pode contar comigo. Não hesite.

Lucy sorriu, tocando de leve o rosto dele. — Eu sei, James. Mas está tarde. É melhor você ir para casa.

Ele hesitou por um momento, talvez querendo insistir para subir e se certificar de que elas ficariam bem. Mas Lucy percebeu e, antes que ele falasse, aproximou-se e lhe deu um beijo nos lábios, doce e delicado.

— Boa noite, meu amor.

James sorriu e voltou para a carruagem. Lucy ficou ali por um instante, observando-o partir, antes de subir para seu apartamento.

Ao entrar no pequeno apartamento que dividia com a mãe, o lugar estava silencioso. Ela encontrou a mãe dormindo no quarto ao lado e seguiu para o próprio quarto. Tirando cuidadosamente o vestido e colocando-o para ser lavado no dia seguinte, Lucy se dirigiu à banheira.

A água quente era reconfortante, o vapor preenchendo o ambiente. Enquanto esfregava a pele, não conseguiu afastar os pensamentos da noite. A figura misteriosa de Alaric Dracul persistia em sua mente, e ela se repreendeu por dar tanta atenção a um estranho. Mesmo assim, havia algo nele que ela não conseguia ignorar.

Depois do banho, vestiu uma camisola branca simples, o tecido leve caindo sobre seu corpo. Ela caminhou até a janela e a fechou com força. O vento lá fora uivava como um aviso, e a sensação de inquietação voltou.

Deitando-se, Lucy apagou o abajur ao lado da cama e tentou encontrar o sono.

O sonho começou como algo familiar e reconfortante. Ela estava nos braços de James, mas logo percebeu que o homem no sonho não era ele. Ele era mais alto, seus ombros mais largos, e havia algo no olhar dele que a atraía irresistivelmente.

— Quem é você? — ela perguntou no sonho, mas as palavras saíram abafadas, como se estivessem submersas.

Ele não respondeu, apenas aproximou-se, o calor de seu corpo a envolveu. Quando os lábios dele tocaram seu pescoço, um arrepio percorreu sua espinha. Suas mãos, fortes e possessivas, deslizaram até os seios dela, descendo mais até suas coxas. Lucy não conseguia afastá-lo; havia uma força magnética que a prendia. E, de alguma forma, ela não queria que parasse.

Ela sentiu algo diferente. O rosto dele estava desfocado, mas o desejo que emanava dele era inconfundível. Ela o queria, mesmo sem entender por quê.

De repente, Lucy acordou com um sobressalto. Sua respiração estava rápida, o coração martelando no peito. Ela levou a mão ao pescoço, ainda sentindo o calor do toque dele.

O som do vento invadiu o quarto, e, ao olhar para o lado, percebeu que a janela estava aberta novamente, mesmo depois de tê-la fechado com força. Assustada, ela levantou-se e correu para fechá-la. O vento quase resistiu ao seu movimento, mas ela conseguiu trancá-la.

De pé, sozinha no quarto, Lucy olhou para o reflexo pálido no espelho e tentou afastar os sentimentos que a consumiam. Mas a figura do homem e o toque dele ainda queimavam em sua mente, como um segredo que ela não sabia se queria desvendar.



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