ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟛𝟡
**✿❀ ❀✿**
Andar por esses corredores novamente é estranho, calafrios percorrem o meu corpo e pensamentos ruins dominam a minha cabeça. É como se tudo aquilo tivesse voltado, tenho a impressão que escuto conversas e até mesmo gritos vindo de algum lugar.
-Ta escutando isso? - Pergunto para o garoto ao meu lado.
-O que? Tô ouvindo nada! - Diz Jake.
É coisa da minha cabeça, acho que o fato de estar aqui depois de todos esse tempo é depois de tudo mexe um pouco comigo. Enquanto ando pelos cômodos desse prédio eu revejo as coisas que passei aqui. Sinto presenças estranhas como se não estivéssemos sozinhos.
-Por que você tá escutando algo?
-É... Não é nada - Ele me olha desconfiado, mas deixa pra lá - Só é estranho estar aqui, depois de tudo é como se as memórias estivessem voltando.
-Tem visto ou ouvido coisas?
-Não é bem assim... Não me ache louca por isso.
-Não! Tudo bem! Não vou te achar uma louca por isso.
-Não?
-Já aconteceu comigo. Quando eu perdi a minha mãe eu a via e escutava sua voz as vezes. Foi muito difícil e eu pensava que estava ficando louco, mas conforme o tempo foi passando, mas sempre que eu estava em um lugar que tinha memórias muito fortes com ela isso acontecia. Com o tempo pode passar, fique tranquila e você não está louca. É só a sua mente talvez querendo te pregar uma peça ou querendo deixar as memórias vivas! - Dou um leve sorriso, acho que precisava ouvir isso. Mas não entendo o motivo de minha mente querer trazer memórias ruins.
Demos uma olhada leve pelo espaço, os corredores é alguns cômodos estavam vazios, mas não tínhamos visto o resto do prédio, apenas uma parte. Todos nós estávamos cansados é não iríamos nos dividir por aí, ainda mais porque não pretendíamos ficar por muito tempo, esse lugar não era uma opção para se tornar uma nova base.
Fico pensando nos outros, aonde será que eles estão e se conseguiram sair, se ainda estão lá ou escondidos. Espero conseguir encontrar com eles, eu quero ir atrás deles.
Montamos um acampamento no refeitório, pegamos alguns colchões e fechamos as portas, a maioria já estava deitados descansando após essas longas horas. Olho para o lado e vejo Niki já pro seu terceiro sono, enquanto eu nem mesmo consegui fechar os olhos por muito tempo. Não queria ver, não queria ver tudo aquilo de novo, sinto como se essas memórias fossem voltar assim que meus olhos se fecha-se.
-Niki - Olho para o garoto a espera de saber se ele ainda estava acordado.
-Hum? - murmura e vira seu rosto em minha direção, mas ainda com os olhos fechados.
-Acha que foi uma boa ideia vir pra cá? - Ele abre seus olhos e fica por cerca de um minuto me olhando.
-Por que está perguntando isso?
-Nada demais! - Me viro olhando para o teto - Só que... É estranho, sabe estar aqui de novo é como se tudo aquilo voltasse, eu... - Niki se aproxima ficando ao meu lado bem próximo, passa sua mão pelo meu rosto me olhando - acho que eu tô com medo...
-Ta tudo bem! Eu também tô. É normal ficarmos com medo em momentos como esses, tem acontecido muitas coisas de uma vez só, seria uma surpresa nós não tivermos medo!
-Mas eu não posso! Sabe o medo nos atrapalha, eu não quero ter que fazer algo e o medo me atrapalhar com isso. Além de que eu preciso ser forte, e o medo atrapalha.
-Não! O medo ele te ajuda!
-Como assim?
-Você evita de fazer, dizer certas coisas porque pode te machucar ou machucar outras pessoas. Ele é meio que um escudo de defesa, te impede de fazer coisas que você possa se arrepender depois, tenho certeza que o medo já te ajudou em muitos momentos. E ele não vai te fazer fraca, todos nós sentimos medo é normal, não tente esconder seus sentimentos, eles não te farão fraca, só mostram o quão forte você está sendo por aguentar tudo.
-Obrigado... Eu não sei o que eu faria sem ter você aqui, sabe... Eu não quero perder mais ninguém! - Ele me abraça me puxando para perto.
-Você não vai me perder, eu prometo! - Ele me encara e delas nossos lábios em um selinho rápido, mas logo em seguida os juntamos novamente dando início a um beijo calmo, por fim ele deixa um beijinho em meu nariz e me faz deitar em seu peito - Nós vamos conseguir, eu sei que vamos.
A mão de Niki acariciava o meu cabelo, de dando uma sensação de calmaria e paz, é como se todos os problemas estivessem desaparecido derrepente.
Derrepente a minha visão está toda preta, por mesmo que eu tentasse abrir os olhos eu não conseguia, algo estava me impedindo eu não tenha controle do meu próprio corpo, meu corpo não me obedecia meus braços pareciam estar sendo segurados por algo, ou alguém. Começo a escutar estalos, conforme os segundos iam passando eles iam ficando mais alto e próximos a mim. Derrepente meus olhos de abrem e seu começo a conseguir enxergar onde estava e o que acontecia em meu redor.
A minha frente eu consigo ver a perna de um homem, estava bem a minha altura pois estava ajoelhada. Ele andava de um lado para o outro e consigo ver que segurava algo, minha visão estava ruim, meus olhos cheios de lágrimas e não era possível eu decifrar o que era aquilo em sua mão.
Vozes de todos os lados, o homem parecia dizer algo e alguém próximo gritava, mas não consigo entende nada que é dito por eles, é simplesmente indecifrável de entender. Pisco meus olhos algumas vezes, conseguindo me livrar um pouco das lágrimas é melhorando a minha visão então consigo enxergar aquilo que o homem segurava e que levava de um lado para o outro.
Um grande arrepio percorre por todo meu corpo, aquele objeto que ele segurava era o causador disso, o motivo de todo o meu corpo parecer mais pesado. Ali estava um cassete balançando de um lado para o outro, o mesmo parecia sujo com alguma coisa que não consigo entender o que seja, mas que deixava mais assustador.
Os gritos ficavam mais altos então olho para o lado, ali vejo Niki sendo segurado por um militar, ele gritava e chorava enquanto olhava para mim. Tento entender o que estava acontecendo, mas quando me viro novamente para o homem em minha frente aquele grande objeto que ele segurava vinha em minha direção. Minha única reação foi fechar os olhos e desejar que aquilo não me atingisse novamente, eu não quero sentir mais essa dor.
Abro os olhos com a respiração pesada, olhando para os lados a procura daquele homem, mas ele não estava aqui. Entretanto o ambiente em que eu estava era o mesmo que eu vía, o mesmo lugar que tudo aquilo aconteceu e que me deixou marcas permanentes. Minha única reação e maneira de fugir daquilo foi me levantar, observo Niki que dormia profundamente enquanto eu ando para longe dele, pego uma lanterna que encontro ali no meio das coisas e vou em direção a saída.
Fecho as portas atrás de mim e me encontro em um corredor enorme, era grande e extenso, não conseguia ver seu final graças a escuridão, a única iluminação era aquela que vinha de uma janela, mas não adiantava de muita coisa. Aperto o botão da lanterna fazendo um flash de luz sair dela, iluminando parte do corredor a minha frente.
Começo a andar iluminando alguns metros a frente de mim, sem nenhum rumo ou em pensamento um lugar bom para ir, eu apenas queria ficar longe daquele lugar. Continuo andar por vários corredores, talvez até mesmo esteja andando em círculos e passando pelos corredores uma dez vezes, mas eu não ligo.
Esse prédio era bizarro, ouvia barulhos estranhos vindo de algum lugar, não sei se eram de alguém ou de algum zumbi aqui que acabamos não vendo, podem não quero pagar para ver. Um desses barulhos me fez dar um pulo e olhar para trás, iluminar o corredor atrás de mim, mas ali não tinha nada, nem sinal do que tinha causado aquele brilho estranho. Me viro novamente para a direção que ia então percebo que estava no final do corredor, precisava voltar ou entrar em algum lugar. Levo minha lanterna em direção a porta ao meu lado, após a analisar um pouco consigo perceber aonde estava e onde aquela porta levava. Se tratava do escritório ou do antigo escritório do Sargento Stones, lembro de ouvir coisas vindo de lá, gritos, discussões e até mesmo um tiro, ainda é um mistério sobre o que aconteceu lá dentro.
Sempre tive uma grande curiosidade de saber como é lá dentro, se tem algo misterioso ou algo que ele escondia. Mas acredito que não tenha mais nada, se tinha algo importante ele deve ter levado quando saíram do prédio, se bem que o lugar continua quase intacto, os poucos quartos que nós olhamos mantido o seu padrão, todos os móveis ali e nada fora do lugar, até mesmo encontramos alguns pertences pessoais o que é muito estranho.
De qualquer forma a minha curiosidade em parte continuava, quero entender o local que aquele desgraçado habitava, quem sabe eu descubro algo.
Giro a maçaneta e assim que eu empurrei a porta ela faz um barulho aguardo, que ecoa pelo corredor inteiro. O cômodo estava todo escuro, levo a lantcômodem direção iluminando partes do cômodo, consigo enxergar melhor, mas ao lado na parede encontro um interruptor o aperto e parava minha surpresa uma luz se acende. As luzes do resto do prédio não estavam acesas, mas imaginamos que seja porque não achamos o gerador ainda, por algum motivo essa sala a luz ainda se acende.
Fecho a porta atrás de mim e analiso melhor o cômodo, uma mesa logo no centro da sala, atrás estava uma grande cadeira estofada, na frente suas poltronas. Consigo ver em cima da mesa uma pilha de papeis, todos perfeitamente arrumado e assimétricos, não era apenas os papéis que estavam bem arrumados, canetas, pastas, abajur e até mesmo uma garrafa de água parecia ter sido bem pensada na hora de ser colocada. Atrás tinha uma grande janela com uma cortina cinza atrás. Uma grande estante dominava grande parte da parede ao lado, muitos livros estavam arrumado por cores e tamanhos.
Ando mais pela sala e observo um computador ao canto da sala, não estava ligado, estava apenas sendo um nada, não servia mais para nada nesse momento em que estamos vivendo.
Fico um pouco curiosa sobre esses papéis em cima da mesa, ainda mais por eles estarem tão arrumados e deixados para trás. Me sento na grande poltrona e começo a folhear essa papelada. Não acho nada muito interessante, apenas algumas regras impressas, regras que eu já conhecia por serem dessa base. Abro uma uma gaveta e já acho mais papéis, mas diferente dos outros eles pareciam ser uma espécie de relatório, ali contava um resumo sobre supostamente um mês cada. Era um resumo sobre acontecidos da base, mas no meio tinha tantas mentiras, acontecidos distorcidos como uma rebelião que aconteceu a meses atrás. Ali dizia que um grupo de rebeldes tinha invadido a base atrás de roubar os suprimentos e que por isso era preciso de mais coisas para o concerto, mas as coisas não eram bem assim, invadiam para que as pessoas pudessem fugir dos militares!
Leio relatório por relatório e fico cada vez mais revoltada com as mentiras contadas, ainda mais na possibilidade daquilo ter ido parar mas mãos de outras pessoas, essas mentiras forem parar até alguém. Mas também me pergunto para que isso? Para onde é levado? Quem quer esses relatórios? Essa base está sendo vigiada ou algo do tipo? Será que são de pessoas dos Estados Unidos?
Deixo aqueles papéis espalhados sobre a mesa e mexo mas outra gavetas, não acho mais muitas coisas interessantes, apenas mais papéis sobre coisas desinteressantes. Chego a última gaveta e tento a abrir, mas não consigo pois precisava de uma chave. Penso em não perder meu tempo com aquilo e apenas deixar de lado, poderia não ter nada e ia ser gasto de esforço. Estou prestes a sair e deixar aquilo de lado, mas olho novamente para a gaveta e começo a ficar um pouco sérios sobre o que poderia estar escondido ali. Tento novamente abrir, mas eu precisava realmente de uma chave para fazer isso, tento de várias formas, balanço, tento usar a força uso até mesmo alguns clipes na tentativa de abrir como se fosse uma cena de filme, mas não adianta de nada. Desisto e volta a mexer nas folhas, quando noto algo estranho em cima da mesa, alguns cabos estavam espalhados pela mesa, mas não xonado entender o motivo deles estarem ali, afinal o cumpitador não estava então não tinha motivos.
Talvez eu esteja curiosa demais ou paranóica em questão ao Sargento, acho que preciso encontrar algo que faça essa volta para cá valer a pena, eu preciso de algo. Tento pegar minha faca, mas percebo que ela não estava no suporte em meu cinto, minha outra tentativa de conseguir abrir aquilo tinha sido jogada dentro do ralo. Então me lembro de mais alguma coisa, do canivete dobrável que estava escondido em minha bota a um bom tempo, ele poderia ser vir para algo. Com a faca fico tentando destrancar aquilo, arranho a madeira, quase quebro aquela gaveta quando me sento no chão cansada e sou um suspiro longo.
Penso em algo que poderia me ajudar a abrir isso sou em algum lugar que poderia estar essa chave, mas imagino que esteja com o dono daquilo que está ali dentro. Estou me levantando para sair dali, quando me abaixo rapidamente novamente olhando para baixo da mesa, ali encontro uma fita laranja quase que neon prendendo algo contra a superfície, observo mais um pouco aproximando meu rosto e então noto do que se tratava. Arranco aquela chave da fita e tebto encaixar na abertura da gaveta, felizmente se encaixa perfeitamente e eu giro ouvindo um pequeno barulho sinalizando que tinha sido destrancada.
Puxo a gaveta curiosa em saber o que tinha ali dentro, de primeiro vejo um agenda, estava em cima de algo, mas eu a abro primeiro. Em dia primeiro página vejo diversas datas, horário e nomes de pessoas aparentemente estadunidenses. Esse padrão se Mantis em outras páginas parecia ser um histórico, analisando as datas marcadas de início era a cada cinco dias, depois foi mudando para sete e assim foram ficando mais distantes até chegar a cada vinte dias. A última data era marca dava média de um mês atrás.
Deixo o caderno de lado e dou minha atenção a gaveta novamente, ali estava um pano a baixo de onde estava essa agenda, tiro o pano e vejo o que estava ali de baixo. Era simplesmente um rádio de comunicação, tiro todo aquele aparelho que vinha acompanhado de microfone e fone.
Aquela agenda agr fazia sentido, se tratava de um histórico de ligações com aquelas pessoas. O mesmo nome se repetia várias vezes "Anthony Kiedis" Quem é esse homem? Poucas as ligações que estava marcado como outro nome, mas esse Anthony era o que mais parecia estar em contato com o Sargento Stones.
Organizo os equipamentos em cima da mesa, aperto os botões tentando ligar, mas não acontece nada. Observo o aparelho vendo se faltava algo, noto então que não era um rádio que necessitava de pilha, mas sim precisava ser ligado em tomada em uma rede de sinal. Lembro dos cabos que estavam em cima da mesa e começo a conectar no rádio, após colocar tudo certinho vejo uma luz se acender então coloco os fones de ouvido.
Conecto o restante das coisas e deixo na estação que estava, aperto o botão do microfone e falo:
-Oi, tem alguém a escuta? - Espero por alguma resposta, mas apenas fica um enorme silêncio - Aqui é a Jiwoo Mackenzie, moradora da Coreia do Sul, tem alguém a minha escuta?
Não recebo resposta, nem mesmo qualquer tipo de barulho ou palavra. Tento mudar para outros canais de comunicação, são várias tentativas de falar com alguém, mas nenhuma me trazia resultados. Isso só me fazia pensar que poderia não ter ninguém lá, poderia ter mais ninguém atrás de nós ou qualquer pessoa viva. Continuo tentando sem parar, gastava minha voz e ninguém me respondia, os pensamentos de que talvez não tenha ninguém ali me estressa, perco minha paciência e bato com tudo naqueles aparelhos.
-Ai! - Murmúrio após bater forte um de meus dedos.
Vejo que estava em outro canal, um canal aleatório que foi mudado graças a minha raiva. Tiro os fones os coloco em minha da mesa, deito minha cabeça sobre a mesma e fico olhando para um ponto fixo na parede.
-Por favor, tem alguém aí?! - sussurro apertando o botão do microfone, facto meus olhos querendo esquecer isso, mas ouço uma voz, muito baixa tanto que nem mesmo consigo identificar o que é falado. Levanto minha cabeça e coloco os fones o mais rápido que eu consigo. - Alô, alô? - Aperto o botão desesperadamente - Tem alguém aí?
A linha fica em um tremendo silêncio, o que me faz pensar ter sido apenas algum fruto da minha mente. Desânimo novamente com a ideia de ter me enganado.
-Alô, tem alguém aí?
A voz do outro lado da linha me faz arrepiar, não consigo acreditar que tinha escutado a voz de outra pessoa, alguém também estava atrás de comunicação.
-Oi, alô, tem sim! - Falo rapidamente quase me embaralhando com as palavras - Estou aqui!
-Com quem estou falando? - A voz era masculina, mas um tanto estranha e falha, provavelmente por ser algum problema de sinal ou até mesmo com o rádio.
-Aqui é Jiwoo Mackenzie, sou moradores da Coreia do Sul.
-Q-quem? - A voz falha novamente.
-Jiw- Sou interrompida.
-De onde v-
-Como? Não entendi!
-De onde você fala?
-Estou falando de uma ex base Militar estrangeira, fica em uma antiga Universidade no Sul do país
- O- Não entendi
-Eu tô no Sul do país, em uma Universidade bem antiga! - Não ouço uma resposta nem mesmo qualquer barulho vindo do outro lado da linha - Tem alguém aí? - Novamente um silêncio - nós precisamos de ajuda...
Minha testa bate contra a mesa e dou um suspiro frustrada, retiro os fones e apoio minhas costas no encosto da cadeira. Ela era macia, mas mesmo assim não me trazia aconchego nem conforto, ainda mais sabendo quem sentava nela a pouco tempo atrás.
Penso sobre essas chamadas, elas provavelmente eram com pessoas fora do país, possivelmente com aqueles que traziam os suprimentos e coisas necessárias para esse ligar se manter. A minha maior duvida e o motivo deles terem partido, deixado esse lugar quase que perfeito para sobrevivência, deixando tudo para trás, pertences, até mesmo um pouco de comida, esse rádio, esse era o meio de comunicação deles, só consigo sentir que tem algo de errado acontecendo.
Sou surpreendida por um forte barulho vindo atrás de mim, dou um pulo da cadeira. Meus olhos se abrem e se fecham diversas vezes tentando me acostumar com a iluminação. Do rádio vinha um chiado insuportável, bato no botão que faz aquele barulho parar, mas o barulho não para completamente, ainda vinha algo me pertubando atrás de mim, afasto aquela cortina e vejo uma das coisas que me acordou de minha soneca.
-Sabia que tinha algum de vocês por aqui - Do outro lado do vídeo estava um zumbi com uniforme militar, ele batia no vidro e tentava me morder mesmo do outro lado.
Solto a cortina tampando a visão que tinha para o zumbi, passo a o ignorar e passo a mão pelo meu rosto. Observo o rádio em minha frente ainda organizando meus pensamentos, me pergunto se realmente escutei alguém falando comigo ou se tô tendo algum tipo de alucinação por tudo que tem acontecido. Primeiro os gritos e vozes que tenho escutado por esse lugar, o meu bizarro sonho, definitivamente eu acho que estou enlouquecendo.
Abro a porra daquele escritório e o deixo para trás andando pelo extenso corredor. Acho engraçado o fato de ter vindo parar aqui, definitivamente na noite passada eu só andei sei rumo e dei a volta pelo prédio todo até chegar nesse escritório. Agora com a luz do dia consigo ver tudo muito melhor, esse lugar que eu infelizmente conheço tão bem, mas sem os militares babacas e aquele desgraçado que acabava com a vida de cada um aqui.
Ao chegar novamente no refeitório entro vendo algumas pessoas recém acordando, outras organizando coisas e outras comendo.
-Jiwoo, onde você estava? - Sunoo se aproxima de mim - Niki tava desesperado se perguntando aonde você estava.
-Eu só estava dando uma andada...
-Tirando em conta que ele está te procurando a algumas horas....
-Ah! Esse garoto é mesmo um carrapato! - Falo rindo.
-Ele é o seu maior fã.
Olho para a entrada do refeitório assim que a porta é aberta, entrando por ela estava o garoto de quem nós conversamos. Seu olhar percorre por todo o ambiente até que para em mim. Ele vem em minha direção sua cara não estavas muito legal, parecia estar de mal humor.
-Aonde você estava? - Chega até mim e pergunta cruzando os braços - Eu te procurei por toda parte, você sabe como me preocupou quando acordei e você não estava aqui? E se alguém aparecesse? Se você estivesse em perigo, por que não me chamou?? - Ele começa a fazer um milhão de perguntas uma atrás da outra nervoso, nem mesmo olhava para mim enquanto falava - E se ele-
Niki para de falar assim que me aproximo e o abraço, me aconchego em seus braços e ele acaba me abraçando de volta.
-Você tá tentando me comprar com abraço pra mim não te dar uma bronca?
-Se você continuar vou me estressar e você sabe como eu fico estressada!
-Ta bom!
Ele fica quieto apenas me abraçando, aproveito para deitar meu ouvido em seu peito e começo a ouvir seus batimentos.
-Obrigado... - Murmúro.
-Pelo que?
-Por estar aqui e por se importar comigo.
-Eu sempre vou me importar, isso eu prometo! - Deixa um selar em minha testa.
Hee Seung volta da sua vigia pelo lado de fora, todos nos reunimos para discutir o que faremos agora.
-Precisamos de um lugar melhor! - Jake diz - Não podemos ficar aqui, eles podem voltar.
-Nós precisamos ir atrás das nossas pessoas primeiro, podem estar por aí desamparados e em perigo, até mesmo feridos! - Falo.
-Não sei devemos nos arriscar agora, eles podem estar por lá pode nos colocar em risco e colocar o nosso pessoal - Senhor Sim fala.
-Mas vamos deixar eles? Não podemos simplesmente esquecer que eles podem estar lá, que podem estar sozinhos e precisando da nossa ajuda!
-E se nos dividirmos? - Sunghoon propõe - Podemos metade ir lá e a outra metade ficar aqui, tomaremos conta do lugar e se conseguirem achar nosso pessoal podemos ajudar assim que chegar. Depois podemos partir atrás de outro lugar para ficar.
Ainda temos mais algumas discussões, mas enfim chegamos a esse consenso de dividir o grupo. Hee Seung, Niki e eu decidimos ir até nossa comunidade, mas concordamos que se vermos os militares por lá devemos voltar imediatamente, além de que temos que estar de volta antes do anoitecer ou então irão atrás de nós.
Preparamos algumas coisas e pegamos um carro, nos despedimos de todos e nos desejam sorte.
-Toma cuidado! - Jake me dá um abraço de despedida - Qualquer coisa você já sabe, apenas faça!
-Ok!
-Toma conta dela! - Diz para Niki.
-Pode deixar que eu sempre cuido! - Ele bagunça meu cabelo rindo um pouco.
Entramos no carro e o portão da Comunidade é aberto, saímos e por meio do para-brisa consigo ver todos nos vendo partir e o portão sendo fechado.
Saí novamente desse lugar, preciso encontrar meus amigos, preciso encontrar aqueles que estou tanto procurando. Não posso deixar mais ninguém morrer.
**✿❀ ❀✿**
39/40
Bem, me dói dizer isso, mas esse é o penúltimo capítulo da fic, mas no próximo eu darei alguns recados importantes então peço que leiam e me respodam quando necessário.
O que vocês acharam desse capítulo? O que acham que está por vir? E aquela ligação?
São tantas coisas! Eu to tão ansiosa, mas ao mesmo tempo não quero colocar um ponto final, eu amo tanto essa fic e espero que vocês gostem também.
É isso, até a próxima! Bj 💕
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro