ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟛𝟞
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60 dias sem acidentes. Isso mesmo, dois meses se passaram e nada de muito grande aconteceu, foram sessenta dias de "paz", quero me referir mais a questão dos militares. Eles não apareceram mais, não tivemos nem sinal desses cretinos até agora. Isso é bom, mas ao mesmo tempo preocupante.
Assim como o planejado ninguém sairia da Comunidade, mas com o acidente na horta as coisas se tornaram piores, nossa comida estava acabando e as pessoas estavam sabendo disso, o pânico ficava cada vez pior e aos poucos nós passaríamos fome. Então tiveram que tomar uma decisão, precisavam sair atrás de comida e alguns medicamentos que estavam em falta. O grupo saiu e depois de dois dias voltaram, com uma certa quantidade de comida e dizendo que não tiveram interação nenhuma com os militares, eles não estavam pelas redondezas ou pelo menos não tentaram nada, o que é super estranho!
Desde então alguns grupos tem saído atrás de coisas para a comunidade, um dos últimos grupos que saiu foi até uma loja de matérias para plantação, atrás de mais sementes e coisas para matar as pragas que matou nossos frutos. Porém quando chegaram lá a loja estava devastada, completamente vazia sem sequer uma semente e produto, outras pessoas já tinham feito a limpa. Então a alguns dias outro grupo saiu, com o destino outras cidades, atrás desses produtos para podermos recuperar nossas plantações.
As coisas parecem ter melhorado agora nesse mês, estávamos relativamente bem com a alimentação e mais pessoas da Comunidade tem treinado, estamos conseguindo evoluir muito mais se caso tenhamos um ataque. Mas ainda tem algo que nos pertuba, ou pelo menos incomoda o pessoal lá de casa, o fato da minha tia não ter voltado ou sequer dado qualquer sinal de vida nos incomoda. Tive muitas conversas a respeito com a minha mãe, nos questionamos se ela está bem, se foi mordida ou acabou morrendo de outra forma, até mesmo pensamos que ela pode ter encontrado outro grupo ou infelizmente encontrado os militares. Nós não sabemos, não tem como saber...
Foi uma grande novidade esses sessenta dias de paz, afinal a todo momento parecia que ia acontecer uma desgraça, ainda mais tendo o mesmo e o sentimentos que os militares iriam nos atacar a qualquer momento, isso sim era péssimo. Algumas pessoas abaixaram a guardam, outras até pensam que que eles desistiram de nós e decidiram nos deixar em paz. Ingénuos, não acredito que isso tenha acontecido, pode ter acontecido algo, mas eles terem nos deixado em paz simplesmente eu acho bem difícil.
Esses sessenta dias foram contados por Niki, ele começou isso dizendo que os dias estavam mais calmos e gostaria de saber quanto isso duraria. Interessante dele estar fazendo isso, e fico surpresa de ter durado tanto.
Não vou negar que esses dias de paz tem me feito bem, não apenas para mim como para todos, o clima tenso na comunidade se foi, esquecer aqueles que nos causava uma grande discórdia foi muito bom, todos parecem muito melhor. Conseguimos resolver alguns problemas que tínhamos e as pessoas parecem mais próximas. Mesmo ainda com uma desconfiança eu tenho conseguido dormir muito melhor, tirando também o fato dos choros de madrugada.
-Então a sua irmã foi toda corajosa e me salvou - Niki dizia enquanto segurava Saem de frente para seu rosto enquanto falava com ele - Se bem que era o mínimo que ela tinha que fazer, afinal a ideia de pular daquela ponte foi dela
-Hey! Se não fosse pela minha ideia provavelmente você nem estaria aqui. Além de que não era a minha obrigação ir lá e te salvar, eu arrisquei a minha vida!
-Tá tá! Obrigado por ter me salvado! Ainda bem que não foi invertido, pois se fosse eu que teria que te salvar você estaria morta, não sei nadar e nem fazer massagem cardíaca. Mas respiração boca boca eu sei, que tal a gente praticar?! - Pergunte fazendo uma cara maliciosa para mim
-De jeito nenhum! Abusado! - Ele fecha a cara olhando de volta para o bebê
-Sua irmã é muito má! - Fala colocando o pequeno no bebê conforto.
Estamos sentados sobre o gramado ao lado da área de trailers, minha mãe precisava fazer algumas coisas na enfermaria então eu e Niki ficamos de tomar conta de Saem. O nome foi escolhido por mim, pensei na estação que estamos ou que estamos aproximadamente, também tentado em mente a estação preferida da minha mãe, a primavera. Esse é o significado do nome dele, pode ter muitos pensamentos sobre esse nome. Mas eu dei a ideia dele porque eu achei bonito mesmo!
-Fico surpreso que você não aproveitou daquela situação para me dar um beijo, você era tão caidinha por mim
-De onde tirou isso garoto? Eu não suportava olhar para você!
-Nunca ouviu falar que o amor e o ódio estão lado a lado? É assim que eu te conquistei
-Acho que foi o contrário em!
-O contrário? Eu tirei o seu bv naquela noite bem ali! - Ele aponta para o lugar em que estávamos naquela noite - Você estavam tão apaixonada! - Diz em uma voz melosa se aproximando
-Ai para! - Digo o empurrando e ele ri - E para sua informação eu não era Bv - Seu sorriso some com a minha fala
-O que? Para de mentira!
-Eu não estou brincando, Niki, não perdi o bv naquele dia - Ele fica quesito por alguns segundos
-Espera, você está me dizendo que você não estava mentindo antes? Que você realmente já tinha beijado alguém?! - Dizia surpreso
-Eu não estava mentindo, mas também não posso dizer exatamente que foi um beijo, foi... Estranho, algo repentino.
-Meu Deus, não fui eu que tirei o seu bv - Se deita sobre a grama olhando para o céu, parecia desnorteado e triste - A minha vida foi uma mentira
-Para de drama! - Digo balançando ele - Ta fazendo tempestade em um copo de água.
-Quem foi?! - Se senta em um polo e me olha segurando meus braços - Quem foi o desgraçado que tirou o seu bv?! - Tento me manter séria, mas tudo aquilo estava sendo divertido para mim.
Saem começa a chorar então dou minha atenção a ele, balanço um pouco o bebê conforto deixando o garoto ainda sem respostas.
-Jiwoo, me fala quando? Onde? Com quem? Você gostava dele? Então eu não fui o seu primeiro amor?! - Com essa última fala ele coloca suas duas mãos em cima do peito - Eu acho que vou desmaiar!
-Para com isso! Ta assustando ele! - Ele se cala e então consigo acalmar o bebê. Enquanto balanço o pequeno em meus braços o garoto me olhava ainda com uma cara emburrada - Ta com fome?
-Não! Mas quero explicações, quero respostas!
-Ai você é bem chato! Foi com você! Agora vê se me deixa em paz!
-O que? Mas como? Se não foi naquele dia então quando foi? - Ele arregalados os olhos - MEU DEUS, VOCÊ ME BEIJOU ENQUANTO EU DORMIA?! SUA PERVERTIDA! - Grita fazendo algumas pessoas que passam perto de nós nos encarar.
-Fala baixo! E não foi bem assim! Então vê se fecha a boca! - Dou um suspiro e conto - A massagem respiratória não foi o que te fez voltar, mas sim a respiração boca a boca que eu fiz - Ele abre a boca surpreso e coloca a mão a tampando chocado.
-Então você realmente aproveitou a situação para me beijar? - Ele muda sua expressão rapidamente, voltando com o olhar malicioso.
-Estou começando a pensar que era melhor ter deixado você lá
-Você não conseguiria, porque me ama! - Diz aproximando seu rosto e ficava me encarando.
-Enfim, vamos ver a mamãe?! - Ignorei o garoto e olho para o bebê deitado, o pego de dentro do bebê conforto e me levanto - Niki leva isso.
-Vou começar a me sentir um burro de carga
Ando pelas ruas segurando Saem, algumas pessoas passavam por nós e olhavam encantados para o pequeno, outros paravam para conversar com ele afinando a voz. Isso acontece toda vez que saímos do trailer com ele. As pessoas não estão mais acostumadas a ver bebês, então ele meio que de tornou uma atração para todos. Os idosos o amam, imploram para que a gente leve ele até o casarão, mas evitamos que ele tenha muito contato por agora, achamos ele muito pequeno para ficar indo para um lado e para o outro, nem do trailer ele sai muito.
Após a minha mãe ter tido o Saem eu meio que fiquei muito mais apegada, desdo parto eu não saio do lado dela, tento a ajudar com tudo e quando está cansada sou eu que cuido dele. Nunca pensei que seria capaz de cuidar de uma criança na vida, afinal antigamente eu não sabia nem cuidar de mim mesma, quem diria de um serzinho tão pequeno como esse. Mas até minha mãe está surpresa, tenho tentado cuidar dele com muita cautela, sempre tentando tomar cuidando e perguntando se estou fazendo certo. Ter um irmão não era algo que eu queria, meus pais já tinham tirado essa ideia da cabeça a muito tempo, eram muito ocupados e cuidar de uma grande seria meio complicado para eles, mas agora quando os mortos voltaram a vida simplesmente um bebê veio, mas eu só queria que meu pai estivesse aqui também...
Olho mais a diante já me aproximando da enfermaria e vejo senhora Choi bem a frente, estava com uma de suas mãos te apoiando na parede e tossia sem parar.
-Senhora Choi, está tudo bem? - Niki pergunta antes mesmo que eu conseguisse
-Ah... Está tudo bem sim! Acho que só peguei um resfriado, só preciso de um remédio! - Ela tenta forçar um sorriso, mas ainda sim conseguíamos perceber que tinha algo de errado.
Eu e Niki nos olhamos rapidamente, ele também acha estranho, mas não falamos mais nada. A senhora entra na enfermaria e nós entramos logo em seguida, vejo Jungwon arrumando algumas coisas que tinha em cima de uma mesa.
-Won, onde está a minha mãe? - Pergunto e ele franze o cenho
-Ué, eu não sei!
-Então a doutora não está aqui? Estou precisando de um remédio para gripe - Diz logo em seguida começando a tossir.
-Espera um pouquinho - Ele vai até um armário e começa a mexer entre os remédios - a senhora tem algum tipo de alergia?
-Não querido, pode me dar qualquer coisa que eu tomo! - Ele olha estranho para a senhora mas a entrega alguns comprimidos.
-Isso deve ajudar na gripe
-Muito obrigado! - Se vira prestes a sair - Ai, ele é tão lindo! Tem olhinhos grandes e é fofinho! - fala enquanto olha para Seum, mas põe uma de suas mãos em frente a boca e começa a tossir.
Me afasto um pouco evitando que ela acabasse tossindo em cima dele.
-Desculpe! Está meio difícil. Vocês poderiam aparecer hoje a noite lá no casarão, é a noite dos Jogos, seria muito bom ter vocês e essa bolinha lá com a gente!
-Seria legal, mas ele dorme cedo - Tento negar o convite de uma forma não grosseira, mas não sei se deu muito certo.
A senhora sai pela porta e é possível escutar a sua tosse ainda de longe.
-A minha mãe saiu a quanto tempo?
-Ela não veio na enfermaria hoje, na verdade não vejo ela aqui desde ontem, ela arrumou alguns medicamentos para alguns pacientes e pediu pra mim tomar conta de tudo
-O que? Ela disse mais cedo que ia vir para cá, justamente para arrumar algumas coisas de pacientes e pediu pra gente cuidar do Seum. Não é Nini?
-É... Ela estava meio estranha, mas lembro perfeitamente dela ter dito que viria para cá
-Estranho... Mas então onde ela está?
-Não sei...
Minha mãe hoje de manhã realmente estava estranha, parecia um pouco nervosa e preocupada, mas pensei que fosse pelos seus pacientes. Logo em seguida ficou dizendo aonde estava tudo de Seum, tanto a fórmula de seu leite como fraldas, roupas até mesmo sua chupeta. Agora após descobrir que minha mãe não esteve aqui na enfermaria eu me preocupo em saber para onde ela foi, é por que mentiu!
Eu é Niki saímos da enfermaria, Jungwon pede para nós o contasse o que aconteceu após encontrar ela. Vamos até o trailer com a esperança de a encontrar lá, mas assim que abrimos a porta estava um enorme silêncio, obviamente ela não estava lá.
-Onde será que ela está? - Me pergunto parada no meio da sala. Olho para o pequeno em meu colo e ele estava praticamente de olhinhos fechados, piscava algumas vezes, mas estava quase caindo no sono - Eu vou por- paro de falar assim que vejo um papel em cima da bancada - O que é aquilo?
Niki pega o papel e o lê em voz alta:
-"crianças, tive que dar uma saída para resolver alguns assuntos, voltarei logo, cuidem de Seum e se alimentem direito" - Olha para mim e mostra o bilhete - "resolver alguns assuntos"? - repete
-Vou por Seum para dormir, já já pensamos sobre isso
O coloco deitado no berço, fico mais alguns minutos esperando para me certificar que ele realmente está dormindo. Quando tenho a certeza saio do quarto e volto para a sala, encontro Niki sentado no sofá com dois papéis na mão.
-Ji... Já sei aonde ela está! - Me entrega o outro papel que ele segurava.
Preciso acabar com isso, ela tem que me deixar em paz.
Estou atrás da minha paz, atrás de acabar com tudo isso de uma vez por todas, ele precisa morrer! Nem que eu tenha que ir junto para isso acontecer, amo vocês...
Ass: Hatysa
Minha tia, ela entrou aqui e deixou esse bilhete, ela está disposta a matar ele e a minha mãe foi atrás. Além de preocupada com a minha tia agora eu tô com a minha mãe, as duas estão desaparecidas e eu não posso fazer nada.
-"ela tem que me deixar em paz" - Repito a frase escrita no papel - A minha tia não está bem, depois de sairmos da base ela ta muito estranha
-Depois que a sua tia se foi!
-E se a minha tia estiver vendo ela? Eu lembro de ter visto algo dela, como se alguém estivesse a perseguindo
-Ela pode estar precisando de ajuda, querer vingança pode ser pior, ainda mais para ela que não sabe se virar lá fora
-Talvez saiba, afinal se passou mais de dois meses que ela saiu, ninguém a achou e pensávamos que ela poderia estar morta, mas não está, sabemos que está viva e que pretende fazer algo, mas agora a minha mãe também está lá fora. Precisamos ir atrás delas!
-Mas como? Estão tomando cuidado com quem saí e eles não vão deixar a gente sair, não mesmo
-Mas eles não precisam saber! - Dou um sorriso e ele ri entendendo.
-Essa é a Jiwoo que eu conheço, ok qual o plano?
-Primeiro precisamos de alguém que dirige e alguém para cuidar do Seum. Já sei! - Falo animada e ouço três batidas na porta.
Ando até a porta e a abro, Jake me olha e dá um sorriso.
-Oi, vim cha- eu o puxo para dentro do trailer impedindo que ele continuasse a falar
-Ótimo, estava pensando em você agora!
-O que? - Ele olha assustado para Niki - Ta, o que vocês estão tramando? Está na cara de vocês que estão aprontando algo!
-Seguinte, a minha tia seu dindo de vida e minha mãe foi atrás dela, agora a gente precisa ir!
-Como?
-Você sabe dirigir não sabe? - Niki pergunta, mas Jake ainda parece estar entendendo tudo isso.
-Sei, mas vocês querem simplesmente sair e ir atrás delas?
-Isso! - Dizemos em uníssono
-Como exatamente? Vocês tem ideia de onde elas devem estar?
-Temos uma certa noção...
A base Militar, é óbvio que é lá! Minha tia quer matá-lo, aquele lugar é o forte dele, com toda certeza ali é o alvo da minha tia.
-Só vou concordar com isso se vocês realmente tiverem um plano, ou então eu volto pra minha casa agora e vou jogar vídeo game!
-Ok é o seguinte! Nós vamos sair daqui com um carro e vamos até próximo a base Militar, obviamente vamos deixar o carro a uma certa distância e camuflado entre algumas ruas. Quando a gente estiver lá planejamos outro plano!
-Ai meu Deus, por que eu tenha vocês como amigos?!
-Por favor Jake, é a minha mãe e a minha tia que estão lá fora!
-Tá! - Comemoro brevemente - Mas! Vocês vão levar a maior culpa quando voltarmos
-Você é o santo daqui, vão colocar a culpa maior na gente de qualquer forma - Niki fala e eu concordo
-Já que está tudo certo nós saímos a noite, vamos precisar conversar com quem estiver no portão e fazer o máximo de silêncio possível!
-Eu sei quem vai estar no portão hoje, eu dou um jeito
-E quem vai ficar com Seum? - Jake pergunta
-Vou ver com He-yon para ela ficar com ele, é uma das únicas que eu confio o suficiente para ficar com ele
Começamos a botar nosso plano em prática, o sol estava se pondo e enquanto a noite de jogos rolava nós fugiriamos. Vou até a casa de He-yon para pedir que ela cuidasse de Seum, mas assim que a porta é aberta não é a garota que atende.
-Você não sai daqui agora né! - Digo passando por Jay e entrando na casa.
-E você simplesmente vai entrando?
-Já sou de casa!
Ando pelo corredor e encontro a garota na cozinha, mexia um tipo de sopa na panela, mas a cor era meio duvidosa.
-Jiwoo! Como você tá? - Pergunte me dando um sorriso
-Péssima! Minha tia deu sinal de vida, minha mãe foi atrás dela, eu preciso que você cuida de Seum enquanto eu, Niki e Jake vamos atrás delas
-Que? - Pergunta sem entender - Espera, repete!
-Pode cuidar de Seum para mim? Preciso dar uma saída!
-Posso, mas que história é essa da sua tia? Ela simplesmente apareceu?
-Não a vi, mas deixou uma carta lá no trailer então a minha mãe foi atrás dela, elas provavelmente estão indo para a base Militar
-Suponho que nenhum dos Chefes estejam sabendo desse plano de vocês, estou certo? - Jay pergunta encostado no batente da porta.
-É óbvio que eles não sabem!
-Já esperava essa resposta, vocês tem um plano pelo menos?
-Temos! Está tudo certo
-Vê se toma cuidado, eles ficaram quietos por bastante tempo, encontrar com eles por agora pode ser muito perigoso.
-Nós vamos tomar, vamos voltar sã e salvos! Seum está dormindo lá em casa, daqui a uma ou dias horas nós vamos sair.
-Tá bom! Já estamos indo para lá
Volto para o trailer encontrando apenas Niki no quarto, ele observava Seum dormir tranquilamente.
-Vamos trazer sua mãe pequeno! - Ele leva um pequeno susto ao me ver te observando - Ai! Quando chegou?
-A menos de um minuto, então já está pronto?
-Já, com o portão eu consigo dar um jeito, mas arranjar armas eu acho mais difícil.
-Tem as minhas, nunca as entreguei para ficar guardadas
-Pelo menos temos algo. Jake foi ver sobre o carro e a He-yon concordou em cuidar dele?
-Óbvio! Jay estava lá e questionou sobre nosso plano, acertando que os Chefes não estão sabendo.
-Não somos doidos em contar, é capaz do chefe Suzuki nos trancar no banheiro para nos impedir de sair
-Isso foi um pouco específico demais
-Foram as oito horas mais longas de toda a minha vida, Jay ficou ainda por cima reclamando sem parar, depois desse dia não convenci ele a sair sem que ele concordasse.
-Ele realmente não se ofereceu para vir, também deve ser por conta de He-yon
-É... Eles estão bem grudados
-Vou lá me arrumar, dai é só esperar Jake
Pego uma muda da roupa mais propriada para a nossa saída, uma calça jeans um pouco mais resistente, uma camiseta escura, uma jaqueta preta e a minha bota. Coloco em meu cinto minha faca, minha arma também no cinto por cima da camisa, meu taco de Beisebol eu deixo a postos para quando for sair eu o pegar. Antes de enfim me sentir totalmente preparada olho para um um canivete dobrável que estava sobre a cômoda, o coloco escondido dentro de minha bota e saio do quarto.
Assim que vou até a sala com minha mochila e encontro Jake, Jay, He-yon e Niki.
-Consegui o carro, estão prontos?
-Estamos! - Niki diz pegando minha mochila e colocando nas costas, prendo a taco em um reposte para ele.
-Tomem muito cuidado, por favor! - He-yon fala preocupada
-Vamos ficar bem! - Eu termino de falar e ela se joga em mim me abraçando, fico um pouco sem reação, mas a abraço de volta - Quero ver todos vocês de volta e bem!
-Pode deixar!
Terminamos de nos despedir e saímos do trailer, p céu já estava escuro e quase não se vai pessoas andando pela comunidade, apenas quando passamos perto de casarão conseguimos ouvir algumas conversas e risadas, além de todas as luzes do ligar estarem acesas. Vamos mais discretamente possível até o portão, tinha uma pessoa tomando conta da entrada.
-Vou dar um jeito, esperem - Niki deixa eu e Jake, sobe até a plataforma aonde o homem estava.
-Será que ele vai conseguir? - Jake pergunta
-Ele vai, provavelmente vai prometer algo e muito provavelmente ele não vai pagar
Observamos os dos conversar, claramente o cara não queria permitir que nós saiamos, mas Niki parece insistir tanto. Os dois olham em nossa direção e o cara afirma com a cabeça, Niki desce animado correndo em nossa direção.
-Vamos logo antes que alguém veja!
Entramos em um dos carros próximos dali, Niki sentada no banco do passageiro e eu logo atrás, Jake dirige até o portão e o homem o abre. A parte inicial tinha sido completa, conseguimos sair da Comunidade sem problemas, agora é só ir atrás delas.
Em nossa frente estava com completo breu, os faróis do carro iluminavam um pouco o caminho, mas logo em frente tinha aquela enorme escuridão. Em nossa volta tinha árvores, as vezes aparecia alguns zumbis na beira da estrada, mas Jake desviava deles.
-Em alguns minutos já sairemos dessa rua e estaremos na Avenida, vai ser mais fácil de nos localizar e achar o caminho para a cidade - Jake explica
Estou olhando para o lado de fora pela janela até que começo a ouvir um barulho estranho. De primeiro momento o barulho estava baixo, mas conforme os segundos passava ficava ficando mais alto. Estava se aproximando.
Olho para trás e no meio daquela escuridão eu vejo uma luz, estava se aproximando casa vez mais.
-Gente!
Niki parece ver a mesma luz que eu e Jake olha pelo retrovisor.
-Merda... - Mormura, mas não parecia nervoso e nem com medo.
-Será que é um militar? Devo acelerar? - Jake perguntava nervoso, olhando toda hora pelo retrovisor.
-Não vai precisar.
A luz se aproximou, a moto desvia do carro e para mais a frente, Jake freia e olha confuso para nós. A pessoa em cima da moto desce, dá alguns passos em direção ao carro e tira o capacete.
Chefe Suzuki cruza os braços e anda vindo em direção a porta do lado de Niki, fica logo ao lado e bate no vidro, a janela é aberta e ele se abaixa olhando para nós dentro do carro.
-Nós podemos explicar - Niki começa a falar
-Vocês nem precisam, eu já sei de tudo
-O que? Como?
-Fiquei sabendo que a mãe da Jiwoo saiu da Comunidade, fui ver se vocês sabiam de algo, mas a janela estava aberta, ouvi vocês combinando de sair a noite. Da próxima vez vê se tomam mãos cuidado, outras pessoas podem ouvir o que vocês planejam.
Devia ter sido mais cuidadosa, agora consigo prever que ele nos mande de volta para a comunidade e ainda por cima nos prende assim como Niki disse.
-Você vai nos mandar voltar não vai? - Jake pergunta
-Seu pai vai ficar nervoso quando descobrir, vocês não deviam estar aqui fora, mesmo que não tenhamos tido problemas por um tempo não quer dizer que aqui fora é seguro, vocês sabem dos perigos daqui.
-É por isso que estamos aqui, a minha mãe está aqui fora, correndo esse perigo sem ao menos saber se virar. Nós conseguimos, nós sabemos dar um jeito, mas ela não, eu preciso da minha mãe e o meu irmão também precisa, não posso ficar lá dentro sabendo que ela está aqui fora em perigo, indo atrás da minha tia.
-Dá sua tia? Ela saiu por causa disso?
-Sim, minha tia deixou um bilhete no trailer, tudo indica que ela quer se vingar - Ele parece um pouco pensativo.
-Ela vai atrás de matar ele né?
-Com toda certeza, mas talvez ele esteja morto, naquele dia eu e Niki ouvimos ele gritar.
-E vocês acreditam que ele esteja morto?
-Pode ser que sim - Diz Niki
-Mas pode ser que não, eu não sei! - Falo pensando nessas chances.
Ele fica quieto por alguns segundos, se desencosta do carro e anda um pouco pensando.
-Tá! Mas eu vou com vocês, nem pensem em se separar de mim ou fazer algo antes de avisar, vocês tem uma noção de onde elas podem estar?
-Ela foi apé, não tem nenhum carro faltando, ou pelo menos não tinha. - Fala Jake
-Mas ela pode ter pego um na estrada, talvez até na cidade.
-Vamos tentar seguir o caminho até a base Militar, minha tia vai para lá consequentemente minha mãe também. Porém na cidade escondemos o carro, vamos apé, minha mãe deve ter feito o mesmo para passar despercebida
-Esse plano não é muito bom, mas vou levar em conta. Vamos nos abrigar em algum lugar durante a noite, não vamos conseguir achar nenhuma delas nessa escuridão.
Não tivemos a oportunidade de discordar, ele deu as costas e voltou para sua moto. Seguimos o caminho planejado agora seguindo o Chefe Suzuki que ia na frente do carro.
Dirigimos por cerca de uns vinte minutos e chegamos a cidade. Paramos o carro assim que avistamos uma coisa estranha um carro batido com um poste, mas o que fazia isso se tornar estranho era o fato dele estar saindo fumaça. Paramos o carro em uma certa distância e déssemos, assim que saio do carro Niki agarra minha mão e passa a andar ao meu lado.
-Pode ter sido ela - Falo analisando o carro.
Chefe Suzuki abre a porta, mas estava realmente vazio, mas aquilo tinha acontecido a pouco tempo.
-Possivelmente tenha sido, quer dizer que estamos no caminho certo - Senhor Suzuki diz ainda analisando o carro - Vamos achar uma casa para passar a noite, ela deve ter se abrigado em algum lugar, não é muito inteligente ficar por aí tarde da noite.
Voltamos para o carro e dirigimos um pouco, achamos uma casa que tinha uma garagem boa para guardar o carro e a moto. Conseguimos entrar no quintal da casa e abrir o portão de entrada para os guardar, Senhor Suzuki e Niki entram primeiro e sobem até o segundo andar, eu e Jake ficamos de fazer a limpa no primeiro andar. Encontramos apenas um zumbi no primeiro andar, após alguns minutos os outros dois descem.
Tampamos todas as janelas e acendemos algumas velas na sala, pegamos alguns cobertores e travesseiros para nos aconchegar, eu e Niki nos deitamos juntos sobre alguns cobertores e um travesseiro, Jake fica com um dos sofás e o senhor Suzuki com o outro.
-Eu vou ficar de guarda, descansem bastante pois amanhã não vamos pegar leve, vamos resolver tudo para voltar mos logo.
-Não vai dormir? - Niki pergunta
-Não preciso, posso dormir quando voltarmos e também acabei cochilando hoje a tarde. Vou ficar bem! Mas agora vocês precisam dormir, não quero saber de conversinhas com amassos!
Sinto minhas bochechas queimarem graças a sua fala, ele sai da sala rindo e Jake já tinha pego no sono. Niki me abraça me puxando para mais perto.
-Não liga para o que ele diz, está apenas brincando! - Ele sussurra no meu ouvido. Não o respondo, apenas fico pensando algumas coisas, como em minha mãe e minha tia - Nós vamos achar ela, ou melhor, elas!
Olho para Niki e junto meus lábios com os dele em um selinho demorado, acabo com o contato e ainda sim fico o observando por alguns segundos.
-Obrigado!
-Por que você está me agradecendo? O que eu fiz para isso?
-Tudo! Apenas isso.
Me acomodo em seus braços e fecho os olhos, após não muito tempo consigo cair no sono. Assim que amanhece nós preparamos e saímos da casa, memorizamos a casa aonde deixamos o carro e a moto e passamos a andar apé agora.
Senhor Suzuki quando saiu da Comunidade pegou algumas armas como de costume, deu uma para Jake e uma faca, dei o meu bastão para Niki e ele tinha uma pistola guardada.
Com um mapa seguiamos um caminho que era mais conhecido, pois a chance da minha mãe ter passado por ele é maior. Estamos andando por uma rua até que noto uma coisa meio estranha, em uma calçada estava jogada uma blusa, uma blusa vermelha que me lembro de ter visto minha mãe a vestindo ontem. Corro e pego a blusa, analiso e vejo que era essa mesma blusa.
-É dela! Essa blusa é da minha mãe!
-Estamos no caminho certo, vamos continuar! Podemos estar perto dela - Fala Senhor Suzuki
Continuamos a andar, mas observo uma casa cujo o portão está aberto, observo um corredor do lado de fora da casa um movimento estranho, parecia ter alguns zumbis, mas estavam mais agitados que de costume.
-Ali tem alguma coisa - Aponto e todos param para ver
-Pode ser alguém, os zumbis não iriam se reunir sem motivo nenhum - Niki diz
-Tá, vamos se aproximar e ver se são muitos
Entramos no quintal daquela casa e com cautela e muito cuidado olhamos para o corredor, em média de uns dez zumbis estavam reunidos em frente a algo que parecia ser uma enorme lixeira, mas não conseguíamos ver o que estava em cima.
-Vamos fazer um barreira, um do lado do outro, nada de armas para não chamar a atenção de zumbis da região - Concordamos e nos posicionamos, antes de chamarmos a atenção deles alguns já se viram em nossa direção, e andam rapidamente em nossa direção.
Estou com minha faca em mãos e preparada para atacar qualquer um que se aproxime de mim, os zumbis se aproximam e outros continuam atraídos por aquilo que esteja lá. Dois vem em direção minha e de Niki, foco naquele mais perto de mim. Ele Estende-se suas mãos prestes a me agarrar, mas eu desvio o empurrando e acertando minha faca bem em sua nuca. Viro novamente em direção aonde estava os zumbis, vejo Niki bater na cabeça de um zumbi caído com meu taco, todos os órgãos daquele morro estavam expostos agora no chão. Mais zumbis vem e nós acabamos com eles, observo Jake algumas vezes parar ver como ele estava, parecia bem destemido e se esforçando para acabar com os zumbis que vinha até ele. Sobrou apenas dois ainda naquelas lixeira, eu me aproximo acertando a faca na cabeça de um que não tinha notado a minha presença, Jake acaba com o outro logo ao lado.
Terminamos de fazer aquela limpa e então olho para aquela que estava em cima daquela lixeira.
-Mãe! - Ela olha para mim com os olhos arregalados
-Jiwoo, o que está fazendo aqui?!
-Viemos atrás de você, por que saiu assim sem avisar ninguém, ainda mais sozinha! - Ajudamos ela a descer ali de cima, Respira forte soltando um suspiro logo em seguida
-Sua tia apareceu, ela quer matar o Sargento Stones, eu preciso impedir ela, é quase um suicídio isso
-Eu sei, nós vimos as duas cartas. Mas você podia ter contado, poderia ter se machucado e até mesmo ter sido mordida por um zumbi, não sabe se virar muito bem aqui fora, nós pedíamos ter vindo com você antes.
-Queria salvar a minha irmã, a proteger e impedir de perder ela também - Sua voz era triste, parecia querer chorar e mostrava a sua preocupação.
Eu a abraço por mesmo que não seja uma coisa que eu estou muito acostumada.
-Agora estamos aqui, vamos atrás dela todos juntos!
-Sim, nós vamos levar ela pra casa e se tivermos oportunidade bater com tudo naquela cara ridícula do Sargento! - Niki fala fazendo um gesto com o taco de beisebol.
-Nós vamos acabar com ele, mas não especificamente hoje, vamos esperar a hora certa! - Senhor Suzuki passa a mão pelo cabelo do garotogaroto.
-E agora, qual o plano? - Jake pergunta
-Vamos atrás da minha tia, temos que chegar na base, ela vai estar lá ou vai chegar lá, isso é a única coisa que sabemos.
-Entrar vai ser fácil, conhecemos aquele lugar dos pés a cabeça, mas o difícil vai ser estar lá dentro sem sermos pegos, a grande maioria deve nós reconhecer
-Ela não sabe o que está fazendo, está se precipitando e pode sair muito machucada - Minha mãe fala nervosa
-Vai ficar tudo bem, nós vamos conseguir levar ela para casa, até o final do dia estaremos todos lá de volta - O mais velho tenta nós tranquilizar - Vamos! Não é muito longe daqui.
Voltamos a andar pelas ruas da cidade indo atrás de nosso destino, faltava algumas quadras para chegarmos, mas era muito arriscado continuarmos andando tão expostos por aí.
-Você não devia ter vindo - Minha mãe fala baixo apenas para mim escutar - Jiwoo, é perigoso e eu não quero que você fique se arriscando desse jeito.
-Mãe, eu sobrevivi por meses sozinha, eu sei o que eu faço. Não ia conseguir ficar dentro daquele lugar sabendo que você está em perigo, que estava aqui fora sozinha e eu não quero te perder, não quero perder mais ninguém.
-Queria que você ficasse e cuidasse do seu irmão, porque se algo acontecer comigo eu quero que você cuide dele e o proteja.
-Ele está bem, He-yon está cuidando dele e eu me certifiquei de deixar ele com alguém de confiança. Mas ele precisa da mãe dele, sabe ele já não tem um pai, não pode ficar sem a mãe. Ficarei mais em paz estando do sei lado e sabendo que vou voltar para lá com você.
Minha mãe me dá um sorriso e beija minha testa.
-Queria que você não tivesse toda essa responsabilidade e preocupações, as coisas poderiam voltar a ser como antes.
-Pode ser que volte, talvez um dia sairemos daqui e os outros países podem continuar normais, talvez isso possa ter acontecido apenas na Coreia.
-É, talvez...
-Gente! - Niki chama nossa atenção - Estávamos conversando e chegamos ao consenso que vamos por aqui - Fala apontando para as árvores - Vamos evitar as estradas pois podemos ser vistos e sairemos no campo ao lado da cerca, lá teremos uma visão melhor e podemos achar uma saída do sistema de esgoto.
-Vamos centrar lá pelo esgoto? - Jake pergunta
-Saímos de lá assim e provavelmente eles não saibam que essa foi a nossa fulga, é a nossa melhor opção
-Tá, então vamos fazer assim, novamente quero todos em alerta, qualquer barulho e coisa estranha nós avisem! - Senhor Suzuki fala e sai da rua, começando a andar entre as árvores.
Nós o seguimos, era um pouco mais difícil de se localizar e de andar, mas é um ótimo geito de irmos sem ser vistos. Encontramos alguns zumbis, mas acabavamos com eles fácil, quando são poucos é de boa, o problema é quando estão em grupos muito grandes.
-Mãe - Ela olha para mim esperando que eu continue - Sei que não é um assunto muito legal e talvez meio complicado, mas você acha que o meu pai está vivo? - Ela fica alguns segundos sem me responder, parecia estar se questionando sobre isso - Sabe eu sempre senti que você e ele estavam vivos, e que estivessem juntos e provavelmente em outro país. Mas mesmo de ter apenas achado você e sem nenhum sinal dele eu ainda acredito que ele esteja, e que talvez nós possamos encontrar com ele ainda, ele deve estar nós esperando.
-É... Você ainda vai se reencontrar com seu pai, e sem dúvidas ele está esperando. Ele sempre espera! - Ela me abraça de lado e continuamos a andar.
Estamos andando a alguns minutos, derrepente ouço um barulho de um galho se quebrando, olho para trás procurando o causador desse som.
-Ouviram isso?
-Também ouvi - Jake fala também olhando para trás
-Se for um zumbi irá aparecer a qualquer momento, mas se for um-
-Zumbis! - Niki diz alto o suficiente para todos nós escutarmos e olharmos em direção.
-Mãe, fica logo atrás de mim!
Logo a frente vinha um grande grupo de zumbis, talvez tenham sido atraídos por nossa falação, mas agora eram o nosso maior problema.
-Sem armas, ou os militares vão saber que estamos aqui! - Senhor Suzuki alerta e ataca um zumbi que estava logo a sua frente.
Eles vinham de uma direção só, mas parece que outros que estavam mais próximos ouviram tudo e se aproximaram também. Um zumbi anda rapidamente em minha direção, quando ele se aproxima e dou um chute em sua barriga, conseguindo o afastar um pouco e acertar a faca em sua cabeça, outros bem logo em seguida, não me dando a oportunidade nem mesmo de respirar. Me concentro nós zumbis que estavam me atacando, e acabo batendo de costas contra uma árvore, eles me encurralaram, mas sigo firme os deixando longe de mim. Vejo um deles cair no chão e logo atrás estava Jake, com o rosto sujo de sangue e matando o outro zumbi que me atacava.
-Obrigado! - Agradeço, mas logo em seguida voltamos a lutar contra os outros.
Niki atacava com o meu taco de beisebol, Senhor Suzuki com um enorme facão. Nós reunimos em um círculo, protegendo uma aos outros e atacando todos os zumbis que se aproximavam de nós. Se passou longos minutos, aquele grupo tinham sido derrotados por nós e só restava corpos de zumbis todos no chão. Olho sorrindo para eles me sentindo uma vitoriosa por termos derrotados todos.
Olho para os lados procurando a minha mãe, para me certificar que ela esteja bem.
-Mãe?! - A chamo, mas não obteve resposta, apenas um silêncio completo - MÃE! - Nada - Vocês viram ela!
-Não, eram muitos zumbis - Jake fala também a procurando.
-Ela pode ter corrido - Niki fala
-Deve ter se assustado com algum zumbi, mas provavelmente correu! - Senhor Suzuki fala - Mas vamos dar uma olhada em volta.
Andamos por alguns metros daquela região, mas nem sinal da minha mãe, ela tinha desaparecido. Continuamos olhando por um bom tempo, mas ela não estava lá, nem mesmo se a chamávamos tínhamos resposta.
-E se ela tiver ido para lá? Sabe a direção que estávamos indo, por ter corrido a alternativa mais óbvia seria ir para a base
-É talvez... - Niki se aproxima de mim e segura a minha mão.
-Vamos achar ela, eu prometo! - Dou um suspiro, mas assinto.
- Então vamos logo!
Voltamos a andar, mas agora mais rápido que conseguimos. Me mantenho em alerta sobre tudo, barulho e sempre olhando para os lados para ver se minha mãe não está por ali, mas não estava. Finalmente começamos a ver uma parte sem árvores, significava que estávamos muito perto da base e possivelmente da minha mãe.
Nos mantemos entre as árvores, mas tendo uma visão boa para o campo e mais a frente as cercas da base. Tento observar, mas estava meio longe para ver o que tinha lá.
-Vira - Niki se vira e eu pego um binóculo que tinha dentro da minha mochila, o coloco em frente aos meus olhos e tento olhar na extensão dar árvores, tentando achar algum sinal da minha mãe - Nada, não vejo ela.
-Tenta olhar para as cercas, quem sabe ela está mais perto ou achamos a sua tia
-Tá...
Olho mais adiante em direção a base Militar, aqueles prédios que me trazendo memórias tão ruins e que eu desejei nunca mais ver. Observo o arredor da parte de fora, mas estava vazio, não via sequer um militar fazendo a guarda, nem mesmo nos postos de vigia.
-Está vazio...
-Como assim? - Niki pergunta
-Está tudo vazio, o lado de fora não tem ninguém, nem sequer um militar fazendo a guarda - Tiro o binóculo e olho para eles - Tem algo de errado, o lugar parece estar abandonado, nem mesmo mas janelas eu não vejo ninguém.
-Eles deixaram esse lugar? Mas por que eles fariam isso? Será que foram para outro lugar?
-Será que saíram do país? - Jake pergunta
-Se não estão mais aqui quer dizer que foi perda de tempo, minha mãe não está aqui e se não tem ninguém minha tia também não está. Vamos embora, minha mãe deve estar por aí - Estou prestes a me virar e sair, mas Niki segura o meu ombro.
-Espera, tem alguém ali! - Ele aponta
Volto a por o binóculo em frente aos olhos e olho em direção ao lugar, uma das portas foi aberta e saia de lá alguns militares, logo em seguida consigo ver o sorriso ridículo do Sargento Stones. Mas tinha algo de diferente, ele não tinha um de seus braços, aparentemente aquele seu gerito teve um bom motivo.
-Ele está ali, aquele desgraçado...
Eles ficam parados no meio do pátio, os militares estavam em volta aparentemente fazendo alguma proteção. Ele olhava em nossa direção, mas para e fala alguma coisa para um militar ao seu lado. O militar volta para dentro do prédio, mas aparece na porta novamente após alguns minutos.
-Ji, o que está acontecendo
-Ele está-
Não consigo continuar a falar, aquele militar andava segurando uma pessoa, a pessoa estava com um saco em sua cabeça, mas eu sabia muito bem quem era. Colocam a ajoelhada em meio aquele pátio, Sargento stones olha sorrindo em minha direção e logo em seguida tirando aquele saco de sua cabeça.
-Quem que está lá?
-É a minha mãe!
Eu largo aquele binóculo e começo a correr, ouço os três atrás de mim me chamar, mas não me importo, apenas corro em direção aquela cerca o mais rápido que eu consigo.
-SEU DESGRAÇADO, SOLTA ELA!! - Minhas mãos agarraram a cerca e eu a balanço.
-Eu? - Ele pergunta sínico apontando para o seu rosto - Querida, não farei nada que não seja justo, afinal foi ela que me enganou e vocês que acabaram com tudo isso - Ele diz apontando em sua volta - Você tem que parar de ser uma mimada E SE DER CONTA CONTA COM A REALIDADE! Ninguém vira te salvar e ninguém conseguirá salvar a sua mamãe, a vida é dura, mas você se acostuma - Ele tira de trás de sua calça uma arma.
-NÃO! - As lágrimas começam a escorrer por meu rosto, aperto aquela cerca com toda a minha força, desejando que elas se quebrassem e que eu fosse até lá e matasse aquele cara.
Olho para a minha mãe e seus olhos estavam cheios de lágrimas, ela me olhava e eu noto ela dizer algo com os lábios "Eu te amo". Balanço a cerca o mais forte que eu consigo, mas foi tudo em vão.
-Diga adeus a sua filinha
Os olhos de minha mãe se fecham e eu ouço um estrondo sair daquela arma. Meus olhos se fecham rapidamente, mas assim que eu os abro eu vejo o corpo da minha mãe já sem vida cair sobre o chão.
-NÃO!!! - Eu puxo a minha arma que estava na parte de trás da minha calça e tento atirar nele, mas em seguida vários tiros acertam partes perto de mim.
-Jiwoo!!! - Sinto braços me puxar para me afastar dali, Niki me abraçava e tentava me afastar daquela cerca.
Todos os meus tiros não o acertam, minha munição acaba e ele dá novamente um sorriso.
-Hoje não foi o seu dia, mas logo será! - Ele se vida de costas, e anda saindo dali junto dos outros militares.
-NÃO! NÃOOO!!! - Aquele monstro passa pela porta a fechando, deixando o corpo de minha mãe caído sobre lá - MÃE!
Sinto uma dor inigualável sobre meu peito, minhas mãos apertavam a minha arma e minha cabeça deitada sobre Niki. Ele me abraçava e virava meu rosto me impedindo de continuar olhando em direção a ela.
Aquilo não era justo, eu não consigo acreditar e eu não quero! Eu perdi a minha mãe, eu perdi uma das pessoas que eu mais amo no mundo, eu não consigo entender por que isso tinha que acontecer. Eu preciso dela!
**✿❀ ❀✿**
...
Eu não tenho nem palavras para por aqui, eu definitivamente não sei o que dizer e nem como me expressar. Apenas tenho a dizer que eu me encontro em prantos.
Eu não tô bem, não sei se vocês estão e eu não vou pagar terapia pra ninguém, wattpad não me paga então eu não tenho de onde tirar dinheiro. Me desculpem.
Já estou a espera das ameaças aqui e no grupo, mas aguardem porque os capítulos continuam. E me desculpe.
É isso... É Bj pra vcs 🤍
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