Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟛𝟙

**✿❀ ❀✿**

-Eu sei que você está aqui, e eu vou te achar!

Minhas mãos estavam precionando minha boca por conta do nervosismo, minhas lágrimas recorriam e se acumulavam em meus dedos, sinto que a qualquer momento minhas pernas vão ceder, vão parara de sustentar meu corpo e eu vou desmaiar. O som dos passos dele ecoam por toda a casa, a cada segundo parece que ele está mais perto, parece que ele vai me encontrar e meu fim vai ser bem ali.

-Cadê vocêeee?! - Ele diz cantarolando - E sua mãe, como ela está?

Minha respiração para assim que vejo uma sombra em frente a porta, pela brecha da porta do armário eu consigo ver, ele estava exatamente a minha frente olhando para os lados a minha procura. Minhas preces iam diretamente a qualquer ser maior e que poderia fazer com que ele não olhasse para o armário, ou então a minha vida acabaria exatamente a partir daquele momento.

-Não é legal conversar sozinho, seja uma menina educada e converse comigo! - Ele pisa forte no chão, me fazendo tremer. Ele estava virando seu rosto em direção ao armário, meu coração se encontra disparado e prestes a saltar do meu peito.

Oito horas atrás

Todos estavam reunidos na praça da Comunidade, conversas altas, pessoas desesperadas e muito choro. Precisavam de respostas, uma solução, uma palavra de conforto para os confortar, mas por que isso é tão difícil?

Estou sentada em um dos bancos ali da praça, He-yon está do meu lado jogando um joguinho em seu celular, Sunoo está sentado logo ao lado dela. Niki por sua vez está sentado no chão com a cabeça deitada em minha perna, o que me restou foi ficar mexendo no seu cabelo enquanto observo o jogo ao meu lado.

-Merda! Perdi! - Mormura com raiva

-Queria ter instalado Jogos offline no meu celular, mas eu não imaginava que o mundo ia acabar simplesmente! - Sunoo diz enquanto balança o aparelho em sua mão.

-O meu quebrou no início de tudo isso, mas eu tinha muitos Jogos nele, queria ter ele agora - Falo enquanto mexo no cabelo de Niki em movimentos circulares.

-Você não precisa de jogos, você tem a mim! - Ele diz levantando o rosto para mim o ver.

-Se você tivesse oportunidade ia ser o primeiro a ficar com um celular jogando!

-Hey, He-yon, você disse que depois de  perder eu ia jogar!

-Ai pivete! Esse menino não tem o mínimo de respeito com os mais velhos! - Reclama entregando o celular para ele.

-Niki, mais respeito com os mais velhos - Olho para frente e vejo Jay se aproximar. Imediatamente noto He-yon mudar sua expressão facial e ficar mais tensa.

-Ta bom Hyung! - Ele diz totalmente concentrado em seu jogo.

-Jiwoo, sabe se sua mãe está na enfermaria?

-Está sim, ela não está muito disposta a ficar em uma reunião, ela acordou péssima hoje.

-Vou ver se ela precisa de ajuda, vejo vocês depois!

Sunoo se vai embora e Jay se senta no lugar agora vago, He-yon se aproxima mais de mim para se afastar do garoto.

-Você vou o corpo?

-Vi... Ontem a noite no portão

-Ele era filho da senhora Rhin por isso vamos ficar sem aula por um bom tempo, sinto muito por ela, ele não merecia aquilo

-Não mesmo...

Fico pensando sobre como fizeram aquilo, se fizeram perguntas, ou se apenas mataram ele, se derrepente o torturaram ou ele nem mesmo chegou a ver quem causou sua morte. Eu sei o que eles são capazes, eu vi o que eles são capazes e também senti.

-Jiwoo, depois preciso falar com você - Olho curiosa para ela

Em seguida vejo duas pessoas se aproximarem de todas essas pessoas reunidas na praça, era o Senhor Sim e o Senhor Suzuki, ambos com semblantes sérios e nada felizes. Todos assim que vem eles ficam em silêncio, muito provavelmente querendo escutar o que eles tem para dizer, mas por alguns segundos fica um silêncio.

-Eu nem sei como começar... - Senhor Sim mostra o quão afetado ele estava com tudo isso, se apoia em uma das mesas e fica alguns segundos respirando fundo - Ontem perdemos um dos nossos, e toda perda que temos afetas todos nós, somos uma família, somos uma só comunidade. O Rhin Jaehun tinha uma família, uma mãe que não se encontra bem no momento, por isso respeitaremos o luto dela e assim de outras pessoas que eram próximos a ele e que sentirem com essa perda.
Mas precisamos falar sobre os acontecidos mais recentes, o motivo pelo qual perdemos esse homem tão bondoso, e tudo isso aconteceu tudo graças a um grupo de pessoas, aquele que pensávamos se nossa saída para esse inferno, mas que na verdade foi o pesadelo de muitos. Os militares.

Sinto um arrepio percorrer por todo meu corpo, lembranças tudo que relacionada aquele ligar que estive por um tempo. A mão de Niki segurou a a minha mão, me confortando.

-Eles fizeram isso, eles pegaram um dos nossos e o aniquilou sem piedade, sem motivo, apenas fizeram isso. Não sabiam se tinha família, não sabia quem ele era apenas sabiam que ele morava aqui, um lugar aonde pessoas buscam por segurança e um pouco daquela paz que tínhamos antes.
Eles não estão afim de conversar, ou resolver nossos coflitos no diálogo, na verdade nós não sabemos exatamente o que eles querem, mas não vamos permitir que façam qualquer coisa com a gente.

-Precisamos acabar com eles! - Uma pessoa grita em meio da multidão.

-Vamos acabar morrendo! Guerra não é a solução - Uma mulher diz em resposta.

-Morreremos se eles não morrerem primeiro

-São militares, eles são preparados para a guerra, nós não.

-Então vamos ficar sentados esperando que eles venham nos matar?

Uma discussão enorme tomou conta daquela reunião, pessoas que eram a favor de uma guerra estavam de um lado, pessoas que queriam resolver de outro jeito estavam de outro lado.

-Queremos paz!

-Como teremos paz sem acabar com eles?

A situação saiu totalmente do controle, conseguia ver a comunidade dividida em duas opniões, além de uma guerra que estava querendo entrar por esses muros nós tínhamos uma acontecendo nesse momento, aqui dentro.

-Foram só esses rebeldes entrarem aqui que essas coisas começaram a acontecer!

-O que?! Não tente jogar a culpa para cima de nós, porque se não tiverem nós aqui vocês são apenas galinhas que em breve uma saposa vai os atacar.

-ESTÁ NÓS CHAMANDO DE GALINHA?!!!!

-Ai minha cabeça - Murmura He-yon colocando suas mãos em seu rosto

-O que foi? Ta com dor? - Jay pergunta preocupado.

Olho para Niki que me olha ao mesmo tempo, temos alguns questionamentos olhando um para o outro, nos comunicando por meio do olhar. "Ele está preocuoado com ela! ", " Sim ele está! ".

-Sim...

-Ainda toma o mesmo remédio de antes ou mudou?

-É o mesmo

Jay então se levanta correndo indo buscar o remédio, ficamos observando toda aquela situação enquanto o caos se tornava presente naquela praça.

-Como assim mudar o remédio? - Poderia fazer outra pergunta, mas acho uma maneira mais discreta de pegar informação.

-Na minha época de Ensino médio eu sempre tive muita dor de cabeça por não me alimentar direito, e também por estudar dia e noite. Tomar um certo remédio de dor de cabeça se tornou tão frequente que ele perdeu os efeitos, então tive que mudar o remédio e pegar um mais forte para ter efeito. Minhas dores de cabeça também são mais fortes que o normal, por isso remédios mais fortes.

O fato de Jay saber isso e ainda lembrar é algo que pode se explicar por si só, mostra o quanto aquilo entrou na cabeça dele e não saiu em nenhum momento. Além da preocupação que ele sentiu assim que ela sentiu dor.

Após poucos minutos vejo Jay se aproximar novamente de nós, com remédio em mãos e uma garrafinha de água. Ele entrega para He-yon e ela toma o remédio rapidamente.

-JÁ CHEGA! - Ouvimos um grito no meio da multidão, vinha do Senhor Suzuki que assustou a todos assim que gritou

-Ele ta estressado... Isso é ruim! - Diz Niki

-ESTAMOS TENTANDO ARRUMAR UMA SOLUÇÃO PARA TUDO ISSO, E ESSE NÃO É O MOMENTO PARA BRIGAS! APENAS VAI NÓS FAZER FICARMOS MAIS VULNERÁVEIS E DESPREPARADOS PARA QUALQUER COISA VINDO DE FORA. PRECISAMOS NOS ORGANIZAR, NOS PREPARAR PARA QUALQUER COISA QUE POSSA ACONTECER

-Como pode ter certeza que está certo? Ou está apenas nos enrolando pois tem medo de expulsarmos você é sua gentinha?! - Uma mulher em meio de todos diz causando vários murmúrinhos

-Acho que já deu com isso. - Todos ficam quietos ao ouvir Senhor Sim falar - Já deu dessa rivalidade, dessas discussões e desses desentendimentos que está tendo ultimamente. Nossa comunidade deixou de ser duas assim que nossos portãos foram abertos, nós concordamos em nos unir para sermos mais fortes, para ajudarmos uns aos outros. Se ainda fossemos dois grupos ajudariamos apenas com a comida, faríamos uma troca de favores e acabou! Mas não fizemos isso, nos juntamos em uma comunidade só, em um povo só e em uma democracia. Estamos em processo de crescimento, de progressão, em leis  em conhecimento e em pessoas. Porém infelizmente esse processo terá de ser brevemente adiado, pois temos preocupações maiores nesse momento, temos uma preocupação maior que está lá fora nesse momento, planejando alguma coisa que não sabemos e não estamos preparados para combater.

-Está nos dizendo que não temos chance contra eles?

-Estou dizendo que para conseguirmos sobreviver, e para conseguirmos nos manter em pé precisamos trabalhar juntos, precisamos deixar nossas diferenças de lado, temos que esquecer o passado e ficar no nosso futuro!

-Eles sequestraram minha sobrinha! - A tia de Ki Nam exclama furiosa - São traiçoeiros, como podemos conviver juntos? Já está na hora de acabar com tudo isso!

-Ta bom! Suponho que devemos expulsar todos aqueles que entraram depois, mandamos eles embora, juntos deles vai suas armas e boa parte do pessoal. Logo em seguida os militares aparecem e decidem nos atacar, fazer alguma coisa que nós não fazemos a menor ideia. E eles que foram expulsos estarão lá fora novamente sem abrigo, sem comida e sem nenhuma chance de sobreviverem, até que os militares os encontraram e farão seja lá o que eles pretendem. Isso está bom? - A mulher se mantém quieta diante a essa pergunta -Foi o que pensei! Pessoal, precisamos nos manter juntos e vamos achar uma solução para tudo isso, nós vamos conseguir!

-Mas deixaremos os nossos projetos de lado? A expansão da Horta precisa ser feita, também temos a reforma dos memoriais do sistema de água também, estamos com problemas no corrego a bastante tempo!

-E quando vamos expandir mais a comunidade? Trazer mais trailers? O espaço está começando a ficar muito apertado, temos mais de sete pessoas em um trailer só!

-O casarão também está apertado, faz bastante tempo, mas não queríamos reclamar - Uma das Senhoras do casarão diz.

Derrepente muitos problemas na comunidade começam a surgir, um atrás do outro, as pessoas começaram a conversar entre si sobre as melhorias que teriam que ser feitas. Senhor Sim e Senhor Suzuki tem uma breve conversa afastado de todos e enfim voltam.

-Decidimos que tudo isso será organizado e faremos o possível para que tudo isso funcione, vamos nos dividir em grupos para fazemos cada trabalho. Mas tudo vai ser feito em grupos, ninguém ficará sozinho e sem supervisão, uma pessoa de cada grupo ficará com rádios para comunicação e pessoas armadas vigiando tudo! Também vamos atrás de algumas armas que temos escondidas em alguns lugares, estavam guardadas caso precisássemos em um momento de desespero, mas achamos melhor ficarmos preparados. Também vamos começar um planejamento para treinamentos, conhecemos o tipinho desses militares e eles não estão para brincadeira! - Senhor Suzuki explica e todos estão atentos.

-Teremos um grupo com um caminhão que irá buscar os baterias para a expansão da horta, outro grupo irá atrás mais dois trailers e um ficará encarregado do concerto do encanamento.

-Dois trailers? Não é pouco?

-De início será apenas dois, depois podemos trazer os restantes. Também não conseguiremos expandir a comunidade por enquanto, já estamos nos arriscando em mandar alguns para o lado de fora, não vamos correr um risco maior, não por enquanto! - Senhor Sim tem uma voz aveludada e calma, algo que faz todos aprestarem muita atenção e ficarem quietos enquanto ele fala.

Eles mantêm informando as pessoas do que seria feito, mas agora as tarefas do lado de dentro da Comunidade. Também respondiam as milhares duvidas das pessoas, e a maioria parece satisfeitos com tudo isso, mais ainda tinha aqueles que não concordavam com as decisões tomadas.

-Será que nos mandarão fazer algo? - Jay pergunta observando as pessoas começarem a decidirem suas funções.

-Obviamente não! Não deixam a gente pisar o pé fora daqui, muito provavelmente não nos deixaram nem mesmo cavar um buraco.

-Acho que eu posso dar um jeitinho nisso! - Niki diz dando um sorriso para nós.

-O que você vai fazer? - Pergunto desconfiada e ao mesmo tempo preocupada

-Observam.

Niki se levanta e nós o seguimos, e vai até o meio da multidão aonde se encontrava Senhor Suzuki com uma folha de papel em mãos. Ele olha para nós assim que Niki para em sua frente.

-O que foi Riki? Ta com cara de quem vai pedir alguma coisa! - Olha desconfiado, e penso em quantas vezes Niki já fez isso para ele pedir.

-Esquadrão HJSR - Diz e o homem nega.

-De jeito nenhum! - Continua negando e sai andando, mas o seguimos para longe da multidão - Vocês lembram o que aconteceu da última vez!

-Não querendo passar muito pano para nós, mas em nossa defesa não sabíamos que tinha um grupo muito maior perto, não tinha como sabermos! - Jay tenta retrucar cinco isso mais velho, mas claramente não deu certo.

-Não! Não vou mandar vocês lá para fora, é perigos demais com os militares por aí.

-Mas desde que chegamos aqui não fizemos mais nada, não ajudamos como fazíamos antes.

-E não teremos nada para fazer por enquanto, nossas aulas foram suspensas e vamos apenas ficar vegetando por aí - Argumenta Niki - Nos sabemos nos defender, sabemos sobreviver lá fora

-Acredito que não terá muitos voluntários para sair, muitos não sabem sobreviver lá fora e estão com medo - Sido e ele fica um pouco pensativo

-Vocês são a última opção, apenas em caso de não termos mais pessoas que querem sair, não tenham tanta esperança assim!

Mesmo que não fosse uma confirmação os dois garotos estavam animados, não posso falar o mesmo de mim e de He-yon. Eu quero ajudar, e quero ver e relembrar de como estão as coisas lá fora, tenho medo de me manter tanto tempo dentro desses muros e eu acabe enfraquecendo, acabar perdendo a prática da sobrevivência e que fico inofensiva. Mas ao mesmo tempo que sinto isso tenho outras coisas a temer.

-Vou ver como minha mãe está, nos vemos depois. - Me afasto deles sem esperar uma resposta, apenas vou em direção a enfermaria.

Assim que estou em frente ao local começo a escutar vozes e gritos vindo lá de dentro, imediatamente penso que minha mãe talvez tenha entrado em trabalho de parto ou algo pior, mas assim que abro aquelas portas vejo que não era minha mãe quem gritava. Na verdade se tratava da Senhora Rhin, a mesma estava com seus braços e pernas presos em uma cama, ela gritava, chorava e tentava se debater.

Olho em direção a minha mãe que mexia em algumas coisas rapidamente, minha tia e Jungwon seguravam a mulher e tentava a manter parada.

-Sunoo, pega uma das agulhas no armário! - Minha mãe grita e o garoto vai correndo pegar.

Não me arrisco em perguntar e nem em me aproximar, apenas observo toda aquela situação. Sunoo entrega a agulha para minha mãe e ela prepara uma injeção, corre em direção a mulher e consegue injetar aquele líquido em sua veia. Ela permanecia gritando, mas conforme alguns minutos iam passando seus feitos foram parando, e logo após ela para de seus mexer e fica desacordada.

Minha mãe cansada anda até uma cadeira e se senta nela, coloca a mão em sua barriga, fecha os olhos e da um suspiro forte e faz uma careta, parece estar sentino muita dor.

-Ta tudo bem mãe? - Ela abre os olhos e me vê se aproximando dela.

-É, o dia ta cansativo hoje, muito cansativo! O bebê decidiu se mexer bastante também, mas eu estou bem! - Dá um sorriso sem mostrar os dentes.

-O que aconteceu com ela? - Pergunto e olho de relance para a mulher agora desacordada.

-Foi um choque após luto, cada pessoa tem uma forma diferente de reagir a essas circunstâncias e ela acabou se descontrolando. Estava machucando a si própria e ia acabar morrendo, tivemos de seda-la, ou então poderia ser um perigo para as outras pessoas também. Como foi a reunião?

-Um caos, as pessoas começaram a discutir, tentavam colocar a culpa em alguém especificamente no grupo que chegou depois. Mas o Senhor Sim e o Senhor Suzuki conseguiram acalmar a situação, e então começou outra discussão sobre os problemas que a comunidade tem enfrentado, coisas quebrando e o espaço que está pequeno.

-Deixaram para reclamar sobre essas coisas quando tudo piora, com os militares de olho na gente eles querem fazer reformas? Impressionante! - Minha mãe parece desapontada com isso - Eles não vão sair da nossa cola.

-Talvez... Não temos certeza - Duvido de minhas próprias palavras, mas eu preciso procurar por coisas para me motivar, e me tirar esses pensamentos ruins que rondam minha cabeça - Tem problema na encanação e precisamos de mais armas!

-Por esse lado acho melhor agirem logo, precisamos ficar seguros e não podemos ficar sem água, então pode ser que valha apena!

-E também estão dizendo que o espaço está muito apertado, muitas pessoas nos trailers e querem trazer mais dois, para as pessoas ficarem mais acomodadas e confortáveis. E também tem outra coisa...

-O que? Por que está com essa cara?

-Eu estava querendo oferecer a minha ajuda, sabe para essas coisas que farão - Minha mãe abre a boca, mas fica em silêncio por alguns segundos

-Não! - Diz firme - Você não vai sair por essas muros!

-Mas mãe! Eu quero ajudar, as pessoas estão com medo e muitos não vão querer sair, além de que muitos não sabem se defender. Mas eu sei, eu posso ajudar e eu quero.

-Jiwoo, é muito perigoso! Estamos falando dos militares, as mesmas pessoas que acabaram com nossas vidas por meses, estamos falando do Sargento Stones, o mesmo homem que te espancou na frente de todos, te humilhou, me usou e que fez minha vida um inferno por meses.

Suas palavras são iguais facas que perfuravam lugares estratégicos exatamente aonde mais doía, não preciso que ela me lembre daquilo, afinal eu me lembro disso quase todos os dias. Tenho as memórias bem frescas em minha mente, e as vezes tenho pesadelos aonde aquele diz se repete, mas sempre que estou prestes a sentir aquela doe novamente eu acordo.

-Eu vou ir! Não vou ficar me escondendo atrás dos muros esperando que eles nos ataquem, se eu tiver a oportunidade de ajudar eu vou ajudar! - Me viro de costas e ouço gritos da minha mãe me chamando, mas eu a ignoro e saio da enfermaria.

Ando pela comunidade, mas evito as ruas e lugares mais movimentados, nesse momento eu apenas quero apenas me preparar para se caso eu tenha que sair. Estou andando perto da Horta quando aviso alguém sentado na grama próximo a uma árvore, observo mais e vejo que de tratava de Jake, que justamente não tinha o visto mas últimas horas. Me aproximo dele e percebo ele meio distante, devia estar perdido em seus pensamentos, mas assim que nota minha presença dá um sorriso.

-Ué, esta sozinha? - Ele pergunta assim que dms sento na grama em frente a ele.

-Sim, por que?

-Pensei que estaria com Niki, vocês dois são bem grudados, não duvido nada que nesse momento ele esteja de procurando.

-Muito provável! Mas eu estava conversando com minha mãe, ela não foi na reunião e eu fui contar tudo que aconteceu.

-Suponho que a conversa de vocês não tenha sido uma das melhores, ou pelo menos é isso que deu rosto diz

-É... Nós discutimos um pouco... - Passo a mão pelos meus fios de cabelo e abraço minhas pernas contra meu corpo

-Quer falar sobre?

-Eu tô cansada, me sinto uma fraca e é como se eu estivesse usando esses muros para me esconder das coisas que aconteceram lá fora. Tudo que aconteceu decidiu voltar de uma vez só e isso dói muito! Cheguei a sonhar com pessoas que eu perdi a muito tempo, e parece que tudo aquilo veio para sobrecarregar minha cabeça. Talvez eu e da teja fugindo da realidade que existe fora desses muros, e por isso eu quero fazer algo.

-Brigou com sua mãe por que quer ir lá fora não é?

-Sim, acredito que se eu não sair daqui vou enfraquecer, e que em algum momento isso vai me prejudicar muito! Meus únicos treinos são quando estou treinando boxe com uma travesseiro colado na parede, e não é muita coisa!

-Jiwoo, você é uma das pessoas mais fortes que eu já conheci, não estou falando isso apenas para tentar te consolar ou te deixar melhor, mas sim porque eu admito isso e te admiro muito! Você é decidida e vai atrás daquilo que acredita, não se importa com o que as pessoas falam e diz tudo na cara, além de ter sobrevivido muito tempo sozinha e ter atravessado o país atrás da sua família. Está viva hoje porque esteve no meio dos mortos e lutou muito por sua vida, não se ache fraca por apenas tirar um tempo longe dos problemas lá de fora, todos merecem um pouco de descanso e você precisava tirar um tempo para raciocinar tudo o que aconteceu nos últimos meses, afinal as nossas vidas viraram de ponta cabeça sem nenhum aviso prévio, simplesmente os mortos voltaram a vida e nós tivemos que aceitar isso. Muitas pessoas em seu lugar teriam desistido, mas você não fez isso! Está aqui e se orgulhe disso!

As palavras de Jake me deixaram de certa forma um pouco emocionada, e confortável ao ouvir isso. Poucas as vezes ouvi pessoas listando minhas qualidades, e muitas vezes elas são listadas comos pontos negativos não positivos. Mas Jake conseguiu me deixar mais confiante de mim mesma, e me sinto tão bem por ter conseguido um amigo como ele.

-Achamos vocês! - Olhamos para o lado e vemos Sunghoon se aproximando junto de Niki e Jay - Viram Hee Seung?

-Não, pensei que ele estivesse junto com vocês - Jake diz e Niki se aproxima de nós

-Ele deve estar dormindo em algum lugar, deixaram ele vigiando o portão ontem a noite, vamos procurar ele! - Jay diz e Jake se levanta

-Vou com vocês!

Os três se afastam deixando apenas eu e Niki. Tenho quase certeza que real intenção deles foi nós deixar sozinhos, não parece ter sido algo do "destino". Niki se senta ao meu lado e me observa atentamente.

-Passei na enfermaria te procurando, sua mãe parecia com dor e meio estressada - Niki passa seus dedos pelo meu rosto afastando uma mecha do meu cabelo.

-O motivo do estresse dela sou eu, nós tivemos uma pequena briguinha

-Ela não quer que você saia né?

-É... Mas eu disse que queria ajudar, dai ela jogou palavras na minha cara e eu sai de lá.

-Ela está com medo de algo acontecer com você, bem... Talvez seja melhor você ficar - Ele diz e eu seguro sua mão a afastando do meu rosto - Você fica mais segura e deixa sua mãe aliviada.

-Niki não venha me dizer para não sair, pois não vai dar certo! Eu quero ir, eu preciso ir! E você não pode dizer nada pois saiu ainda por cima sem a autorização de ninguém

-E você quer fazer a mesma coisa!

-Não vou fazer igual você, terei a aprovação de um dos Chefes

-Você sabe que se eles souberem que sua mãe não deixou você não vai sair né? - Dou um suspiro frustrada por ele estar certo.

-Preciso fazer algo, vou surtar se continuar com tudo isso! - Abaixo minha cabeça e Niki a puxa fazendo eu a deitar em seu ombro - Não vou deixar você ir sozinho, sem chances!

-Mas os meninos vão estar lá, se nos derem a permissão para ir vamos todos nós

-Quero garantir que você estará bem por mim mesma, não gosto das pessoas fazendo as coisas por mim

-Você diz como se eu não soubesse me proteger

-E você não sabe! - Provoco, ele olha para mim surpreso

-Como é que é? - Pergunta e eu desvio o olhar - Você disse que eu não sei me defender? Não! Você só pode estar brincando! - Seguro a risada e olho seria para ele.

-Estou com cara de quem está brincando? - Ele abre a boca surpreso - Tenho que estar junto para ter certeza que você ficará bem, poi e de prender de você... - Paro de falar.

-Se depender de mim o que? - Não o respondo - Se depender de mim o queee?? - ele segura meu rosto apertando minha bochecha, virando meu rosto para fazer eu olhar para ele  - Agora você vai falar! - Não aguento ficar olhando para sua cara de indignação, começo a rir e ele me solta.

Meu corpo se descontrola e a única coisa que eu consigo fazer é rir, enquanto o garoto me olhava com uma expressão séria.

-Estava zoando com a minha cara?

-Isso foi tão bom! - Digo conseguindo recuperar um pouco de fôlego.

-Ah é? Foi tão legal? Agora você vai ver! - Ele vem pra cima de mim e começa a fazer cosquinha por toda minha barriga.

Começo a rir descontroladamente, enquanto ele parecia se divertir com essa situação. Começo a sentir uma falta de ar de tanto rir e tento empurrar ele para parar.

-Para... Eu imploro... - Digo em algumas pausas que consigo. Ele então para de fazer cosquinha e fica lado me olhando. Consigo recuperar todo meu fôlego e olho para ele ainda quieto - O que foi?

Ele então se aproxima e rapidamente sela nossos lábios, fico surpresa por ter sido tão sepentino, mas então ele me puxa e me dá um abraço forte.

-Ai! Assim você vai me matar por falta de ar! - Digo mesmo que estivesse gostando de seu abraço.

Ele se inclina ainda me abraçando e faz com que nós dois caíssemos deitados na grama. Ele continua me abraçando e me fazendo deitar em cima dele.

-Eu vou te proteger!

-Eu sei me proteger - Falo enquanto ouço o som de seu coração batendo em seu peito - Mas eu deixo você tentar...

Ficamos mais um tempo ali, mas após mais alguns minutos decidimos ir atrás de alguma informação, sobre nossa possível saída. Não estou assim tão confiante, pois o talvez tenha tido voluntários o suficiente e então não será necessário sairmos.

Niki está andando abraçado a mim, com seu braço em meu ombro e me fez parar de andar algumas vezes para deixar nossos passos sincronizados. Nos aproximamos da praça da comunida e na rua logo a frente e que dava acesso ao portão de entrada, tinha bastante pessoas reunidas. Vamos naquela direção e assim que chegamos junto aos outros noto uma pessoa próxima as outras, assim que nós aproximamos ela nós vê e parece notar bastante o fato de eu e Niki estarmos abraçados.

Acontece é que eu não contei exatamente tudo que aconteceu para minha mãe, ela sempre suspeitou que tinha um "lance" entre nós, e jurava que pé junto que eu gostava dele. Por mesmo que eu negasse ela estava certa, odeio admitir que eu estava errada! Ela nos vê chegando juntos e desse jeito e dá um sorrisinho de canto, muito provavelmente ela me perguntara sobre nós mais tarde.

-Conversei com o senhor Sim - Espero o pior, como ela não ter permitido que eu saia e eu tenha que ficar aqui então Niki e o restante está lá fora - Vocês vão com alguns responsáveis então obedeçam!

-O que? Nós vamos sair mesmo? - Pergunto surpresa e ela assente

-Nada de brincadeiras, sen fazer barulho e não se afastem em hipótese alguma do grupo. Não sei o que vão fazer, mas tomem o máximo de cuidado possível! Estou dizendo isso para os dois!

-Tá bom, e eu vou cuidar dela! - Ele bagunça meu cabelo

-Se cuidem! E tem isso aqui - Minha mãe me entrega a minha arma e minha faca, que faz um bom tempo que não as vejo - Sei que vão entregar outras, mas acredito que você gosta mais dela.

Realmente, a todo momento que estou com a arma ou a faca do papai me sinto mais perto dele, também quando tiro um tempo para observar minha aliança familiar. Sinto tanta falta dele.

-Obrigado, vou usá-las apenas se caso eu precise! - Tento aliviar minha mãe

-Assim espero - Minha mãe se despede dando um beijo em minha testa, e para minha supresa como para do garoto ao meu lado ela faz o mesmo com ele, essa situação se torna meio engraçada por reparar na diferença de altura. Mas ele demonstra ter ficado muito feliz com isso pois ficou com um amor me sorriso logo em seguida.

Minha mãe nós deixa caminhando lentamente, observo ela e sua enorme barriga que a cada dia parece crescer mais. Me pergunto se vai sair uma criança ou um Titã ali de dentro. Antes nem barriga ela tinha, mas nos últimos tempos cresceu bem rápido.

-Todos que vão sair venham aqui - Senhor Suzuki chama, nos reunimos em volta dele - Um grupo de pessoas com mais especialidade vai tomar conta do encanamento. O grupo dois vai atrás das coisas para a expansão da Horta, a lista já está feita. O grupo três irá até o acampamento próximo buscar dois dos trailers, e mais algumas coisas que foram achadas na última ida para lá, mas por conta de algumas complicações com os zumbis não foi possível trazer. Mas não é nada para se preocupar, já demos um jeito com os zumbis, está tudo tranquilo! O grupo quatro serão a distração, se caso tenham militares por perto eles vão atrás do grupo, mas o plano de fulga já está formado e os mais especialistas estão nesse grupo, sabem o que estarão fazendo. Então por fim, o grupo cinco irá buscar nossas armas, irão por uma rota na floresta, para não correr o risco de serem pegos e estarão altamente armados, não terão misericórdia!

Ele começa a dizer quem estava em cada grupo, ficamos atentos esperando que nossos nomes fossem ditos, até que aconteceu.

-Niki, Sunghoon, Jiwoo e He-yon no grupo três

-O que?! - Olhamos para o lado e vemos Jay olhar indignado - Por que não estou nesse grupo?!

-Te coloquei no grupo de busca para as armas, junto com Hee-Seung, vocês estarão melhor lá! Além de que o carro já está cheio, deixaremos como está.

-Mas são quatro pessoas, não está cheio!

-Também tem a Hoy-ji, não sou maluco de deixar eles sem uma autoridade maior, ela irá voltar com um dos trailers, Sunghoon com o outro e He-yon dirigindo o carro.

-E por um acaso He-yon sabe dirigir? - Pergunta em um tom de deboche.

-Tenho carteira, só não muita prática -  Olha meio insegura para o mais velho entre nós - Tem certeza que quer confiar o carro a mim?

-Já confiei um carro ao Niki, pior que ele você não vai ser!

-Hey! - Exclama ao meu lado.

-Você consegue, apenas Confie na sua carteira. De qualquer maneira se acontecer algo é só prender o carro em um dos trailers, ou então deixa o carro para trás que depois alguém busca, o importante é voltarem a salvo! 

Estamos satisfeitos com isso, menos Jay que estava com uma cara feia a todo momento. Sunghoon chegou logo depois e entregou a nós algumas armas, mas eu prefiro ficar com a minha, tive apenas que recarregar e pegar munição extra. He-yon nunca teve um contato tão direto com uma arma, claramente estava assustada e olhava para o revolver como se fosse um bicho. Sunghoon a explica como funcionava, a ensina como segurar e mirar, vejo Jay observando de longe não muito feliz com aquilo.

-Não sei se consigo atirar, eu sou boa em correr, não com armas! - Alega colocando a arma em sua cintura.

-Use apenas se necessário, em último caso e que você tenha certeza. Como no caso de um zumbi em cima de você, se você não conseguir realmente se soltar atira.

-Tá... Mas espero não ter que usar!

Niki e Sunghoon preparam suas armas, mas somos interrompidos pelo chamado para o almoço. A nossa missão estava marcada para algumas horas depois do almoço, somos então chamados para todos almoçarmos e prepararmos o resto das coisas para saída

Almoçamos e passamos mais um tempo esperando pela ordem de saída. Algumaa horinhas depois finalmente estava tudo pronto, colocamos as coisas dentro do carro que vamos usar, o grupo quatro saí sendo seu distração, após alguns minutos nós restantes iríamos, mas após o sinal deles.

Estamos ao lado do carro e então observo a alguns metros de nós Jake e Jumgwon, vou até eles.

-Por que não pedem para sair? Vocês tem medo? - Pergunto querendo provocar eles um pouco.

-Sabemos o básico para nós defender, mas.. - Jungwon começa a dizer

-Não a esse nível, achamos que vamos atrapalhar mais do que ajudar, pode dar algum problema por talvez sermos inúteis nesse sentido.

-Não são inúteis! Mas entendo o sentimento de vocês. Quando eu voltar vou ajudar vocês com isso, mas não vou pegar leve, vocês vão ter que se alimentar muito bem para um dia chegar pelo menos aos meus pés! - Falo e eles riem - Mas estarem tanto tempo atrás desses muros nós enfraquecem, por isso eu vou sair, para poder lembrar da real situação em que estamos.

-Está certa, a maioria de nós viu tudo isso começar, mas não viu tudo desmoronar e nem mesmo tivemos que lutar para sobreviver. Graças a esses muros estamos aqui, mas para manter eles temos que conseguir nós manter e lutar para ficarem em pé - Jungwon diz

-Isso mesmo! - Ouço algumas vozes vindo dos carros e olho rapidamente para trás - É isso, estou de volta mais tarde!

-Te desejo sorte! - Jake fala e os dois se despedem de mim

Me dirijo até o nosso carro, entro ficando no banco de trás entregar Niki e He-yon, a mesma estava neia apreensiva com um revolver em sua mão, noto isso pois ela segurava como se fosse quebrar. Toco em sua mão e faço com que ela o segurasse mais firme.

Após mais grupos saírem e mais alguns avisos sobre segurança, e que era para obedecermos a Hoy-ji. A mais velha diria o carro, Sunghoon olhava alguns CDs para por música logo ao seu lado, já Niki estava com a cabeça deitada em meu ombro enquanto acariciava a minha mão.

-Se lembrem de não saírem do meu campo de visão, aquela área de acamoamsntos não está mais tão segura assim, pode aparecer um zumbi ou uma pessoa, então fiquem espertos! - Hoy-ji avisa.

Após alguns minutos o carro finalmente para, não era longe, mas tivemos que pagar uma estrada de terra e o carro não era muito adequado, por esse motivo nós demoramos mais de dez minutos. Descemos do carro e eu observo a extensão se árvores em nosso redor, as árvores muitas eram incrivelmente altas, você olhava entre elas e não conseguia enxergar muito adiante, isso dá um leve medo por não saber o que tinha mais a frente.

O carro foi parado em uma área já não tão cheia de árvores, o espaço era aberto e um caminho era formado por pedrinhas, ao meio daquele espaço vejo um grande lugar para fazer fogueira, mesas entre outras coisas. Ao redor tem em torno de quatro trailers e algumas barracas montadas,  uma pilastra grande jogo no início da caminho estava escrito "Leste 2" provavelmente identificando o local dessa área.

Noto um movimento estranho dentro de algumas barracas, assim que por acidente Sunghoon pisou em um galho de árvore aquilo que se encontrava lá dentro se alertou, começando a tentar se mover para fora da barraca, mas falhando por sua falta de inteligência.

-Vamos limpar a área, depois nos garantimos dos trailers e vamos atrás das outras coisas, estão seguindo a trilha em uma lojinha.

-Não quer que nós vamos lá pegar enquanto vocês fazem as coisas aqui? - Pergunto com o mínimo de esperança possível, isso para que eu pudesse conversar a sós com He-yon

-De jeito nenhum! Vocês sabem o combinado. Vou observar o perímetro, acabem com esses mortos - Ela de afasta ficando mais a frente de nós, aproveito para md juntar de He-yon e irmos para perto de algumas barracas mais afastadas.

-O que está acontecendo? Você parece tão estranho ultimamente, Ah se falar go para mim? - He-yon da um suspiro pesado ao me ouvir, sua expressão parecia exausta e ponto de quase surtar.

-É tanta coisa... Ele está me enlouquecendo!

-Jay? Por que? Ele está fazendo algo para você?

-Não... Se trata do que ele fez. Jay é meu ex namorado, da época do colégio - Olho de boca aberta para ela, estou surpresa. Suspeitava de que eles tiveram algo, mas não imaginava que chegou ao ponto de um namoro.

-O que? Mas como?

-É mais clichê do que parece, eu odiava ele, era mimado e irritante quando chegou na escola. Mas ai o professor colocou ele para sentar justamente do meu lado, senti que ia morrer a qualquer momento por sermos o oposto um do outro. Porém aconteceu o contrário, eu me apaixonei perdidamente por ele, espero que ele também tenha gostado de mim... Então começamos a namorar, minha avó amava ele e a mãe dele se dava muito bem comigo, mas então as coisas não deram certo. Ele fez coisas e eu fiz coisas que me arrependo, não deu certo então eu acabei com tudo aquilo semanas antes disso tudo acontecer e pouco tempo depois da nossa formatura.
Jay tentou me ligar, me mandar mensagem, mas eu não queria falar com ele. E vi aquelas mensagens que você meu no meu celular, não tinha visto elas até então.

-Desculpa por ter visto sem sua permissão, mas em minha defesa eu fiquei surpresa por ser o contato dele.

-Tudo bem! - Seus olhos mostravam que aquilo que dizia era dificil para ela, pode ter ainda muita mais coisa pork trás dessa história - Não imaginava que reencontraria com ele, principalmente depois disso tudo, pensei muitas vezes que provavelmente estava morto e que eu nem tive a chance de me despedir. Mas ele está vivo, não acreditei no segundo em que eu o vi, mas depois percebi que era ele mesmo por conta daquele apelido idiota.
Não tem sido nem um pouco fácil, queria me manter longe, mas ele parece querer cada vez ficar mais perto de mim. As memórias boas vem átona, mas as ruins também, e isso dói demais, não consigo falar com ele por muito tempo, não consigo olhar em seu rosto sem lembrar de tudo aquilo, simplesmente não consigo! - Eu a puxo e a abraço, faço um breve carinho em suas costas e em seguida a  olho.

-Você não precisa ficar bem ao ver ele, deve ter seus motivos e eu respeito eles. Não sei bem o que falar, mas se você tiver um momento mais disposta tenta falar com ele, e talvez jogar todas as merdas que fez na cara dele - Ela ri.

Nunca fui do tipo de saber o que dizer nesses momentos, afinal sempre ju fui a garota que apenas escutava sem que os outros percebessem, e sempre pensava "no lugar dela eu jogaria tudo pro ar e mandaria ele a merda", mas percebi que é algo muito mais delicado para isso.

He-yon abriu suas barracas e eu me livro dos zumbis que estavam aki dentro, certificamos que a região estava segura e nos juntamos aos outros. Eu e Niki ajudamos Hoy-ji a certificar que um dos trailers estava apto para se locomover, Sunghoon e He-yon estavam vendo o outro. Certificamos que conseguiríamos sair daqui e deixamos tudo preparado, apenas nos faltava pegar algumas coisas na lojinha aproxima.

Andamos pela trilha e caminho da lojinha, a mais calha entrevista nós seguia na frente lendo as placas, He-yon e Sunghoon estavam logo a frente de mim e de Niki. O braço de Niki que estava sobre meu ombro aperta um pouco mais e desacelera nosso passo.

-O que foi?

-Vamos mais devagar, assim podemos ficar mais juntinhos! - Ele diz me apertando

-Ai! Vai me matar asfixiada! - Brinco, mas ele parace não ligar.

Eu e Niki chegamos um pouco depois que eles a loja, Sunghoon entrou com Hoy-ji, mas He-yon ficou do lado de fora sentada em um banco. Eu e Niki somos chamados para pegar algumas coisas, entramos e ajudamos com o que devia ser pego. Entre uma das minhas idas para fora da lojinha observo que o banco antes ocupado por He-yon agora estava vazio, acho estranho o olho em volta a procura de um sinal da mesma. Mas infelizmente nada.

-He-yon?! - Tento a chamar não muito alto, mas o suficiente para que ela conseguisse me ouvir a alguns metros. Ouço um barulho de plantas mexendo logo atrás da lojinha e penso que poderia ser ela.

Vou até a parte de trás do local, mas ela não se encontrava lá, porém vejo uma de suas unhas postiças rosa caída sobre o chão. A pego me certificando que era dela e tento pensar em que direção ela poderia ter ido. Me mantenho totalmente em silêncio, consigo escutar uma conversa vindo do outro lado da parede, mas a ignoro e tento escutar pelo menos algum passo.

Ouço o barulho de um galho sendo pisado, suspeito de que não tenha sido ela, pois He-yon tem prática em correr em silêncio. Mesmo não acreditando muito que seja ela digo adiante, seja lá o que tenha feito esse barulho poderia me levar até ela.

Ando tentando fazer o mínimo de barulho possível, após entrar um pouco mais entre as árvores vejo uma movimentação estranha mais a frente, sua peito de ser um zumbi e então me aproximo. Mas ao decorrer que eu vou me aproximando percebo que não se tratava de um zumbi, passo por uma árvore e tenho a visão melhor sobre aquilo. Meu cérebro demora um pouco para capturar o que eu estava vendo, meus olhos enxergavam aquilo, mas minha mente não queria concordar.

Ao ter aquela visão sinto minhas mãos começarem a tremer, o nervosismo tomar conta do meu corpo e o medo também. Diante de mim estava o verdadeiro motivo dos meus pesadelos, não apenas parado com sua cara de louco de sempre, mas vejo que em sua mão estava um cassetete, o maior motivo de meu nervosismo.

Cenas daquele dia passam doente de meus olhos, como se eu conseguisse ver e sentir tudo aquilo de novo, estou vivendo aquilo novamente. Mas o motivo do meu espanto maior não foi me reencontrar com ele, mas sim ver He-yon caída no chão ao lado dele, sangue escorria por uma parte de sua cabeça e em alguns cortes em seu corpo, além de hematomas, que me davam memórias ruins.

A tamanha ruindade de um homem, o quão as pessoas conseguem ser desprezíveis não é algo incomum, mas mesmo assim é algo que dá muito medo, e que me faz questionar se estamos apenas pagando por nossos pecados. Esse homem consegue ser um dos mais desprezíveis, dos mais ruins e cruéis que eu já vi em toda a minha vida.

-Oi Jiwoo, nos reencontramos novamente! - Ele deu um sorriso. ELE SIMPLESMENTE DEU UM SORRISO!

Minha amiga está caída ao seu lado, não sei se está viva ou morta, e a pessoa que fez isso com ela está sorrindo. Ela não fez nada, simplesmente nada para ele, mas mesmo assim ele fez isso, ele a atacou e a machucou muito.

Meu corpo fica incontrolável por alguns segundos, meus olhos começam a lacrimejar, minhas mãos a tremer mais ainda e a grande sensação de que algo ruim ia acontecer permanece em meu corpo. Sinto um grande aperto e a decisão que precisava fazer algo, mas eu não estava conseguindo, simplesmente estava falhando.

E então um passo foi dado em minha direçao, meus corpo em seguida fez a única coisa que ele conseguia fazer. Correr. Começei a correr para alguma direção daquela floresta, o homem não me deixou ir, não pensou antes de começar a vir atrás de mim como um animal.

O som de seus passos violentos vindo atrás de mim me assustava, conforme ele ia andando galhos no chão eram quebrados e folhas esmagadas. Minha vontade era de acabar com isso tudo de uma vez por todas, parar de ser uma medrosa e deixar de correr, mas eu não consigo!

Minha visão Fica turva e derrepente sinto um corpo vindo em direção ao meu, mãos geladas vem em contato com minha pele, aquela boca gosmenta e arrepiante se abre tentando me morder. Ouço mais passos da pessoa logo atrás de mim, consigo virar aquele corpo que eu lutava ata se manter longe de mim, o empurro em direção ao Sargento que arregalados os olhos imediatamente.

O zumbi vai para cima dele e eu não espero mais nenhum segundo para sair correndo, continuo a correr entre as árvores tentando ao máximo fugir dele.

-JIWOO!! EU VOU TE PEGAR GAROTA! - Ouço esse geito vindo dele casa vez mais distante.

Finalmente avisto uma área pensando que seja mais um lugar de acampamento, mas para minha tristeza não era. Mas o que preenchia todo aquele ambiente em meio as florestas era uma mansão. Extremamente chique e com uma grande fachada.

Me pergunto de para onde devia ir, assim que ouço um barulho vindo do meio das árvores acelero meus passos em direção a enorme mansão. Tento abrir a grande porta dupla que por sorte estava destrancada, adentro ao local e pego puxo uma poltrona próxima para dificultar um pouco a  entrada dele.

Meu olhar percorre por todo aquele ambiente em que eu me encontrava, uma enorme escada estava em minha frente, tem muitas portas que levam para outros cômodos. Sem dúvida essa é uma das maiores casas que eu já vi.

Me desperto de meus pensamentos e ouço agora batidas na porta, tentativas dela ser aberta, corro e passo por uma porta entrando em um cômodo de sala, vou até uma das janelas e tento as abrir, mas foi em vão, a janela estava trancada e aparentemente só conseguia ser destrancada com chave. Quem tem janelas que se trancam com chave?!

Tento achar outra saída, mas começo a ouvir passos se aproximando, abro outra porta indo para um corredor, mas o barulho dos passos ficam mais fortes e aparentemente estava mais rápidos vindo atrás de mim. Não conseguiria correr por muito mais tempo, não daria para fugir dele desse jeito.

Me encontro em um quarto, um quarto simples e agora com apenas uma saída, que dava para a entrada da casa. Ouço seus passos se aproximarem e por impulso entro dentro de um armário grande que ali tinha, assim que a porta está a poucos centímetros de se fechar ele entra no ambiente como um animal caçando.

Ele anda pelo quarto a minha procura, consigo ver sua expressão raivosa e isso me faz pensar nas coisas que ele faria comigo se caso me encontrar.

-Eu sei que você está aqui, e eu vou te achar!

Minhas mãos estavam precionando minha boca por conta do nervosismo, minhas lágrimas recorriam e se acumulavam em meus dedos, sinto que a qualquer momento minhas pernas vão ceder, vão parar de sustentar meu corpo e eu vou desmaiar. O som dos passos dele ecoam por toda a casa, a cada segundo parece que ele está mais perto, parece que ele vai me encontrar e meu fim vai ser bem ali.

-Cadê vocêeee?! - Ele diz cantarolando - E sua mãe, como ela está?

Minha respiração para assim que vejo uma sombra em frente a porta, pela brecha da porta do armário eu consigo ver, ele estava exatamente a minha frente olhando para os lados a minha procura. Minhas preces iam diretamente a qualquer ser maior e que poderia fazer com que ele não olhasse para o armário, ou então a minha vida acabaria exatamente a partir daquele momento.

-Não é legal conversar sozinho, seja uma menina educada e converse comigo! - Ele pisa forte no chão, me fazendo tremer. Ele estava virando seu rosto em direção ao armário, meu coração se encontra disparado e prestes a saltar do meu peito.

Uma de minhas mãos vão até o revolver em minha cintura, mas ela tremia, e eu claramente não conseguiria aturar nele nesse estado. Eu sei que eu preciso, eu preciso acabar com tudo isso de uma vez, acabar com o sofrimento que não só eu estou passando, mas também as outras pessoas. Porém eu não consigo, não me sinto capaz e me culpo tanto por isso.

Suas mãos Ian em direção a porta do armário, meus olhos se apertam fortemente não querendo acreditar no que estava acontecendo e no que iria acontecer. Mas o que me despertou foi um barulho, não só despertou a mim como a ele, abro meus olhos novamente e ele se vira do lado contrario do armário.

-ENTÃO QUER DIZER QUE VOCÊ ESTÁ AÍ EM CIMA?! - Ele se grita, sua voz ecoa por toda a casa. Ele passa a correr para fora daquele quarto, seus passos são rápidos e fortes, consigo ouvir eles subindo aquelas escadas.

Dou um suspiro aliviada conseguindo em fim organizar meus pensamentos, mas não esqueço que ele ainda estava me procurando. Corro para fora daquele quarto e vou para a porta principal, giro a maçaneta, mas ela não se abre, estava trancada. Tento penar em algo e que possivelmente aquela casa teria outra saída, corro então para uma porta próxima a parte de trás da escada, que seria um dos últimos cômodos da casa. Me encontro em uma enorme cozinha, ao lado tem uma abertura para uma sala de jantar.

Tentativas que falham ao abrir as janelas, uma porta que dava para o lado dos fundos da casa também estava trancada. Poderia quebrar uma das janelas, mas se caso ele consiga vir mais rápido do que eu fugir estou morta. Em meio a queles cômodos silêncioso ouço a sua voz vindo do andar de cima.

-VOCÊ ESTÁ DE BRINCADEIRA COMIGO NÃO NÉ?! GAROTA VOU PRECISAR ENSINAR BONS MODOS A VOCÊ, E ENSINAR A SUA MÃE A TE EDUCAR DIREITO! - Ao ele falar sobre minha mãe minhas mãos se fecham em um punho, gostaria de espancar ele sem parar, mas as lágrimas em meu rosto também me mostravam outro sentimento.

Ouço um barulho vindo de uma das portas que daria para uma dispensa, ao me aproximar um pouco Coja Ivo reconhecer um grunido e alguns arranhões vindo da porta. Tinha um zumbi lá dentro com toda a certeza.

Era eu, Sargento Stones e um zumbi nessa enorme casa, o que eu poderia fazer para sair daqui? Simplesmente desistir ou continuar tentando?

-Jiwoo! - Ouço uma voz diferente vindo próxima a mim, olho em volta e meu olhar para até uma janela, sinto meu coração disparar ao ver Niki com uma expressão desesperada me olhando. Me aproximo da janela - Ele está aonde?

-Lá em cima! - Digo apontando para cima e tentando manter minha voz baixa. Ele parece pensar um pouco.

-Se afasta- Diz fazendo gesto e eu nego - Vou quebrar a janela

-Não! Ele vai vim!

-Não tem outra saída, preciso te tirar daki

Fico relutante, medo de dar errado, simplesmente de ser pega por ele e tudo acabar ali mesmo. Mas então penso em mais uma coisa, em uma coisa que nos ajudaria nessa situação. Me afasto da janela assim como ele pediu, me aproximo daquela porta que agora o zumbi atrás dela está fazendo muito mais barulho querendo sair, o que resultou nos passos vindo para o primeiro andar.

Uma pedra grande voa contra o vidro o quebrando em várias partes, os passos estão a poucos de distância da cozinha. Abro aquela porta e corro em direção a janela quebrada, Niki estende a mão para mim e me puxa para o lado de fora, me fazendo cair do outro lado e por cima dele.

Nos levantamos rapidamente, antes de ser puxada para longe consigo ver Sargento Stones dentro da cozinha e tendo um zumbi por cima dele. Niki me puxa para corrermos dali o mais rápido possível, mas ainda sim conseguir ouvir algo vindo daquela casa.

-AHHH!!! - Era um grito de dor - EU VOU TE MATAR! - Eu sabia que aquilo era direcionado a mim, eu sei...

**✿❀ ❀✿**

EU JÁ VOU PEDINDO DESCULPAS! PQ VAI QUE A CHANCE DE EU MORRER É MENOR.

Oi gente, me desculpe de verdade por ter sumido, sério! Minhas aulas voltaram e tanta coisa aconteceu, minha escola decidiu acabar com os alunos, tenho muitos trabalhos para fazer além de tudo uma peça para ensaiar. Mas em compensação esse capítulo tem oito mil palavras, então espero que passem um pano pra mim.

Além de que pra mim é bem difícil ter contato com vocês pelo wattpad, gostaria mesmo era de ter um contato mais direto e atualizar vocês da minha vida, além de dizer quando sai atualização e dar spoilers sobre os capítulos. Então se por um acaso vocês quiserem participar de um grupo no whatsapp e tiver bastante gente querendo eu super criaria, ia gostar muito de com versar diretamente com vocês.

Outra coisa, eu estava planejando em um capítulo na visão da He-yon, seria um capítulo pequeno provavelmente, mas a real é que nem sabemos se ela está realmente bem né? O desgraçado do Sargento só faz merda.

Mas é isso, mais uma vez me desculpe, nas estou me esforçando para atualizar sempre! Um bj💖

Pfv me respondam a respeito do grupo, gostaria muito de ter esse contato com vocês.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro