ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟚𝟟
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-Vou levar vocês até os meninos, inclusive tem alguém que você vai ficar surpresa de ver! - Niki andava ao meu lado com o braço por cima de meus ombros. Ele fez isso como algo tão normal, que de início eu até me surpreendi com seu ato, mas fingi tranquilidade por mesmo que dentro de mim estivesse um tremendo caos.
Já He-yon nós observava com um sorrisinho de canto malicioso, reviro os olhos para a mesma que dá uma risadinha e nos acompanhar até a onde o garoto me guiava. Passamos por portas grandes dando na parte principal do galpão, a iluminação do ambiente estava cada vez mais escura, mas nessa enorme sala vejo um ponto de luz grande, que assim que nós aproximamos vejo que vinha de uma fogueira no centro, que estava rodeada por várias pessoas. Inclusive ali encontro as outras pessoas que foram trazidas junto a mim para cá, pareciam mais tranquilos, mas mesmo assim claramente não queriam estar ali.
Passamos por aquelas pessoas rodeadas em volta da fogueira e encontramos com três garotos, um deles era Jay que nos observava enquanto íamos em sua direção, estava sentado no chão apoiado na parede claramente com sono, se cobria com um cobertor grosso e em sua frente estava mais dois garotos, que até então estavam de costas para nós, não conseguíamos ver seus rostos. Mas então um deles se vira, olhando para nós e assim que me vê da um sorriso.
-Sunghoon!
Nem consigo acreditar em quem estava em minha frente, meu ex companheiro de trabalho, que tanto me perguntei se estava bem e se havia conseguido escapar de verdade ou se havia sido pego pelos militares. Mas agora o vejo sentado em minha frente e aparentemente inteiro.
-Jiwoo! Estou surpreso que estes bem, Niki falou muito de você, mesmo quando disseram que você provavelmente não estava mais viva ele passou noites sonhando com você!
Niki parece nervoso com a fala do amigo, os três ri e então vejo o rosto do outro garoto ao lado de Sunghoon. Era simplesmente o garoto que me sequestrou, e a prova viva disso era o curativo. Ficamos em um breve silêncio, que era possível ouvir as conversas das outras pessoas logo atrás de nós.
-E o nariz? - Pergunto para o garoto que me olha sério
-Podia estar melhor, se eu não tivesse levado um soco!
-Você teve sorte! - Ele arqueia uma de duas sombracelhas - Era para ter quebrado, foi logo me escolher para sequestrar. Inclusive esse curativo está meio errado.
-Perdemos a enfermeira que estava com a gente a pouco tempo - Sunghoon diz - Estamos nos virando no possível
-Vem, vamos ficar ali - Niki me puxa, fazendo eu me sentar em cima de algumas almofadas em um canto, ele se senta ao meu lado e He-yon do outro, ficando bem do lado de Jay.
Noto um certo desconforto nele, pelo simples fato dele ter se afastado um pouco dela. Ele fica meio inquieto e poucos segundos depois se levanta.
-Não precisam mais se preocupar, ama na de manhã voltarão para a casa de vocês - Ele lança um olhar dm direção a He-yon, mas logo desvia e sai andando para longe
-Não sei se fico feliz ou me preocupo, acho que vão me esculachar quando a poeira abaixar um pouco
-Anda aprontando Jiwoo? Que feio! Você não aprende? - Niki me provoca, dou um soco de leve no sei braço fazendo ele ri
-Apenas fiz o que tinha que ser feito! E não fala como se a única coisa que eu fizesse fosse aprontar.
-O que você fez? Não fiquei sabendo de nada! - He me pergunta
-Bem... Eu dei um soco na Sulin - Ela arregala os olhos surpresa
-Você o que?!
-Olha ela é insuportável! Ela começou a falar merda pra mim, dai eu não me aguentei mais e dei um soco no nariz dela. Mas uma coisa eu posso afirmar, eu acho que o dela quebrou!
-Sua mãe vai te matar!
-Ela vai!
O garoto ao seu lado se aconchega deitando sua cabeça em meu ombro, tento me afastar, mas ele insiste em deitar em cima de mim.
-Tô com cara de travesseiro agora?
-Para de ser chata! Eu to cansado, me deixa descansar em você - Dou um suspiro e encosto minha cabeça na sua.
Vejo He-yon cair no sono pouco tempo depois, Niki puxa um cobertor e nos cobre. Estou quase caindo no sono quando sinto seus dedos entralaçarem os meus, penso em afastar minha mão, mas ao mesmo tempo que pensei nisso percebo que não queria fazer isso.
Dou uma olhada para o garoto, mas ele aparentemente já estava dominado pelo sono. Me aconchego então e me permito fazer o mesmo.
✥
Um acordo de paz, esse era o objetivo do chefe Suzuki, ao amanhecer chamou todos que iriam até minha comunidade, tento para devolver nós que fomos sequestrados, como para tentar ter uma conversa civilizada. Ainda não acredito que isso dará muito certo, ou que talvez sairá um real acordo disso, mas eles querem tentar.
Vamos em três carros, junto do chefe e de algumas outras pessoas do grupo deles, estamos reunidos em uma parte externa com alguns carros reunidos, logo á frente tem uma estrada de terra, que provavelmente seguiremos por ela. Pareciam estar resolvendo as últimas coisas para podermos enfim sair. Niki havia dito que ia buscar algo e que logo voltava, estava ao lado de He-yon apenas esperando a hora de ir.
-Ainda não acredito que reencontrei com ele, desejei nunca mais o ver na minha vida - Dizia se escorando na parede do galgalpão
-Por que todo esse ódio por ele? Estudar com ele foi tão ruim assim?
-Era complicado, não nos dávamos muito bem, e na nossa formatura tivemos uma discussão feia, depois disso nunca mais nos vimos.
-Qual o motivo por vocês terem discutido? - Ela fica um pouco em silêncio, e seus pensamentos parecem ir longe, talvez se relembrando dessa briga
-Não vamos falar sobre isso...
Deixo quieto esse assunto, por mesmo que esteja interessada sobre o real motivo de toda essa raiva, ela não parece muito confortável em falar sobre. Vejo então o motivo dessas conversa se aproximar.
-Cadê Niki? - Ele pesdgunta para mim, lança alguns olhares para He-yon, mas ela parece evitar ele
-Disse que foi buscar alguma coisa
-Avisa para ele que daqui a cinco minutos nós vamos sair
-Você vai? - He pergunta surpresa
-Por que eu não iria? - Ela não responde, ao ouvir o silêncio ele se vira e se afasta
-Ele não devia ir! Não devia mesmo!
He-yon não tinha atitudes como essa com ninguém, nem mesmo Sulin que é a garota mais insuportável que ela já conheceu. Parece mesmo não querer estar perto do garoto, o que me deixa um pouco curiosa pelo motivo, mas ela não quer dizer, não vou forçar isso.
Vejo Niki sair de dentro do galpão, em suas costas estava sua mochila e ele andava com suas mãos para trás, parecia estar escondendo algo atrás de si.
-O que está escondendo?
-Calma! Ta apressadinha! - Ele ri e eu cruzo os braços - Queria te devolver isso - Ele leva seu braço para frente, vejo então que segurava meu taco de beisebol - Ficou comigo quando nos separamos, guardei para quando nos encontrássemos - Pego o taco e o observo rapidamente, olho de volta para o garoto
-Obrigado... Também tenho algo que é seu - Apoio o taco na parede e levo minhas mãos até meu pescoço, tiro de baixo da blusa o colar, o resto do de meu pescoço e mostro para o garoto
-O que? Onde você conseguiu isso? - Pergunta desacreditado
-Minha mãe encontrou e me entregou, usei como suporte, mas é seu - Me aproximo dele e passo o colar por cima de sua cabeça o deixando em seu pescoço.
Encaro pela última vez o colar, olho então para o garoto em minha frente, que estava extremamente próximo. Não me lembro de ter me aproximando tanto assim dele, mas por estarmos nos encarando pode parecer que estamos mais próximos.
-Recapitulando o plano! - Ouvimos um grito, isso foi o suficiente para mim me afastar dele e pegar o taco. Todos começam a se reunir para ouvir o que o Senhor Suzuki tinha a dizer - Para aqueles que ficarão vocês sabem o plano, se caso os militares atacarem façam o sinal no rádio e fujam pelo nosso plano. Se der errado executem o plano B, e mandem o outro sinal, iremos atrás assim que tudo estiver resolvido, mas caso extremo falem pelo rádio, apenas em caso extremo. Eles tem uma antena, podem pegar nosso sinal e ouvir o que estamos falando. Apenas usaremos a linha quatro para nos informarmos durante a viagem, mas caso um ataque não deixem que eles saibam que temos um planto.
Para aqueles que vão, os carros foram organizados caso algo aconteça, acima de tudo fiquem juntos!
Um homem começa a dizer em qual carro cada um ia ficar, He-yon quase infartou ao descobrir que ficaria no mesmo carro que Jay, consegui ver ela mordendo sua bochecha de ódio. Ele me diz qual carro eu iria e me direcionou até o mesmo, mas ouço uma discussão atrás de mim.
-Por que eu tenho que ir no outro carro? Por que não posso ir nesse? - Niki questionava o homem que parecia estar perdido naquela situação - Eu quero ir nesse aqui! - Ele diz apontando para o carro na qual eu estava designada
-Eu...
-Riki! - Levo um leve susto ao ouvir a voz grave do chefe chamando o garoto - Analisamos a questão dos carros, você foi designado para aquele pois se caso algo aconteça você poderá os ajudar. Não precisa ficar preocupado com ela, vou ficar de olho nela e logo estarão juntos. Ta bom? - Niki não o questiona, apenas concorda, mas sai com uma cara não muito feliz.
Vou em direção a porta de trás do carro para poder entrar, mas a mesma voz me chama.
-Senhorita Mackenzie - Eu olho para o senhor que me chamava - Riki disse que esse era seu sobrenome. Peço que se sente no banco do passageiro a frente, gostaria de conversar com você.
Faço o que ele diz, outras pessoas entram no carro além de mim e do chefe, dois deles era Hanbin e Ki Nam, e também a mulher que estava ontem na sala que eu estava sendo aprisionada. Mexo no meu taco de beisebol enquanto o carro começa a se locomover, nosso carro era o primeiro e os outros dois nos seguiam logo atrás.
De início estávamos em uma estrada de terra, mas após alguns minutos encontramos uma rua de asfalto, com algumas placas informando o kilómetro e cidades próximas.
-Então Senhorita Mackenzie, Riki me falou muito sobre você - Ele mania seu olhar concentrado na estrada, mas não evito de encarar ele enquanto falava.
-Não sei se me preocupo com o que exatamente ele disse sobre mim - Ele dá uns risada alta
-Pode ficar tranquila, ele não disse nada que tenha que se preocupar
-Assim espero ou caso contrário ele vai ver!
-Jiwoo, acha legal ficar ameaçando as pessoas pelas costas? - Diz Ki Nam, me viro e olho para ela
-Se precisar eu ameaço ele na cara dele, e vê se cuida da sua vida, também toma cuidado porque assim que voltaremos você vai ser a "amiga talarica" da Comunidade
-Você não faria isso!
-Está me testando? - Ela parecia agora assustada
-Não...
-Pois bem, cuide da sua vida! Que da sua amiguinha eu já dei um jeitinho - Ao dizer isso me lembro da dor de cabeça que aquele acontecido na biblioteca vai me dar ainda, minha mãe com toda certeza vai brigar muito comigo
O silêncio reina por alguns minutos após a nossa breve discussão, mas o mais velho parecia estar mesmo disposto a conversar comigo.
-Ele cuidou muito desse taco - Ele dá uma breve olhada em direção ao objeto - Não me contou de início sobre ele, nem o motivo de andar com ele para todo lugar, mas eu sabia que era importante para ele. Na verdade ele não me contou nada de início, não confiava em mim, na verdade se antigamente já era difícil confiar em alguém, hoje em dia é ainda mais difícil. Depois de um tempo ele me contou sobre sua família e sobre você, eu e ele temos histórias parecidas, ambos perdemos a família de maneiras trágicas e que fez o fardo dessas perdas ficarem em nossas costas. Mas o diferente é que ele teve alguém que o confortou, e que o fez ter vontade de continuar - Ele me olha brevemente com um sorriso no rosto - Invejo ele por isso.
Não vou negar que senti minha bochechas queimarem com esse olhar que ele me lançou, além de ter me deixado com vergonha o fato de que as minhas palavras e aquele momento que passamos juntos serviu de algo me deixa desse jeito, ainda mais pela forma que ele falou. Pensar no fato de que eu fiz a diferença para Niki me deixa extremamente feliz e supresa ao mesmo tempo.
-Ele gosta muito de você, muito mesmo, dá para perceber isso apenas na forma que ele te olha e de quando está falando com você. A prova disso é todas as vezes que ele falou de você, mesmo que a chance de que você estivesse morta fosse enorme ele nunca quis se despedir e aceitar que você tinha ido.
Fico com essas palavras impregnadas em minha mente, tudo isso girava e me deixa ainda mais confusa do que estou ultimamente, sentimentos é algo tão confuso e estranho...
-Alerta laranja... - A voz vinha do pequeno rádio que estava sobre o painel do carro
-O que é alerta laranja? - Pergunto, mas ele parecia nervoso com esse alerta
-Fica de olho no retrovisor
Ele apenas diz aquilo e assim eu faço, fico vendo os dois carros logo atrás de nós pelo retrovisor, mas então vejo mais um logo atrás. Não devia ter mais um...
-Tem mais um carro, tem um carro atrás de nós! - Ele olha rapidamente e então começa a acelerar mais o carro.
Estávamos sendo seguidos, tanto enxergar mais sobre esse carro, mas os outros carros estavam na frente, então não era possível enxergar muita coisa.
-São os verdinhos...
-Militares não são? - Relaciono e ele apenas concorda se mantendo concentrado no caminho
-Ai meu Deus! Nós vamos morrer! - Exclama a garota logo atrás de mim - Ou pior, vamos ser pegos!
-Não vamos! - Falo - Não podemos na verdade, se eu pisar novamente naquele lugar pode apostar que eu vou ser a mais torturada daqui, e eu não tô afim de passar por aquilo tudo de novo. Pois pode pisar fundo nesse acelerador, não vamos ser pegos por esses merdas não!
-Coloquem os cintos! - Alerta o chefe
A velocidade do carro aumentava cada vez mais, os carros logo atrás estavam vindos mais rápido também, mas com uma certa distância de nós.
Tudo então pareceu passar em câmera lenta, o carro seguia por uma rua reta já em uma parte da cidade, derrepente vejo um carro vir em nossa direção enquanto saia de uma rua mais a frente. Uma tentativa de desviarmos foi em vão, mas evitou uma batida direta na frente do carro, o outro carro veio de encontro com o lado do nosso carro.
Sinto tudo balançar e que meu corpo iria ser arremessado para longe, mas sou presa pelo cinto de segurança. Aperto forte o bastão enquanto estou de olhos fechados, fomos de encontro com o chão, vidros sendo quebrados, uma dor imensa dm minha cabeça assim que sinto ela ir de encontro com o vidro ao meu lado. Algo infla em meu rosto, mas era em vão.
Ouço barulho de carros passando e logo em seguida de vários tiros por toda parte.
Sinto uma dor forte vindo da parte de cima da minha cabeça, junto da dor algo escorrendo por minha testa. Consigo abrir os olhos após um tempo, consigo ver a real situação que estava. O carro havia capotado, estava com as portas da minha direta em contato direto com o chão, os vidros estavam quebrados e eu apenas me mantia no banco graças ao cinto.
Ouço um barulho de choro vindo do Banco de trás, olho para o lado e vejo o Senhor Suzuki desacordado, tento virar minha cabeça para trás, mas sinto uma dor forte me impedindo. Consigo apenas ver a mulher desacordada com um ferimento no braço.
-Ki Nam, é você não é?
-Me tira daqui! Por favor! - Dou um suspiro de alívio ao pelo menos descobrir que ela estava "bem" - O Hanbin... Ele ta sangrando muito!
Começo a entrar em pânico, não conseguia olhar para trás e ver o real estado deles, mas sabia que não era bom.
-Calma, precisamos pensar em um jeito de sair daqui, e logo virão nos ajudar! - Tento me manter a calma, ia ser uma forma Nia para que ela não chorasse ainda mais - Vou tentar me soltar.
Levo minha mão até o fecho do meu cinto, o aperto esperando ser solta, mas isso não acontece. Tento várias vezes, mas o botão esta a imperrado, precisava achar outra forma de me voltar. Pego um pedaço de vídro que estava ali ao meu lado, começo a passear ele pela fivela do cinto tentando a cortar.
Enquanto tentava me soltar olho para o homem a cima de mim, ele parecia confuso ao acordar nesse estado, olha para mim e em seguida olha para trás.
Após fazer mais força com aquele caco de vidro e acidentalmente cortar um pouco da minha mão, consigo me soltar. Por não ter mais o cinto me segurando caio por cima de todos aqueles cacos de vidro, olho para as pessoas no banco de trás e vejo Hanbin desacordado, vários ferimentos por seu corpo e especificamente um na lateral de seu rosto.
Pego o meu taco que estava caído ao meu lado e começo a bater com ele no vidro da frente, dou uma olhada no lado de fora e vejo algumas pessoas se aproximarem.
-Eu vou sair! - O mais velho diz - Vou pela porta de cima, assim consigo ajudar os dois feridos lá trás, mas preciso da ajuda de vocês. As duas conseguem sair pelo vídro da frente.
Ele destranca a porta ao seu lado, com um pouco de dificuldade consegue a abrir e a empurrar. Se solta do cinto, mas em seguida se segura pela borda da porta, fazendo força com seus braços e conseguindo se reerguer até fora do carro.
-Estão todos bem? - Ouço uma voz vindo de fora do carro
-Feridos! - O mais velho diz - Garota, você ai atrás - Chama a atenção de Ki Nam - Consegue abrir o vidro, ou pelo menos o quebrar?
-Ta muito longe! - Ela tenta esticar seu braço
-Eu tento - me apoiando nas partes do carro, coloco um de meus pés na lateral do banco e apoio minha mão no outro, consigo colocar parte do meus corpo até a parte de trás e minha outra mão alcançar até o botão do vidro, tento o apertar, mas não funcionava - Não vai.
-Tá, então destranca a porta, vou ter que abrir ela
Forço mais meu braço e consigo subir mais um pouco, minha mão alcança a tranca e consigo a puxar. Senhor Suzuki consegue abrir a porta, mas não me olhar com uma cara muito boa.
-Vai ser muito difícil tirar os dois por Aqui, o certo seria conseguirmos virar o carro. Acha que eles conseguem passar pelo vídeo da frente?
-Não sei, talvez sim, mas é preciso de ajuda
-Vou descer e ajudo a puxar
-Espera! - Ele olha para mim curioso - Está sentindo esse cheiro?
Isso não é um bom sinal, era cheiro de gasolina.
-Droga! Precisamos tirar eles agora - Ele se vira e pula de cima do carro, saindo do meu campo de visão
-Ki Nam, preciso da sua ajuda. Você precisa se soltar e soltar eles, trazer eles até a parte da frente, porque ai eu consigo os colocar para o lado de fora.
-Não sei se consigo! - Diz com a voz FÃnha
-Você não precisa saber, só precisa fazer! -Estico meu braço e solto o cinto dela, a ajudo a levantar - Solta o cinto dele e o segura, eu vou pegar ele
Ela faz o que eu digo, assim que solta ele eu o pego e passo sei braço por cima do meu pescoço, com bastante dificuldade consigo o trazer para a parte da frente do carro.
-Jiwoo! - Ouço um grito vindo do lado de fora, vejo pelo vidro que era Niki.
-Aqui! - Ele se aproxima e me vê pelo buraco que eu fiz no lugar que era para ter o vidro.
-Você tá bem?
-Poderia estar melhor, mas me ajuda, precisamos tirar eles daqui
Os barulhos dos tiros foram parando, e alguns minutos depois foi vindo mais pessoas para ajudar, conseguimos passar com a ajuda das pessoas lá fora os dois feridos para fora do carro. Tínhamos acabado de passar a mulher que acordou assustada enquanto a tiravamos.
Ki Nam que estava super assustada agora saia, d eu ia logo atrás. O carro parecia estar vazando muita gasolina, pois a cada minuto que passava o cheiro ficava mais forte.
-Vem- Niki estende sua mão e eu a seguro, ele me puxa me ajudando a desviar dos pedaços de vidro. Puxo meu taco que estava bem ao lado da saiada.
Tudo passou tão rápido, estava dando meu último passo para fora do carro, quando um barulho alto de tiro ecoou por todo o ambiente. Derrepente o carro entrou em chamas, eu e Niki caímos sobre a calçada bem ao lado do fogo que se espalhava. As pessoas próximas nos ajudaram a sair ali de perto do fogo, suspiro olhando para o, carro agora em chamas.
-Estão todo mundo bem? Todos sairão? - Chefe Suzuki parece olhando para todos nós - Havia um militar escondido, ele tentou me matar, mas seu tiro acertouno carro.
-Que merda... - Mormuro
Estavam conferindo se todo da estavam bem, Hanbin e a outra mulher estavam gravemente feridos, a mulher até conseguiu acordar, mas Hanbin estava desacordado até agora. Os militares queriam matar o chefe, mas como a missão seu errado foram embora, o que me surpreendeu um pouco, afinal pensei que fossem querer matar todos nós.
O clima estava começando a ficar pesado, afinal havíamos perdido um dos carros e estávamos com dois feridos.
-Vem cá - Niki me puxa para um pouco mais afastado das outras pessoas, observando se não havia ninguém e nem mesmo um zumbi por perto - Está ferida - Ele fala olhando para a minha testa
Passo minha mão pelo local e olho em seguida para meus dedos, vejo meus dedos sujos de sangue.
-Está realmente bem? Está ferida em mais algum lugar?
-Estou bem na medida do possível, foi apenas um corte, nada mais! - Ele parece aliviado, me surpreendo então com o mesmo se aproximando e me abraçando.
Por mesmo que já tenhamos feito isso outra vezes ainda era algo estranho para mim, demoro um pouco mas retribuo o seu abraço. Ficamos por um tempo assim, enquanto observo um viela que estava logo a frente. Vejo então algo se mexendo mais a frente, não reajo e nem digo nada, apenas observo, conforme meu olhos observavam aquela pessoa se mexe, olha assustado em minha direção e então sai correndo.
O reconheço, não tem como esquecer. Era o Militar que nos "ajudou" a escapar, que ficou em silêncio sobre o nosso local de fulga e que nós roubamos a arma. Não digo nada, afinal ele não aparentava ter qualquer intensão contra nós, mas sim parecia assustado por eu ter te visto.
-Gente, fiquem todos juntos! - ouvimos uma voz especificamente chamar a nossa atenção
Voltamos para perto dos outros, uma das mulheres me entrega um lencinho para poder limpar o corte. He-yon que estava junto de outra pessoas vem correndo até mim.
-Ai ainda bem que você tá bem! Quase infartei quando vi o carro em que você estava indo de encontro com aquele outro, me desesperei - Vejo que seus olhos estavam avermelhados, provando que estava chorando a pouco tempo - Foi terrível, começou a aparecer mais deles e derrepente começou ou tiroteio, senti minhas mãos tremerem, pensei que fosse morrer.
-Vai tudo ficar melhor agora, tenho certeza disso - Ela me abraça e fica ao meu lado
Não comenta mais nada sobre sua viagem, apenas fica ao meu lado e quando Jay se aproxima para falar com Niki ela me puxa para mais longe. Derrepente no meio de todas as pessoas ali reunidas, conversando sobre o que fariam depois um homem são correndo, o mesmo estava com um rádio em mão e entrega para o chefe. Estávamos perto dele então consigo ouvir um som vindo do rádio, era batidas em uma certa sequência.
-Atacaram nossa base! - Avisa e todos começam a conversar, todos estavam preocupados e seus perguntando o que fariam agora. Essa pergunta estava estampada no rosto de todos, até mesmo do chefe, realmente pareciam não ter outra saída, todas essas pessoas sem um lugar para se abrigar e ainda por cima sendo perseguidos .
Penso nisso que todos eles estavam passando, por todas essas pessoas que podem estar perdendo alguém nesse exato momento, por esses feridos. Puxo He-yon que me olha confusa e começamos a andar para longe deles.
-O que foi? O que ta fazendo? - Me pergunta
-Precisamos ir pra casa
-O que? Mas-
-Precisamos falar com o senhor Sim, ele precisa nos ouvir, precisa ouvir eles, não pode os deixar assim - Ela me olha e dá um suspiro
-Ainda estamos muito longe de casa, andando vamos demorar muito! Além de que deve ter zumbis vindo para cá por cota dessa fumaça e de todo esse barulho
Tento pensar em algum jeito, em uma alternativa, mas estava difícil de pensar em algo.
-Você sabe dirigir?
-Jiwoo, eu tenho uma bicicleta amarela, que inclusive ficou para trás, você ainda tem esperanças que eu sei dirigir?
-Eu não sei, eu tinha pelo menos uma esperança, estamos na merda junto deles, se eles se derem mal a gente também se dá. Precisamos ajudar eles, precisamos chamar ajuda.
-Eu dirijo - Levamos um susto e olhamos para trás. Atrás de nós estava Jay com os braços cruzados e encostado na parede de um edifício - Eu pego um dos carros e levo vocês lá
-E quem te chamou na conversa? - Ela cruza os braços olhando para o garoto
-Já que não querem minha ajuda, mas saibam que sei dirigir, e temos algumas pessoas feridas... - Era chantagem.
Olho para He-yon que parece entender o recado, mas insiste que não iria pedir a ajuda dele, ela não queria admitir que precisávamos dele.
-Vai! - Sussurro
-Não! Vamos achar outro jeito - Ela sussurrada de volta
-Não tem outro jeito, aproveita a oportunidade e a agarra! - Ela revira os olhos e olha para o garoto que nos observava de braços cruzados
-Pega a chave do carro - Ela diz e ele solta um sorriso
Vou até Niki e conto para ele sobre o plano, vamos em seguida até o chefe para poder o informar sobre isso, além de ter a permissão para pegar um dos carros. Parecia meio indeciso se iria deixar nós irmos até lá, mas após tentar ver outras alternativas acaba concordando.
Pegamos um dos maiores carros que tinha, os feridos precisavam de assistência médica e teriam que ir conosco. A mulher que estava em fermo a colocamos no banco de trás, já hanbin que estava ainda desacordado o colocamos no porta malas, mas com algumas blusas e coisas macias para o deixar mais confortável. O porta malas era espaçoso, então era mais confortável do que pode parecer, tiramos a parte que tampava o porta malas para podermos observar como ele estaria durante a viagem.
Entramos todos no carro, prestes a partir atrás de ajuda para todas essas pessoas. Eu vou logo ao lado da mulher em fermo e de Niki, He-yon está na frente no banco do passageiro ao lado de Jay, isso contra a vontade dela.
-Tomam isso - Senhor Suzuki nos entrega um dos rádios - Usem o canal sete, vamos nos encontrar com os outros e assim que chegarem nos contatem por esse canal. De caso conseguirem ajudar-nos avisem que combina temos aonde nos encontrar e também nos informem sobre o estado dos enfermos. Também tem isso - Ele passa pela janela alguns fuzis e entrega para Niki e para Jay - Se caso precisem, se cuidem! Tomem muito cuidado!
-Nós vamos tomar, vou cuidar deles - Fala Jay bagunçando o cabelo de He-yon que dá um tapa em sua mão
-Espera! - Diz a mulher - Eu vou ficar! - Diz abrindo a porta do carro
-O que? Não, você está ferida! - Tento a impedir
-Levem a idosa, ela está assustada e com toda certeza não vai aguentar andar o tanto que vamos andar
Ela estava pensando na Senhora Choi, tudo isso deve estar sendo muito estranho para ela, deve estar sendo assustador.
-Mas e você?
-Eu vou ficar bem, e isso vai servir como mais um incentivo para voltarem! - Ela sai totalmente do carro
Chamam imediatamente a senhora que se senta ao meu lado, consigo ver o quanto estava adduatada, mas um certo alívio por estar voltando para casa. Nos despedimos de vez e partimos a caminho da Comunidade.
-Você sabe usar isso? - Pergunto para Niki
-Sei
-Desde quando?
-Eles me ensinaram
-Nishimura Riki, acho que eu fico mais preocupada de você com um fuzil na mão do que sem qualquer coisa
-Está insinuando que não confia em mim com uma arma?
-Exatamente!
-Não lembra que eu já te salvei com uma arma?!
-Tem como esquecer? Era uma pistola, mas agora olha o tamanho disso aqui, você pelo menos tem força para segurar isso? - Ele me olha de boquinha aberta, surpreso. Não diz mais nada, apenas vira o rosto em direção a janela e me ignora - O que foi, ficou chateado? - Ele não me responde - Agora deu pra não me responder, fica sem falar comigo mesmo, pelo menos vou ter um pouco de paz.
Em menos de cinco minutos começei a ficar nervosa, ele estava realmente sem falar comigo, não puxou assunto só ficou de cara virada sem falar comigo. É assim então Nishimura Riki? Alguma hora esse papel vai se inverter e você vai ver o que é bom! Idiota!
Passo o resto da viagem em silêncio, sentindo meu rosto quente de tanta raiva que estava sentindo por conta desse garoto. Após um bom tempo de viagem e do carro em um completo silêncio nós chegamos. Consigo ver através da janela os portões da Comunidade, um guarda em uma base mais a cima.
Nosso carro para logo em frente atraindo a atenção do Homem que estava de segurança, até então que nunca tive nenhum contato direto.
-Oii Hiebin! - Diz animada colocando a cabeça para fora do carro
-He-yon? O que ta fazendo ai? Não havia sido sequestrada?
-Bem... Eu não, mas olha é uma longa história, podemos entrar?
-Quem está com você?
-A Senhora Choi, Jiwoo, Hanbin e mais dois garotos. Olha por favor seja rápido com isso, precisamos conversar com o Senhor sim urgentemente, e o Hanbin ta bem ferido.
-Vou alertar o Senhor Sim, por favor se tiverem qualquer arma joguem para fora do carro assim que entrarem, está meio complicado aqui por conta disso.
Consigo imaginar ausência seja por conta do sequestro, afinal usaram armas para assustar as pessoas, mas é claro que não gostaram nada disso e que traia qualquer tipo de desconfiança.
O portão é aberto por mais duas pessoas, assim que estamos entrando com o carro vejo alguns olharem direcionados a nós, tanto de curiosidade como de medo. O portão é fechado atrás de nós, assim como havia sido dito jogamos as armas para fora do carro, o que resultou em várias expressões de espanto pelas pessoas, até mesmo algumas de afastaram.
Somos levemente revistados assim que saímos do carro, Senhora Choi foi levado por um uma moça e abriram o porta malas tirando Hanbin de lá.
-Levem ele para a minha mãe, e avisa para ela que eu estou aqui - Ele assente e carrega Hanbin com a ajuda de outras pessoas
Em meio as várias pessoas que olhavam curiosas para nós vejo Senhor Sim se aproximar, seguido de Jake e Jungwon, os dois olham curiosos e soltam sorrisos quando vem eu e He-yon. Os dois vem em nossa direção e nós abraça.
-Que bom que está bem! Estávamos todos muito preocupados com vocês! - Jungwon fala em meio ao abraço - Sua mãe estava louca atrás de você, aonde vocês estavam? E aquelas pessoas? O que fizeram com vocês? - O garoto me faz várias perguntas assim que me solta, mas então seu olhar vai até Niki que estava bem atrás de mim
-Vamos explicar tudo, mas agora preciso falar com seu pai - Digo me direcionando a Jake
-Estou aqui - Senhor Sim se aproxima - Estou precisando de respostas e vocês parecem ter elas
Deixamos qualquer pergunta vindo das outras pessoas de lado, seguimos o mais velho até a sua residência, ele não faz mais nenhuma pergunta pelo caminho, apenas certifica que estamos o seguindo as vezes. Entramos na residência e estamos indo em direção ao seu escritório, quando eu paro e olho para os dois garoto que vinham logo atrás.
-É melhor vocês ficarem esperando a gente aqui fora
-O que, por que? - Pergunta Niki
-Não sabemos como ele vai reagir, e é melhor conversarmos apenas nós duas com ele - Vejo Jake passando mais a frente do corredor - Jake! Fica com eles por enquanto por favor! - O garoto olha para os dois e dá um sorriso levemente forçado
Os deixo para fora e entro no escritório, fecho a porta assim que entro no lugar. Senhor Sim sentava em uma grande cadeira logo atrás de uma mesa, He-yon sentava em uma das poltronas em sua frente e eu me sento ao seu lado. Noto mas grandes estantes vastas de livros pelo escritório, e bem no centro um grande quadro com uma foto em família, senhor Sim, Jake e provavelmente sua esposa.
-O que realmente aconteceu? Simplesmente pessoas invadiram nossa comunidade, soltaram tiros por todas as partes e sequestraram algumas de nossas pessoas. Agora vocês duas que foram sequestradas apareceram com Hanbin ferido, senhora Choi assustada e dois garotos desconhecidos. Meninas o que realmente está acontecendo?
-Só para deixar claro, eu não fui sequestrada, eu na verdade foi atrás das pessoas que foram sequestradas porque eu vi tudo! - O homem a nossa frente dá um suspiro longo fazendo a mesma ficar quieta
-Foi tudo um mal-entendido - Ele me olha com uma expressão cansada, claramente sem acreditar no que eu falava - Eles se confundiram
-Jiwoo, o que você quer dizer com isso? Como é possível invadirem uma comunidade tudo por um mal-entendido? Isso faz sentido pra você?
-Começou a fazer quando eu soube o lado da história deles. Eles são uma comunidade composta por pessoas que fugiram da base Militar, assim como eu e algumas pessoas daqui. Eles ficaram sabendo que os militares estavam montando uma outra base, uma base semelhante com a nossa, estavam dispostos a fazer um jogo para poderem ficar a cima dos militares, mas se enganaram, acharam que nossa comunidade era a base nova dos militares, isso porque viram Jun-hee entrando com aquela roupa dos militares graças ao incidente na sua ronda. Está am atrás de vingança por todo sofrimento que viveram naquele lugar e acharam que aqui é a base Militar, queriam se vingar pelo que sofrem até hoje com eles. Eles ajudaram pessoas a escapar de dentro da base, ajudou o meu amigo que eu pensei que estivesse morto!
-Espera, aquele seu amigo que tanto a sua mãe falou está vivo?
-Está! Estava junto de nós, ele veio junto com a gente. Quando estava sendo aprisionada percebi todo o mal-entendido que estava tendo, tentei conversar com as pessoas até que reencontrei com ele, consegui conversar com o líder e esclarecer tudo, ele percebeu o erro deles. Tratou todos de nós que foram sequestrados bem depois do erro
-Me explica então por que Hanbin está ferido? E aparentemente nem grave
-Não foi culpa deles! Foi culpa dos militares!
-O que eles tem haver nessa história? Tirando o fato de que fomos confundidos com eles - Parecia estar confuso com tudo isso, o que talvez o deixasse meio frustrado
-Eles sabem da existência desse grupo, sabem que era eles que ajudavam com as rebeliões para escapar da base Militar, e por esse motivo eles estão os perseguindo por todo lugar. Eles não tem um ponto fixo, não conseguem se estabelecer em nenhum lugar de verdade porque são perseguidos, o acidente que deixou Hanbin assim foi porque um carro dos militares bateu contra o carro que estávamos, eu estava no acidente eu vi tudo. Estávamos voltando para cá após todo o conflito quando eles simplesmente nós atacaram. Tentaram matar o líder deles e quase conseguiram matar algumas das pessoas deles.
-Senhor Sim, estão vivendo uma vida precária, eles quase não tem alimentos para sobreviverem, além de não terem nenhum alcance a saúde oh qualquer coisa. Perdem pessoas quase todos os dias porque não tem um ligar, porque são perseguidos pelos militares por todos os lugares, nós vimos aquilo. Enquanto fomos atacados pelos Militares na vinda para cá, a outra parte do grupo que estava em um galpão se abrigando foram atacados também, pode ter pessoas nesse momento morrendo pelos militares, estão sofrendo sem qualquer tipo de apoio, de abrigo e comida. Fiquei com medo assim que fui pega tentando encontrar a Jiwoo, mas assim que souberam do meu motivo lá me recepcionaram e eu pude ver como as pessoas desse grupo são, são pessoas boas e que só querem ficar seguras e sua única forma de os trazer segurança é ir contra os militares.
-O chefe deles conversou com a gente, e nós fez um pedido - Digo - Ele gostaria da nossa ajuda, não apenas para isso que estão passando nesse momento, mas também para terem uma esperança de vida, ter um lugar e comida.
-E vocês acham que isso dará certo? Acha que as pessoas aceitaram isso numa boa? Que vão estar favor disso? Eles invadiram a nossa casa, assustaram pessoa e nos fizeram aumentar nossa segurança, agora querem que os recebemos de braços abertos. Meninas eu sou a favor de sempre aceitar pessoas novas, de dar oportunidades para todos, mas infelizmente a minha voz não é a que decide toda, temos uma democracia e eu represento a voz de todos, não posso simplesmente decidir sem ouvir a opnião do povo. O que eles acharam sobre tudo isso, devem estar com medo e ressentimento deles. Eu não gosto de usar essas palavras e nem pensar dessa maneira, mas é desss jeito que eu preciso pensar para poder tomar uma decisão para o nosso povo, de que maneira eles podem nos agregar algum benefício?
-Eles são fortes, muito fortes! - He-yon diz, mas ele não parece muito convencido
-Eles sabem se defender, lugar de verdade! Eles tem armas, muitas armas e podem nos proteger, dessa maneira podem se quiserem ensinar mais de nós a se proteger e nós ajudar com tudo isso. Eles conseguiram invadir e montar o maior caos, se eles conseguiram é um sinal que outras pessoas também podem fazer isso, mas com eles e com mais segurança nós vamos garantir que isso não aconteça, o chefe deles está disposto a conquistar a nossa confiança para isso, ele quer que isso dê certo e acredito que as outras pessoas também queiram, eles precisam de esperança!
Senhor Sim nos olhava quieto, parecia estar pensando sobre tudo isso falamos agora.
-Uma mulher ferida deles que ia vir com a gente no carro deu o lugar dela para a Senhora Choi, porque ela estava assustada e queria voltar para casa. Aquela mulher deve estar nessa momento ferida e tentando ajudar os seu companheiros, estão sozinhos e sem abrigo nenhum
Ele dá um longo suspiro olhando para nós duas, depois de um longo silêncio ele diz:
-De que maneira podemos nos comunicar com eles?
Olho para He-yon que parecia feliz com essas palavras, iríamos ajudar e até mesmo salvar vidas com apenas alguns atos.
Saímos do escritório indo em direção a sala de estar, dou de cara com Jake, Jungwon, Sunoo, Niki e Jay se encarando em um completo silêncio.
-Eles vão ajudar! - Digo para os garotos e os dois soltam suspiros aliviados seguidos por sorrisos - Me dê o rádio. - Jay joga o rádio em minha direção e eu o pego
Começo a tentar comunicação com o Senhor Suzuki, após algumas tentativas finalmente recebo resposta do mesmo, consigo dar uma breve resumo e pedir a localização deles. Ele me passa e afirmo que as coisas iriam melhorar para eles a partir de lá.
Passo a localização bem explicada assim como haviam me dito para Senhor Sim, o mesmo anota em um papel e segue até a sala.
-Jake, corre e pede para prepararem o ônibus e um carro, vamos sair em dez minutos
O garoto parece confuso, mas sai para fazer o que seu pai o mandado. Segundos após o barulho da porta se fechando ouço o barulho dela sendo aberta, barulho de passos rápidos até que vejo na entrada da sala minha mãe. A mesma passa o olhar por todo o ambiente até que para em mim, seus passos são rápidos e em fração de segundos ela já está me envolvendo em um abraço
-Ai meu Deus! Que bom que você tá bem, fiquei tão preocupada! Desapareceu do nada, quando as pessoas falaram o que aconteceu eu não queria acreditar - Ela se depara de mim e com suas mãos segura meu rosto - Estou tão aliviada em te ver, está bem? O que aconteceu? Fizeram algo com você?
-Estou bem mãe, e não fizeram nada comigo! E você logo vai saber de tudo que aconteceu, mas rolou bastante coisa, inclusive... - Me afasto dela e me viro para trás - Eu disse que ele estava vivo!
Seu olhar vai até Niki, consigo ver sua expressão mudar completamente, para surpresa e ao mesmo tempo feliz.
-O-o que? Como é possível! Niki - Olhava incrédula para ele, dá passos lentos em sua direção ainda surpresa, até que chegou até ele e o puxou para um abraço - Não consigo acreditar!
O mesmo parecia muito surpreso com o ato de minha mãe, tento que demorou um pouco, mas logo depois retribuiu o abraço dela. Consigo ver o mesmo se aconchegar nos braços dela, o que me deixou extremamente feliz e emocionada em ver essa cena.
-Está ferido, precisa de algo? - Ela pergunta para ele que abaixava a cabeça para esconder o rosto
-N-não - Sua voz estava meio FÃnha, voz de quem estava prestes a chorar - Estou bem! - Ela passa a mão pelo cabelo dele o dando um carinho
-Espera ai, o seu Crush morto na verdade está vivo?! - Diz Sunoo incrédulo e eu jogo uma almofada dele - Gente!
-Hey! Eu nunca falei que ele fosse isso! - Digo cruzando os braços e o mesmo ri
Vejo Niki me encarando, mas desvio o olhar sentindo meu rosto queimar.
Tudo começou a dar certo, Senhor Sim junto de outras pessoas foram atrás do grupo, o que trouxe muita curiosidade das pessoas, afinal ainda não estavam sabendo de toda a situação. Após um bom tempo todos es voltaram, com as novas pessoas o que trouxe uma boa repercussão pela cidade, muitas perguntas direcionadas ao nosso líder, questionamentos e até mesmo opniões avulsas.
Mas o mesmo ofereceu assistência a todas as pessoas novas e anunciou uma reunião na praça da cidade, para poder esclarecer os acontecimentos recentes e sobre sua decisão. Algumas pessoas concordaram, mas como sempre outras não, dando vários cochichos e entre outras coisas. Entre todo esse acontecido começou a ser designado lugares vazios para as pessoas, para poderem se acomodar e terem um lar bom para morar. Já estava nos meus planos ceder um lugar para Niki ficar em nosso trailer, mas não estava nos meus planos a minha mãe me interrompendo.
-Nada disso mocinha! O Niki vai ficar em um trailer com seus colegas
-Mas mãe, tem uma cama sobrando lá no trailer, ela agora vai ficar vazia?
-Deixa ela vazia, já está bem, está vivo e está já próximo demais de você, desse jeito parece de nasceram grudados, nossa! - Diz indignada e sai andando
-Aff!
Vejo de longe He-yon conversando com sua avó Senhora Kang Gumin, me aproximo delas para poder comprimentar a senhora.
-Sua menina levada! O que pensou quando decidiu ir atrás deles? Está ficando louca? Quer matar sua avó do coração?! - Diz dando alguns tapas em sua neta
-Ai vó! Eu só me preocupei!
-Também me preocupei, mas me preocupei mais ainda quando soube que minha neta havia desaparecido. Se você inventar mais algo desse tipo, eu juro que vou- Ela para de falar olhando para um lugar específico - Uh! Não é possível! - Vejo então que quem se aproximava e era motivo do espanto da mais velha era Jay
-Vovó! - Ele diz se aproximando da mesma e a abraçando. Sua fala foi o motivo do meu espanto, olho para He-yon a procura de respostas, mas a única coisa que ela fez foi debitar o meu olhar.
-Ai meu Deus menino, ah quanto tempo que eu não te vejo! Nem acredito que está aqui! - Ela diz dando um carinho nele - Como tem estado?
-Estou melhor agora podendo reencontrar com a senhora! - A mais velha ri envergonhada
-Deve estar mesmo feliz em encontrar He-yon, não é mesmo?
-Vovó! - A mesma diz se interrompendo - Vamos, está na hora do seu remédio
-O que? Que mané remédio! Eu nem tomo remédio! - Ela e puxada por sua neta para longe do garoto
-Isso ta muito estranho! - Diz Niki do meu lado
-Muito estranho!
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7625 palavras, é sério o tanto que eu escrevi véi, sério vocês tem que me dar muito valor, de verdade!
Fiz um capítulo gigante, tudo isso porque estou de férias e finalmente vou ter um descanso daquele inferno chamado escola. Toda aquela humilhação gratuita valeu apena, triste em pensar que não é para sempre.
Mas gente vocês viram o álbum novo? É sério cara, eu morri ressuscitei, surtei muito! Acompanhei o lançamento, ta simplesmente incrível! Inclusive tem uma certa música que eu já adicionei na playlist da fanfic, pois a letra é super uma vibe de um certo casal né! Mas só saberá quem ver a playlist, inclusive era é bem que um spolier para certos acontecimentos (que inclusive estão próximos).
Mas ta incrível, VÃO DAR STREAM, É SÉRIO VÃO LÁ, VAMOS VALORIZAR NOSSOS MENINOS QUE TANTO TRABALHAM.
Mas agora quero falar sobre a fic, o que acharam desse capítulo? O que acharam da Jiwoo e do Niki? Mas e do Jay e da He-yon, também acham que tem algo estranho?
Veremos mas cenas dos próximos capítulos. Mas já vou avisando, o próximo capítulo é....
É isso gente, nos vemos na próxima (que será em breve) ❤
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