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ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟚𝟚

**✿❀ ❀✿**

Ouço uma música vindo de algum lugar, a melodia era calma e a letra interessante.

"...Are you tired of me yet?
I'm a little sick right now but I swear
When I'm ready I will fly us out of here
I'll cut my hair..."


Com um pouco de relutância consigo abrir os olhos, pisco algumas vezes até em acostumar com a iluminação e então consigo enxergar um teto branco.

Ouço também um barulho de algo apitando em uma certa ordem. Foi então que eu olhei para os lados logo ao meu lado havia uma cortina branca um pouco transparente, consigo ver alguém do outro lado, essa pessoa andava de um lado para o outro carregando algo.

Olho para o outro lado, acho quilo que  estava causando um dos barulhos no ambiente, era uma aparelho de medir os batimentos. Estava em uma enfermaria, mas nunca estive ali antes, era completamente estranho. Não consigo imaginar ou me lembrar de como cheguei ali.

Tento achar minha faca ou minha arma, mas não a enconteo, além de não encontrar nenhuma das duas noto algo de diferente, minha roupa. Levanto o cobertor que estava sobre mim e vejo as roupas que estava usando, uma camisola de hospital e que deixava aparente algumas das cicatrizes que tenho em meus braços e pernas. Abaixo a coberta a alertando conta meu corpo.

Noto a sombra da pessoa se aproximando, olho para o lado e pego a primeira coisa que vejo e escondo em baixo da coberta. Fecho meus olhos e finjo estar dormindo, mas sinto uma leve agonia ao fazer esses movimentos bruscos pois havia uma agulha em meu braço me hidratando com soro.

Fingo que estou dormindo, um de meus olhos para ver aonde estava a pessoa, ele estava logo ao lado de minha cama, colocava algumas coisas em uma bandeja, parece estar procurando algo e fecho meus olhos para disfarçar. Era um garoto, não parecia ser muito mais velho que eu, seus olhos pareciam olhos de um gatinho.

Ouço seus passos se afastando, após alguns segundo abro novamente os olhos, vejo pela cortina que ele não estava por perto. Me sento na cama e tento achar qualquer coisa que me parece-se familiar, mas não tinha muita esperança de ter algo meu por ali. Todo um susto ao olhar para o lado e ver outro garoto, ele me olhava de braços cruzados, ele sabia.

-Devolve a tesoura - Ele estava sentado em uma cama igual a minha, e também usava roupas de hospital

-Por que eu deveria? - Minha voz sai o mais fraca que eu imaginava, quase que em um sussurro

-Não tem necessidade de você ficar com ela, ninguém aqui vai te machucar! - Ele parecia estar desconfiado por conta de meu furto, mas ao mesmo tempo parecia querer me tranquilizar

-E que garantia tenho disso?

-Sua mãe e sua tia estão seguras aqui, ninguém fez nada com elas

Minha mãe esta aqui, minha mãe está segura novamente. Isso me deu um alívio tão grande, não conseguia ver o que havia acontecendo com elas, mas saber que elas estão aqui junto comigo.

Com um pouco de relutância coloco a tesoura encima da mesinha novamente, ele dá um sorriso.

-Sou o Sim Jake, você é a Jiwoo né?

-É... Como eu vim parar aqui?

-É uma história meio grandinha, mas basicamente resgatamos sua mãe, sua tia é você

-Vocês nós ajudaram? - Pergunto e ele assente - Em troca do que?

-O que?

-O que pediram em troca? Pois posso garantir que não temos nada a oferecer

-Não pedimos nada em troca!

-Não acredito - Sou sincera - Não acredito que vocês tenham nos salvado sem nem mesmo nos conhecer, e sem não ter pedido algo em troca

-Mas por que?

-Porque as únicas ações bondosas que restam nesse mundo é esperando algo em troca, sempre querem tirar algo de você

-Está enganada, ainda existem pessoas boas por ai, talvez você apenas não tenha as encontrado

-As encontrei, mas acredite, ninguém que é bom dura muito!

Ouço alguns passos se aproximando de nós, logo vejo o garoto de antes se aproximar, ele olha surpreso para mim.

-Olha ela acordou! - Poderia ter dado uma resposta não muito educada, mas não tenho muitas forças nem mesmo para isso - Eu sou o Jungwon, pelo visto já conheceu o Jake

-Quero ver minha mãe, agora! - Minha cabeça doia um pouco, talvez seja toda essa luz

-Vou atrás de chamar ela, ela estava esperando que você acordasse

Ele sai e eu passo a mão pela minha testa, tentando limpar o suor que escorria, ela esta mais quente do que o normal. Tento me recordar dos últimos acontecidos, mas a minha cabeça ainda estava muito confusa com tudo que havia acontecido.

Algumas memórias retornam, mas não tiravam todas as minhas dúvidas. Me lembro de estar correndo, correndo em uma rua escura, também de Niki dando um beijo na minha testa e eu me virar de costas para ele. Mas ainda era tudo muito confuso.

Minha mãe aparece e assim que me vê vem correndo até mim.

-Filha! - Ela se sentada do meu lado e passa a mão pelo meu rosto - Ta bem? Ta sentindo alguma coisa, dor? - Não respondo de imediato, mas conforme as memórias foram se esclarecendo em minha cabeça fui entendendo melhor

-O que aconteceu?

-Quando estávamos fugindo você estava vindo em nossa direção com umonte de zumbis logo atrás, a porta de vídeo estourou e os zumbis se espalharam por todo o lugar, não conseguíamos mais ver você, achei que tivesse a perdido - Seus olhos brilhavam com lágrimas se acumulando neles - A gente ouviu um tiro e sua tia me puxou para fugir, pois a chance de você estar viva era quase zero. Quando estávamos correndo para sair de lá eles chegaram, nos trouxeram para cá, deram assistência e abrigo

-Ta, mas se achavam que eu estava morta por que estou aqui?

-Eu não conseguia acreditar e você tivesse ido, eu ainda acreditava que você pode-se estar viva e queria ir atrás de você. Mas quando fomos trazidas para cá, eu e sua tia, estava um caos, os zumbis haviam invadido e havia tudo algumas mortes eles perderam pessoas. O Jake estava no lugar bem quando eles invadiram, e acabou se machucando gravemente, ele ia morrer. Mas eu consegui salvar ele e agora ele está bem, seu pai ficou extremamente agradecido e queria retribuir de alguma e eu disse que você estava lá, e queria saber de verdade se você estava viva ou não, e de alguma forma conseguir te salvar se você estivesse lá.

Com ela contando sobre isso algumas memórias voltam até minha mente, as imagens daquela noite, dos zumbis vindo até mim fazem a minha pele arrepiar, sinto o pavor, o medo e a dor daquele momento.

-: ✧ :-゜・.

Os zumbis estavam quase que encima de mim, atrás do lado e do outro. Correr não era uma opção, mesmo se eu não tivesse com meu pé machucado era impossível conseguir me livrar desses zumbis, é impossível me salvar de todos esses zumbis.

Tento lutar o máximo que posso, em posso um zumbi para longe de mim, acerto um com a faca na cabeça, outro eu consigo derrubar. Mas todo esse esforço seria em vão, minha vida vai acabar aqui é eu nem mesmo iria saber se meu pai está bem, se está seguro, se conseguiu escapar dessa ligar. Minha vida está prestes a acabar é eu nem mesmo consegui ver se Niki conseguiu escapar, se ele fugiu, se ele está em um lugar seguro. Provavelmente não, não existe mais ligar seguro.

Consigo subir encima de um banco que estava próximo a mim, mas assim que vou descer dele esqueço do meu pé machucado, caio por falta de força no pé, meu rosto vai de encontro com o chão, minha testa arde de dor, mas precisava continuar. Me viro pois sinto algo em minhas pernas, vindo de encontro com meu rosto havia um zumbi, consigo colocar minhas mãos e segurar ele antes que ele me morde-se. Mais zumbis desciam para vir para cima de mim, olho para o lado e vejo a parte de baixo do banco vazia e com menos zumbis, além de mais a frente uma porta.

Ele lutava e batia seus dentes querendo me morder, mas seu esforço e tava sendo em vão, consigo puxar minha arma que estava em meu cinto e atiro em sua cabeça. O barulho alto fez meus ouvidos apitar, não conseguia ouvir nada e minha cabeça doia, tudo ao meu redor parecia girar e o corpo do grande zumbi vai sobre mim. Os zumbis em volta tentavam me atacar, mas o corpo do zumbi encima de mim me protegia.

Me arrasto para baixo do banco deixando o corpo do zumbi para trás, assim que consigo sair de baixo me levanto. Tudo em minha volta girava, meus ouvidos doia por conta do barulho e meus olhos lacrimejavam. Tentando dar passos fortes para me manter em pé, consigo chegar até aquela porta, a abro e fecho logo atrás de mim. Um segundo depois os zumbis batem nela querendo entrar, giro o trinco e me afasto dela, esbarro em um armário e consigo sair da frente dele antes que ele caísse na frente da porta.

Meu corpo cansado vai de encontro com o chão, minha lanterna ligada está caída no chão, solto minha arma já não conseguindo mais a segurar. Todo ao meus redor parecia desmoronar, minha audição ia voltando aos poucos e a prova disso era o barulho deles, seus grunhidos e suas unhas arranhando a porta, além da maçaneta da porta girando sem parar.

A última coisa que consigo me lembrar antes de apagar é do cheiro do detergente ao meu lado, que cheirava a coco, assim como o que a minha mãe gostava de usar lá em casa.

.・゜-: ✧ :-  

-Te encontramos desacordada em um quartinho de limpeza, agora está aqui

-Fiquei quanto tempo desacordada?

-Fomos te encontrar apenas muitas horas depois o lugar estava infestado, mas quando chegou aqui ficou desacordada por um dia, cheguei a pensar que havia sido mordida então troquei suas roupas, mas não foi. A agora você ta bem! - Ela sorri segurando minha mão

-"bem" é uma palavra muito forte, estou viva é um incio. Ta, mas cadê Niki? Acordei é aquele idiota nem veio me ver, ele está ferrado na minha mão! - O sorriso da minha mãe some

-Jiwoo, então...

-O que foi? Perdeu a fala?

-Ele não... Bem, ele não conseguiu

-O que quer dizer com "não conseguiu"? Por que ele não ta aqui?

-Jiwoo, ele não chegou aqui

-Então aonde ta?

-Não encontramos ele, sabe tinha muitos zumbis e ele nem mesmo subiu as escadas

-O que? Não! Ele estava atrás de mim, estava subindo comigo!

-Não, não estava. Tivemos nem sinal dele, acreditamos que ele estava estar lá, junto deles...

-NÃO! Ele não está morto!

-Jiwoo...

-Ele está vivo, o que estamos fazendo aqui? Precisamos procurar ele! - Tiro o cobertor de cima de mim e faço impulso para me levantar

-Não tem chance dele estar vivo, e você não pode sair, ainda está se recuperando

-Também não havia chances de eu estar viva, era para mim estar morta, e olha aqui estou eu! - Me apoio na mesinha me levantando, mas sinto meu corpo ainda muito fraco, minha mãe me segura me colocando sentada na cama novamente

-É difícil eu sei, foram duas pessoas no mesmo dia. Mas nós precisamos nós manter firmes, lutar para ficarmos vivas!

-Hipócrita!

-O que?

-Você diz isso, mas nem mesmo consegue acreditar em suas palavras! Sua boca fala uma coisa, mas seu rosto diz outra - Ela não responde, apenas se levanta e se afasta

-Descansa, depois conversaremos - Os dois garotos que estavam no quarto tentam disfarçar assim que olho para eles, fingindo que não estavam ouvindo a conversa - Jungwon, vamos dar uma olhada no senhor e na senhora Kim - Os dois saem

Encosto minha cabeça na cabeça da cama e dou um suspiro frustrado, penso em Niki, não aceito que ele tenha morrido, não aceito isso, não com ele.

-Você vai gostar daqui - Olho para Jake sentado na cama ao lado - Ouvi falar do lugar aonde você veio, e aqui é bem diferente

-Minha mãe e minha tia estarem aqui não quer dizer que aqui seja seguro, já ouvi uma conversa desse tipo

-Você não confia em nós, eu entendendo, parece ter passado por muita coisacoisa

-Por isso mesmo que eu não confio em vocês, não sei quando irão acabar com o fingimento e mostrar quem realmente são. Mas pode apostar que se tentarem qualquer coisa eu mato vocês

A partir de agora não terei dó, não terei piedade, não terei nada desse tipo, é só assim para se manter viva nesse mundo.

-Já que é isso que você quer, tudo bem! - Fico surpresa

-Você não liga para a minha ameaça?

-Deve ter motivos para isso, e conheço esse lugar, sei que não fará nada, não terá motivos para fazer

Não falo mais nada, apenas fico quieta deitada na cama. Minha vontade era sair dali e ir atrás de resposta, atrás de Niki, mas tenho a noção de que não tenho capacidade para isso nesse momento, só preciso de mais um tempinho, e será o suficiente para me recuperar.

Sem ao menos perceber acabo caindo no sono depois de um tempo, quando acordo o garoto da cama ao lado não estava mais lá, na ponta da cama havia algumas roupas dobradas. As pego e troco de roupa, coloco uma blusa de bola alta preta, um cardigan da mesma cor e por cima um casaco, ponho a calça e minha nota que estava ao lado da cama.

-Ah, já acordou - Aparece Jungwon - Já que está um pouco melhor sua mãe pediu para que eu te levasse até o trailer de vocês, não é longe então acredito que consiga andar até lá

Me sinto uma doente debilitada com ele falando desse jeito, é como se eu não pudesse fazer nada, mas sim eu posso! Já estive pior e conseguia fazer coisas mais difíceis, mas talvez minha mãe ainda acha que qualquer coisa que acontecer comigo eu vou usar como desculpa para ficar deitada o dia inteiro, mas não eu não vou, não fico mais assim.

Assim que ele anda para fora do lugar eu o acompanho, assim que saio vejo a neve branca que ocupava praticamente todo o chão, havia passos em meio a neve, até mesmo caminho que parecia ser sido aberto por um carro. Vejo alguns estabelecimentos, construções estilo bem interior, que conduzia com a região que estamos. Mas as construções eram poucas, o que mais pedrominava ali eram trailers, e algumas cabanas de acampamento. Não consigo ver o resto do lugar em uma rua mais a frente, mas parecia ser grande.

-Aqui era um pequeno vilarejo do interior, os trailers foram trazidos de um camping aqui perto - Ele diz me vendo observar tudo - É um espaço bem grande, dá para correr até mesmo brincar de algo

-Não sou criança

-Eu sei, também não sou, mas viver em um lugar sem sinal de internet, nem tv se torna entediante, então em algum momento optámos por outros meios de diversão - Ele dá um leve sorriso - Você vai ver que aqui é um lugar legal, tem pessoas legais você pode acabar gostando

-Como é a proteção? Foram invadidos não foram? - Seu sorriso some com minha fala

-É... As saídas das ruas são fechadas por caminhões e carros, algumas chapas de ferro foram encontradas recentemente em uma construção aqui perto, estavam tentando as colocar em algumas áreas. Mas no meio dessa troca durante a noite uma delas acabou caindo por conta de alguns zumbis, também por falta de suporte, ela não estava bem encaixada. O barulho de uma caixa de som chamou a atenção deles e tudo isso aconteceu, esse dessas ter aconteceu... - O clima ficou tenso, parece ter sido algo muito complicado para eles

-Quantas pessoas tem aqui?

- Temos nesse momento cinquenta e duas pessoas, haviam setenta, mas... Perdemos alguns nesses últimos dias!

Andamos mais um pouco até que paramos em frente a um trailer, estava em uma especie de campo, era cercado por essas chapas de ferro e pelo menos elas não pareciam que vão cair.

-É aqui, sua tia provavelmente está aí dentro, mas sua mãe está visitando alguns pacientes

-Tem muitos doentes por aqui?

-Temos muitos idosos, a maioria morava na região, eles precisam de bastante assistência médica e sua mãe foi uma salvação a todos, chegou no momento certo todos devem muito a ela

-Pois é, valeu por me trazer aqui

-Se precisar de alguma coisa pode pedir para mim, eu até oferecia a ajuda do Jake também, mas acredito que ele esteja se recuperando também que nem você. Mas seja bem vinda, aproveite um pouco é descansa! - Se vira e sai andando para longe

Me viro em direção ao trailer, abro a porta e subo a pequena escadinha, me surpreendo ao entrar pois não era o que eu exatamente imaginava. Quando imaginei em trailer pensei em uma casa sobre rodas de um cômodo, mas o contrário é que parece ser bem maior, com direito a uma mini sala e cozinha, vejo até mesmo três portas, imagino que leve para quartos e talvez banheiro.

O lugar estava extremamente silencioso, me questiono se minha tia estava ali mesmo, mas ao andar para perto de uma das portas consigo escutar, escuto passos vindo de lá. Penso em bater na porta ou então a chamar, mas acho melhor não, só de lembrar o estado que ela estava antes imagino que ela talvez precisa pensar sozinha, organizar os pensamentos talvez.

Abro a outra porta dando em um banheiro minúsculo, que se caso ligasse o chuveiro ele com certeza molharia o banheiro inteiro. Abro a outra porta dando para um quarto pequeno, havia dias camas uma encima da outra, um pequeno armário e minha mochila estava lá. Mexo nela vendo o que estava ali, mas minha arma não estava, nem mesmo minha faca, as coisas que coloquei na minha bolsa para fugir daquele lugar.

Antes que mexesse no resto das coisas ouço batidas na porta, saio do quarto indo até a porta do trailer, a abro e então vejo uma velinha em minha frente, ela olha para mim e dá um enorme sorriso.

-Oi, eu sou Kang Gumin

-Sou a Jiwoo, Jiwoo Mackenzie

-Eu sei! Conheço sua mãe, ela falou muito de você - Não vou negar que não queria receber visita agora, mas se eu não a chamar para entrar com toda certeza minha mãe vai acabar com a minha cara, e me lembrarbda educação que ela me deu

-Quer entrar?

-Vim apenas fazer uma visitinha rápida, mas vou aceitar porque está muito frio! - Asim que ela sobe eu fecho a porta evitando o frio - Nossa, realmente esses trailers são grande como falam, mas eu não deixo minha casinha por nada nesse mundo! Olha, eu trouxe isso! - Me entrega algo enrolado em um pano

-O que seria?

-Sua mãe disse que está se recuperando, então trouxe um pouco da minha sopa para te dar forças, nada melhor do que uma comidinha caseira para melhorar não é mesmo?!

-É... - Coloco encima da mesa a sopa

-Parece meio cansadinha, descansa um pouco é depois conhece as pessoas, todos são muito legais, você vai amar a todos aqui!

A verdade é que não quero conhecer ninguém, nem mesmo quero estar aqui nesse momento, quero estar em outro lugar atrás de outra pessoa, mas parece que nunca consigo o que eu quero.

-Minha neta está por aí, espero que a conheça logo, acredito que vocês possam virar amigas! Minha pequena He-yon é uma garota tão amável, vocês se darão bem

-Ela parece ser pequena, acredita de nos daremos bem?

-Ela pode te impressionar! - Fico um pouco curiosa com sua fala - Mas é isso, aproveite a sopa e nos vemos depois.

Ela sai me deixando novamente sozinha, desembalo e tiro um pote com sopa e outro com arroz, ambos estavam ainda quentinhos. Aproveito e os pego para comer, pois com a fome que estava sentindo eu comeria dois caminhões cheios de arroz.

Devorei aquela sopa que me deu até uma disposição maior, juntei ela e o arroz e comi com uma vontade. Fazia tanto tempo que não comia uma comida assim, com gosto de comida caseira, diferente daquelas comidas horrorosas sem gosto algum, além de tudo o arroz parecia sopa. Limpo a louça com uma bacia de água que havia dentro da pia, quando ouço o barulho de uma porta abrindo, olho para trás e vejo minha tia Hatysa.

-Oi, tia

-Oi, está melhor?

-Posso deixar que sim

-Que bom! - Seus olhos eram tristes, assim como os da minha mãe. Sua boca poderia até demonstrar um sorriso, mas seus olhos diziam outra. Diferente de minha mãe ela não fingia, seu rosto por completo demonstravam a maior tristeza que ela sentia, demonstrava a solidão e o pânico, até mesmo seus pesadelos mais profundos, assim como as marcas escuras em seu rosto e em baixo de seus olhos

-Tia, ta tudo bem? - Uma pergunta idiota? Com toda certeza! Mas quem sabe ela queria falar sobre

-Não, mas acho que temos que nos acostumar com isso, todos perdemos algo e alguém, toda hora morre uma pessoa e isso não é só de hoje, sempre foi assim... Vou sair, ver se ela para de me perseguir - Não entendo o que ela fala, mas não a questiono

Ela sai batendo a porta, dou uma breve olhada no quarto em que ela estava, tem uma cama de casal e vejo lá a bolsa da minha mãe. Elas devem estar dividindo o quarto. Noto um papel encima de uma mesinha, não consigo ver sentido nele, mas leio as coisas que estavam escritas.

"por favor saia.
Me deixe em paz. Pare
Pare
Pare
Eu imploro me deixe em paz"

Minha tia definitivamente não está nada bem, ela precisa urgentemente de ajuda.

As horas pareciam passar cada vez mais de vagar, minha tia não voltava para casa e eu já havia mexido em tudo que consegui desse trailer, estava um enorme tédio. Queria sair, queria ir atrás de Niki, quero ir atrás da verdade, preciso de respostas. Mas eu preciso saber mais alguma coisa, não sei nem mesmo aonde eu estou, se estou longe ou perto da estação.

Não sinto muita vontade de sair daqui, de sair desse trailer e ter que encontrar com outras pessoas, me encontro do mesmo jeito que antes, rodiada de pessoas que não conheço e não confio. Vejo pela janela dias crianças correndo pela neve e brincando, mas sua brincadeira acabou quando a mãe de uma delas chegou e as mandou entrar.

Vejo se aproximando minha mãe, a porta se abre e ela entra no trailer. Ignoro sua presença no local, continuo olhando para o lado de fora da janela, por mesmo que não houvesse nada que me interessava lá.

-O trailer é aconchegante não é? Podemos até mesmo chamar de casa - Ela fica quieta esperando minha resposta - Pedi para dividir quarto com sua tia, para você ter um lugarzinho próprio. Acho que você está precisando disso.

Mantenho meu foco em girar a aliança em meu dedo, vendo o desenho significativo desenhado na peça.

-Jiwoo, será que pode me responder? - Pergunta mais firme. Eu olho para ela esperando que prossiga - Está com raiva de mim?

-Tire suas próprias conclusões

-Não consigo entender o motivo

-Não? Pensei que fosse óbvio, mas como não eu posso explicar. Nishimura Riki, a pessoa na qual você simplesmente esqueceu que possa estar vivo, mas pelo jeito esquecer das pessoas é algo fácil hoje em dia

-Não esqueci dele, pensei na possibilidade de ele estar vivo, mas você melhor do que ninguém deveria analisar as circunstâncias. Você sabe, eu sei, todos nós sabemos

-Não, não sabemos! Não aceito ter uma conclusão sem uma prova ou argumento válido. Ele pode estar sim vivo, e nunca saberemos se não formos atrás de descobrir.

-Já foram, um grupo foi no lugar, mas não o acharam

-Isso é bom, quer dizer que está vivo - Ela dá um suspiro longo, claramente recuperando sua preciosa paciência

-Eu não ia te entregar isso, não agora, mas - Ela coloca a mão em seu bolso e tira de lá um colar. Colar de Niki, a correntinha com uma plaquinha de aço pendurada - Quando foram procurar ele encontraram isso

Ela me entrega e então o observo, pela primeira vez vejo aquele colar mais de perto. A plaquinha de aço estava gravado o nome "Nishimura Riki" e logo atrás estava escrito "De Sola e Konon, família Nishimura sempre unida". Me seguro muito para não derramar uma lágrima, não aceitaria que isso acontecesse, não aceito isso.

Evito de olhar para cima, para não mostrar que havia uma certa dúvida, para não mostrar que acreditava de certa forma que ele esteja morto.

-Encontraram o colar ao lado de um dos trens, estava sobre alguns corpos, mas nenhum era dele. Mas havia sangue.

-Isso não quer dizer nada, apenas deixou cair, apenas isso!

-Por que você não enxerga? Por que tem que ser tão teimosa? Filha isso vai fazer mau para você e para mim, não consigo ver que vai se prender a uma pessoa que não está aqui.

-É pelo simples motivo de eu não ter aceitado que você é papai estavam mortos que eu tô aqui hoje, foi por esse mesmo motivo que eu atravessei o país é reencontrei com você. Se eu não tivesse acreditado em mim mesma, no que eu achava que era certo eu não estaria aqui. Não ligo de estar sendo idiota, ou trouxa, mas eu sei que ele não está morto.

**✿❀ ❀✿**

Eu disse que logo estaria de volta, e aqui estou eu. Nossa que capítulo rápido de escrever, e ainda era para ele ter mais coisa, mas deixei para o próximo capítulo.

O que acham que rolou com Niki? Ele está vivo? Ou não? 😬

O que acham desse lugar que elas estão agora? Das pessoas, das atitudes da mãe da Jiwoo. Quero saber tudo! Me digam suas opniões para ver quem tem uma ideia sobre o que vai acontecer.

Mas é isso, o próximo capítulo já está sendo escrito, então ele vai vim também bem rápido. Até a próxima ❤

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