ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟙
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O fim do mundo finalmente chegou, podemos dizer que eu não esperava que ele viria tão cedo, ainda mais por um motivo tão "Exótico".
Pensei que aconteceria graças ao aquecimento global, explosões nucleares, talvez com guerras até matar o último humano existente na terra, ataque de robôs, com a tecnologia cada vez mais avançada ela poderia se virar contra nós, talvez um asteroide caindo na terra, erupção vulcânicas! Talvez o sol queimar todos nós de algum jeito? Pensei até na possibilidade de ataque alienígena.
Mas os mortos voltando a vida? Ta de brincadeira! E eu pensava que o mundo não poderia piorar, mas sempre pode! Estou aprendendo da pior maneira possível.
Mas talvez esteja confuso, basicamente como? Bem vamos lá!
A alguns meses, mais ou menos uns seis meses, não sei se é isso mesmo, estou meio perdida no tempo. Começou a sair notícias por ai, na internet e nos noticiários sobre uma doença, eles não falavam como ela era transmitida, mas que estava se espalhando de algum jeito. Ela começou aqui no norte do país, aparentemente veio do nosso outro país vizinho, mas tirando isso não disseram mais nada, do que se tratava, talvez efeitos colaterais, ou qualquer coisa, apenas disseram que estavam contendo a doença, e bem pelo menos aqui em casa ficamos tranquilos.
Mas não, eles não estavam contendo a doença, e se pelo menos eles tentaram falharam miseravelmente, essa bosta saiu totalmente do controle, hoje eu vivo em um lugar de merda, tendo que lutar contra mortos vivos, eu mereço?
Mas de um dia para o outro saiam mais notícias, até que exigiram uma quarentena imediata, ninguém podia sair de casa, aulas dispensadas, não podia sair completamente para nada, apenas para ir a caso para o hospital, em extrema urgência, e de preferência chamar a ambulância.
Mas é óbvio que não deu certo isso, era meio óbvio. Na verdade a quarenta estava até que dando certo, deu certo por um dia, mas sabe pessoas precisam ir trabalhar, ir ao mercado. E ninguém gosta de ficar enfurnado dentro de casa, ou pelo menos foi o que minha mãe afirmou, ainda dizendo que eu era uma exceção, pois eu não gostava na verdade era de sair de casa.
A doença se espalhou e então mais rapidamente possível vídeos, notícias, fotos começaram a visualizar na internet, se tratando de uma doença aonde faz as pessoas virarem canibais, era o que todo mundo estava falando. Porém as coisas começaram a piorar depois de um vídeo ter visualizado, um vídeo de basicamente uma "pessoa" ainda como era chamado naquela época, estava com um pedaço de ferro fincado em seu coração, mas mesmo assim não deixava de andar, e ir atrás de pessoas com a necessidade de sua carne, bem todo mundo pirou.
As coisas pioraram óbvio, o governo tentava mais ainda manter as pessoas em casa, mas ninguém mais respeitava, então saindo de casa exigindo por uma explicação, ou sei lá o que se passou pela cabeça deles em ter a ideia de sair, o ser humano é um ser muito burro mesmo. Isso fez com que o vírus se espalhar-se mais rápido ainda, tirando total o controle do governo e fazendo tudo se desmoronar, nem me surpreendo mais.
Planos, sonhos, desejos, qualquer coisa foi para o fundo do poço, o mundo acabou cara, não tem o que fazer! Pelo menos 70% da população do país morreu graças a essa doença, se tornando essas coisas, que andam por aí, sem rumo, apenas esperando até uma pessoa ou um animal aparecer, para eles irem lá e comerem até a morte. É assim que estão as coisas, tudo são dos mortos, nós estamos apenas tentando sobreviver no território deles, não existe mais autoridades, governo, policiais, hospital, bombeiros, nada, ninguém mais é superior a ninguém, não existe mais cargo, todos somos restos do mundo.
Então agora eu me encontro, uma garota de quinze anos ou dezesseis, será que meu aniversário já passou? quase sozinha, sem família, sem amigos, sem nada, quase que solitária nesse resto de mundo. Mas e meus pais? Eu acho que qualquer adulto idiota que me achar andando por aí sozinha vão perguntar, bem boa pergunta, devem ter sido resgatados, levados provavelmente para outro país, que talvez esteja em uma situação melhor, ou essa doença não chegou lá, não faço a menor ideia de como o resto do mundo deve estar. Mas eles se foram, e eu fiquei para trás, como? Então aconteceu assim:
-BOA! - Meu pai grita eufórico, por eu ter acertado um soco em seu peito
-Vão ficar até que horas com isso? - Ouço a voz de minha mãe entrando na sala nos encarando
-Só mais alguns minutos mãe, calma ai! - Digo desviando de um soco vindo de meu pai
-Jiwoo, filha olha pra mim! - Minha mãe diz séria
-O que foi? - Me viro para ela enquanto recuperava a respiração
-Primeiro seu quarto está uma zona, aproveita que as aulas foram suspensas e arruma ele pelo menos, segundo são oito horas da noite, já chamei três vezes vocês dois para o jantar, terceiro se não vir agora eu vou guardar a comida
-Ta bom! - Falo tirando as luvas de box - Aí! - Digo ao receber um soco forte no meu braço, olhando para meu pai
-Querida, nunca vire as costas para seu adversário! - Ele diz ameaçando a dar um soco no meu rosto
-O meu piercing! - Aviso antes que que algo de ruim aconteça - Ainda ta cicatrizando
-Estou brincando! Agora vai lavar as mãos antes que sua mãe venha aqui e puxe a gente pelos cabelos! - Ele me dá um abraço de lado
Corro subindo as escadas saindo da sala que temos no subsolo aqui de casa, indo até o banheiro, lavo as mãos e antes de sair do banheiro olho para o espelho, arrumo meu piercing no septo que estava torto. Vou até a mesa de jantar e me sento, esperando meu pai, quando ele chega se senta.
-Alguma notícia nova no noticiário? - Ele pergunta para minha mãe
-Nada, apenas mais avisos para nos mantermos em casa, nada de novo
-Patético! Por que não dizem logo o que está acontecendo? Não dizem mais nada da doença, vão nos manter mais quanto tempo trancados em casa?
-Falou a garota que nem pisa o pé pra fora de casa sem reclamar , está achando ruim ter que ficar em casa? Não acredito! - Minha mãe diz desacreditada
-Eu tô amando não ter que sair, eu estou falando por vocês! É estranho vocês estarem tanto tempo assim em casa, mãe você não deveria estará trabalhando por ser enfermeira?
-Fui liberada, não estou com nenhum turno pelo menos por uma semana
-Pra piorar o governo nem uma data para tudo voltar o normal dá! - Bufo
-Calma lá estressadinha - Meu pai dá um peteleco em minha testa - Não podem dar detalhes se a situação for ruim, se não pode trazer pânico para a população
-Está ensinando que é algo muito ruim?
-Não! Pode ser algo simples, mas se falarem para o povo podem interpretar errado, ou até mesmo pirarem
-Não querem deixar o povo em pânico, mas eles já estão! Tem pessoas nas ruas exigindo por explicações, é até mesmo tirando proveito da situação
-Aonde você tem visto isso?
-Na internet, está em todo lugar! Os vídeos olha - Pego o celular em meu bolso, mostrando para ele vídeos do povo mas ruas, além de um da tal doença - Pai, olha o que essa doença faz - Ele parece meio chocado ao ver do vídeo de uma pessoa comendo outra viva
-Vamos esperar eles darem um jeito, é vê se não fica muito vendo essas coisas, evita não é algo muito legal - Balanço a cabeça em concordância - Vou ver com algumas pessoas lá do meu trabalho, eles devem saber de algo a mais
Nós jantamos, após a janta vou tomar banho no meu banheiro, colocando um moletom surrado e um short, me sento na minha cama e ligo o meu vídeo game. Duas batidinhas bem da porta, eu mormuro um "entre", minha mãe ela, ela estava com uma expressão preocupada, se aproxima de mim e se senta na ponta da minha cama.
-O que foi? - Pergunto e ela dá um suspiro
-Querida estou preocupada, sabe é tudo tão estranho essa doença é estranha tô com medo de algo acontecer
-Você acha que vai?
-Eu espero que não de em nada, mas a possibilidade de que algo aconteça não vai embora sabe
-Também estou sentindo isso
-Vamos pensar positivo! - Ela de levanta - Está fazendo suas lições passadas? Não deixe pra fazer tudo um dia antes quando as aulas voltarem!
-Tô fazendo sim mãe
-Não minta pra mim, eu sei que não está
-Depois eu faço, prometo!
-Não vai dormir tarde, não é por que não está indo pra escola que tem que ficar indo dormir tarde, jogando até tarde
-Mas mãe, eu durmo tarde até quando está tendo aula normal, quem dirá agora que estou em casa!
-Tá bom, só não dorme muito tarde - Ela se aproxima deixando um selar em minha testa - Te amo, filha linda
-Você fala isso por que somos parecidas?
Eu e minha mãe sempre tivemos uma semelhança em questão de aparência, eu herdei suas sardas, no nariz e na bochecha, além de outras características como os lábios rosados que meu pai diz ser lábios de morangos. Apenas poucas coisas eu herdei de meu pai na aparência, os olhos pretos e cabelo bem escuro foi essas as coisas.
-Não, é porque você é mesmo linda, a garota mais linda que eu já vi, e vê se não deixa esse cabelo no seu rosto, como você encherga assim? - Ela pergunta tirando os fios de cabelo de frente dos meus olhos - Você limpou esse piercing hoje? Se inflamar eu vou dizer que avisei!
-Eu limpei sim mãe! Fica tranquila!
-Tá bom, boa noite querida! - Ela sai fechando a porta logo em seguida
Ouço então a casa começar a ficar mais silenciosa, deixando claro que meus pais haviam ido dormir. Conecto meus fones com o controle do console, assim passo longas horas reclamando, xingando alguns jogadores, e vencendo mais um campeonato no meu jogo. Dou um suspiro de satisfação ao ver na tela que eu era a ganhadora, então vejo no menu que já se tratava das cinco da manhã, desligo tudo e me deito por baixo dos cobertores.
Meus pensamentos vão naquilo que eu vi, os vídeos, as fotos o que as pessoas falavam. Não consigo dormir, pego meu celular e começo a ver algumas postagens no Twitter, até que me dou de cara com uma.
Talvez que morra amanhã @*****
Eu tive que sair de casa, minha irmã precisava me seus remédios, eu encontrei com uma pessoa que estava doente, ela pulou encima de mim e conseguiu me morder, por sorte eu consegui correr dela. Estou preocupado devo ue ao medico? Logo volto aqui para atualizar vocês!
A postagem foi a oito horas atrás, até agora a pessoa não postou nada, muitas pessoas perguntando como ele está, se ele foi para o hospital, mas nada, ele não responde ninguém.
Isso fica preso na minha mente até que eu caísse no sono. Mas ao contrário do que eu gostaria, eu não tive um sono tranquilo, eu sonhei com uma daquelas coisas, correndo atrás de mim. Não sei se estou me preocupando demais, mas isso não me deixa bem ao menos ter uma noite de sono tranquila.
-Filha! - Ouço uma mão me tocar, acordo olhando para os lados e me deparo com a minha mãe, tento recuperar o meu fôlego e né tranquilizar. Pois havia sido apenas um sonho
-Oi, o que foi? Que horas são? - Olho para a janela vendo que estava completamente caldo lá fora, mas sentia como se não tivesse dormido nada
-São dez horas, levanta e arruma uma bolsa com algumas coisas
-O que, por que? Aconteceu algo?
-Seu pai ligou para alguns colegas de trabalho militares, eles disseram que as coisas estão piorando. Alguns estão mandando um reforço de outro país para nos ajudar a evacuar.
-Vamos embora? Tipo embora mesmo?
-Não querida - Ela diz passando a mão pelos meus cabelos - Acredito que seja apenas por um tempinho, como se fosse umas férias no exterior, sabe lembra da nossa última viajem para fora?
-Mas não é bem a mesma coisa...
Não vou negar que estou com medo, como assim tudo isso tem acontecido em tão pouco tempo? Uma explicação era isso que eu gostaria, na verdade o que todos queriam. Agora vamos deixar nossa casa para evacuar, assim simplesmente, não era apenas uma doença?
-Eu estou com medo, ainda mais depois das coisas que vi, mãe... - Ela se aproxima me abraçando, fazendo com que eu deitasse minha cabeça em seu peito
-Também estou... Mas apesar de todas as noites sombrias você é o meu nascer do sol, que me trás esperança. O que eu sempre digo quando as coisas estão difíceis?
-"Tudo pode estar escuro, como uma noite escura e Fria, mas o nascer do sol claro e quente, vem logo em seguida" - Digo uma frase que ela sempre diz, é vejo ela sorrir
-Isso mesmo! Dá medo, ainda mais algo tão derrepente, mas olha vai dar tudo certo, eu e seu pai estaremos assim - Ela me faz mais um pouco de carinho - Arruma uma mochila com algumas coisas necessárias, documentos e umas peças de roupas, toma um banho e coloca uma roupa confortável, não sabemos quando eles viram nos buscar, mas até a noite eles viram. Também suas tias estão vindo pra cá, vão evacuar com a gente
-Ta bom
-Vou estar arrumando algumas coisas lá em baixo, qualquer coisa desce
Minha mãe sai do quarto deixando a porta entre aberta, me levanto quase que me arrastando. Tomo um banho um pouco longo por conta de estar lavando meu cabelo, que tem um tamanho até que bem grande. Troco de roupa colocando uma calça preta, uma camiseta azul escuro com estampa de um anime que eu gosto, e um moletom preto por cima e um boné preto.
Começo a arrumar minha mochila, colocando algumas mudas de roupa, algumas coisas de higiene caso necessário, além de algumas coisas para meu celular, carregador, carregador portátil, entre algumas outras coisas.
Desço já com minha mochila, a deixando encima do sofá, avisto pela janela da sala alguns vizinhos também arrumando algumas coisas, pareciam todos corridos. Meu pai entra na sala conversando com alguém no celular, quando ele desliga eu vou falar com ele.
-Todos vão? Os vizinhos?
-Sim, todos nós vamos ser evacuados o mais rápido possível
-Mas tudo vai ficar bem?
-É claro vai querida! - Ele me abraça - Tudo vai se resolver logo, é em breve voltaremos para casa
-Mas para aonde iremos?
-Ainda não sei, mas podemos ir visitar seus avós na Austrália, o que acha?
-Eu gosto da ideia! - Me animo um pouco ao pensar na ideia de ver meus avós
Meu pai nasceu na Coreia mas morou uma boa parte de sua vida na Austrália, por conta de ter um pai Australiano. Porém depois de conhecer minha mãe dele decidiu se mudar de volta para a Coreia, depois que eu nasci ainda moramos na Austrália dos meus quatro anos, aos sete. Visitamos meus avós as vezes, é difícil ir visitar eles sempre, mas eles vem pra cá uma vez ao ano para passar um tempo com a gente.
-Se derrepente demorar para voltarmos, se algo acontecer, poderíamos morar por um tempo lá né, seu inglês deve estar um pouco enferrujado
-Meu inglês está ótimo! Eu sou seu melhor da minha classe!
-Desculpa aí, senhorita melhor da classe! - Fala irônico - As coisas lá fora estão bem feias!
-Não queria sair, e se acontecer algo?
-Vem aqui - Meu pai andam e eu vou atrás dele
Vamos até seu escrito, aonde tinha uma imensidão de livros, troféus, fotos da nossa família, além de sua mesa repleta de papéis, provavelmente documentos de seu trabalho. Meu pai é Militar, trabalhou um tempo na Austrália nessa mesma área, quando veio para Coreia se manteve trabalhando no exército, por ter dupla cidadania isso foi possível. Ele tm um cargo considerado bem alto, o que faz ele trabalhar bastante, mas não deixa de fazer o possível para ser presente.
Ele vai até um uma das estantes de livro, tirando um livro de coloração vinho, não consigo ver do que se tratava o livro, mas ao resto mais atenção quando ele mostra o que tinha dentro do livro, uma chave. Ele vai até sua mesa destrancando a sua última gaveta, quando ele a abre vejo diversas coisas, entre elas uma pistola e munição, entre outros papéis. Mad o que ele tira de lá, era aparentemente uma faca, com alguma coisa em volta dela, algo preto parecia ser de couro.
-Essa é uma faca para defesa, não é certo andar com isso por aí, mas vendo a situação que estamos eu prefiro prevenir - Ele me entrega - Em volta tem a bainha, é um estojo, uma proteção para a faca, você pode a prender dm um cinto. Mas filha, você não vai usar, não vai usar a não ser que seja muito preciso tipo em uma ocasião extremamente necessária, ok?
-Ta bom, pai
-Você promete?
-Prometo
-Deixa escondida, ninguém pode ver, muito menos a sua mãe, ela me mataria se soubesse, é um segredo nosso. Agora vou ajudar sua mãe a terminar de arrumar algumas coisas, não sabemos que horas eles viram
Assim saímos do escritório, vou para meu quarto, acabo por encontrando perdido no meio das minhas coisas meus antigo celular, o coloco em meu bolso, caso talvez o meu quebre eu tenho esse de reserva. Pego também uma revista em quadrinhos é vou para a sala, me deito no sofá e acabo por cair no sono, por conta da falta daquelas horas não dormidas.
Sinto alguém me cutucar, era meu pai.
-Eles chegaram, vamos? - Eu balanço a cabeça em concordância
Me levanto e pego minha mochila, coloco meu tênis preto e encontro com meus pais me esperando na porta, junto de minhas suas tias, as irmãs mais novas de minha mãe. Pearl e Hatysa, sim a minha vó só escolhia nome de estrelas, ou relacionadas a uma, o nome da minha mãe por exemplo é Adhara que é o bike de uma estrela, enfim o meu nome quase que foi de uma estrela também.
Eu comprimento minhas tias, então com todas as coisas, saímos de casa, dando na rua do meu condomínio, vejo então aparentemente militares de outro país, na farda deles havia a bandeira dos Estados Unidos, então é provavelmente de onde eles vinheram. Estava uma tremenda de uma confusão, os moradores do condomínio andando pra lá e para cá, com bolsas, até mesmo malas, tem algumas pessoas que eu tô começando a achar que pensam que isso vai ser férias.
Pelo que eu vejo do céu, era provavelmente de tarde, suponho que umas cinco da tarde. A coisa mais complicada de toda essa situação, é o simplesmente fato da comunicação, os militares falam inglês, e muitos dos moradores daqui não tem nenhuma pessoa da família que saiba inglês.
Meu pai então conversou com eles, e começou a ajudar as pessoas daqui, dando as instruções. Até que todos nós estamos pra fora do condomínio, estava tudo vazio agora, os moradores todos do lado de fora do muro, vejo então o porteiro de nosso condomínio trancando o grande portão, observo por um tempo ainda o local que eu tenho vivido por tantos anos, um aperto de estar indo embora, espero voltar.
Mas o que me deixava mais aperto, é de estar do lado de fora, com tudo aquilo acontecendo, fico a todo momento olhando para os lados, me certificando que nenhuma daquelas pessoas doentes venham para cá, aonde se reúne várias pessoas.
Meu pai passa seu braço sobre meu ombro enquanto falava com um militar, uma conversa que nesse momento não estava me interessando nada. Mas então vejo meu pai mostrando seu documento, seu documento de trabalho, que mostrava que ele era militares, eles trocam comprimentos.
-Vão começar a separar os carros, qualquer coisa auxiliam as pessoas por favor - Meu pai diz, eu e minha mãe concordamos, ele deixa um carinho em minha cabeça e vai andando junto do militar
Logo em seguida os militares começam a dar instruções de como iríamos, que iríamos não separar em três grupos, para o transporte. Então eles começam a fazer perguntas estranhas, estranhamente pedindo os documentos, e perguntando sobre trabalho, função, ou coisas do tipo, mas antes um homem passou com uma caixa pedindo para que déssemos nossos celulares.
-Por que querem nossos celulares? - Pergunto com os braços cruzados
-Ji! - Minha mãe chama a minha atenção
-Esta no protocolo, para que não sejam rastreados durante do caminho, entregue desligados por favor - O homem diz de um jeito bem arrogante, e a última frase de um jeito debochado
-Jiwoo, entrega para ele
As pessoas aí nosso redor olhava estranho, e até mesmo curiosos provavelmente não entendo o que falávamos.
Coloquei o celular dentro da caixa, por livre e espontânea pressão. Mas não foi o meu celular atual, e sim o meu antigo. O meu continuou guardadinho dentro do meu bolso. O homem passou recolhendo os celulares as demais pessoas, deixando muitas sem entender, sem explicações.
O outro homem veio conferindo as identidades, viu a da minha mãe, e das minhas tias, mas quando chegou na minha vez não quis ver, apenas disse que eu estaria nos grupo três, e elas ficaram no grupo dois.
-Como assim minha filha não vai comigo? Não! Ela junto comigo agora!
-Senhora eu estou seguindo ordens!
-Ordens? Que ordens são essas?
-Enfia essas ordens no... - Começo a falar mas minha mãe me olha com um olhar negativo, fazendo eu me calar
-Ela vai comigo!
-Simples, se não for Conforme as ordens, vocês ficam! - Ele sai andando ignorando minha mãe murmurando diversos xingamentos em coreano
-Irmã, ela vai mas estará apenas em outro carro - Minha tia Pearl tenta tranquilizar minha mãe - Vamos chegar provavelmente juntas, não tem com o que de preocupar
Eu não tinha o que opinar, não queria mesmo ficar longe da minha mãe, ou de alguém da minha família. O que faz eu me perguntar aonde está o meu pai.
-Grupo dois aqui! - Um militar grita ao lado de um caminhão
Minha mãe vem até mim me abraçando, fazendo um carinho em meus cabelos.
-Logo estaremos juntas - Ela diz mas sinto que ela mesma estava com medo - Se sentir medo lembre-se do nascer do sol
-Mas e quando chegar o pôr do sol? Minutos depois estará tudo escuro
-O por do sol é tão lindo quanto o nascer do sol, pense que antes da escuridão você teve a oportunidade de ver o sol brilhar a última vez naquele dia, mas que logo no dia seguinte você verá ele brilhar novamente - Eu assinto
Me despeço também das minhas tias, vejo elas andando em direção ao caminhão. Fico parada aguardando até que chamassem nós para entrarmos em nosso caminhão. Vejo o caminhão aonde estava minha mãe saindo, se afastando, havia um outro, mas ele provavelmente já saiu anteriormente.
Percebo que no grupo aonde eu estava, se tratava de a grande maioria crianças, idosos e empregados que trabalhavam na casa dos meus vizinhos. Fazemos meio que uma fila desarrumada, aonde os militares tinham que confirmar agora o nossos documentos. Os militares tentavam se comunicar com todos, mas o que era quase impossível pelo fato de praticamente todos ali não entenderem um pingo de inglês, restando pra mim ser usada como tradutor.
Algumas pessoas haviam entrado no caminhão, quando o barulho de carros de polícia vinham do final da rua, eles entravam em outra. Logo buzinas e outros barulhos. Estava todo mundo preocupado, se perguntando o que estava acontecendo. Gritos, mais gritos, aquilo não parava. Quando uma pessoa vira a esquina no final da rua, gritando desesperada, em seguida mais algumas pessoas, gritando também, mas então o motivo de seus gritos vinham logo atrás, aparentemente pessoas mas não agiam como umas, sedentas pela carne humana, vindo logo atrás, com bocas sujas de sangue, e não estavam em situações boas, nem pareciam estará vivas.
-Vamos logo! - Os militares começam a se mexer, entrando rapidamente no caminhão, e o fechando
Deixando todos nós que ficamos do lado de fora confusos, batiam no caminhão para que ele abrisse, mas logo ele começa a andar. Sinto um desespero em meu corpo, estavam indo embora sem eu sou mais algumas pessoas.
Eu e mais pessoas tentamos correr atrás do caminhão, as crianças acabavam ficando para trás, mas eles se foram. Os gritos continuavam, quando olho para trás aquele grupo de pessoas que corriam junto dessas outras pessoas estavam bem próximas de nós.
A única coisa que senti em fazer, foi correr, correr o mais rápido possível. Andava pelas ruas, estava tudo um completo caos, aquilo que estava na internet acontecendo na minha frente, eu evitava ficar perto das outras pessoas, ainda mais daqueles estranhos. Eu não tinha saída, haviam me deixado, meus pais se foram e eu fiquei.
Com um pingo de esperança eu decidi voltar pra casa, tomando o máximo de cuidado possível, quando via qualquer pessoa, mesmo aparentando serem normais eu fazia o máximo para ficar longe.
Volto finalmente de volta ao meu condomínio, os portões estavam trancados, eu tinha duas opções, entrar por um portãozinho dos fundos que tinha, ou pular o portão. A minha escolha mais segura era tentar ir pelo portãozinho dos fundos, mas então um daqueles apareceu.
Aquela pessoa com uma parte da carne do rosto totalmente exposta, além da carne de sua barriga. Era humanamente impossível ele estar vivo nessas condições, mas não aparentava sentir nenhuma dor.
Então olhou para mim, seus olhos brancos me deu arrepios, ele vira um pouco a cabeça ainda me olhando, sua boca começa a abrir e fechar, ele começa a andar em minha direção.
Entro em pânico, ele não corria, mas andava bem rápido. Eu tiro minha mochila e jogo por cima do portão, começo o escalar, a todo momento olhando para ver se ele estava muito próximo. Estava com um pouco de dificuldade em subir, quando estava a um metro de distância do chão ele pega meu pé, lançava meu pé tentando soltar suas mãos nele, ele me puxava e tentava me morder, mas por conta de eu estar balançando muito ele não conseguia, consigo lhe dar um chute em sua cabeça antes que ele encoste sua boca em mim, fazendo ele cair no chão e eu subir rapidamente no portão, pulando para o outro lado com tudo.
Meu coração batia disparadamente, olho para aquele bicho, ele agora estava grudado no portão, com suas mãos estendidas para dentro, tentando me alcançar.
Ele não falava, ele parecia não sentir, eu me perguntava, o que aberração é essa?
Depois disso eu fui para dentro de casa tentei ligar para meus pais, fiz o possível. O pior era que com a queda que eu tive de cima do portão o meu celular que estava no bolso quebrou, conseguia ligar para eles pois eram os contatos frequentementes, não conseguia ligar para minhas tias, para meus avós, ninguém.
Meu celular então parou de funcionar, estava tudo indo de água a baixo. Eu estava sozinha no condomínio, todos haviam saído, ou evacuados, ou estão lá fora, as crianças...
Eu estava sozinha, não segurei as minhas lágrimas, pois a realidade é que eu estava em pânico, e tinha um grande motivo disso. Ao meu redor estava uma tremenda confusão, barulho de carros de polícia, ambulâncias, gritos sem parar, eu não consegui sair de casa, encarar essa realidade eu só precisava descansar.
Entretanto nem isso eu consegui, não dormi nem se quer por um minuto, medo de um deles aparecer, que invadirem a minha casa. A todo momento eu estava com a faca que meu pai me deu em mãos, com medo, criei coragem e eu precisava de algo mais eficiente, caso algo aconteça. Se meu pai visse isso brigaria eternamente comigo, mas ele não está aqui.
Pego a chave escondida nos livros, e então destranca aquela gaveta, tirando de lá a pistola que pertencia ao meu pai. Bem eu meio que sabia como funcionava ela, graças a minha experiência em jogos de guerra, tiro em geral, e por eu e meu pai frequentarmoe frequentemente um campo de paintball, desdos meus dez anos. Mas essa é a primeira vez que eu seguro uma arma de verdade em minhas mãos.
Mas foi assim que eu fiquei sozinha, fiquei para trás. Eu esperei, me restava a esperança de que perceberam a minha falta, e voltariam, mas nunca voltaram.
Passei quatro meses em minha casa, sobrevivendo a base nas comidas que peguei da casa dos meus vizinhos, e que foram bastantes, mas infelizmente muitas estragavam rápido, e precisavam se manter na geladeira, o que não era possível ter uma funcionando.
A energia funcionou por mais uma semana, eu passei essa uma semana tentando me distrair, jogando como sempre, mas a internet caiu, e em seguida a energia.
A cidade se manteve um caos por um uma semana também, ouvia muitos barulhos, até mesmo de explosões. Teve uns dias que um barulho insuportável de uma buzina tocava em frente ao portão do meu condomínio, quando dei uma saída discreta para ver era um carro, haviam batido e provavelmente a pessoa que dirigia morreu. Mas aquele barulho chamou a atenção de tantos daqueles bichos, que eu comecei a os entender melhor.
O barulho, entre outras coisas o chamavam a atenção, fazendo com que eu fechasse as cortinas, e não fizesse barulho mesmo estando dentro de um condomínio, mas eu queria evitar problemas.
O problema não era apenas esses bichos, antes deles já tínhamos problemas, que no caso não está diferente hoje em dia, as poucas pessoas que restaram são as piores, as pessoas boazinhas se foram, e com isso eu queria me manter longe de tudo e todos.
Passei a dormir no porão que foi customizado para uma sala, eu me sentia mais segura ali. E o que eu imaginava aconteceu, invadiram, mas não os mortos, as pessoas, depois de um bom tempo me mantendo sozinha, saindo apenas as vezes e a maioria escondida, para aprender como estava o mundo, eles invadiram meu território. Eu os ouvi, além do portão fazer um enorme barulho, eu os vi de relance pela janela.
Não tinham cara de ser pessoas boas, encontrar pessoas boas nesse mundo é novidade. Então eu me escondi, o porão não estava no padrão de todas as casas aqui do condomínio, depois de começarmos a morar aqui meu pior mandou fazer um porão, para ser um ligar mais de lazer, e para minha mãe não reclamar de eu e ele treinando na sala, quase destruindo tudo.
A escada do porão ficava ao lado da que ia para o segundo andar, mas aviã uma porta, uma portinha que descia tampando totalmente, escondendo que havia algo ali em baixo, além de ajudar a esconder eu fiz questão de colar um tapete nessa parte, para fazer questão de que não encontrasse.
O local era bom, como eu basicamente já vivia ali em baixo, coloquei tudo que eu precisava lá, comida, água, tudo que eu tinha, e era bem escondido, havia uma pequena janelinha que dava para a parte de trás da casa, ela era bem rente ao teto e lá fora ficava bem ao chão, não dá quase para perceber.
Quando aqueles homens aparentemente vasculharam o condomínio todo, alguma decidiram se hospedar justamente na minha casa, que na verdade não é mais bem minha casa, agora nada tem dono, não mais. Após ouvir longas conversas e brigas, agradeço por ter me escondido aqui, não acho que fariam coisas boas comigo.
Desses quatro meses nada saiu bem, eu não tinha o que fazer, não tinha metas, não tinha ninguém, tive que aprender a conviver, e a me livrar dessas coisas, até mesmo cortei meu corte de cabelo que de longo foi para curto, pois me atrapalhava muito, foram quatro longos meses sozinha, mas ai eu encontrei alguém.
Após todo esse tempo eu me mantive em casa, mas por conta das circunstâncias foi preciso ir embora. Aprendi a me esconder, enfrentar um deles tem como, mas vários pra mim não tem como, ando de lojas em lojas, apenas entrando naquelas que parecem vazias ou com poucos deles. As baterias da minha lanterna acabou, então preciso de novas.
Encontro uma loja de itens de acampamento, é uma boa pra mim. A parte de frente da loja era fechada por uma placa de metal, havia um espaço entre uma loja e outra, ando ali com cuidado sem fazer barulho.
Segurava a minha arma em alerta, até agora só a usei uma vez, só uso em muita emergência, pois ela faz muito barulho, e isso chama a atenção de mais deles.
Acho uma porta que dava para a loja que eu queria entrar, viro a maçaneta mas estava trancada. Pego em meu bolso um negócio que eu fiz, usando dois clipes de folha, amarrei junto de uma borracha e uso faz um tempo para abrir portas. Caso eu não consiga tenho a opção de quebrar a fechadura com minha faca, mas seria um Desperdício contando que estava quase de noite e eu precisava mesmo de um lugar para passar a noite.
Depois de um bom tempo tentando finalmente consigo destrancar, entro na loja fechando a porta em seguida, a única fonte de luz que entrava na sala era de uma pequena janela na parte superior de uma parede. Eu não escutava nenhum barulho da dentro da loja, acho ao meu lado um remo, o pego e enquanto ando fico batendo com ele no chão, com a finalidade de chamar a atenção de qualquer zumbi.
Como percebo não ter nenhum barulho vindo de qualquer lugar da loja, deixo o remo encostado ao meu lado, assim que encontro a estante com as pilhas que eu precisava. Vou colocando algumas em minha mochila, mas ouço um barulho vindo do meu lado esquerdo.
Olho para o lado já mirando minha arma na direcção, uma luz em uma lâmpada é acesa, mostrando a imagem de um homem, estava atrás de um balcão, ele aparentava ter uns vinte anos, de cabelos castanhos, uma expressão assustadas.
-Eita, calma ai! - Ele diz olhando para a arma em minha mão, ele levanta as duas mãos
-Quem é você?
-Kim He-soo, esse é meu nome - Ele parecia meio nervoso - Pode abaixar isso, não vou te fazer nenhum mal
-É isso que pessoas que fariam diriam
-Olha eu sou totalmente inofensivo, a única coisa que tenho para me defender é isso - Ele levanta um facão que estava ao seu lado
-Passa isso pra cá - Digo é ele joga no chão, um pouco mais a minha frente, com o pé eu o arrasto pra trás de mim
-Mas e você, qual deu nome?
-Jiwoo, Jiwoo Mackenzie
-Então "Jiwoo Mackenzie" - Ele diz imitando a minha voz - Poderia por favor parar de apontar essa arma pra mim?
-E se eu não parar?
-Eu não vou fazer nada, a minha única arma está atrás de você, e eu não estou afim de levar um tiro hoje
Abaixo minha arma, a colocando no coldre que fica preso em meu cinto, mas não tiro minha mão de cima.
-Eu ia jantar agora, se quiser se juntas a mim - Ele se levanta - Ou se você quiser ficar parada ai tudo bem!
-Só vim pegar pilhas, apenas isso, já estou indo embora
-Não está com fome? Achei algumas coisas e parecem muito boas, eu tenho arroz, ramen, algumas carnes secas industrializadas, e até mesmo uma sobremesa
A tentação era enorme, pois a única coisa que me restava pra mim comer em minha mochila, era um salgadinho de Lula que eu odiava. Mas não confio nele, nem sei se existem pessoas boas ainda.
-Não, não quero - Minha barriga faz um barulho alto e constrangedor
-Sua boca fala uma coisa, mas sua barriga parece quiser dizer outra - Ele olha para o lado -Eita a água ta fervendo!
Ele começa a mexer em algo ao seu lado, eu me aproximo lentamente logo encostando no balcão. Aquele lugar ali aparentava ser seu abrigo, um pequeno sofá de dois lugares, encima um saco de dormir e dois travesseiros, ao lado uma porta com um símbolo mostrando ser o banheiro, ao lado uma mesa encostada da bancada, com um pequeno fogão a gás de uma boca só, encima estava uma panela aonde fervida água. Haviam algumas comidas encima, uma lâmpada que iluminava o ambiente, parecia ser uma lâmpada antiga a gás, no chão alguns galões de água.
-Olha - Ele abre outra panela que estava encima da mesa - Tem arroz, eu faço pouco se não estraga, mas hoje por algum motivo eu fiz mais - Ele abre uma gaveta da bancada tirando duas tigelas - Se quiser comer a hora de falar é agora, vou por o macarrão na água agora
Tenho uma discussão interna em minha mente, se deveria ou não comer.
-Vou levar o seu silêncio como um "sim" - Ele abre dois pacotes de ramen - Se senta - Ele aponta para a cadeira de escritório que havia ao lado da mesa
Eu vou até a cadeira me sentando, deixando minha mochila ao meu lado. Ele dá um sorriso, colocava os temperos que vinha no ramen e Mexia. Ele deixa cozinhando e vai pegar outra cadeira, colocando do outro lado da mesa, pega as tigelas colocando arroz dentro das duas.
-Está bom? - Pergunta mostrando a quantidade de arroz, eu balanço q cabeça em concordância
Ele pega dois pacotinhos de carne seca industrializada, e poe em um prato. Arruma a mesa com tudo, talheres e copos com água, por fim colocando a panela no meio.
-Pode comer - Ele diz e então eu já pego um pouco de ramen, mas acabo por queimar um pouco a boca, por estar bem quente, e soltando alguns xingamentos baixo
-Cuidado, ta bem quente! - Ele diz e coloca uma carne em meu potinho de arroz - Eu pego a colher e como
Era tão bom ter uma refeição assim, fazia tanto tempo, é difícil conseguir comida e algo que seja bom. Comíamos em silêncio, mas então ele decidiu começar a falar.
-Então, por que uma garota Jovem que nem você está sozinha? Seus pais, aonde estão? - Eu fico parada por um momento, mas ele volta a falar - Eles mo-
-Não! Eles não morreram! Apenas não estou mais junto deles, algumas coisas aconteceram
-Ah, quantos anos você tem?
-Quinze, ou dezesseis, não sei se já fiz aniversário
-Tem estado sozinha todo esse tempo?
-É a minha única escolha - Eu olho para ele
-Bem eu acho que você poderia ficar comigo, aqui é um lugar bom, contanto que faça silêncio eles não percebem que estamos aqui
-Eu estou bem sozinha, consigo me virar bem, não preciso de mais ninguém
-Não acho que esteja falando a verdade, se não é fácil pra mim que sou um adulto, quem dirá para você, só está guardando tudo pra si
-Olha aqui! Eu consigo me virar muito bem sozinha! Eu estou viva porque consigo
-Ta bom então, não disse o contrário. Mas se decidir ficar pode ficar com o sofá, tem bastantes sacos de dormir aqui, até mesmo barracas, dá pra ficar aqui por um tempo, eu estou aqui desde que tudo começou, apenas sair atrás de comida e tá tudo ótimo
Ou olho para a janela, e praticamente não entrava mais luz vindo lá de fora, significando que estava de noite. De noite é ainda mais perigoso que de dia, aparentemente como eles não enxergam seus outros sentidos ficam mais apurados, e eles ficam mais agitados, sair a noite tem chances.
-Pode ser
-Ótimo! Vou arrumar as coisas
-Mas calma, por que luz estava apagada?
-Ouvi você entrando, pensei que poderiam ser eles, mas eles não conseguem destrancar as portas, e pensei que poderia ser alguém perigoso, mas não era
-Por que não saiu daqui? A cidade é perigosa demais
-Por que você também não saiu? - Eu fico em silêncio sem saber o que responder - Quando começou um surto, eu estava aqui, me tranquei na loja e não sai mais, foi um caos total, eu acompanhava as coisas pelo celular. Não tive coragem de sair meu chefe não me respondia mais, e eu estava com medo de invadirem a loja, muita coisa aconteceu, eu tenho um lugar para ir mas não tenho coragem
-Um lugar? Tipo a casa de alguém?
-Não, um lugar seguro, olha - Ele tira de dentro da gaveta um papel, abrindo e mostrando ser um mapa do país - Aqui - Aponta para um círculo vermelho - É um lugar seguro
-Por que ainda não foi? - Ele se levanta e começa a andar, ele mancava uma de duas pernas não andava direito
-Fraturei antes disso começar, não tive tratamento médico então está assim, está demorando para melhorar mas eu todo os remédios, logo melhora estou esperando melhorar para poder ir
-Como soube desse lugar?
-Ouvi uma conversa de alguns militares
**✿❀ ❀✿**
Oii, sejam bem vindos a essas nova fic.
E agora com o novo perfeitinho, amado, lindo e talentoso Maknae.
Essa fic, na verdade eu começei a escrever de um dia para o outro, graças a um sonho meu, e conversando com uma maravilhosa decidi postar.
Essa fic é totalmente de editoria minha e da Nickkkndh. Essa perfeita que está comigo conversando, planejando e dando ideias para a fic. Nós estamos trabalhando juntas nela e eu só tenho a agradecer ❤🤧
Agora Veja algumas coisinhas rápidas, eu chamarei os mortos de zumbis, pois não tenho criatividade para criar um nome diferente para eles, e é um jeito que todos estamos acostumados a chamar.
Eles seram um pouco diferente a dos zumbis de The Walking Dead. Também no universo da fic nunca viram algo parecido a zumbi, como se não existisse séries, filmes sobre, é algo totalmente novo para eles.
Outra coisa, eu tenho outra fic, então estarei alternando em postar lá, e postar aqui, mas farei o máximo para postar toda semana, se tiver apoio quem sabe algo especial né?
É isso, qualquer dúvida perguntem, estarei respondendo todos que quiserem.
Também tem uma playlist da fanfic disponível na minha bio, vai estar lá a playlist que eu uso para escrever (pode ser que tenha spoilers lá, mas também tem apenas músicas que não tem significado para a fanfic). Então vão lá adicionar e escutar bastante.
Próximo cap sairá em breve, é isso Bjs🖤
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