ℂ𝔸ℙÍ𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟛
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Corro virando em uma esquina, dando de cara com pelo menos meia dúzia de zumbis, eles começam a vir rapidamente em minha direção. Entro em uma viela e começo a correr rapidamente com eles atrás de mim, a luz do sol estava indo embora, com isso seria cada vez mais difícil de andar e me locomover por aí.
A cada rua que eu virava mais e mais zumbis apareciam, até que a minha única saída é entrar em um apartamento que tinha as portas e janelas da entrada totalmente quebradas. Corro então para minha única esperança que seria a escada de incêndio, chegando lá entro fechando a porta de uma vez, a única coisa que consegui usar para fechar a porta foi uma cadeira que estava simplesmente jogada ali. Em seguida que eu fecho a porta com a cadeira, o impacto dos zumbis que batiam contra a porta, inclusive a maçaneta começou a mexer.
Aquela cadeira não aguentaria por tanto tempo, precisava subir logo antes que eles conseguissem entrar. Começo a subir as escadas e aquilo estava em um Estado deplorável, assim como a boa parte do país provavelmente. Havia muita sujeira, mas a grande quantidade de móveis nessas escadas era estranho, mesas, cadeiras, inclusive até um sofá. Para continuar subindo era preciso passar por cima deles ou por baixo, o bom é que se a cadeira não aguenta-se esses móveis prenderiam eles por um tempo nas escadas.
Depois de subir alguns andares tenho uma suposição com o que possa ter acontecido, zumbis podem ter começado a invadir o prédio então os moradores colocaram os móveis para impedir a subida deles. E essa minha suposição é confirmada assim que chego a um andar fechado que graças ao barulho dos zumbis lá no primeiro andar chamava a atenção deles, uma porta fechada com vários deles do outro lado.
Rapidamente puxo a maçaneta da porta impedindo que qualquer um daqueles que tentassem abrir assim, não conseguissem. Puxo outra cadeira e ali coloco impedindo que abrisse a porta, mas para fortalecer coloco uma outra mesa na frente.
Eu estava literalmente jogando a minha vida na cara da morte e dando risada, pois a chance de eu sair daqui viva é só se um anjo vir me buscar e falar "Hoje não minha filha", e as chances disso acontecer são igual a zero.
Quando finalmente chego no último andar, entro no apartamento minha a arma em mãos, atenta a qualquer tipo de barulho possível, mas já esperava que não teria nada ali. Só pelo fato do apartamento estar quase vazio em relação a moveis e claramente inacabado estando em uma reforma, as chances de ter um zumbi aqui são poucas, e eu estava certa não havia nenhum. Olhei o apartamento todo e nada.
Entro em um dos quartos que estava vazio assim como todos e fecho a porta, largo as duas mochilas no chão e assim começo a tirar as coisas da mochila de Hee-Soo. Coloco aquilo que seria útil em minha mochila para evitar ficar levando duas que não era necessário, pego o mapa e o abro.
Era impossível não pensar nele, acabei de ver meu companheiro de meses morrer, e tudo graças a um erro meu. Eu não devia ter ido pra longe, ele precisava da minha ajuda, se aquele garoto não tivesse aparecido!
-Que merda! Estava tudo se acertando! Iríamos para o Sul a procura da base, ele estava animado, finalmente iríamos começar a viagem. Agora eu estou sozinha novamente, no último andar de um apartamento com muitos mortos nos outros andares querendo me comer. Eu provavelmente vou morrer aqui, as chances de eu ficar viva são simplesmente pouquíssimas - Levanto minha mão olhando para minha aliança enquanto dou um suspiro - Mãe e pai, não acho que vou conseguir reencontrar vocês! - Enquanto falava sozinha talvez parecendo uma esquizofrenica, ouço o barulho de algo caindo de outro cômodo, bem próximo a porta do quarto.
Pego minha arma a apontando em direção a porta, espero que mais algum barulhos se fizesse presente no apartamento, mas não ouvi mais nada. Peguei meu taco de basebol na bolsa e de longe consigo descer a maçaneta com a ajuda do taco, a porta se abre um pouco dando para ver uma parte da sala pela brecha então bato com o taco de basebol no chão, a espera que ele vinhesse até mim, mas isso não aconteceu. Com isso cheguei a conclusão que ou era uma pessoa, ou eu tô ficando louca e não fez nenhum barulho, eu sei que não é a segunda opção, então alguém está ali.
Calmamente ando e abro a porta, saio rápido de dentro do quarto levando o taco de beisebol em direção a cabeça do mesmo.
-Hey! - Grita o mesmo que consegue segurar o taco antes que acertasse sua cabeça - Eu não sou um errante!
-Eu não ligo! - Puxo o taco de sua mão agora apontando minha arma para ele - O que você quer? O que está fazendo aqui?
Aquele que estava na minha frente era o mesmo garoto da loja de conveniência, agora com o nariz sangrando, o mesmo que tirou total minha atenção do que deveria ter feito, que era proteger Hee-Soo, mas nem isso do consegui fazer. Mas antes que ele pudesss responder eu volto a falar.
-Veio por conta daquele pacote de bolacha? - Solto o taco que era segurado em minha outra mão, pego no bolso do meu casaco o pacote de bolacha e jogo nele - Toma! Espero que se engasgue quando estiver comendo!
-Eu não vim atrás da bolacha - Ele diz se abaixando para pegar o pacote que havia estava no chão, mas ao fazer o movimento eu destravo a arma que fez o parelho que chamou a atenção dele e parasse o que estava fazendo
-Não estou pra brincadeira, mão na cabeça e se afasta - Ele se mantém parado o que começa a me irritar - Vai! Acho melhor você tomar cuidado com uma pessoa armada, é questão de bom senso! - Ele coloca a mão na cabeça e começa e arruma sua postura - Pra trás - Digo mexendo a arma. Ele começa a andar para trás até que passou pela porta, assim que ele está do lado de fora do apartamento eu puxo a porta a fechando e trancando
-Vai me deixar aqui fora mesmo? - Eu já estava voltando para o quarto quando paro por escutar o que estava estava falando, volto até a porta e me encosto nela
-Vou! Vê se me deixa em paz, se eu te ver mais uma vez eu vou atirar
-Se eu estiver vivo até lá! Os errantes lá em baixo logo vão conseguir passar pelas portas, eles são muitos, e logo estarão aqui encima!
-Você acha que eu não sei?
-Eles demoraram mais um pouco para chegar em você, mas em mim será mais fácil, você quer que eu morra?
-Não fará diferença para mim!
-Vai conseguir conviver bem sabendo disso?
-Acabei de perder uma pessoa importante pra mim, e você está perguntando se sua morte irá me afetar de alguma maneira? Garoto eu ouvi e vi esse país morrer, a chance de eu sair viva desse prédio são de uma em um milhão! A sua morte vai ser apenas mais uma entre milhões eu já me acostumei a ouvir os gritos de desespero das pessoas
-E se eu for a sua única chance de sair daqui viva?
-Do que você tá falando?
-Você entrou pela porta da frente, Quela entrada está totalmente bloqueada então não teria como eu ter entrado por ela, não está nenhum pouco curiosa para saber como eu entrei aqui?
-Primeiro como você me encontrou?
-Sou bom em achar as pessoas! Mas então não quer sair daqui? - Fico penando um pouco mas possibilidades, ele pode está tentando apenas me enganar ou algo assim do tipo - Então topa sair daqui comigo?
-Primeiro, como sairiamos daqui? Segundo, por que está querendo me ajudar e o que vai querer em troca?
-Eu entrei por uma janela a uns três andares a baixo, bem não é tão fácil achar pessoas assim talvez ajudar uns aos outros seja algo bom - Esse papo de ajudar uns aos outros não me desce, ele não parece tão sincero segundo a isso, deve ter outra coisa por trás disso - E eu ouvi falar que você está indo para um lugar
-Como pode saber disso?
-Por um acidente eu ouvi aquele carinha falando de um mapa na mochila, isso quer dizer que vocês estavam indo para algum lugar - Me sinto nervosa ao saber que ele escutou nossa conversa, consigo sentir mais raiva desse garoto - Estou certo não é?
-E você quer ir comigo para esse lugar?
-Bom, dependendo do que seja esse lugar eu quero, eu não tenho bem o que perder e eu imagino que você esteja precisando da minha ajuda não é? - O jeito convencido que ele estava falando estava me deixando mais irritada ainda
Ignoro a existência dele lá na porta e vou para o quarto, começo a arrumar minhas coisas, pego também o pacote de bolacha e guardo na minha mochila, prendo meu taco na mochila enquanto escutava ele resmungar na porta.
-Você vai ficar me ignorando mesmo? Olha ta quase anoitecendo totalmente se demorar mais vai ser mais difícil... Você vai continuar me ignorando? Olha já estou ouvindo o barulho da porta se quebrando - De fato dava para ouvir o barulho dos zumbis batendo na porta, o que se tornava um barulho irritante de tão repetitivo - Você tá aí? - Abro a porta fazendo ele dar um pulo, estava provavelmente com a cabeça encostada na porta
-Cala boca e vamos! - Saio e começo a descer as escadas, ligo a lanterna tentando iluminar um pouco do caminho - Se você tentar qualquer tipo de coisa acabo com sua raça. Inclusive seu nariz está sangrando - Digo e ele encosta seu dedo em seu nariz vendo o sangue
-É uma louca me deu um soco no nariz
-Eu vou fingir que você não me chamou de louca pra mim não te empurrar aqui da escada, e você teve sorte porque se eu quisesse eu teria quebrado seu nariz
-Desculpa aí mulher forte Bong-soon - Diz de um jeito debochado
-Garoto continua com essa gracinhas queogo você não terá um dente pra ficar falando essas merdas, e vê se cala a boca pra não animar mais aqueles zumbis lá em baixo
-"zumbi" nome legal para chamar eles, vou chamar assim também, errantes é legal mas zumbi é mais legal ainda
Não falo mais nada com o intuito dele calar a boca, o que bem deu certo. Descemos os três andares de escadas e o barulho das portas batendo eram ainda mais fortes, pois a porta aonde eu prendi alguns zumbis era no andar de baixo de onde estávamos.
-Merda! - Diz ele olhando pra porta em sua frente
-O que foi?
-A porta fechou e trancou, acho que foi o vento
Não consigo identificar o joguinho desse garoto, não tenho total certeza se ele está falando a verdade ou está apenas tentando me enganar. Se ele quer tirar algo de mim vai ficar na expectativa pois eu não tenho nada, e se tentar fazer qualquer coisa comigo eu estou disposta a bater nele, lutar com alguém que está vivo é algo muito mais interessante.
-Bem, imagino que ela não vá se abrir sozinha só com o poder do nosso querer - Digo me encostando na parede enquanto iluminava o lugar - Bem estamos bem encima do andar que tem muitos zumbis, eles poderão chegar até a gente bem rápido imagino - Ele parece pensar um pouco e então para seu olhar na minha mochila
-Me dá esse taco - Olho desconfiada para ele - É para quebrar a maçaneta
-Se você tentar algo pode se considerar uma pessoa morta - Digo tirando o taco que estava pendurado na minha mochila, entrego a ele. Mas ao invés de bater logo na maçaneta ele fica batendo no ar - Que merda você tá fazendo?
-Estou vendo se ainda tenho a postura no beisebol - Ele diz balançando o taco como se tivesse uma bola ali para ele bater, mas um barulho alto vindo da escada de incêndio chama a nossa atenção
-Quebra logo essa merda! - Digo e vou indo na direção da escada
Quando cruzo aquela porta o barulho dos zumbis batendo contra a porta era mais alto, pois estavam no andar de baixo. Mas agora não havia mais o barulho de duas portas e sim de uma, além de aparentemente algumas coisas caindo. Graças ao novo barulho do taco de beisebol batendo na maçaneta os barulhos na porta se tornaram mais fortes, e barulhos de passos subindo as escadas aparentemente mais rápido. Volto correndo até o corredor aonde se encontrava o garoto, que batia na maçaneta e ela quebrava aos poucos.
-Me dá isso - Puxo o taco de sua mão e bato com ele duas vezes na maçaneta e ela quebra caindo no chão, entramos no apartamento - Ta por onde saímos? - Pergunto olhando para ele que olhava para o apartamento assustado - O que foi?
-Não é esse o apartamento - Ele diz dando um sorriso nervoso
-O QUE?
-EU CONFUNDI!
-ENTÃO TRATE DE ACHAR ANTES QUE EU TE JOGUE COMO ALIMENTO PARA OS MORTOS! - Ele sai correndo do apartamento e eu vou atrás, andamos pelo corredor vamos até outro que até então tinha uma porta aberta
-Achei! - Ele disse entrando
-Não acredito que você foi pra merda do corredor errado!
-Eles são muito parecidos!
-Vamos logo! - Assim que digo andamos pelo apartamento até que pela entrada do apartamento entra uma fila de zumbis - ZUMBIS! - O garoto olha desesperado e começamos a correr em duração a esse quarto, fecho a porta em seguida me encostando nela e sentindo eles batendo nela querendo entrar
-É aqui! - Ele sobe encima da cama que ficava encostada na janela que estava em frente a uma janela aberta, nessa janela havia uma barra de madeira que estava encostada na janela do prédio ao lado
-O QUE? TEMOS QUE ANDAR NESSE PEDAÇO DE MADEIRA QUE PARECE QUE VAI QUEBRAR?
-É A ÚNICA SAIDA!
Eu tinha apenas duas escolhas, ou ficar ali e ser devorada pelo zumbis, ou passar por aquela barra de madeira aparentemente muito velha e que pode quebrar assim que eu estiver encima dela. As duas escolhas parecem ser horríveis, mas o que me fez tomar uma decisão foi o garoto que já estava passando por cima da madeira gritando.
-VEM! EU TE SEGURO!
Eu precisei tomar uma decisão, então foi ai que eu parei de segurar a porta, dei passos rápidos até a cama subindo encima dela. Todos aqueles zumbis que estavam encostados na porta então adentraram no quarto, com apenas um objetivo, comer até o último pedaço de carne existente em mim.
Assim que vou até a janela saindo sobre ela e estando encima do pedaço de madeira, o garoto que estava dentro do outro prédio me chamava na janela estendendo a mão para mim. Ao olhar para trás se formava um amontoado de vários zumbis vindo até mim, o que me deu mais coragem de andar sobre o pedaço de madeira, e tendo apenas um pensamento que era de não olhar para baixo.
Ando sobre a madeira de uma forma rápida mas também calma, sem tirar o olhar do garoto que me esperava na janela. Até que o pedaço de madeira começa a balançar, meu coração a disparar pensando que meu fim seria caindo dali de cima simplismente do Sétimo andar de um prédio. Olhando para trás vejo que não estava sozinha naquela madeira, e sim tinha aquele ser doido por minha carne.
Mas foi só mais um passo que eu consegui dar, para eu sentir uma mão me puxando e então eu cair, mas cair para dentro do prédio simplesmente por cima do garoto que havia me puxado, o que também deu como resultado da minha testa ir de encontro com seu nariz.
-Ai! - Resmunga e eu levanto minha cabeça ficando cara a cara com ele
Seu nariz estava vermelho por conta da pancada, até então não tinha feito questão de reparar tanto no garoto pelo simples fato de bem mesmo me interessar nisso. Mas tendo ele agora literalmente a poucos centímetros de distância, não tem como não reparar. Com o pouco de iluminação que vinha da minha lanterna caída no chão, dava para ver seu cabelo preto que estava completamente bagunçado e um pouco na frente de seus olhos que eram lindos, sua boca carnuda. Vejo suas bochechas rosarem um pouco mas em seguida seus olhos se arregalarem olhando para atrás de mim.
Ele me empurra para o seu lado, se levantando rapidamente e pegando o taco de beisebol da minha mão. Então vejo o zumbi que estava junto comigo na barra de madeira praticamente em frente da janela quase que entrando no prédio. O garoto então usa o taco para o empurrar em seguida mexendo na madeira a fazendo cair, e tirando a possibilidade dos zumbis virem até aqui.
Me levanto indo até a janela, não dava para ver como estava o corpo daquele zumbi pois estava tudo totalmente escuro, nos afastamos da janela nos recuperando do que havia acontecido. Pego a lanterna caída no chão iluminando o ambiente, aponto para o garoto então vejo ele sem nada em suas mãos.
-Cadê o taco? - Ele olha para baixo para fora da janela
-Bem... Provavelmente lá em baixo - Fico em silêncio apenas respirando fundo
Esse taco tinha realmente um sentimento especial para mim, meu pai me deu quando fomos assistir um jogo de beisebol. Quando eu tinha dez anos eu era muito viciada nesse esporte, nas minhas férias da escola viajamos para os Estados Unidos e assistimos um jogo do meu time preferido e então ele me deu esse taco, original ainda por cima com o autógrafo do meu jogador preferido. Ele não era especial apenas por ser autografado, e sim era especial pois o meu pai me deu, usar ele para me defender muitas vezes fazia com que du me sentisse ligada com ele.
Perder ele assim me deixou realmente muito nervosa, mas ao mesmo tempo triste o que não me faz reclamar, ainda mais que ele foi usado para nos defender e evitar algo pior. Eu só não queria ter perdido ele.
-Só vamos sair daqui...
-Ok, eu sei um lugar para irmos - Ele abre a porta do apartamento saindo e eu vou logo atrás dele
Saímos do apartamento tentando fazes o máximo de silêncio possível, ele me avisou que tinha vários mortos pelos andares mas que as portas da escada de incêndio estavam fechadas, contando que não fizéssemos barulho estava ótimo, não teríamos problemas.
E assim conseguimos, descemos as escadas em um completo silêncio, pois durante a noite é muito mais arriscado, os zumbis parecem ficar mais ágeis e com a audição melhor. Quando chegamos na recepção a porta estava aberta, e consequentemente dava para ver a rua e os zumbis que ali estava, ainda mais os quatro que estavam dentro da recepção.
Nos escondemos atrás da uma bancada, que fica no centro da recepção. Os zumbis estavam mais a frente, procura vamos uma saída daqui, era quase impossível conseguirmos nos livrar desses quatro ainda mais sem chamar a atenção de outros.
Então sinto ele me cutucar, olho para ele e ele aponta para uma direção, aonde parecia ter um corredor, sem nenhuma iluminação não ajudava. Ele pega algo que estava encima da bancada e jogou na direcção oposta que iríamos, atraindo a atenção dos mortos.
Ele então começa a andar abaixado na direção do corredor e eu vou logo atrás, o corredor era um pouco estreito e tinha dava para enxergar um pouco melhor graças a uma janela que havia no fundo do corredor, que justamente estava aberta e teria como nós saímos.
Havia algumas portas ao longo do corredor, então andávamos calmamente e atentos para se algum zumbi aparecesse. Mais a frente o garoto olha para dentro de uma porta e eu olho junto, ele entra na sala mas antes que eu entrasse olhei novamente para diante do corredor. Foi ai que vi logo porta ao lado da que eu estava em frente sair logo de uma vez três zumbis. Ele já estava saindo da sala, quando eu o empurro de volta e entro logo em seguida.
-O que foi? Ta louca? - Ele sussurra confuso
-Eu vou te mostrar a louca! Zumbis! - Respondo em sussurro também
Os zumbis então começaram a passar em frente a porta, mas quando o último estava passando ele para e se vira justamente em nossa direção. Não dava para ver exatamente seu rosto, apenas que ele havia virado sua cabeça em nossa direção.
Nos mantemos parados, até mesmo minha respiração estava mais lenta. Eu não sou muito religiosa, nem sei se o garoto ao meu lado é, mas pode apostar que nesse em minha cabeça se passa qualquer todo tipo de oração, e tenho certeza que na dele também.
Foi apenas um passo que aquele zumbi deu mais a frente que o desespero bateu, ele então começou a andar em nossa direção. O garoto ao meu lado me puxa me colocando ao seu lado, estávamos encostados na parede enquanto ele cambaleava até passar por nossa frente. Ele anda mancando, e nem ao menos mexemos qualquer parte de nosso corpo para o chamar a atenção.
Assim que ele segue pela sala andamos rapidamente para fora, fomos mais rápido até o final do corredor chegando até a janela que estava aberta. Essa janela dava para um jardim do prédio, saio primeiro e ele vem em seguida.
-Ok, podemos ir em volta do jardim e achamos um lugar para passar a noite
-Eu já tenho um lugar, vem! - Ele não espera eu falar mais nada, apenas sai andando e a minha única escolha é ir atrás dele
Eu sigo ele por um caminho que ele aparentemente parece conhecer, passando por algumas vielas entre mais prédios, até que paramos em uma que mais a frente tava para ver ser fechada por uma grande lata de de lixo. Então havia um portãozinho de ferro, ele o abre então subindo uma escada.
Fico um pouco desconfiada em entrar ali, mas como eu não tinha nada a perder vou em seguida, fechando o portãozinho. Assim que subo estávamos em um pequeno apartamento, ele ligava algumas velas começando a iluminar o lugar. As poucas janelas estavam tampadas com cortinas e fitas preta, objetos espalhados por todo canto, e algumas latas de comida vazias espalhadas dm um canto.
-Tem ficado aqui? - Pergunto e ele me olha enquanto acendia mais uma vela
-Sim, a mais ou menos uma semana
-Sozinho? Está sozinho?
-Sim
-Mas desdo início, nunca esteve com ninguém?
-Já sim - Ele fala se sentando na cama - Estive com dois grupos, mas faz um mês que estou sozinho
-Esses grupos, o que aconteceram com eles?
-Bem, o que acontece com todos - Após essa fala ficamos alguns segundos em silêncio, até ele retornar a falar - Bem, agora para aonde estamos indo? - Tiro minha mochila das costas a brindo e tirando o mapa e o abrindo sobre o chão
-Estamos mais ou menos aqui - Digo apontando para a parceria central de Seul - E precisamos vir para cá - Aponto para aonde tem um círculo vermelho
-Pro outro lado do país? Ta doida? O que tem lá?
-Se você me chamar de doida de novo eu juro que arranco seus dentes. Mas bem quando tudo isso começou militares de outro país vieram evacuar algumas pessoas, e aparentemente eles tem uma base, aonde eles evacuam as pessoas que estão lá, lá é o único lugar seguro
-Tá, como você sabe disso? E como pode ter certeza que esse lugar existe?
-hee-soo, o meu companheiro ele havia escutado a conversa de alguns militares, e eu estive com militares. Não tem como ter certeza se esse lugar existe, mas se existir é o único lugar seguro daqui
-Se esteve com os militares por que não está lá? Se eles realmente tinham algum lugar desse você devia estar lá
-Isso não é da sua conta, só sei que eu estou indo para lá, se você quiser ir vamos, se não quiser fique a vontade para ficar aqui nesse lugar - Ele fica me encarando por alguns segundos
-Tá bem! Não tenho bem o que perder. Ainda não nos apresentámos, sou Nishimura Riki, meus amigos me chamam de Niki
-Jiwoo Mackenzie, e nós não somos amigos! - Digo guardando novamente o mapa na minha mochila - Sairemos amanhã ao amanhecer, se você não estiver acordado você fica - Coloco minha mochila no sofá, me deito nele apoiando minha cabeça sobre ela - Se você tentar alguma coisa, lembre-se que eu tenho uma arma, e ai pode ter certeza que eu vou ser louca!
-Eu que não vou ficar perto de você! Louca! - Ele diz assoprando algumas velas fazendo o ambiente ficar escuro, tendo apenas duas velas acesas na cozinha
Pego uma estátua de madeira que vi jogada no chão, jogo em direção aonde estava o garoto.
-Ai! - Ele resmunga
-Tenha uma péssima noite!
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Quem é vivo sempre aparece né!
Estou de volta, é agora com tudo!
Estive off aqui pois estava terminando minha fic do Hee, então eu tava dando tudo de mim para finalizar ela, mas agora estou de volta nessa e prometo postar com mais frequência.
Agora com o Niki cem porcento aparecendo na fic, teremos muito conteúdo com esses dois, então aguardem porque eu prometo que vai ser só conteúdo de qualidade kkkkjkkk
É isso, logo estarei com mais um capítulo ❤
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