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11 • Check-Up

🏵 Nashira 🏵

 • Quinze Anos Atrás •

Hoje o meu pai teve que participar de uma missão aerea, dessa forma, talvez ele não chegue para o jantar e eu quero tanto isso, porque eu estou ajudando minha mãe a fazer o nosso prato favorito. Queria que ele comesse conosco e saber o que ele achou.

Solto um suspiro impaciente, porque já havíamos colocado a carne no forno e o suco já estava pronto.

— O que foi, Nashira? — Minha mãe pergunta.

— Papai ainda não chegou e a janta está quase pronta mamãe — reclamo emburrada e isso faz ela sorrir para mim. Sinto-me chateada, então retorno a olhar para a janela, esperando meu pai chegar.

Mamãe passa a mão no meu cabelo e eu respiro fundo.

Ele está solto, apenas com uma tiara de estrelas, eu penteei meu cabelo hoje e fiz esse penteado. Tudo isso é porque mamãe disse que hoje é um dia importante para papai. Se é um dia importante para ele, é um dia importante para gente, vovó sempre diz isso, mas enquanto papai não chega o dia não é importante e eu estou curiosa, quero ver meu pai, quero saber porque hoje o dia é importante. Será que ele já conseguiu um presente de aniversário para mim? É, poderia ser isso.

— Sempre que as ruas estiverem agitadas eu olho para nuvens que estão pedindo para eu ir devagar. — Mamãe sussurra no meu ouvido, olho para cima vendo nuvens fartas e enormes no céu noturno. As nuvens não se mexem.

— Mas vai demorar, mamãe — reclamo e sua mão continua a fazer carinho no meu cabelo.

— Olhe para as nuvens mais uma vez, Nashira — pede e eu a obedeço. — De longe, parece que elas estão percorrendo centímetros, quando na verdade podem ser quilómetros, tão devagar aqui embaixo e lá em cima elas estão se movendo de forma árdua. Elas vão chegar logo com a chuva.

— As nuvens são pesadas igual a um elefante do norte? — pergunto e minha mãe ri.

— Talvez, minha querida, mas seja paciente que seu pai logo irá chegar certo?! — diz, então ela volta a fazer a salada. — Apenas escute as nuvens pedindo para você ir devagar. Escute os céus, querida.

Eu suspiro. Passo longos minutos observando as nuvens, tentando entender como mamãe pode está certa e, principalmente, tentando ouvir as nuvens me mandando ir devagar. No entanto, não consigo ouvir nada disso e penso que talvez mamãe esteja errada.

Quando o cheiro da carne assada invade meu nariz, eu vejo uma silhueta que eu reconheceria de longe. Meu papai chegou.

—Nna⁴!

{•••}

Assim que derrubo outro capanga, escuto um barulho de tiro atrás de mim. Viro-me assustada torcendo para que o tiro tivesse dado errado, no entanto, noto que quem atirou foi para me salvar, pois tem um capanga morto atrás de mim e olhando pela floresta, pela pouca luz dos postes que estão distantes de mim, eu consigo ver uma silhueta que conheço bem.

—Nna! — grito, mas ele não me responde e apenas corre para dentro da mata.

Começo a correr atrás dele, mas tudo explode nesse momento e eu caio com o impulso da explosão e bato minha cabeça no chão. Assim que volto a raciocinar o que meus olhos veem, consigo notar meu pai correr para longe de mim.

— Nashira? — Harry me chama, mas eu estou em choque. O meu pai está vivo e ele me salvou.

— Nashira?!

Meu pai está vivo!

— Nashira! — Harry grita e isso faz minha orelha doer.

— Aqui! Eu estou aqui — respondo e volto a me deitar no chão. Sinto algumas dores no corpo devido às lutas que tive que entrar. Solto um suspiro cansada e tento processar o fato de ter visto meu pai. Processar o fato de que ele me salvou, ele está vivo.

— Hey, precisa de ajuda? — Eugene diz a minha frente, o ruivo ergue sua mão para me levantar e eu aceito. — Anda, vamos embora.

O caminho de volta soou ter sido mais longo do que a ida e o motivo talvez tenha sido a agitação dentro de mim e a dos soldados de Nedlog em querer manter a colega deles viva. Felicity levou um tiro, além de ter outros hematomas pelo corpo.

Ela está fraca, mas assim que chegarmos na casa de madeira poderia levá-la até a nave. Lá tem um pequeno local para primeiros socorros, poderia ajudar ela com essas feridas e dar a ela o que ela precisa.

A preocupação de Nikki parecia maior do que a de todos os outros, mesmo que ela tenha me interpretado mal dias atrás, achando que eu poderia ser uma traidora, esse não é tipo de coisa que ela mereça passar. Ver a pessoa que ama morrer sem fazer nada, a sensação de impotência e culpa podem consumir a alma de uma forma horrível por um longo tempo, talvez por um vida toda.

Assim que o barco para no local, que partiu um tempo atrás, saímos do mesmo e Felicity ainda está nos braços de Harry. Porém, desta vez a garota parece mais perto de adormecer e isso não seria nada bom.

— Hey Felicity, chegamos. — Harry diz para a amiga em seus braços.

— Ela precisa ir para nave, tem como ela receber cuidados lá — digo e Harry me olha. O homem branco dos olhos verdes acena com a cabeça concordando comigo.

— Ela vai ficar bem? — Nikki pergunta e eu aceno com a cabeça.

Ao chegar na nave, eu projeto os comandos para os primeiros socorros e Harry coloca a mulher negra menos retinta que eu deitada em uma espécie de cama. Ao ativar os comandos os cuidados para com ela começam.

Nikki fica olhando para a nave curiosa, assim como Eugene.

— Eu nunca vi isso. Essa nave é de qual tribo? — Eugene pergunta curioso.

— Agwo — respondo e o ruivo arregala seus olhos. Enquanto Nikki me encara de imediato.

— A tribo extinta? Você está me dizendo que isso veio de um lugar que não existe mais?

— É exatamente o que eu estou dizendo — respondo.

Após alguns minutos, os comandos de primeiros socorros acabam, posteriormente um suspiro de Felicity. Nikki olha na direção da mulher, assim como todos nós, e eu olho no monitor vendo o pequeno relatório que o computador fez.

— O que diz aí? — Harry pergunta atrás de mim.

— O tiro foi no músculo, ela fraturou dois ossos na costela. Já aplicaram os antibióticos nela e ela vai precisar de tratamento durante a noite. Porém, Felicity tem que descansar, mas vai ficar bem — informo e viro-me o olhando. Ele está pertinho de mim, ele sempre está pertinho de mim, olho para Nikki e a mulher parece aliviada com o que disse.

— Eu vou ficar aqui com ela. — Nikki avisa e eu concordo. Porém, apesar de saber que a mulher dos olhos puxado quer ficar aqui por causa da mulher que ela ama, eu não posso deixar essa nave, o risco não vale.

— Vou ficar com você, caso se ela precise de algo, eu entendo o que está escrito e o que tem que ser feito — digo e Nikki não me contesta dessa vez.

— Certo, vejo vocês amanhã. — Harry avisa e tanto Fay como Eugene concordam com ele e saem da nave. Eu respiro fundo e vou até ao pequeno frigobar perto da área de comando pegando algumas barras de cereais.

Levo para Nikki enquanto começo a comer uma e a mulher pega sem me contestar.

— Obrigada por isso, Nashira, nós não começamos bem.

— Tudo bem. Eu era a desconhecida no seu grupo e eu teria feito o mesmo se algum de vocês parassem em Agwo — digo e ela sorri um pouco e segura a mão de Felicity.

Observando as duas, parece certo que eu devo deixá-las a sós. Além disso, eu tenho que dormir também. Volto para a área de comando da nave e sinto um leve enjoo. Mordo meus lábios e sinto vontade de chorar.

A explosão que me fez pensar que meu pai morreu foi a três meses atrás, eles me encontraram e cuidaram de mim não porque eram bons, mas porque viram a pulseira com a pedra Sangue de Dragão no meu pulso. Levaram-me para RED quando me recuperei, Le Bourreau chegou com as perguntas. No entanto, eu não me lembrava de nada e as consequências disso foram horríveis, eu fui drogada, eu fui abusada e machucada. Agora, cada dia mais longe dos efeitos do Pó de Anúbis as lembranças do que fizeram comigo vem de forma incessante em minha mente.

Faz-me sentir dor, faz-me sentir vontade de acabar com tudo isso usando todas as minhas forças, mas também me faz pensar no que eu venho sentindo, sinto que meu corpo está mudando e eu não gosto do rumo que esse pensamento me leva. Eu ativo o comando para um check-up, mas ainda não o início. Recusei fazer um quando cheguei em Agwo, fisicamente eu não tinha ferimentos perigosos e abertos. A atenção estava em Harry e no fato de eu estar viva, tanto que eles aceitaram eu ter negado isso.

No entanto, agora, a curiosidade e o medo invadem meu corpo. Invadem de tal forma que eu quero chorar.

O desespero invade minha mente, as imagens do que fizeram comigo não saem da minha cabeça e sempre que eu fecho meus olhos elas voltam. As duas piores semanas da minha vida, foi o tempo que eles tiveram para fazer todo esse estrago comigo, até meu tio chegar, mas eu não me lembrava dele. Deixava as coisas difíceis para ele me ajudar. Tem tanta coisa acontecendo na minha cabeça agora e eu quero apenas um pouco de paz. Vejo a pergunta da tela holográfica. Iniciar check-up?

O meu enjoo continua, então as lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto sem parar. Durante um choro silencioso, eu clico em iniciar o check-up mesmo sabendo que a resposta poderia me machucar mais, porém, eu tenho que saber.

O check-up leva alguns segundos e quando termina demora mais alguns segundos para o resultado.

Sexo: Feminino

Estimativa da idade: 23 anos

Peso: 55 kg.

Altura: 1,61m

Nível de estresse com base dos neurotransmissores: 72%

Batimentos cardíacos: 71 batimentos por minuto

Estado físico: Apto.

Anormalidades: Nenhuma

Doenças: Nenhuma

Gravidez: Positivo, duas semanas.

Risco da gravidez: Moderado.

Solto um soluço e deixo minha cabeça apoiada no painel. A imagem dele também mostra um corpo feminino em que a região da barriga está com um feto de duas semanas, parece tornar tudo mais real. Então, simples assim a dor parece maior e eu só quero que tudo isso acabe.

— Nashira? — Nikki me chama. Não a respondo. — Merda, Nashira.

— Por favor, não conta para ninguém — digo, mas não olho para a mulher. Escuto ela se aproximar e a mão dela toca meu ombro.

— Certo — diz e então me abraça. — Eu... Sinto muito — continua e passa as mãos em minhas costas. Solto outro soluço e levanto minha cabeça olhando para Nikki.

— Eu não posso — falo e o desespero começa a aumentar no meu corpo. O pânico torna-se insuportável e eu começo a negar com a cabeça. — Eu não posso, Nikki, eu não posso — repito e a mulher concorda acenando com a cabeça, ela limpa meu rosto.

— Tudo bem. — Tenta me acalmar e me abraça de novo. — Vamos dá um jeito, está tudo bem, Nashira, mas agora você precisa descansar também — diz e eu nego balançando a cabeça. Mais um soluço invade o silêncio daquele lugar e em seguida outro.

— Eu não posso continuar com isso — sussurro e coloco a mão na minha barriga. Choro mais.

— Eu sei. — Nikki fala e passa a mão no cabelo. Afasto-me dos seus braços e ativo os primeiros socorros de novo e peço acesso aos medicamentos disponíveis. — Nashira?

— Nikki, eu não posso continuar com isso — digo e limpo meu rosto. — Eles abusaram de mim, me drogaram, me machucaram e eu simplesmente... Eu... Eu não sou forte para continuar com isso — confesso e peço um abortivo e eles me fornecem um comprimido e sinalizam que o segundo será disponível no próximo dia.

— Não, Nashira, você é forte porque você sobreviveu a isso — diz, eu a olho e depois para o comprimido na minha mão. Mordo meus lábios. — Faça o que tiver de fazer, certo? — diz e eu concordo.

Levanto-me e pego uma garrafa de água no frigobar e então eu tomo o comprimido, em seguida bebo a água.

— Certo, agora descanse. — Nikki diz e me direciona para a poltrona que estava sentada segundos atrás. Ela continua passando a mão no meu cabelo, da forma que minha mãe fazia e eu não conseguia parar de chorar. No entanto, com o tempo, eu acabo dormindo.

{•••}

Acordo no dia seguinte, sentindo um pouco de cólica e tonta. Porém, é um dos efeitos colaterais do abortivo. Nikki não está mais ao meu lado e imagino que esteja com Felicity. Eu aproveito que estou sozinha e retorno a fazer outro check-up.

Sexo: Feminino

Estimativa da idade: 23 anos

Peso: 55 kg.

Altura: 1,61m

Nível de estresse com base dos neurotransmissores: 43%

Batimentos cardíacos: 62 batimentos por minuto

Estado físico: Apto.

Anormalidades: Nenhuma

Doenças: Nenhuma

Gravidez: Negativo.

Respiro fundo, eu tomo o segundo comprimido para melhorar os efeitos do abotivo. Em seguida, levanto-me e sinto um pouco de dificuldade de andar. No entanto, eu preciso sair daqui, preciso de um banho. Eu vou até a minha cabine e pego algumas roupas.

Eu sabia que Adla deixaria algumas para mim, ela parece minha mãe, mas ela é, porque ela é minha madrinha. Lembrar dela, faz-me sentir saudades de casa, mas agora eu não posso voltar porque eu quis e eu quero acabar com tudo isso que está acontecendo. Eu não quero que mais nenhuma pessoa sofra com os abusos como eu sofri ou que a natureza seja destruída a custo de uma ambição mesquinha. Essa guerra precisa acabar e o desejo de realizar isso, tem que ser maior do que venho sentindo agora e sobre a minha saudade de casa também.

Quando passo para onde Felicity estava, vejo Nikki dormindo ao lado dela, as mãos delas estão juntas e o amor que elas sentem parece lindo. Lembra-me meus pais, saio de lá fazendo o máximo de silêncio possível para não acordar nenhuma das duas e sigo até o rio.

O dia amanheceu nublado, o que indica que talvez a água esteja gelada, mas não me importo, eu preciso disso. Tiro minha roupa e entro na água. Fico por um tempo nadando na água gelada até me acostumar com a temperatura, acabo me distraindo observando os peixes e as libélulas na beira do rio. Uma garoa começa e parecem pequenas agulhas tocando minha pele nua. Entretanto, todo o som e a energia desse lugar, o silêncio das pessoas e o barulho dos animais me faz sentir bem, um pequeno momento em paz. Olho para cima vendo as nuvens cinzas. Um sentimento melodramático invade meu corpo fazendo-me chorar.

No fundo, eu sei que precisava de um momento assim, sozinha e sentindo esse tipo de energia. Faz-me lembrar que eu estou conectada a mais coisas do que imagino e que, de alguma forma, essa conexão vai me ajudar a me curar. Olhar para as nuvens lembra-me da minha mãe, o rio me limpa e o som dos animais me lembra que há vida em tudo que está à minha volta.

Os raios de sol são mínimos, hoje será um dia chuvoso. Porém, hoje vai ser o dia que vamos pegar Le Bourreau e acabar com tudo isso.

— Bom dia, Nashira — escuto a voz de Harry e meu corpo paralisa.

Nunca vou entender, como esse soldado de Nedlog pode ter esse efeito em mim, mas ele tem.

— Você também não consegue dormir até tarde? — Ele pergunta, fico calada. Viro-me e afundo um pouco mais no rio, até a água bater no meu queixo, ele está na beira do rio com uma maçã na mão e levanta as sobrancelhas me olhando.

— Foi um dia agitado ontem e vai ser um dia agitado hoje — digo e ele concorda e sorri de lado.

— Como está Nikki e Felicity? — pergunta.

— Estão bem — diz e eu noto um corte no ombro dele.

— Você se machucou de ontem — aviso e ele olha para o ombro.

— Vou ficar bem — diz e eu concordo com a cabeça. — Mas e você? Estava chorando?

Confiar em Harry Styles... nunca saberei se isso é algo que fiz certo. Digo, ele salvou minha vida, ele poderia ter me matado e não ter acreditado em mim, mas ele não fez isso. Ele me seguiu quando eu pedi para ele fazer isso, ele me ouviu quando eu disse e ele presta atenção em mim. Agora ele está aqui, bem a minha frente, me olhando com atenção e isso me faz sentir arritmia, aliás, não sei se é realmente isso, mas ele me faz sentir arritmia e, mesmo que por um momento, ficar encarando ele me faz mandar para longe os pensamentos que estavam me machucando minutos atrás, apesar de ainda doerem. A dor no meu corpo não me deixa esquecer do que eu fiz ontem e do que fizeram comigo, mas com ele por perto olhando assim para mim, deixa as coisas um pouco melhores. Eu lembro que estou longe de tudo isso.

Ele suspira.

— Não precisa me contar — diz e morde a maçã.

— Eu acho que vi meu pai ontem — revelo, eu realmente precisava dizer isso a alguém e ainda preciso dizer isso para Adla e para meu tio quando puder. Porém, no momento, a única pessoa que eu acho que posso contar em dizer isso agora é Harry.

— Como? — pergunta confuso.

— Eu acho que vi meu pai, Harry.

Continua... 

Nna - Papai em Igbo

Notas: Oi oi minhas anjas como vocês estão?

Gostaram do capitulo? Espero que sim. 

Enfim vejo vocês logo logo. Beijos. Xx

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