prólogo
— Vamos lá, estica as pernas direito, Jungkook!
— Não vou fazer isso, Yoongi. Chega de palhaçada!
— Não era você que me disse que precisava de aulas de pilates para ficar flexível?– o mais velho indagou indignado enquanto colocava suas mãos na cintura.
Era sábado chuvoso e o fisioterapeuta ajudava Jeon a se exercitar já que o mais novo enchia-lhe o saco com desculpa de que queria emagrecer e ficar com uma boa postura e flexível. Estavam na casa de Jungkook na área coberta e que recebia um bom ventinho.
— Eu disse que precisava. Não preciso mais, Yoon. Isso é uma merda!
Suspirou sentando-se no piso gelado em posição de índio.
— Ei! Pilates é uma das coisas mais preciosa e fáceis do mundo.
— Pra você é fácil falar. Treina isso desde quando se entende por gente, seu bocó. – estirou a língua para o Park que revirou os olhos. — E já estou cansado de treinar. Sem contar que hoje eu vou sair com o Taehyung.
— Aonde vocês vão?
— Numa apresentação de uma coisa lá chamada BDSM... eu acho que é essa a sigla. – Disse confuso e Yoongi riu.
— Eu sei o que é. Conheci Hoseok lá. – Jungkook o encarou sem entender. — Eu faço parte dessas coisas. É gostoso. – deu de ombros. — O bom é que lá você encontra dom que entendem do assunto.
— Ah! Não é para mim. É para o Taehyung. – riu fraco. — Até parece que eu vou me submeter a algo do tipo, Yoongi.
Revirou os olhos e o Yoongi fez uma careta.
— Você pode até encontrar o meu irmão lá.
— Você tem três irmãos, Yoongi.
— O Jimin, Jeon. Você não o conhece? – negou. — Então você vê ele no almoço de domingo lá em casa.
— Você me convidando para almoçar na sua casa? Uau! Estou me sentindo honrado. – riram. — Mas eu vou sim!
— Certo! Agora eu já estou indo... vou me encontrar com o Hobie no shopping. – disse indo em direção a porta de entrada do empresário.
— Só não transe no toalete. É nojento.
— Não prometo nada. – ele sorriu. — Tchau, meu dengo.
— Tchau, hyung! Vá bem!
|...|
Era noite e Jungkook estava no carro de Taehyung.
O cozinheiro não aguentava mais aquele ser falando toda hora sobre o quanto estava ansioso para conhecer seu dominador.
— Espero que ele seja grande, forte e super mega gostoso. — Disse Taehyung enquanto dirigia.
— Não pode se apaixonar, não é?
— Uhuh! – negou. — Essa coisa é super complicado. O dono inventou umas regras doida lá no qual o casal não pode se apaixonar. É como se fosse um relacionamento, mas não é um relacionamento, tá ligado?
— Uh... entendi. – disse baixinho. — Quem é o dono de lá?
— É um tal de PJ. Mas ele mal mal aparece, sabe? Dizem que ele é super chato em escolher um sub. Na verdade, todos caem aos pés dele, mas ele não quer ninguém.
— Que bosta!
— Há! Imagina ele escolhe você!
— E você acordou da sua fanfic, né? Eu não estou indo para transar ou fazer esses caralhos à quatro de bdsm. Eu tô indo pra te ajudar caso você fique de cadeira de rodas.
— Há. Há. Engraçadinho. – revirou os olhos enquanto o rapaz ria. — Chegamos!!
Taehyung estacionou o carro e então desceram entrando no enorme e deslumbrante local. Continha dois seguranças fortes e armados que protegiam a entrada e um letreiro que brilhava escrito "Maze"
— Aqui é tudo incrível! – Taehyung murmurou com os olhos arregalados enquanto admirava o local por dentro.
Era cheio de mesas e homens e mulheres bem vestidos sentados nas mesas redondas e chiques a frente de um enorme palco. Murmúrios de falatórios eram-se ouvidos junto a risadas de pessoas ricas.
O local era pouco escuro, o que iluminava mesmo era as mesas que por baixo das mesmas continham as luzes de led douradas.
Tudo tão bonito.
— Você é Kim Taehyung? – uma mulher de franja e cabelos longos aproximou-se do moreno que assentiu. — Sou Lalisa Manoban, muito prazer! — sorriu pequeno. — Nossa apresentação começa daqui meia hora. Por tanto, o Senhor deve me acompanhar para que confirme sobre sua vontade em participar desse novo mundo.
— Claro! Volto já, Goo.
— Certo!
O cozinheiro seguiu até o mini bar e sentou-se nas cadeirinhas giratórias em frente a bancada que havia uns cardápios das bebidas que eram servidas ali.
— Boa noite, moço! Em que passo ajudar? – um garçom sorridente apareceu assustando Jungkook que arregalou os olhos! — Te assustei?! Desculpe! Não foi minha intenção.
— Sem problema. – sorriu. — Bom, eu não sei o que escolher... é tudo muito novo para mim. – disse encarando o cardápio. — O que você me sugere?
— Vish... não sei. Nunca experimentei nenhuma dessas bebidas. Ainda tenho dezoito, moço. – fez uma careta. — Mas me deixe chamar o Sehun hyung...
— Não precisa, Yeonjun. – uma voz sensual e rouca se fez presente fazendo o coração de Jungkook palpitar. — Traga um shot de Jim Beam para nosso convidado.
Jeon encarou dono da voz.
Ele era alto e muito bonito. Seus cabelos loiros jogados para trás e uma pele morena bonita. Mesmo com uma máscara Jungkook notou seus olhos que eram pequenos e delineados. E para piorar, seu sorriso era galanteador.
— Sim, senhor.
O tal de Yeonjun disse e saiu a procura da bebida dita pelo chefe. O homem até então desconhecido, sentou-se no banquinho giratória ao lado de Jungkook que ficou envergonhado.
— Especial da casa? — Indagou Jungkook.
— Meu favorito. – respondeu com um meio sorriso. — Está aqui para ser apresentado?
— Não não. – riu. — Não acho legal essas paradas de bater, enforcar e não deixar gozar...
— BDSM não é bater, enforcar e não deixar gozar...
— Eu li mangás que eram assim... – deu de ombros.
— Acreditaria em mangás ou em mim?
Ele encarou as orbes negras de Jungkook fazendo o mais novo desviar o olhar para suas mãos juntinhas em cima da bancada.
— Vai me dizer que não me conhece? – Ajeitou o terno preto e decotado que usava. — Ora essa!
Riu fraco e Jungkook ficou sem entender.
— Não acho que BDSM seja tão bom quanto dizem. Obrigado. – mudou de assunto e agradeceu pela bebida que tivera sido entregue por Yeonjun.
— Você já experimentou alguma vez?
— Não.
— Então como pode dizer que não é bom?
— É apenas uma opinião. Uma vez meu amigo me mostrou como é em sites pornô e eu não gostei.
— Mas provavelmente se masturbou pensando em como estava sendo bom ser torturado daquela forma, estou certo?
— N-não diga bobagens. – disse emburrado. — Você nem me conhece.
— Por quê não fazemos o seguinte; Eu te mostro algumas formas de prazer que o bdsm propõem e caso você goste, você se torna meu sub. Mas se você realmente não gostar, eu te deixo em paz e você segue sua vida achando o bdsm ruim. O que acha?
Jungkook o examinou com seus olhos semicerrados e deu um gole em sua bebida. O homem o encarava de forma penetrante que o deixava excitado de um jeito estranho.
— Eu tenho medo... medo de você não ser bom no que faz e acabar me machucando.
Confessou e ouviu uma gargalhada do moreno.
— Você acha mesmo que eu posso te machucar? Garoto, quando você deu sua primeira gozada eu já estava na prática. Desde os meu quinze anos que eu treino sobre BDSM.
— E-eu posso confiar mesmo em você?
— O que acha de me acompanhar até o meu escritório? Lá você vê se confia em mim ou não.
Hipnotizado pelo olhar do outro, Jungkook se deixou acompanhar o moreno. Os olhares das pessoas deixavam o menor envergonhado enquanto segurava a mão pequena e macia de rapaz.
Eles entraram em um corredor escuro que acendia de acordo por onde você passava. Era pouco estreito e permitido apenas para funcionários e o dono do local.
Jungkook invejava a postura do homem a sua frente que lhe puxava delicadamente. Ele tinha traços que lhe lembrava de seu amigo, Yoongi.
E falando no Park, ele lembrou-se do irmão de Yoongi que também trabalhava ali.
— É... aqui, você conhece um tal de Park Jimin?
O homem no estante parou e virou-se ao menor com um sorriso de ladino.
— Por quê da pergunta?
— Ãnh... n-não é nada, é que ele é irmão do meu melhor amigo, sabe? E ele trabalha aqui. Pensei que conhecesse já que também é funcionário. — o de cabelos roxos sorriu.
— Não. Não conheço ninguém com esse nome...– voltou a caminhar. — Iria transar com ele?
— O QUÊ? Não, não! Na verdade, eu não vim na intenção de transar com ninguém. Você é um caso de exceção e eu nem sei por quê vou me submeter a transar com você.
— Você fala demais, garotinho... a partir de agora eu quero que você apenas me escute! Ouviu?
Assentiu com os olhos arregalados.
O loiro abriu uma porta prega que se encontrava no corredor e Jungkook pode ver a sala avermelhada que dava um toque sexual. O menor viu grudado na porta um bilhete escrito: " Entrada permitida apenas para o CEO".
— O seu chefe não vai brigar caso descubra que estamos aqui? – Perguntou soltando-se das mãos grossas do homem.
— Ah! Não se preocupe, ele é bem gente boa. – sorriu para o menor que suspirou aliviado. — Me diga seu nome.
— Uh... Jungkook.
— Certo, Jungkook. Vamos começar com o básico. Você só vai gozar quando eu permitir.
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