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Último capítulo - Parte 1

Finalmente o sábado havia chegado. Estava de manhã, um sol ardente e um céu de um azul límpido e puro. Aurora estava na sacada de sua casa implorando por um cigarro ou um bom e forte whisky enquanto encarava a vista maravilhosa que sua sacada lhe proporcionava.

Seu coração estava inquieto. Sabia o que lhe esperava e temia agonizantemente pelo final da história. Olhou para o céu pedindo forças a Deus e soltou baixinho um pedido a sua mãe. 

- Oh mãe! Eu sinto tanto a sua falta. Peço que me ajude. Que esteja comigo. - uma brisa suave toca sua pele e é impossível não sorrir naquele momento. 

Em sua cama, Melany tinha o olhar vago. Como Connor não estava dormindo em casa, cuidando dos preparativos da grande noite, Melany dormia junto com Aurora. Vendo o estado de sua irmã, a dançarina se aproximou, aconchegando-se junto a ela na cama.

- Está cansada? Mal conseguiu dormir essa noite.

- Desculpe não te deixar dormir Aurie! Mas é que... Deixa pra lá.

- Ei ! Está tudo bem. Eu também não consegui dormir. Há tempos não sei o que é ter uma boa noite de sono. Mas, me conte! O que houve?

- Não é nada. Deixa pra lá, não quero que se preocupe.

- Melany, eu sou sua irmã. Desde que mamãe morreu possuímos uma ligação muito forte. Lembra do trato que fizemos? Sempre juntas, aconteça o que acontecer. Se você não está bem eu não vou ficar bem, ainda que não queira me contar o que está acontecendo.

Aurora acariciou o rosto de sua irmã, implorando para que Melany contasse o que estava acontecendo. Vê-la tão nova passar por tanta coisa, lembrava-se de quando era jovem. Não era fácil para as duas. A vida sempre fora difícil, e a esperança de que as coisas mudariam estava cada vez mais longe.

- É que... bem. Sinto falta de Meg e de Clair. O que eu mais queria era ter a minha sobrinha com a gente.  Tanto tempo pensando nela, brincando com ela sem saber que era um pedacinho da gente, fez meu amor por ela crescer. E agora, não sabemos nem onde ela está. - seus olhos se encheram d' água e Aurora não se conteve.

- Melany, querida! Iremos encontrar Clair . Eu prometo. 

Mel sorriu fraco.

Vendo a tristeza de Melany, Aurora mais uma vez não resistiu e achou que era hora de contar.

- Mel, tenho um grande segredo pra te contar!


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Juan com o sentimento de traição que corroía seu coração, queria a todo custo acabar com a vida do prefeito e  de Cassandra. Apesar de tudo, amava aquela mulher. Havia dedicado a sua vida, ido além de seus princípios por ela.

E agora aquilo! Uma traição! Se não fosse o chamado do paradeiro de Clair, provavelmente seria um homem desempregado e preso. Mas ele sabia e estava certo de que isso iria acontecer de qualquer jeito, porém, dessa vez, achou que era hora de fazer as coisas da forma correta. 

Juan foi a procura de Will e encontrou Martin em seu apartamento. Will estava surpreso, ficou nervoso. Engoliu seco e tremia de medo do delegado descobrir o que estavam armando. Começou a gaguejar procurando por alguma desculpa, mas Juan o interrompeu.

- Will! Precisamos conversar.

- É... Eu vou sair, tenho uns assuntos para resolver. - disse Martin não querendo incomodar.

- Não rapaz, fique. Preciso de testemunhas. - contestou Juan obrigando Martin a ficar.

- Quer se sentar? - ofereceu William e assim todos se posicionaram no sofá.

- William, eu... bem... Não sei se você sabe, mas eu e sua mãe temos, ou melhor, até ontem tivemos um caso. 

- Você e minha mãe? Como assim? Desde quando? - Will coloca a mão na testa aparentemente incrédulo.

- Desde que você e minha filha se conheceram.

- Ah! Tudo faz sentido. Bem que eu desconfiei. O porquê do Cabaré nunca ter sido vítima de nenhum processo. Nunca uma polícia ter pisado naquele local. Você e minha mãe sempre tão próximo e.... me dá raiva só de pensar - Will se levanta com o punho fechado. Estava completamente irritado. Sabia que sua mãe estava longe de ser santa, mas confirmar os fatos o magoava profundamente,  saber que sua própria mãe era dona de uma sujeira ainda maior.... - E o que o senhor veio fazer aqui? Apenas jogar isso na minha cara?

- Não! Vi sua mãe com o prefeito.

- Como? Minha mãe tem um caso com o prefeito também? Espera! Isso quer dizer que a cada novo prefeito minha mãe tem um amante diferente? Tá explicado porque ela quis abrir um cabaré. - Will já não se arrependia por tais palavras.

-É o que parece. - Juan coçou a cabeça -  Olha William, eu dediquei minha vida pela sua mãe. Fui contra meus próprios juramentos. Mas depois de vê-la com o prefeito e depois do desaparecimento de Clair, eu... Clair é a coisa mais importante na minha vida nesse momento, mesmo não sendo minha neta de verdade. Eu a amo, e se não fosse por mim, nada disso teria acontecido.

- Então deve saber que sua querida filha não tinha câncer e que, ao invés disso, morreu envenenada?

- O que? - Foi a vez de Juan se levantar. - O que está dizendo, William? Você mesmo viu o laudo médico. Nós ouvimos do próprio médico que Mia tinha poucos dias de vida.

- Provavelmente mais um médico que foi subornado pela minha mãe. Ou que, provavelmente tenha recebido uma pagamento na maca do hospital com minha mãe nua - Will soca a parede soltando um leve gemido.

- Está querendo dizer que Cassandra teve parte na morte de Mia?

- Não só estou dizendo, como sei que foi meu irmão... Dominic quem ministrava os remédios

- Dom? Aquela gazela não seria capaz de fazer mal nem a uma mosca.

- Foi o que eu pensei - Will suspira profundamente decepcionado.

- Não pode ser! Eu vou acabar com Cassandra. 

- Não ouse fazer nada contra minha mãe. Apesar de tudo ela é minha mãe e, bem, apesar desse jeito dela, nunca deixou faltar nada a gente. Você sabia quem era Cassandra logo que aceitou fazer parte disso. Você não é muito diferente.

Juan ficou calado. Aquilo o mexeu profundamente, sabendo que Will tinha verdade em cada palavra dita.

- Mas eu quero fazer as coisas certas agora. Quero acabar com esse cabaré de uma vez por todas e tentar aliviar o máximo a minha situação.

- O que o fez mudar de ideia?

- Já disse. Saber quem realmente Cassandra é. Acredite, não imaginava o quão víbora seria Cassandra. E Clair, recebi um telefonema. Sabem o paradeiro dela. 

- Sabem? - Martin que estava calado ouvindo a história toda levantou-se de imediato. 

- Sim. Viram um rapaz ainda não identificado com uma criança no colo em direção ao aeroporto. Ao que tudo indica eles iriam para Los Angeles, mas não houve nenhum voo disponível. 

- Los Angeles?Mas... que Diabos é esse cara? O que ele quer com Clair?

- É isso que precisamos descobrir. - Juan encarava Will e Martim com os olhos atônitos. - Provavelmente sabe que Clair tem relação com o cabaré e querem dinheiro.

- Deveriam saber que Marcus daria graças a Deus, ou sabe se lá o que meu irmão agradeceria. Acontece, é que Marcus deve estar soltando fogos. 

- Primeiro precisamos saber quando será o próximo vôo e se ele ainda está na cidade. - pronunciou Martin.

- Quem é esse cara? - questionou o delegado.

Will e Martin se entreolharam.

- O senhor quer mesmo fazer a coisa certa dessa vez? - Will quis confirmar.- Martin é delegado em Monterrey e velho amigo de Aurora. Tem uma pessoa da equipe dele dentro do Red Blush para nos ajudar. Mas precisamos ir atrás de Clair primeiro. Não temos muito tempo.

- Eu tenho um plano! 

- Que plano Martim?

- Juan, você vai descobrir quais são os próximos vôos para Los Angeles, em todos os aeroportos das cidades próximas. Will, você tem mais fotos de Clair?

- Claro! Tenho várias. 

- Pois bem. É importante informar a imprensa o mais rápido possível. Vou pedir para um dos membros da nossa equipe para divulgar. Assim, qualquer um que ver a pequena Clair, entrará em contato com um dos telefones que divulgarmos. Qualquer notícia, Juan, chame sua equipe para ficar de prontidão. 

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- Quem é você? - Clair acordou em um lugar desconhecido e um tanto escuro. - Cadê meu papai!

- Oh, minha querida! Eu sou seu papai. - Chris acariciava o rosto assustado de Clair.

-Não! Meu papai é o Will e minha mamãe é a Aurie.

- Eu sei que foi o Will quem te criou, mas o seu papai sou eu, meu amor. Você ainda é uma criança, mas quando crescer vai entender as coisas. Você é tão parecida com sua mãe. 

- Cadê minha mamãe?

- Ela virá em breve. Eu prometo, seremos uma linda família.

Clair era esperta. Estava com medo e apreensiva encolhendo-se entre os joelhos. Se contestasse ou gritasse, não sabia ao certo qual seria a reação daquele homem a sua frente, mas sabia que não era a das melhores, mesmo ele sendo tão carinhoso com ela. 

- Não tenha medo, minha filha. Não vou te machucar. Depois papai te compra um chocolate.

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Carmela andava de um lado para o outro. Sua rotina nos últimos meses havia sido ir ao cabaré e prestar atenção em todos detalhes. Sabia que Chris estava em Cancun e precisava urgentemente achar o melhor dia e o melhor horário para atacar.

Assim, olhava para o objeto em suas mãos, analisando-o com a mente vaga e o coração com esperança. Dizia a si mesma que se nada desse certo, ela teria perdido tudo e viver não traria mais graça. 

Ele respira fundo. O maior espetáculo que Red Blush havia tido era a melhor ocasião. Havia conseguido provas de Travis e de seus amigos, suficientes para que não fosse presa de novo. E, com isso, a vingança estava mais do que certa.

- É hoje Chris! Se prepara para morrer.  - sorri debochada.


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Olá, redlovers, eu sumida, resolvi dar uma aparecida por aqui. E eis que chegado o tão esperado e demorado último capítulo. Mil perdões. Agradeçam aos caminhoneiros.... hahahaha.

Enfim, a segunda parte, saíra logo, eu espero. Não sei se teremos epílogo, tudo vai depender da minha inspiração. E como minha rotina está bem agitada, não vou prometer algo que não sei se vou cumprir.

Assim, peço mais uma vez, perdão pela demora. E espero que gostem deste final.

Beijos e até daqui a pouco

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