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Capítulo 5


– Está em todos os jornais. – Charles joga o jornal em cima da mesa e volta a tragar seu charuto. – Você está vendo minha filha o que sua mentira lhe causou? Agora tudo faz sentido.

Aurora pega o jornal de cima da mesa e não acredita no que seus olhos veem. Seria tudo o que ela mais queria se não fosse tão terrível. Suas mãos tremem e ela sente o gosto amargo da decepção. Mal sabia que era apenas uma dose.

"Garota faz show na mansão dos Castilhos e é abusada sexualmente".

– Quantas vezes eu já lhe disse para parar com essa besteira de querer dançar? Com certeza pensaram que era uma qualquer. Viram você se oferecendo desse jeito e já pensaram bobagens. E com a roupa de sua mãe ainda. Helena estaria decepcionada de visse no que a filha dela se tornou.

Aurora não sabia o que mais lhe machucava, se era toda a situação ou as palavras de Charles. Ela subiu ao seu quarto sem pensar duas vezes, queria chorar insanamente. Mas não conseguiu. Não havia mais o que chorar, ela tinha que ser forte para suportar tudo aquilo por Melany, a única coisa que lhe fazia sentido, pois seu sonho estava desmoronado, sua reputação destruída e sua dignidade pisoteada.

As provas estavam se aproximando e Aurora precisava mostrar o quanto estava dedicada aos seus estudos. Por mais que sua mente vagava ela tinha que se dedicar ao máximo e tirar as melhores notas ou do contrário, a promessa de seu pai se cumpriria. Estava faltando apenas isso para ele mandá-la embora de casa.

Estudar nunca havia sido um problema para Aurora. Ela gostava de saber das coisas, era a melhor aluna da turma tendo sempre as melhores notas, e dessa vez não podia ser diferente, mesmo que quisesse deixar tudo isso de lado e sobreviver um dia após o outro.

As palavras alinhadas umas ao lado das outras estavam embaralhadas. Não havia como decifrar o que estava escrito. Fechou os olhos e balançou a cabeça. Respirou fundo e tentou novamente. Seu estômago estava embrulhado, já era a segunda vez no dia, e a quinta da semana. Levantou-se rapidamente e foi em direção ao banheiro colocando toda a sua refeição para fora. Aurora tentou ser mais discreta possível, não queria que seu pai lhe enchesse de perguntas ou lhe desse alguma bronca. Fazia algum tempo que não tomava mais remédios, em decorrência do acidente.

Foi até a cozinha o mais discreta possível. Seu pai ainda estava assistindo televisão e se perguntou desde quando ele havia para de trabalhar. Era um grande empresário e eles tinham uma condição de vida boa. Não que tenha ficado ruim, mas o estado de seu pai a preocupava, mais um motivo para não desistir.

Abriu os armários e procurou qualquer remédio que lhe servisse, mas só havia para dores musculares e resfriados, nada que pudesse acalmar seu estômago ou sua tontura. Decidiu fazer um chá de camomila, mas o mesmo estava fora do prazo de validade. Respirou fundo. O jeito era voltar aos seus estudos e tentar se controlar ao máximo. Porém, assim que Aurora ousou voltar para seu quarto. Sua cabeça pesou novamente e todo o ambiente começou a escurecer. Apoiou-se na parede, e cambaleou algumas vezes. Quando achou que conseguiria continuar ela caiu.

Charles, escutando o barulho e algo caindo, virou-se e viu sua filha jogada no chão. Ele a sacudiu, mas Aurora não reagia. Segurou-a em seu colo deitando-a no sofá. Umedeceu um algodão com álcool e colocou próximo ao nariz de Aurora.

Ela foi reagindo aos poucos, mas ainda estava enjoada.

– O que houve Aurora? Está ficando sem comer?

– Me explica então o porquê de eu estar tão enjoada? É claro que eu estou comendo. – diz sem muito ânimo na voz, mas sem conter a ironia.

– Você ainda anda vomitando? – Charles se preocupa e Aurora apenas anui com a cabeça.

– Deve ser alguma virose. Em todo caso eu vou ter que te levar ao médico. Consegue se levantar? – ele pergunta.

– Acho que sim. – ela tenta, mas todo seu corpo pesa a fazendo se deitar novamente.

Charles chama um táxi e assim que o mesmo chega, ele segura Aurora em seus braços a colocando dentro do carro. No hospital, Aurora teve outro desmaio e precisou ser levada para o quarto imediatamente, indo direto aos exames.

– Há quanto tempo está sentindo estes enjoos? – perguntou o médico, quando Aurora já estava acordada.

– Há um mês mais ou menos.

– E demorou todo esse tempo para procurar um médico? – ele a repreende e Aurora olha para o seu pai como se estivesse passando essa bronca a ele.

– Desculpa Doutor, achei que fosse somente uma virose. – tentou Charles.

– Ainda que fosse. Esse tempo todo é de se preocupar. E as tonturas?

– Uma semana, mas desmaio foi somente hoje. – responde Aurora.

– Tem se alimentado direito?

– Até demais eu diria.

– Aurora, desculpa a pergunta, mas a sua menstruação está certa?

Aurora leva um choque pela pergunta do médico. Só agora ela havia se dado conta do que poderia ter acontecido com ela e o fato dela engolir em seco várias vezes e sentir as mãos tremerem, significava que ela estava devidamente aflita.

– Não. – disse mais para ela do que para o médico.

– O que tem a ver doutor? – Charles percebe o desespero de Aurora e olha para o médico com o cenho franzido.

– Precisamos fazer alguns exames para ter certeza. A enfermeira Meg irá vir aqui para a coleta de sangue. Se me derem licença, eu vou atender a outro paciente. – O médico sorri e vai embora.

– Aurora, o que você está aprontando? – Charles a olha com uma sobrancelha erguida.

– Quem me dera se eu estivesse aprontando alguma coisa. – ela diz com os olhos molhados.

– E então? Por que está aflita?

– Prefiro não dizer. Se o senhor pensar um pouco, talvez consiga entender.

– Com licença. – chega Meg ao quarto trazendo os equipamentos necessários para o exame.

– Eu vou esperar lá fora. Agulhas me dão agonia. – Charles diz e sai.

Meg começa a preparar as seringas, o álcool e o algodão. Tirou a pressão de braço e percebeu que a mesma estava baixa.

– Por que está tão calada, Meg? – Aurora pergunta, pois queria que Meg conversasse com ela.

– Não é nada querida. Só uns problemas em casa. O último inquilino saiu da minha edícula e não consigo mais alugar a casa. Eu estou para me aposentar, mas o salário não é lá grande coisa. A situação está difícil, querida.

– Eu sinto muito. – diz Aurora.

– Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Mas me conta, como foi voltar a faculdade? – Meg pergunta pronta para enfiar a agulha no braço de Aurora.

– Me senti uma estrela de Hollywood. Alguns olhares de pena, outros de nojo. Algumas pessoas virando minhas amigas.

– E aquela tal de Ana?

– Não apareceu mais.

– E então, vai me contar o porquê está aqui novamente? – Meg pergunta.

– Eu estou com medo Meg. Muito medo. – Aurora se desespera.

– Me conte. O que se passa?

– Tem uma grande possibilidade de eu estar... Grávida. – Aurora sente pesar nas próprias palavras.

– Oh meu Deus! – Meg não consegue conter a surpresa. – Eu não sei o que dizer.

– Eu não sei como meu pai vai reagir a essa notícia. Eu estou com medo. E se ele me colocar para fora de casa? Como vou fazer?

– Aurora se, se mexer desse jeito eu vou acabar lhe machucando. – informa Meg colhendo o último frasco de sangue. – Reze para que seja apenas um mal estar, minha querida.

Aurora respira fundo. Ela mesma não sabia como lidar com aquela situação. Um filho naquele momento foi algo jamais planejado e principalmente esperado.

– Certo, eu vou levar os frascos para análise, assim que eu tiver um tempinho eu volto já, está bem, minha querida? – Meg sentira uma enorme compaixão por Aurora. Ela não sabe dizer em que momento começou a se apegar tanto com ela, mas ela sente que tem que ajudá-la.

– Obrigada Meg. –Aurora diz com o coração pesado.

O barulho do relógio estava insuportável. A aflição pelo resultado dos exames corroia o interior de Aurora. Seus olhos estavam inchados e levemente avermelhados. Ela fazia movimentos para a frente e para trás, pois não conseguia ficar parada. Charles a encarava com uma ruga de preocupação na testa, ele sabia que algo estava acontecendo, mas os homens muitas vezes são lerdos demais para enxergar uma coisa a outra.

O silêncio era absurdo. Distrair-se era impossível, aliás, não havia nada que pudesse tirar Aurora da realidade, as palavras martelavam em sua cabeça a cada toque do relógio.

– Com licença! – o medico abre a porta e entra. Aurora se assusta rapidamente e sente seu coração gelar, implorando para que fosse uma virose, ou qualquer outra doença.

– E então doutor, o que minha filha tem?

O médico olha para Aurora e para Charles receoso em dizer o resultado dos exames.

–Bem. Diante dos últimos acontecimentos, creio que isso seria inevitável e com toda certeza não estava no plano de vocês. – nesse momento Aurora deixou as lágrimas rolarem.

– Fale logo doutor! – Charles já estava perdendo a paciência.

– Sua filha está grávida. – o médico diz por fim.

Charles arregala os olhos e Aurora soluça de tanto chorar. Ela não poderia carregar mais esse peso, seria demais. Seu pai se aproxima do médico, sentindo a raiva se apoderar de si. Segura-o pelo colarinho e não tem uma cara amigável.

– Não pode estar falando sério. Minha filha não pode estar grávida. Refaça essa droga de exame. – Charles esbraveja.

– Ora, solte suas mão de mim, por favor. Os exames comprovam e os sintomas também. Isso era uma coisa que vocês já deveriam estar esperando, aliás, ela teve relações sexuais, e acredito que o senhor mais do que ninguém sabe o que pode acontecer. Por sorte ela não adquiriu nenhuma doença.

– Pois eu preferia que ela estivesse doente. – Charles solta o colarinho do médico raivoso, mas se dado por vencido.

– Como pode dizer isso? Olha, em Monterrey não permitimos a prática do aborto, mas em casos como o de sua filha, é permitido e tem muitas clínicas que realizam esse ato. – O médico dizia, mas Charles não conseguia respirar, ainda estava abatido com a notícia.

– Eu não estou passando por isso de novo. Helena, eu não mereço isso. – Charles tenta conversar com sua falecida esposa. A ideia de um aborto não era novidade em sua casa. Charles coloca a mão no peito sentindo uma forte dor novamente. Ele grunhe de dor e se contorce caindo na cadeira que quase tomba pelo modo desequilibrado com que se senta.

– O senhor está passando bem? – o médico se aproxima de Charles.

– Eu... – ele não consegue dizer, pois lhe falta o ar.

– Pai! – Aurora grita em desespero e Charles desmaia.

O doutor sai e chama reforços para levar Charles ao pronto socorro. Aurora fica sozinha no instante em que vê seu pai sendo levado por vários homens.

Ela estava preocupada com Charles, pois apesar dele ser um carrasco, ele ainda era seu pai. A pessoa que cuidou dela e foi pai e mãe durante todos esses anos. O que ela faria se seu pai faltasse? Como cuidaria de Melany e agora de um filho, o qual ela nem sabe se poderá ter?

Helena, sua mãe, sempre foi contra ao aborto, entretanto, seria a melhor coisa a se fazer. Aurora olhou para sua barriga e passou a mão sobre ela. Ela não sabia o que estava sentindo naquele momento, era algo indecifrável.

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Charles abriu os olhos lentamente. Ainda sentia uma forte dor em seu braço. A luz estava lhe incomodando o que o fez murmurar alguns palavrões. Ele tenta se levantar, mas não consegue, pois sua cabeça gira.

– Como se sente, senhor? – pergunta o médico.

– Estou sentindo dor no braço e essa luz está me incomodando. Por que eu estou aqui?

O médico morde o maxilar um pouco tenso.

– Sei que a última notícia o deixou abalado, mas o que eu tenho para te dizer não é nada bom.

– O que pode ser pior do que minha filha estar grávida de um monstro?

– Sua saúde. – Charles se assusta com a resposta do médico e tenta novamente se levantar. – O senhor teve um infarto. Por sorte conseguimos socorrê-lo a tempo. O senhor fuma?

Charles levanta a sobrancelha, um pouco incomodado com as palavras do doutor. Ele era orgulhoso demais para fingir que suas palavras não o afetavam.

– Fumo.

– Quais são seus hábitos alimentares?

Charles bufa. Odiava ter esse tipo de conversa.

– Eu não sou muito de cozinhar. Desde que minha esposa faleceu, passamos a pedir comida fora. As vezes eu preparo uns ovos com bacon para o café da manhã.

– Certo, o senhor terá que manter uma dieta a partir de agora e largar o cigarro. O senhor bebe com que frequência? – o doutor informa e Charles solta uma gargalhada.

– Você não pode estar falando sério. Eu fazendo dieta? Parando de fumar? Sinto muito Doutor. Sabe como é, um jogo não é nada sem umas cervejinhas. Eu estou na seca há cinco anos, o álcool e o cigarro é que estão me mantendo.

– Senhor Hough, o senhor tem duas filhas para criar, elas precisam do senhor.

– Garanto que ficarão melhor sem mim, além do mais eu já encaminhei minha filha mais velha para um futuro brilhante. Só preciso resolver aquele problema que está sendo gerado na barriga de minha filha. E por favor doutor, não conte nada a Aurora sobre o meu estado, está me ouvindo?

– E por que ela não pode saber?

– Por que eu conheço a filha que eu tenho. Com toda certeza ela ficaria preocupada e eu não quero isso. Ela tem coisas melhores com o que se preocupar.

– Certo, eu não direi. Mas eu tenho que pedir que o senhor se cuide.

– Não se preocupe doutor, vazo ruim não quebra. Minhas filhas terão que me aturar ainda por um bom tempo.


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Gente, só para avisar a vocês que Red Blush agora tem um book trailer. Se quiserem dar um a olhadinha, correm lá no prólogo e não percam.

O livro ele alterna capítulo no passado e no presente. Vocês preferem que em cada capítulo eu informe o tempo, ou somente quando for mudar?

É só isso. Espero que estejam gostando. Não se esqueçam da estrelinha.

Beijinhooos e até terça.


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