Capítulo XXVII
Sofia Narrando:
- Por hoje é só meninos. Na próxima aula irei conhecer as habilidades música de cada um. - A professora Aurora fala assim que toca o sinal.
Me levanto e caminho até a porta com o Lucas ao meu lado. Assim que passamos pelo birô da professora ela chama o Lucas.
- Se quiser continuar frequentando as aulas vai ter que colocar seu nome na lista, sabe como o diretor é chato rapazinho. - Ela fala e ele concorda.
- Vou colocar quando sair professora. - Ele fala e ela faz uma careta.
- Me chame apenas de Aurora. Isso serve pros dois. - Ela fala e aponta pra mim, sorrio com sua atitude e concordo com a cabeça.
- Eu gostei da aula. - Falo quando passamos pela porta.
- Não foi tão ruim assim. - Ele fala e eu reviro os olhos.
À aula foi bem legal, não tocamos nada hoje só aprendemos algumas técnicas de voz e afinação, a Aurora falou sobre ela e sobre seu modo de trabalho, em menos de uma hora ela já se tornou minha professora favorita. Tenho que agradecer a Luana por ter me escrito nessa aula. Pensando nisso sigo em silêncio pelo corredor com o Lucas ao meu lado. Passamos em frentes ao quadro de avisos e o Lucas para pra por seu nome, por educação o espero.
- Meu amor, até que vim te encontrei. - Uma garota loira fala quase gritando, ela se joga em cima do Lucas e me olha com cara de nojo.
Acho que essa é minha hora de sair. Arrumo minha bolsa no ombro e me viro na esperança de sair dali.
- Sofia, pra onde vai? - O Lucas pergunta se soltando da garota e segurando meu braço me obrigando a virar.
- Vou pra casa. - Falo curta e grossa.
- Já vai tarde fofa. - A garota fala e o Lucas vira reclamando com ela.
Aproveito sua distração e me enfio dentro da multidão de alunos que estão indo até a saída, olho por todo lado e não encontro a Lua e muito menos o Rafa, resolvo ir caminhando sozinha mesmo. Estou caminhando quando uma chuva começa a cair, como ainda estou longe de casa resolvo parar e me abrigar, afinal a última coisa que eu quero é pegar resfriado. Ainda bem que estava perto do ponto de ônibus e ele é coberto, se der sorte logo logo a chuva passa. Coloco meus fones de ouvido e fico olhando a chuva cair, sempre gostei de fazer isso, fico um tempo ali admirando as gotas que dançam do céu até o chão quando um carro preto para na minha frente e buzina. Olho ao redor e vejo que só eu estou ali, ou seja o carro só pode está buzinando pra mim. O vidro do carro abaixa e olho para dentro dando de cara com o idiota do Lucas me olhando com cara de poucos amigos.
- Entra logo Sofia. - Ele fala um pouco alto, retiro meus fones para que eu possa ouvi-lo.
-Estou bem aqui, vou esperar a chuva passar. - Falo no mesmo tom que o seu.
- Você tá louca? Essa chuva não vai passar tão cedo e aqui é muito perigoso. - Ele fala e me olha como se eu realmente fosse louca. - Entra logo nesse caro eu te levo.
- Não precisa se incomodar. - Falo e coloco meus fones novamente o ignorando.
Alguns minutos depois sinto mãos agarrando minha cintura dou um grito pelo susto e percebo que não passa do idiota me carregando como um saco de bata, eu realmente sou muito distraída, como eu não vê ele se aproximando?
- Me coloca no chão seu idiota. - Falo socando suas costas, mas não parece lhe causa nenhuma dor. - O que você está fazendo?
- Evitando que você seja assaltada ou até fique doente. - Ele fala e reviro os olhos, ele abre a porta do carro me jogando dentro e trava a mesma, sai correndo e dá a volta no carro.
- Por que tem que ser tão teimosa? - Ele fala e tira sua jaqueta de coro molhada pela chuva. Reviro mais uma vez os olhos, isso já tá virando costume.
- Vai falar alguma coisa ou vai fica só revirando os olhos?
- Vai dirigir ou só fica falando? - Falo
- Como quiser madame. - ele sorrir de lado dando partida no carro.
- Por que saiu quase correndo da escola? - Pergunta depois de algum tempo. - Te procurei por toda parte.
- Eu não saí correndo. Eu só não ia fica lá vendo você brigar com a sua "amiguinha" - Falo sendo sarcástica na palavra amiguinha.
- Não precisa fica com ciúmes Sofia, têm Lucas pra todo mundo. - Ele fala e pisca pra mim.
- E por que eu teria ciúmes de você? - Pergunto com uma sombrancelha levantada.
- Não é óbvio? Você já tá tão apaixonada que nem consegue disfarçar. - Ele fala.
- Vai sonhando idiota.
- Os sonhos tão aí pra virar realidade, não é mesmo?
Não respondo e volto a olhar pela janela rapidamente estávamos em casa. Ele para o carro e destrava a porta para que eu possa sair.
- Obrigada pela carona. - Mesmo eu não precisando dela,completo mentalmente a frase.
- Não precisa agradecer, somos vizinhos e estudamos na mesma escola não é incômodo nenhum. - Ele fala e eu apenas concordo com a cabeça. - Abro a porta e dou uma corridinha até a porta da minha casa, afinal a chuva está forte. Entro em casa e vejo minha mãe no sofá com uma coberta em suas pernas e lendo um livro.
- Por que está em casa tão cedo? - Pergunto chamando sua atenção.
- Fui liberada mais cedo e amanhã estarei de folga por conta das horas extras. - Ela fala desviando sua atenção do livro para mim. - Não me diga que veio andando nessa chuva.
- Não, o Lucas me deu uma carona. - Falo e ela me olha desconfiada.
- O Lucas nosso vizinho? - Eu concordo com a cabeça. - Eu não digo mais é nada. - Ela fala dando um sorriso travesso.
Eu reviro os olhos e subo as escadas seguindo até o meu quarto, chego no mesmo e vou até o banheiro tomo um banho quente e já me sinto renovada, visto uma roupa qualquer e desço novamente, vou até a cozinha e vejo minha mãe colocando a mesa.
- Como foi seu dia querida? - Minha mãe pergunta assim que nota minha presença.
- Foi normal, que dizer eu estou fazendo aulas de música agora, tirando isso foi tudo a mesma coisa. - Falo me sentando.
- Vai volta a tocar? - Ela pergunta animada e eu concordo sorrindo. - Eu tinha medo que você nunca mais voltasse, o que seria uma pena já que você toca tão bem. Estou muito feliz meu bebê. - Ela fala e me aperta em um abraço que logo retribuo.
- Também mãe.
- Agora que o momento fofo já acabou, vamos comer que eu já to quase morrendo de fome. - Ela fala me soltando e se servindo, sorrio e vou fazer o mesmo.
Nos sentamos na mesa e comemos animadamente, conversando e rindo. Depois do almoço fomos assistir, e passamos a tarde inteira ali. Por volta das 17:00 horas a chuva parou e minha mãe decidiu ir tomar banho. Eu continuei ali, depois de alguns minutos a campainha tocou, me arrastei até a porta e a abri, dando de cara com quatro pessoas, um senhor que aparenta ter seus cinquenta e cinco anos, uma senhora que é a cópia da minha mãe só que mais velha e dois brutamontes de óculos escuros e ternos que acredito que são os seguranças. Todos muito bem arrumados e com uma ótima postura, eu deveria ter me vestido melhor. Agora a pergunta que não que calar: o que diabos esse povo tá fazendo aqui?
- Pois não? - Pergunto um pouco desconfiada.
Quando a mulher ia me responder minha mãe desce as escadas.
- Quem era na porta Sofia? - Minha mãe pergunta e assim que chega no último degrau da escada e olha para porta fica branca como papel.
- Amélia - A senhora fala emocionada e com um sotaque britânico.
" Cuidado, recomeços podem trazer grandes surpresas."
Oi gente,tudo bem?
O que será que a dona Helena esconde? E quem será essas pessoas? Façam suas apostas. No próximo capítulo essas perguntas teram respostas.
Bjs😘❤️
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